sábado, 27 de junho de 2009

Amemos, acima de tudo.

Richard Jakubaszko
Recebi da minha amiga Heidi Charlotte H. Gärtner, do Axial Participações e Projetos, uma colaboradora contumaz deste blog, o texto abaixo, sem título, que tem uma análise interessante sobre o amor, sentimento que é estudado e dissecado pelos seres humanos desde imemoriais tempos em que a humanidade tomou consciência de sua existência. Portanto, deleitem-se:
_
Por Nahman Armony *
Quem pensa que a felicidade está em receber o amor de alguém se engana. Amar traz muito mais benefícios do que ser amado. Na hora em que amamos, somos tomados por uma energia poderosa, que nos enche de entusiasmo, de alegria. Amar faz de nós pessoas melhores, nos torna capazes de apreciar a vida, capacidade que não perdemos nem se formos abandonados.

Quantas vezes você já ouviu lamentos como o que abre a música de Antonio Maria (1921-1964), cantada por Maysa (1936-1977): "Ninguém me ama, ninguém me quer / Ninguém me chama de meu amor"? Muitas, não? As palavras podem até ter sido outras, mas o significado se repete: "Ah, como eu queria ser amado...". Agora, quantas vezes você ouviu alguém dizer "Ah, como gostaria de amar alguém"? Estou certo de que foram poucas.
_
Claro que quando duas pessoas se amam torna-se problemático separar o "amar" do "ser amado". Com frequência, porém, se acredita que a felicidade está mais em receber do que em dar amor. Engano, pois as delícias de amar superam as de ser amado. Ser o foco do amor de alguém é muito bom, mas tem mais a ver com uma posição passiva, uma satisfação vaidosa, uma felicidade que vem de outro e dele depende. A alegria de ser amado não é plena, não é visceral. Já o amar é algo que nos pertence, que nasce em nossas entranhas e nos enche o peito de um júbilo transbordante, que ativa nossas moléculas em direção ao ser amado, que provoca uma alegria que nasce e mora em nós mesmos, que nos torna melhores, mais capazes de apreciar a vida, mais generosos, com disposição infinita para viver e realizar.
_
Ser amado é um empréstimo; amar é um capital. Quando o amor pelo outro nasce de nós ele transborda para o mundo. Os versos que se seguem, de Poema do Amor Universal, de minha autoria, expressam este pensamento: "Eu amo/ E ao amar/ Posso amar mais ainda/ Posso estender meu amor em comprimento e profundidade / Sem deixar de amar a quem amo".
_
Quando sou amado, meu viço depende do outro. Quando amo, ele depende de mim mesmo. Não é fácil distinguir o amar do ser amado quando ocorre esta feliz conjunção de sentimentos. Se amamos e somos amados, ocorre uma retroalimentação, uma potenciação que eleva o amor aos píncaros. Ser amado estimula o amar, e vice-versa. Ao dissecar esse conjunto, porém, vemos que amar nos torna mais fortes, plenos e criativos do que ser amados. Se minha flama depende de ser amado eu a perderei quando aquele que me amou se for. Se ela depende de meu próprio amor, eu a manterei ainda que seja abandonado. Meu sofrimento não matará minha capacidade para a alegria, mesmo que a tristeza venha a ocultá-la, pois possuo uma potência dentro de mim. Já se meu amor depende do amor do outro, minha alegria vem dele, eu não a possuo, ela apenas me é concedida em usufruto, e por isso eu a perderei quando o perder.
_
Por tudo isso, amar nos torna mais fortes que ser amados. E, quando somos correspondidos, o amor que já existe em nós se torna ainda mais pujante. É diferente de amar só por ser amado. Não havendo um núcleo de amor autônomo, o vigor murchará quando o outro se for, só restando desespero, desânimo, impotência. Portanto, amemos acima de tudo. Amemos àqueles que nos amam, mas nos lembremos disto: amar nos traz mais benefícios do que sermos amados. Não vale a pena amar quem não nos ama, mas também não é suficiente amar só porque somos amados. É preciso que o amor parta de nós. Assim, a capacidade de sermos alegres, vivermos criativamente, sentirmo-nos felizes se mantém latente. Ainda que hiberne por um período, mais cedo ou mais tarde acordará.
_ * Nahman Armony, médico psicanalista, é membro da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle (Spid), do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro e da Federação Internacional das Sociedades Psicanalíticas. Publicou, entre outros livros, Borderline: Uma Outra Normalidade. E-mail: nahman@uol.com.br
_

