quarta-feira, 31 de outubro de 2012

STJD e o absurdo: é vergonhoso legalizar o ilegal.

Richard Jakubaszko
Cadê a moral, a decência, o bom senso? Somos, afinal de contas, a assumida república da piada pronta? Se ficou claro que o gol palmeirense foi feito com a mão, o que é ilegal, apesar de o juíz não ter visto, agora vai se tentar legalizar o ilegal, através do pressuposto de que utilizou-se de uma ilegalidade (imagens da TV) para validar a decisão judicial? Parece a Satiagraha, todo mundo viu na TV o vídeo do preposto do Daniel Dantas tentando subornar um delegado da Polícia Federal, mas não valeu porque o vídeo não era legal e nem autorizado...

Ora, ora, onde estamos? Ah, sim, no país da piada pronta, onde o desespero por obter uma vantagem, por pequena que seja, permite qualquer ação ou desculpa, e todo recurso é válido.

O Barão de Itararé tinha razão ao criar a sugestão de constituição para o Brasil, de uma única lei e um parágrafo, onde dizia que "Todo brasileiro deve ter vergonha na cara", e a ressalva paragrafada: "Revogadas todas as disposições em contrário".
Ô raça!
A foto saiu no Yahoo!, mas não tinha crédito do fotógrafo.
http://br.esporteinterativo.yahoo.com/blogs/futebol-cinco-estrelas/stjd-anula-jogo-entre-internacional-e-palmeiras-235911703.html

domingo, 28 de outubro de 2012

O rastro sujo da energia limpa

Richard Jakubaszko
A briga pela liderança na produção de energia elétrica é contínua: depois de criminalizar o CO2 (petróleo e fósseis),  e também as hidrelétricas, agora o alvo são as energias eólica e solar.

A turma das usinas nucleares não descansa, faz apologia dos seus baixos custos, esquece oportuna e convenientemente da segurança (Chernobyl, Fukushima, Long Islands, onde vai ser o próximo acidente?), e coloca todo mundo no tiroteio. O artigo abaixo é típico, mostra só os "defeitos" de alternativas energéticas, como a eólica e solar. Mas tem certa razão ao apontar as limitações dessas fontes, que precisariam evoluir muito se pretendem participar do mercado no futuro breve.

Não precisamos nem de eólica e nem de energia solar no Brasil, muito menos de usinas nucleares, pois temos hidrelétricas, mas dessa alternativa as ONGs são contra, a mídia repercute (e aplaude) a ladainha ambientalista. É uma briga ideológica, com altíssimos interesses na agenda política e econômica internacional. Por isso, é tempo de os ambientalistas honestos abrirem os olhos e avaliarem o apoio que dão para certas campanhas das ONGs, todas elas financiadas por empresas com interesses comerciais inconfessáveis.

Conforme já publiquei aqui no blog, em abril último (leia aqui), até mesmo James Lovelock, pai da “hipótese Gaia”, já se retratou de seu alarmismo. Ele, criador da hipótese ambientalista segundo a qual a Terra formaria um só organismo “vivo” apelidado “Gaia”, admitiu em entrevista à MSNBC que foi “alarmista” a respeito de “mudança climática”. E teceu elogios à energia nuclear, segundo ele uma fonte "limpa" de fornecimento de energia elétrica...

O artigo abaixo é mais um ataque subreptício às alternativas que eles acham que não funcionam. 

O rastro sujo da energia limpa
publicado no blog Rede Castor - clique aqui
 
Todas as supostas vantagens da energia eólica e da energia solar já foram apresentadas à exaustão. Agora é hora de lembrar os problemas delas

Robert Bryce
por Robert Bryce* 
Nos últimos 10 anos, países do mundo todo investiram pesado em programas de energia renovável. Afinal, sol e vento são grátis, não é mesmo? O que ambientalistas nem sempre veem é que convertê-los em energia tem um custo alto - em dinheiro e recursos naturais.

Pegue como exemplo a energia eólica. Uma turbina precisa de 50 toneladas de estanho para produzir 1 megawatt de energia. Já com gás natural, uma turbina produz essa mesma energia com apenas 0,3 tonelada de estanho. O vento pode sair de graça, mas precisamos de minérios para erguer a infraestrutura que permitirá gerar energia.

Os minérios não são o único recurso natural exigido pelas energias renováveis. Também temos de encontrar muita terra disponível. Os números mostram por quê: em cada metro quadrado de terreno, é possível gerar 1 watt com energia eólica, 20 vezes menos do que qualquer usina de gás natural. A energia solar precisa de áreas menores. É possível produzi-la no seu próprio telhado, como eu faço: gero 3,2 quilowatts com painéis solares sobre minha casa, o que dá cerca de 30% da eletricidade que eu, minha esposa e nossos 3 filhos consumimos. O custo de instalação dos painéis tem baixado cada vez mais, e hoje está em US$ 5 mil por quilowatt. Mas é um custo similar ao da energia nuclear - que tem a vantagem de funcionar também à noite.

A prática mostra quão dispendiosas podem ser as energias renováveis. O estado americano da Califórnia pretende obter um terço da sua energia (cerca de 17 mil megawatts) de fontes limpas em 2020. Se essa meta for dividida meio a meio entre sol e vento, será necessário ocupar uma área 5 vezes maior do que Manhattan para os painéis solares e outra 70 vezes maior do que a ilha para as turbinas eólicas.

Não que devamos parar de investir em energias renováveis. Mas precisamos ser claros quanto ao retorno que podemos ter com elas. O Brasil é um exemplo: tido como representante da importância do etanol, produz quase 28 bilhões de litros de álcool por ano. É pouco perto do que o país precisa. Petróleo e gás natural geram 9 vezes mais energia, segundo números da Petrobras. Sem contar o dinheiro que é preciso investir para alavancar as energias renováveis. Alguns países já perceberam que talvez seja um investimento alto demais. Nos EUA, o Senado cortou US$ 6 bilhões de subsídios para o etanol de milho. A Espanha reduziu o apoio financeiro à energia solar e eólica.

A solução correta para a questão energética depende das características de cada país.

A energia solar pode ser uma boa alternativa para a Arábia Saudita. A hidrelétrica para o Brasil e para a África Central. Se queremos reduzir as emissões de carbono, devemos olhar para dados e fatos. E não excluir opções como a energia nuclear, que segue como uma das nossas melhores opções, apesar do acidente de Fukushima, no Japão, no início deste ano.

*Robert Bryce é pesquisador associado do Centro de Polícia Energética e Ambiental do Manhattan Institute e autor do livro “Power Hungry: The Myths of "Green" Energy and the Real Fuels of the Future”

Artigo enviado por José CDS com o comentário: Antes de criticarem a usina de Belo Monte, os ecochatos, ecologistas de ocasião, políticos da oposição e a mídia golpista, deveriam ler o texto (e os estudos) de Robert Bryce sobre as “energias limpas” publicado em superinteressante.

sábado, 27 de outubro de 2012

O STF está fazendo justiça?

Richard Jakubaszko
Tem gente que aplaude a ação do STF no julgamento do mensalão, mas há gente que acha exatamente o contrário. E você, o que acha? Foi um julgamento justo? Imparcial?
Ou os componentes políticos embaçaram os olhos da Justiça?

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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Carta aberta aos cooperativistas: só o associativismo salva!


Richard Jakubaszko
O cooperativismo não será capaz de enfrentar sozinho o que vem aí pela frente, pois será uma verdadeira guerra mundial, e sangrenta, ninguém tenha dúvida disso. Teremos uma crise de restrição de alimentos – e de fome – em muitos países, pois os preços tendem a se elevar ainda mais dos que os praticados hoje, agora catapultados não apenas por uma seca nos EUA, mas também pelo aumento de demanda asiático e por causa da especulação financeira que transformou alimentos como soja e milho em prosaicos “derivativos”, levando neste pacote a avicultura e a suinocultura.