quinta-feira, 25 de junho de 2009

PÍLULA DO DIA (pode ser tomada à noite)

por Roberto Barreto, de Catende

Os papanatas do Senado respiram aliviados, a farra é legal, a dinheirama sai do processamento de dados.

RBdC
_

sábado, 20 de junho de 2009

A Telefônica é picareta!

Richard Jakubaszko
Faz tempo que ouço as pessoas dizerem que a Telefônica não é uma empresa séria. O que dava aval a esses comentários eram os contundentes indicadores do PROCON, que colocam a Telefônica como uma das campeãs de reclamações desse “muro das lamentações” dos brasileiros.
Até recentemente eu percebia a Telefônica como uma empresa multinacional de origem espanhola que se aproveitou legalmente de um péssimo e mal feito plano de privatizações dos tucanos, no governo de FHC, e que permitiu a instalação de uma empresa internacional no Brasil para deter o monopólio das comunicações no Estado de São Paulo. 

Como todo monopólio instituído, a Telefônica pratica as suas picaretagens sob o "abrigo das leis" e segue faturando o que quer, sem que se possa fazer muita coisa em contrário. Cobra o que quer pelos serviços prestados, e exige contratos de “fidelidade” por 18 meses de um cliente que amplia uso de seus serviços. 

Aconteceu tudo isso comigo, pois já tinha telefone, desde os anos 70, feito pelo plano de expansão da Telesp. Alguns anos atrás passei a usar os serviços de banda larga da Internet, depois fiz o que eles chamam de “duo, o telefone fale à vontade + banda larga”, o que dava direito a um desconto, mas exigia a tal fidelidade. Em paralelo eu era assinante da Sky para receber o sinal de TV por assinatura. Fiquei descontente com os aumentos abusivos da Sky, e mais ainda quando cortaram os canais de cine Premium, com a desculpa de que não fazia parte do meu pacote, pois “estavam em período de degustação”. 

Reclamei, “mas essa degustação estava aqui a 6 anos”, só agora vocês viram? Ou só agora acharam um jeito de cobrar a mais?”. 
Por coincidência fui abordado por um vendedor e promotor da Vivo-Telefônica num shopping em abril último, e que me propôs assinar o trio Telefônica por R$ 180,00 mensais, ou seja, pacote total da TV digital, mais banda larga + fale à vontade, incluso assinatura do telefone e excluso interurbanos e ligações para celulares. 

Fiz as contas, economizaria R$ 70,00 por mês, ou R$ 840,00 por ano, nada mal, e ainda teria canais de cine Premium. Fechei o pacote. Em 48 horas instalaram a antena da TV, tudo o mais funcionava quase a contento, exceto pequenos dissabores, digamos toleráveis. 

Depois de 45 dias veio a primeira conta, mas só do telefone e da banda larga. Dias depois chegou a conta da TV digital, como se fosse uma outra empresa. Analisando os 2 valores, excluída a quinzena de abril, não cobrada por falta de tempo hábil, teria de pagar R$ 124,00 pela TV digital e mais R$ 150,00 pelo telefone e banda larga, o que totaliza R$ 274,00 pelo trio, ou seja, quase R$ 100,00 a mais do que fora combinado com o vendedor. 

Falei com o vendedor, reclamei na Telefônica (tenho 5 números de protocolos anotados), recebi uma dúzia de explicações e justificativas destrambelhadas, do tipo “mas o senhor ganhou o 2º ponto grátis", aos quais tinha de retrucar, “sim, grátis, eu não queria, mas instalaram, e eu nem uso, mas vocês estão cobrando, então não é grátis, é picaretagem!”. 
Ou então “mas o senhor tem o pacote total, o preço de R$ 180,00 (do trio) é para o pacote família da TV, se o vendedor falou isso ele enganou o Senhor”. 