Esse panorama, num primeiro momento, pode prenunciar bons lucros aos produtores de grãos. Os bons lucros, entretanto, vão se reduzir na medida em que os insumos subam de preços, bem como o transporte, o armazenamento e o custo da terra. Como os estoques mundiais andam muito baixos, isto vai provocar guerras, rebeliões e migrações, governos democráticos serão depostos, assim, como outras ditaduras. 

O tabuleiro de xadrez onde se desenrola esta guerra, encontra os agricultores brasileiros, especialmente eles, desprotegidos de toda sorte de políticas públicas, onde se destaca o seguro agrícola, um dos temas abordados nas páginas da Agro DBO 38, de outubro 2012, em circulação desde o início deste mês, e que poderá ser lida através do nosso site: www.agrodbo.com.br

Nesta Carta Aberta nos dirigimos a todas as cooperativas brasileiras produtoras de grãos, e seus respectivos presidentes, e, em especial às maiores do setor:

CAROL – José Oswaldo Galvão Junqueira
COAMO – José Aroldo Galassini
COCAMAR – Luiz Lourenço
COMIGO – Antônio Chavaglia
COOPAVEL - Dilvo Groli
COTRIJAL – Nei Mânica

Só o associativismo salva os produtores brasileiros, especialmente os pequenos e médios. Como os agricultores não têm representatividade política em nível nacional, quem vai atuar em nome deles e de seus interesses? O que vimos na aprovação legislativa sobre o Código Florestal é uma pequena amostra grátis do que vem aí pela frente face às discussões que vão ocorrer pela sociedade urbana quando os preços dos alimentos subirem: se subir é porque há perigo de faltar, e, na sequência, surgirão propostas de confisco dos alimentos, até mesmo taxas sobre exportação, para garantir o abastecimento interno, multas e prisão para quem estiver mantendo estoque dos grãos, enfim, não é difícil imaginar as dificuldades que possam surgir se os preços subirem acima do suportável, pelos governos e pela população.

Somente o associativismo pode salvar os produtores de grãos brasileiros, especialmente os pequenos e médios.

Preços cada vez mais altos
O mais recente relatório divulgado em setembro último pela FAO, o órgão das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, revela que a elevação no preço dos alimentos chegou a níveis críticos, principalmente para os países pobres que necessitam importar alimentos para dar de comer às suas populações.

Segundo os dados da FAO, nos últimos meses os preços do trigo registraram alta estratosférica de até 80%. O milho, um aumento de 40%. Uma perversa combinação entre crescimento de demanda, especulação financeira, secas, e produção de energia a qualquer custo, está entre os fatores causadores dessas altas. Afinal, as quebras nas safras de dois gigantes na produção de grãos, EUA e Rússia, ocorreram em virtude dos efeitos de secas prolongadas. O relatório da FAO afirma que 22 países já enfrentam uma crise prolongada com altos índices de fome mesmo antes dessa forte alta. Portanto, além do agravamento da situação desses que já enfrentam uma crise alimentar, deve-se esperar que novos países se juntem ao contigente de esfomeados.

Mesmo assim, o preço desses alimentos tem estado em constante alta, pois além do prato dos humanos, essas commodities alimentam animais e os veículos abastecidos por biocombustíveis.

Outro problema apontado por economistas da FAO é a especulação orquestrada pelos mercados futuros. “A financeirização por meio de manobras especulativas contribui para elevar os preços dos alimentos”, afirma a entidade.

Nesse clima, fica a pergunta: de que forma as cooperativas poderiam atuar na defesa de seus interesses e dos seus cooperados? De nenhuma forma, respondemos nós. Nem na grande mídia haveria defensores dos agricultores, pois representam a opinião dos urbanos, e estes, como sabemos, andam com inédita antipatia pelo agronegócio. Assim, prevemos que nem mesmo a Frente Parlamentar Agropecuária, de cunho essencialmente político, mostraria a cara para defender os produtores, na hipótese de subida desmedida dos preços pela ameaça de faltar alimentos.

Só o associativismo, com forte atuação política, seria capaz de apresentar a defesa dos agricultores em situação como estas. De outro lado, enquanto esse prognóstico não se confirma, existem muitas batalhas e demandas de interesses dos produtores que estão sendo perdidas pela falta de interlocutores preparados, ou por atores que não possuem representatividade, mas falam em nome dos produtores, diariamente, nos meios de comunicação.

Outro exemplo gritante das diferenças e problemas enfrentados pelos agricultores está expresso em artigos da edição 38 da Agro DBO, dos colunistas Daniel Glat e Rogério Arioli, ambos agrônomos e produtores rurais, quando relatam a tranquilidade dos agricultores americanos diante de uma seca perversa que, se ocorresse no Brasil, jogaria milhares de agricultores em negociação de dívidas ou quebraria a quase todos. Lá existe seguro (de renda) rural aos produtores, enquanto aqui no Brasil temos um seguro que garante apenas aos bancos de receberem o que emprestaram. Em outro artigo, também na edição 38 da Agro DBO, o cafeicultor Luiz Hafers já se antecipa no alerta sobre cotas e impostos, ou melhor, confiscos.

A questão é que a ganância estúpida do mercado nos tempos modernos busca colocar o consumidor em sua condição de “pagante”. Só assim dá para entender a inversão de prioridades ao se colocar em limitação o uso de novas áreas na futura produção dos alimentos, tal como prevê o Código Florestal.

O fato é que se deixarem as coisas como estão pode-se esperar o registro de novas revoltas ao redor do mundo, semelhantes as que têm ocorrido cada vez com maior frequência em diferentes regiões do planeta, em destaque o mundo árabe, mas também na Ásia e na África. Muitas das manifestações entre os árabes tinham também como motivação a escassez ou a alta no preço dos alimentos, mas o agravamento da situação atual não será bom conselheiro na hora de pedir calma aos revoltosos. Afinal, se não for possível comprar comida para colocar no prato das famílias, não haverá bom senso e bons argumentos capazes de evitar atitudes não civilizadas.

A união só pode vir através das cooperativas
É tempo de as cooperativas liderarem a instalação de uma associação nacional, de cunho técnico, com atuação política, que seja representativa, que seja forte, e que expresse os verdadeiros interesses da agricultura. Para defender os agricultores dos futuros e breves ataques, que surgirão de todos os lados. Para buscar equilíbrio nas decisões de governo que se destinam a regular o mercado, sempre em favor dos consumidores, nunca beneficiando os produtores. Para que se evolua com o seguro rural. Para que se tenha uma lei de CLT (Consolidação da Lei Trabalhista) ajustada ao meio rural, que é diferente do urbano. Para que se obtenha segurança jurídica na posse da terra e nas relações com os mercadistas. Ou as cooperativas, e seus líderes, acreditam que poderão defender os seus cooperados sob o manto das cooperativas? Nem antes, nem hoje e nem no futuro. Não é essa a função do cooperativismo, mas apenas de um associativismo.

Que se estabeleça o associativismo, sob as bençãos e liderança do cooperativismo, para dar sustentabilidade aos agricultores. Não há outro caminho: só o associativismo salva a agricultura. Só o cooperativismo tem recursos suficientes para essa empreitada, e só o cooperativismo pode provocar o senso gregário dos produtores rurais, hoje inexistente no Brasil, ao contrário do que se verifica nos EUA e Europa.
Aos cooperados que concordam com nossa proposição sugerimos conversar com os presidentes de suas cooperativas, pedindo que pensem a respeito.
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Jovem engole polvo vivo para agradar amigos

Richard Jakubaszko
Estranha demonstração de amizade, enviada por José Maria Fernandes dos Santos, do Instituto Biológico, de São Paulo, em vídeo ancorado no Youtube. Uma jovem oriental, num restaurante, engole um polvo vivo, depois de colocar o bicho num molhozinho especial...