Respondia que deveriam demitir o vendedor e o gerente dele, porque o gerente também me disse que seriam cobrados R$ 180,00 por tudo, TV, fale a vontade e banda larga. Comprovando que é uma grande picaretagem essa "Telefônica, a que fala pelo telefone e pela banda larga", informou que me daria “um desconto” de R$ 24,00 na conta de telefone, mas que a diferença do pacote eu teria de “negociar” através de outro número de telefone com a "Telefônica da TV digital". 

E toca de novo a ligar para o outro número, não sem antes dizer para a moça do telemarketing que uma empresa que age assim é picareta, além do que eu não estava ganhando R$ 24,00 de “desconto”, mas via nisso um reconhecimento de que estavam de fato cobrando a maior indevidamente, e se eu pagasse a conta o golpe colava. Há que se ter um desconto “insalubridade” para tratar com as irritantes e mal treinadas atendentes da Telefônica. 

No outro número da TV digital, a mesma conversa pra boi dormir: “mas é pacote total”, ou “o senhor ganhou ponto extra”, “é esse o nosso preço promocional”, parece gravação, sempre igual. Não adiantava dizer que “não foi esse o preço que me ofereceram”, nem berrando e babando como eu já estava fazendo. Sorte minha é que ando com “saúde de astronauta”, conforme me disse o médico depois de um check up recente, caso contrário um infarto seria iminente. 

A proposta de R$ 54,01 pelo trio básico está lá no site dos picaretas: http://www.telefonica.com.br/residencial/pacotes na TV digital o pacote do trio básico responde por TVs nacionais abertas e os canais públicos e promocionais captáveis só por quem tem parabólica. Mas daí a vender um pacote do trio total por R$ 180,00 e depois cobrar R$ 274,00 é picaretagem na cara-dura! E não foi o vendedor que mentiu, não! 

Este é o meu registro como cidadão indignado e consumidor desgostoso contra os maus tratos dessa empresa picareta chamada Telefônica. Vou procurar abrigo jurídico no Juizado de Pequenas Causas, além do Procom. Serei mais um na estatística contra a picaretagem. Em breve serei um ex-cliente, pois na primeira oportunidade deixo de ser cliente da Telefônica, basta aparecer uma proposta melhor ou promoção de algum concorrente que englobe telefone, banda larga e TV. 

O problema é esse, não é mais monopólio, agora é oligopólio de 2 empresas, Sky = NET versus Telefônica. Fazem o que querem. Nos EUA uma assinatura de TV custa em média US$ 25.00 o pacote com 200 canais, portanto, viva a diferença, pra eles, que ainda ganham em dólar. Azar nosso, porque o FHC privatizou. Minha esperança é que a justiça divina tarda, mas não falha. Definitivamente, Telefônica eu não recomendo ao pior dos meus inimigos.
_

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Todas as garrafas da nossa vida

Richard Jakubaszko

êta vida engraçada, besta e previsível... recebi do meu amigo Ariovaldo Carvalho Vieira, mais conhecido como 'Franja", devido à quase que total ausência de cabelos no seu (dele) cucuruto, desde o tempo em que era ainda bem jovem, daí o apelido, pois Franja enviou a foto abaixo que conta a história da nossa vida como ela é, num único click. Clique na foto 
para ampliar.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O que precisa mudar no Brasil

Richard Jakubaszko 
Inegavelmente uma série de mudanças é necessária ao país para que possamos atingir o grau de ser um país desenvolvido. Alguns leitores poderão ter caminhos contrários às minhas opiniões, em termos de prioridade, mas acredito que seria pauta pacífica de debate uma total reforma política. Este debate é necessário aqui neste espaço por conta da total omissão da grande mídia. 
Para começo de conversa endosso sem nenhuma restrição a proposta feita pelo vice-presidente José Alencar de que deveria ser convocada uma Assembleia Constituinte exclusiva para tratar e decidir sobre a questão. Por si só o tema é intrincado, polêmico e abrangente, na medida em que o Congresso Nacional – Câmara dos Deputados e Senado – é parte integrante do problema, portanto parte interessada diretamente nas soluções, mas ao mesmo tempo causa dos desajustes existentes. O debate, e a necessária votação das reformas políticas, não poderia, e tampouco deveria, em hipótese alguma, ter a influência direta e a participação dos deputados e senadores sob pena de, mais uma vez, não chegarmos a nenhuma reforma. As negociações políticas em andamento no Congresso Nacional têm demonstrado isso, e inviabilizam mudanças absolutamente necessárias e urgentes. Corre-se o risco de se ampliar ainda mais a multifacetada colcha de retalhos que é o sistema político brasileiro. 
Mas a grande mídia, especialmente os jornalões, pouco noticia isso.  