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domingo, 21 de outubro de 2012

Curiosidades sobre o corpo humano

Richard Jakubaszko
Talvez pensemos que não, até porque as pessoas parecem pensar muito pouco hoje em dia, mas o nosso corpo é um “universo” de curiosidades e surpresas, algumas são inúteis de se saber, outras nem tanto:

















































































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sábado, 20 de outubro de 2012

Globo ocular gigante é encontrado em praia da Flórida


Richard Jakubaszko
Globo ocular tem mais de 10 cm de diâmetro

(Foto: AP) Miami (EUA), 11 out (EFE).
Publicado no Yahoo!: clique aqui

Um enorme globo ocular, com mais de dez centímetros de diâmetro, foi encontrado em uma praia da Flórida, nos EUA, sem que até o momento os especialistas saibam a que animal pertence.

A Comissão para Pesca e Fauna Selvagem da Flórida (FWC, na sigla em inglês) detalhou que "o misterioso globo ocular gigante" foi encontrado esta semana por um homem enquanto passeava pela praia de Pompano Beach.

O homem se pôs em contato com a FWC, que decidiu preservar o achado no gelo enquanto investiga a que animal pode pertencer. Os especialistas entendem que se trata de um animal marinho e cogitam a possibilidade de ser de uma lula gigante, uma baleia ou algum tipo de peixe de grandes dimensões.
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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Código florestal: consequências da imbecilidade...

Richard Jakubaszko
Como alguém notoriamente sábio já falou (será que foi o Barão de Itararé?), "as consequências surgem depois". Olha só a imbecilidade: o Código Florestal deve ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff a qualquer momento. Contenha ou não vetos, no momento isto não é o mais importante, terão de ser protegidas e devidamente cercadas as margens de rios para efeito de APPs. Algum gaiato burocrata que gosta de estatística, me alerta lá de Brasília o colega jornalista Tito Matos, andou calculando que temos, no Brasil, cerca de 1.380.000 km de rios, riachos e córregos que deverão ser cercados dos dois lados, ou seja, serão 2 milhões e 760 mil km de cercas.

Pensei com meus fervorosos neurônios: vai faltar mourão, arame, e não vai ter dinheiro para toda essa imbecilidade!

Se não, vejamos: considerando que um mourão esticador deve ser instalado a cada 100 ou 140 metros de distância, e que a cada 4 ou 5 m tem de colocar uma lasca (os mourões menores), teremos a necessidade, por baixo, de 27 milhões de mourões esticadores e 100 milhões de lascas, mais 5 milhões e 520 mil km de arames, considerando que sejam apenas dois fios de arame...


Se a gente calcular que cada mourão esticador feito de eucalipto custa R$ 45,00 e cada lasca idem custa R$ 13,00 já temos uma conta salgada, nacional, superior a R$ 18 bilhões de reais sem considerar os custos com arame e mão de obra. Ai, ai, ai, quem vai pagar essa conta? O produtor rural, é claro, que já foi devidamente confiscado em 20% de sua área de terras...

Quem vibra com isso? Os fabricantes de arame, e, claro, os vendedores de mourões. A situação piora se a gente sabe que, faltando mourão de eucalipto (que dura no máximo 10 anos), teremos de usar mourão de aroeira, e estes custam R$ 120,00 o esticador e R$ 38,00 cada lasca, mas duram 100 anos se a madeira for tratada. Restam os mourões de concreto, que custam R$ 22,00 cada um equivalente a lasca, ou os mourões de plástico, que já existem, custam menos, e amanhã mesmo acho que vou até o BNDES me inscrever para conseguir um financiamento e instalar uma fábrica de mourões de plástico...

Esperando ansioso a sanção presidencial está o amigo Claudemir, da Madeireira Aroeira, lá de São José do Rio Preto, que me forneceu os preços dos mourões. Ele vende mourões de eucalipto e de aroeira, estes vindos da Bolívia, todos certificados, pois o Brasil não possui mais aroeiras. Concluí de nossa conversa que vamos exterminar as aroeiras da parte amazônica bolivariana...