O que deve mudar? 
Há que se mudar, por exemplo, o nosso sistema de eleições, priorizando a representatividade por estado conforme o peso do número de eleitores. Tanto na Câmara dos Deputados como no Senado existe esse desequilíbrio. Na Câmara permanece a determinação imposta durante a ditadura, de que os estados terão direito a um mínimo de 7 deputados, e um máximo de 70, por estado. 
No Senado esta proporcionalidade, também imposta pelos militares, não tem qualquer valor ou referência, pois cada estado da federação elege 3 senadores, o que aumenta ainda mais a falta de representatividade do eleitor. Isto porque, na Câmara, temos 513 legisladores e no Senado 81. Como o Senado é uma câmara revisora, os votos dos 41 senadores (metade mais um) têm maior peso do que o de 257 deputados. 
Assim, um projeto aprovado na Câmara dos Deputados por maioria simples pode ser derrubado pelo Senado, como câmara revisora, também por maioria simples, ou seja, se ganha o jogo pelo placar inverso de 41 senadores contra 257 deputados. 
Isto torna igual, em termos de votos, os estados de São Paulo e Minas Gerais, que são, disparados, os maiores colégios eleitorais, com Acre, Rondônia ou Roraima. A extinção do Senado é outra questão relevante a ser avaliada através de uma Assembleia Constituinte exclusivamente eleita para esse fim, e poria fim a uma das piores heranças da ditadura, e que foi o senador biônico. 

Hoje, dos 81 senadores empossados, 14 deles são suplentes, ou seja, estão senadores sem terem recebido um único voto. Na maioria dos casos esses suplentes são empresários que financiaram e apoiaram a campanha do senador eleito, e se o eleito toma posse num cargo em outra área, como ministro, por exemplo, ou vem a falecer, assume o suplente, sem absolutamente nenhum compromisso com os eleitores. 

Já entre os deputados, na ausência do titular, assume um que tenha sido mais votado no estado, apenas não havia obtido um número de votos suficientes para tomar posse.
 
Quem mais é a favor dessa proposta? 
 Existem inúmeros deputados e membros do judiciário que são a favor das reformas políticas, e que incluem entre as mudanças necessárias a pura e simples extinção do Senado, visto que este seria, como câmara revisora, de completa inutilidade, ou seja, absolutamente desnecessário. 