Tudo isso me leva a pensar sobre a imbecilidade ambiental inconsequente que se observa hoje em dia, os biodesagradáveis preocupados com a flatulência bovina esquecem da própria flatulência, são tão politicamente corretos que nem peidam. Por isso é que não se deve tentar segurar a natureza, pois quando a gente segura um petardo gasoso este pode entrar pela coluna cervical, sobe ao cérebro e daí nascem as ideias de merda, tipo esse Código Florestal, excrescência máxima do servilismo brasileiro, aprovado com sorrisos irônicos indisfarçados da comunidade internacional.

Será que o Código Florestal já se candidata a ser mais uma dessas leis nacionais que nunca pegam? O tempo dirá..

COMENTÁRIO ADICIONAL DO BLOGUEIRO:
Recebi e-mail do Dr. Fernando Penteado Cardoso
Richard,
Trata-se exigência inexequível concebida na lei desde 1965. Por 47 anos não foi cumprida, mesmo nos próprios públicos: parques, estações experimentais, reservas, etc.
Gastaram-se horas e horas de nossos representantes discutindo o impossível. Será que eles não sabem distinguir o que é factível?
Refiro-me às discussões estéreis entre ditos ruralistas e ambientalistas, guerreando-se por diferenças de metros, quando o tema real é: dá ou não dá para fazer? E adianta alguma coisa? Uns e outros parecem que andam no mundo da lua.
Abaixo excerto de entrevista sobre o tema, concedida para o Canal Rural.
Grande abraço
Cardoso
ENTREVISTA AO CANAL RURAL-31.08.2012
Sérgio Braga: Bom, a sua experiência sem dúvida nenhuma é de grande valia para todos que nos acompanham, inclusive para a gente que está aprendendo cada vez mais, quando o senhor participa conosco nestas entrevistas. Dr. Fernando: nós temos aí esse Código Florestal discutido, rediscutido e uma vez mais colocando em dúvida aquilo que o pecuarista deve fazer. O Senhor acha que realmente essa exigência de plantar árvores, reflorestar a beira de rios, isso vai pegar realmente, é possível ou não?
F. Cardoso:

É praticamente impossível e nunca vai ser realizado em grande escala. Poderá ser realizado por alguns produtores, porque a pecuária é uma atividade de muito pouca mão de obra e essa mão de obra nunca será suficiente para construir cercas na beirada do rio, matar formiga na beirada do rio, comprar mudas, plantar as mudas, capinar para não haver concorrência das invasoras, fazer o replantio. Isso tudo é muito acadêmico. É uma discussão entre um grupo de ruralistas e um grupo de ambientalistas, os dois grupos mais num ambiente de ar condicionado. O pecuarista mesmo não está lá na discussão, porque está trabalhando nas suas fazendas.
 
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terça-feira, 16 de outubro de 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

A mesada e o mensalão.

por Jânio de Freitas, na FSP
14/10/2012 - 03h00 
A mentira foi a geradora de todas as verdades, meias verdades, indícios desprezados e indícios manipulados que deram a dimensão do escândalo e o espírito do julgamento do "mensalão".
Por ora, o paradoxo irônico está soterrado no clima odiento que, das manifestações antidemocráticas de jornalistas e leitores às agressões verbais no Supremo, restringe a busca de elucidação de todo o episódio. Pode ser que mais tarde contribua para compreenderem o nosso tempo de brasileiros. 

Estava lá, na primeira página de celebração das condenações de José Dirceu e José Genoino, a reprodução da primeira página da Folha em 6 de junho de 2005. Primeiro passo para a recente manchete editorializada --CULPADOS--, a estonteante denúncia colhida pela jornalista Renata Lo Prete: "PT dava mesada de R$ 30 mil a parlamentares, diz Jefferson". O leitor não tinha ideia de que Jefferson era esse.

Era mentira a mesada de R$ 30 mil. Nem indício apareceu desse pagamento de montante regular e mensal, apesar da minúcia com que as investigações o procuraram. Passados sete anos, ainda não se sabe quanto houve de mentira, além da mensalidade, na denúncia inicial de Roberto Jefferson. A tão citada conversa com Lula a respeito de mesada é um exemplo da ficção continuada.
A mentira central deu origem ao nome --mensalão-- que não se adapta à trama hoje conhecida. Torna-se, por isso, ele também uma mentira. E, como apropriado, o deputado Miro Teixeira diz ser mentira a sua autoria do batismo, cujo jeito lembra mesmo o do próprio Jefferson.

Nada leva, porém, à velha ideia de alguém que atirou no que viu e acertou no que não viu. A mentira da denúncia de Roberto Jefferson era de quem sabia haver dinheiro, mas dinheiro grosso: ele o recebera. E não há sinal de que o tenha repassado ao PTB, em nome do qual colheu mais de R$ 4 milhões e, admitiria mais tarde, esperava ainda R$ 15 milhões. A mentira de modestos R$ 30 mil era prudente e útil.

Prudente por acobertar, eventualmente até para companheiros petebistas, a correnteza dos milhões que também o inundava. E útil por bastar para a vingança ou chantagem pela falta dos R$ 15 milhões, paralela à demissão de gente sua por corrupção no Correio. Como diria mais tarde, Jefferson supôs que o flagrante de corrupção, exibido nas TVs, fosse coisa de José Dirceu para atingi-lo. O que soa como outra mentira, porque presidia o PTB e o governo não hostilizaria um partido necessário à sua base na Câmara.

Da mentira vieram as verdades, as meias verdades e nem isso. Mas a condenação de Roberto Jefferson, por corrupção passiva, ainda não é a verdade que aparenta. Nem é provável que venha a sê-lo.

MAIS DEDUÇÃO
Em sua mais recente dedução para voto condenatório, o presidente do Supremo, Ayres Britto, deu como certo que as ações em julgamento visaram a "continuísmo governamental.
Golpe, portanto, nesse conteúdo da democracia que é o republicanismo, que postula renovação dos quadros de dirigentes".

Desde sua criação e no mundo todo, alcançar o poder, e, se alcançado, nele permanecer o máximo possível, é a razão de ser dos partidos políticos. Os que não se organizem por tal razão, são contrafações, fraudes admitidas, não são partidos políticos.

Sergio Motta, que esteve politicamente para Fernando Henrique como José Dirceu para Lula, informou ao país que o projeto do PSDB era continuar no poder por 20 anos.
Não há por que supor que, nesse caso, o ministro Ayres Britto tenha deduzido haver golpe ou plano golpista. Nem mesmo depois que o projeto se iniciou com a compra de deputados para aprovar a reeleição.
Daniel Marenco/Folhapress Janio de Freitas, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha, é um dos mais importantes jornalistas brasileiros. Analisa com perspicácia e ousadia as questões políticas e econômicas. Escreve na versão impressa do caderno "Poder" aos domingos, terças e quintas-feiras. http://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/1168921-a-mesada-e-o-mensalao.shtml
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sábado, 13 de outubro de 2012

E se eles tiverem toda a razão?

Richard Jakubaszko
Serão verdades factuais? Ou seriam definitivas? Sempre foi assim? Ou vai mudar? 
É que a história sempre foi escrita pelos vencedores, lamentavelmente. Um dia, quem sabe, a humanidade tomará o rumo certo, despida dos interesses políticos e partidários, e do mercantilismo. Hodiernamente a imprensa imagina escrever a história do presente e do futuro, influenciar o povo, governos e justiça.

Liberdade

Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não tem ninguém que a explique e ninguém que não entenda."