lustres brasileiros apóiam essas ideias, por exemplo, o deputado Rui Falcão (PT/SP), o advogado, especialista constitucionalista e tributarista Yves Gandra Martins, o respeitado jurista José Afonso da Silva, o desembargador Antonio Marques Cavalcante Filho, o Professor João Bosco Nogueira, o deputado cearense Ariosto Holanda, entre muitos outros, que estão à direita e à esquerda em suas posições políticas, o que demonstra que esta proposição nada tem de ideológica. 
O deputado Rui Falcão, em recente artigo publicado em um jornal de São Paulo, defendeu que “O senado deve ser extinto por via democrática”, mas não houve maiores repercussões na proposta, mesmo que em forma de debate, tanto no Congresso Nacional como através da mídia. 
O mencionado deputado expressou uma inequívoca verdade lógica ao afirmar no artigo que “A Casa revisora (Senado), que representa as unidades da federação, dispõe de mais poder que a Casa dos representantes do povo, pois sobre a vontade da Câmara de aprová-los prevalece a vontade do Senado de rejeitá-los”. Por conta dessas e outras extravagâncias e desequilíbrios, quase todas as votações na Câmara e Senado acabam por ter um sentido ideológico e / ou partidário, e apresentam distorções relevantes, com resultados de votações equivocadas e absurdas, e que depois são mal regulamentadas, ou nem isso acontece. Afora o fato das mordomias, evidenciado tanto na Câmara como no Senado, mas este tem um volume muito maior de privilégios quando comparado com os legisladores da Câmara seja em número de assessores, diretores, e de toda a máquina burocrática necessária para dar o suporte aos senadores. 
Mas a mídia opta por fazer um circo de denúncias sobre outros problemas do legislativo, sem debater a questão central. 
Há, portanto, um elevadíssimo custo na forma de impostos para a sociedade em manter uma instituição inoperante e inútil como o Senado, além de estar em evidência o fato de que o sistema bicameral não tem cumprido com suas funções, haja vista as ações do nosso Supremo Tribunal Federal - STF, que ao invés de julgar apenas questões constitucionais, anda a legislar por mares nunca dantes navegados pelo nosso Congresso Nacional. A proibição do uso de algemas em bandidos, decisão legislativa feita no STF, por exemplo, não permite nos fazer esquecer de que outras decisões dessa natureza podem ocorrer a qualquer momento, sem nenhum debate político. 
Estou plenamente convencido de que somente após uma ampla reforma política, feita através de uma Assembleia Constituinte exclusiva, poderemos fazer o Brasil se integrar ao bloco de países desenvolvidos, tanto do ponto de vista econômico, como tecnológico, cultural e social, e de justiça. 
A mesma Assembleia Constituinte poderia votar, na sequência dos trabalhos, a reforma tributária, desejada pela sociedade e sempre adiada pelos políticos. Depois disso outras reformas, como a do código civil, a da CLT, e ficaria faltando quase nada para sermos um país desenvolvido.
_
Aos que desejarem postar comentários:
1 – se tiver gmail clique em comentários, depois digite o texto da mensagem. Aí, clique em "selecionar perfil" e escolha Google, depois digite seu e-mail e senha, e clique em publicar. Se aparecer a frase em vermelho "não foi possível processar seu comentário", ignore e clique novamente em enviar / publicar.
2 – aos que não possuem gmail selecionem no perfil como "nome/url", coloquem seu nome na url, mas registrem nome e cidade no texto, e cliquem em enviar, repetindo se necessário. Ou então escolham "anônimo", mas registrem o nome no texto da mensagem, caso contrário nada publicarei, por ser anônimo.
_

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Raios não derrubam avião

Richard Jakubaszko

Fantástico! Recebi do meu amigo Odo Primavesi, engenheiro agrônomo lá de São Carlos - SP, os links abaixo (direcionados para o Youtube) que comprovam a tese furada que anda circulando pela internet de que um raio teria derrubado o Airbus da Air France nesta semana.
Raios não derrubam avião. Comprovem, são duas cenas, de dois aviões em momentos diferentes atingidos por raios, e nada de errado acontece.
Por isso, continuemos voando.

Vejam em:

http://www.youtube.com/watch?v=eX6Xk0DRVvE

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Agribusiness Entrevista: Diretor da Esalq/USP

Richard Jakubaszko

Recebi por e-mail do meu amigo Professor Dr. Antonio Roque Dechen o link para o programa Agribusiness do Canal Rural/RBS, que o entrevistou:

Diretor da Esalq/USP comenta sobre a história e o futuro da ESALQ e também sobre o código florestal.

Recomendo assistir:
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?channel=99&contentID=61619
_

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ministro Minc: saiba que o agricultor não é vigarista!

Richard Jakubaszko 
Apesar de o Senhor ser um ambientalista, e de estar sob enorme pressão de seus companheiros para aprovar o Código Florestal, não é justificável o seu ataque para os produtores rurais brasileiros. 

O Senhor parece que cospe no prato em que está comendo, Senhor ministro. Para que fazer a apologia política e negativa contra o agronegócio? Por que essa raiva e esse ódio, Senhor ministro? A quem o Senhor presta serviços, ministro? 