Cecília Meireles

A verdade sempre prevalece
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta, formará um público tão vil como ela mesma."
Joseph Pulitzer



Será que é assim?
"Jornal é um espaço incapaz de discernir entre a queda de uma bicicleta e o colapso da civilização".
Bernard Shaw


Depois, não digam que não sabiam.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Aquecimento: mitos e verdades

Richard Jakubaszko
Há muito desconhecimento das pessoas sobre as questões do "aquecimento" e das "mudanças climáticas", afora os interesses comerciais e marqueteiros envolvidos. Em minha opinião, trata-se da grande farsa do século XXI, avalizada por uma agenda política e comercial de alguns grupos infiltrados na ONU, com apoio incondicional da mídia, a ponto de virar um modismo, melhor ainda, uma verdadeira neurose, especialmente no Brasil.

Na entrevista postada no vídeo abaixo, o professor de climatologia Ricardo Augusto Felício, da USP, conversa com Ronnie Von, na TV Gazeta, e encara de frente os mitos e verdades sobre algumas dessas questões.

Aqui no blog tenho uma série de postagens sobre o tema, basta o visitante pesquisar nas tags (na aba lateral direita, lá embaixo) sobre "CO2" ou "aquecimento", por exemplo, que terá à sua disposição textos e vídeos esclarecedores sobre esses temas, que são geralmente abordados de forma superficial e leviana pela mídia.
Se desejar debater o tema, e dar sua opinião, afinal, este é um blog de debate, use o espaço de comentário, no rodapé dessa postagem. Porém, aviso novamente: não publico comentários de anônimos. Assim, identifique-se!

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Música por instrumento, genial.

Richard Jakubaszko 
Música eletrônica, ou genialidade? Você, com quase toda a certeza, jamais viu nada igual ou parecido.

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

A charge, como crítica social

Richard Jakubaszko
Charges e ilustrações de sensível criatividade como crítica social são meios artísticos raros, e Paula Kuczynskiego é uma jovem artista polaca que demonstra um inovador talento, como pode ser visto nas ilustrações (e vídeo, onde são exibidas diversas outras imagens) abaixo postadas.

Recebi o material da primogênita, antropóloga protetora de nações indígenas, que mora lá em Cuiabá, e é mãe da Bitrica, a neta preferida, única perspectiva da permanência do meu DNA no futuro.





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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

12 de outubro – dia do engenheiro agrônomo, para reflexão


Mauricio Carvalho de Oliveira *

12 de outubro – dia do engenheiro agrônomo

Para reflexão:
O tema Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e seus congêneres atende mais a sanha de ambientalistas e poderá, facilmente, contribuir para engordar a burocracia do que concretizar-se em um instrumento eficaz para a preservação ambiental.
 

O agricultor está preocupado em buscar inovações e tecnologias para produzir com eficiência e competir em um mercado cada vez mais exigente. Precisam, antes de tudo, de segurança jurídica em seus negócios (regras claras e confiáveis), de crédito suficiente e ágil, de logística adequada às suas atividades, e não de mais uma promessa distante de apoio financeiro para que ele zele de seus ativos ambientais.

Enquanto na burocracia são engendradas as estruturas regulatórias para gerir os tais PSAs, os produtores estão envolvidos na aquisição de insumos para os novos ciclos de produção – investir em máquinas e equipamentos, na conservação de seu solo, na proteção dos recursos hídricos, no aperfeiçoamento da gestão de seu negócio e a sobrevivência do mesmo, seja para seus filhos ou netos, ou para quem se dispuser, de fato, a ser um produtor de alimentos.

Esse é um tema relevante para reflexão no meio agronômico. Será isso que a sociedade precisa? Mais um imposto para girar a máquina pública e mais um atropelo legislativo para o produtor rural? Em quais países esses modelos estão funcionando? São apenas alguns questionamentos que devem estar muito claramente entendidos antes de assentir com tais propostas.

O engenheiro agrônomo é o profissional que melhor compreende os valores e a ciência do uso da terra. Valores e conhecimentos esses que devem ser colocados em beneficio de uma vida melhor, sem mistificações ou sofismas e que resultem no real desenvolvimento socioeconômico. Ciência e tecnologia sim! Mais imposto? Reflita sobre isso.

* O autor é Engenheiro Agrônomo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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