Como, diante de seu discurso, avaliamos que o Senhor está mal informado, permita-nos dizer-lhe algumas palavras e dados. 
Saiba que o IBGE aponta a existência de mais de 5,5 milhões de propriedades rurais no Brasil. Mas desconte desse número, ministro, os mais de 2,5 milhões (nosso cálculo, estimativo) de chácaras e sítios de fins-de-semana, que não são propriedades rurais, são casas de lazer para o fim-de-semana, mas nos cartórios aparecem como "propriedades rurais", e assim são classificados pelo IBGE. Desconte ainda desse número, ou seja, dos 3,0 milhões de propriedades rurais, cerca de 500 usinas de cana-de-açúcar e álcool, e uns 500 produtores gigantes, pecuaristas e agricultores, não mais do que isso, em todo o Brasil, que possuem mais do que 50 mil hectares. S

Sobram 2.999.000 propriedades rurais que são de agricultores e pecuaristas familiares, geridos pelo proprietário e suas famílias. De certo que muitos têm 500 hectares, outros possuem 100 hectares, ou até menos, e uma pequena parcela deles tem mais de 1.000 ou 2.000 hectares, especialmente no Brasil-Central, onde a terra era mais barata até alguns anos atrás, mas juntos produzem a comida que o Senhor e todos nós brasileiros comemos todo dia, ministro.

E ainda exportam comida, ministro, gerando divisas e muitos empregos, ministro. Daí que para o Senhor dizer para alguns possíveis eleitores que "o agronegócio, esses com mais de 200 mil ou 500 mil hectares, poluidores dos rios, que escravizam mão-de-obra, e ganham milhões em negócios, que não pagam suas dívidas...", é uma estultice completa. É uma falácia, ministro! 

Isso é incompatível com a sua posição, ministro. O Senhor não apenas falta com a verdade, ministro, o Senhor distorce os fatos. O Senhor mente de forma inqualificável, o Senhor faz uma apologia de guerrilha, ministro, o Senhor infla e estimula a que pessoas pobres, pessoas de bem, se revoltem e invadam propriedades rurais. É isso o que deseja fazer, ministro? 

O seu Código Florestal impede, sim, o plantio de uva no Vale dos Vinhedos e em toda a serra gaúcha, impede o plantio de maçã em SC e no RS, impede e proíbe o plantio da maioria dos cafezais no Espírito Santo, ministro. Porque é um código cheio de normas e regras feitas por ambientalistas que não conhecem agricultura, que fizeram os textos ao abrigo de salas confortáveis lá em Brasília, protegidos pelo ar condicionado. 
A Embrapa Monitoramento por Satélite, ministro, já fez estudos e projeções tendo por base as normas impostas por esse código florestal, ministro, e calculou que reduz em mais de 50% a área agricultável do Brasil. 
Sabia disso, ministro? 
Leia o relatório, mande seus assessores lerem o relatório da Embrapa, ministro, assim o Senhor não fala mais bobagens. E nem chama agricultor de vigarista. 

Ministro, por gentileza, peça o seu boné e retire-se de cena, ministro, o Senhor não sabe o que diz, falou muita bobagem em poucos minutos. O Senhor extravasou toda a sua raiva, a sua enorme incompetência, a sua necessidade midiática, como brasileiro e como ambientalista. 

Ao leitor deste blog: assista no link a gravação do discurso do ministro Minc para ''trabalhadores rurais e para agricultores familiares": 


http://br.video.yahoo.com/watch/5190971/13719639  

Aos que desejarem postar comentários: 1 – se tiver gmail clique em comentários, depois digite o texto da mensagem. Aí, clique em "selecionar perfil" e escolha Google, depois digite seu e-mail e senha, e clique em publicar. Se aparecer a frase em vermelho "não foi possível processar seu comentário", ignore e clique novamente em enviar / publicar. 2 – aos que não possuem gmail escolham como "nome/url", coloquem seu nome na url, mas registrem nome e cidade no texto, e cliquem em enviar, repetindo se necessário. Ou então escolham "anônimo", mas registrem o nome no texto da mensagem, caso contrário nada publicarei, por ser anônimo.
_