sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Pode faltar terra em 5 anos!

Richard Jakubaszko
A Agro DBO, edição nº 40, que corresponde aos meses de dez/2012 e jan/2013, traz matérias interessantes e relevantes. Tostão (José Augusto Bezerra) e eu temos nos desdobrado para oferecer aos leitores uma revista que seja referência em agricultura.
Alguns dos temas abordados estão em destaque na capa.
1 - A soja invade o pasto. A matéria mostra a corrida dos agricultores por arrendar terras hoje ocupadas por pastos degradados. Tudo isso porque, com os estoques de segurança alimentar baixíssimos, e com os bons preços da soja e do milho, há necessidade e estímulos para se ampliar plantios. Na falta de terras disponíveis para se fazer agricultura, especialmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, limitadas, de um lado, pelo novo Código Florestal, de outro, pela lei de compra de terras por estrangeiros, encareceu o custo para venda de terras, e a solução foi partir para o arrendamento. A matéria mostra as implicações e consequências que isso traz aos produtores, inclusive dificuldades para o uso de algumas tecnologias.

2 - Paolinelli avisa: pode faltar terra para agricultura em 5 anos.  O ex-ministro, em entrevista exclusiva para a Agro DBO, disse que um estudo da Abramilho levantou 7,5 milhões de hectares ainda disponíveis no Cerrado brasileiro. Como estamos avançando 1,5 milhões de hectares por ano, a conta é fácil de ser feita: vai faltar terra para fazer agricultura em 5 anos. Ou seja, a briga e as discussões com os ambientalistas será retomada antes desse prazo. Espero que até lá os biodesagradáveis ponham as ideias no lugar, caso contrário vai faltar comida pra tanta gente...

3 - Os biofortificantes inseridos nos alimentos serão a salvação para a carência nutricional. O Brasil tem a ponta do saber nesse tema, conforme artigo dos professores Luiz Roberto Guimarães Guilherme e Alfredo Scheid Lopes, da gloriosa UFLA, a Universidade Federal de Lavras, MG, e ainda de Silvio Junio Ramos, do Instituto Tecnológico Vale.

4 - Marcelo Balerini, presidente da ABBA, saúda o broto de batata-semente. Em artigo exclusivo Balerini mostra a importância da tecnologia desenvolvida (e agora com patente requerida) pelo meu entusiasmado amigo José Alberto Caram de Souza Dias, pesquisador do IAC, agora incluída na nova lei de sementes e cultivares, e que trará inúmeros benefícios para a bataticultura.

5 - Tem muito mais na Agro DBO 40, para os leitores interessados recomendo fazer a assinatura gratuita no site da revista: www.agrodbo.com.br
e aos anunciantes que não querem ficar longe dos agricultores, os chamados formadores de opinião, sugiro que mantenham olhos abertos para não perderem a próxima edição. A revista Agro DBO vai ser referência na agricultura, podem crer, assim como já é, há muito tempo, a revista DBO para a pecuária.

Informo que a revista estará no site a partir da semana de 7 a 11 de janeiro 2013


Bom Natal e Boas Festas a todos! Que seja um doce 2013 !
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3 comentários:

  1. Prezado Richard:
    O problema não é só daqui a 5 anos. Precisamos projetar o problema alimentar do mundo daqui a 30 anos.
    Tendo em conta o período necessário para decomposição de tocos e troncos, possibilitando uma limpeza econômica do terreno, há que se pensar já em novas aberturas em terras altas, bem conformadas, não inundáveis, capitalizando o recurso natural renovável de luz, calor e chuva.
    Nesse meio tempo planta-se capim para ter forragem de baixo custo, a qual pode ser transformada em carne de preço imbatível.
    Mas ninguém vai se meter no sertão para abrir 20% da mata, deixando 80% para criatório de anofelinos, além de levar uma vida isolada por distâncias alongadas, dificultando apoio e convivência, com onerosa manutenção de caminhos.
    Procuram-se estadistas e “futurologistas” !!
    Agradecendo e retribuindo os amáveis votos de fim de ano,
    Cordial abraço,
    Cardoso

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  2. Olá Richard
    Muito boa matéria. Alysson Paolinelli conhece bem o assunto e o Brasil.
    Para colaborar com esse tema – vai faltar terra – o relatório da empresa Nomura Holdings, feito por Bill Randal (Asian Agri Capital) e publicado no jornal Valor Econômico em agosto de 2011, diz:
    “Segundo relatório da Nomura Holdings, Malásia e Indonésia ficaram sem terra para plantar a partir de 2020”.
    Veja que o problema não é só por aqui que está acontecendo a falta de terra.
    Um abraço.
    João Carlos Romero

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  3. José Alberto Caram de Souza Dias21 de dezembro de 2012 às 19:07

    Caro Richard / Agro DBO
    Fico muito grato pela sua iniciativa de publicar na revista Agro DBO n. 40 (Dez 2012 – Jan 2013), o artigo do colega Marcelo Balerine de Carvalho (Presidente da Associação Brasileira da Batata - ABBA), comentando sobre o impacto da tecnologia do Broto/Batata-semente, face à inclusão da nova legislação federal sobre Produção e Certificação de Batata-Semente.

    Permita-me ressaltar que essa decisão do Ministério da Agricultura (MAPA) é o reconhecimento da ciência e tecnologia “made in APTA-IAC”: gerada, avaliada (durante quase 30 anos de pesquisa/apoio FUNDAG, CNPq, FAPESP, ABVGS, ABBA ), transferida para o agronegócio nacional e internacional (China, Moçambique e propostas para República do Benin e outros países da África, em parceria com cientistas da JKI-Alemanha e Univ. Wisconsin-Madison, EUA).

    O MAPA , agora com a nova IN 32 de 21-11-2012, oficializa, de forma inovadora e pioneira, a nível mundial, o uso de “broto” como “batata-semente”.

    O impacto dessa iniciativa do MAPA, para o Brasil e outros países que também dependem da batata-semente importada, livre de vírus, é que o broto/batata-semente oferece, além de redução nos custos de transporte, a redução, também, nos riscos de introdução de patógenos (microorganismos) do solo, que eventualmente podem estar associados à epiderme de tubérculo / batata-semente.
    Cabe ressaltar ainda que, em termos de defesa sanitária nacional, broto/batata-semente introduz o conceito de “100% QUARENTENA INDIRETA“. Pois os lotes de broto/batata-semenete importados, ao contrário dos lotes de tubérculo/batata-semente (sistema convencional, secular), não serão plantados diretamente no campo (maior risco de introdução e disseminação de microorganismos quarentenários no país importador). Brotos serão plantados diretamente em substrato, dentro de telados (tela anti-afídeos). Será portanto, nesse ambiente protegido contra insetos vetores de viroses (mímica de quarentena), que os brotos/batata-semente, importados ou nacionais, serão plantados, germinados, plantas inspecionadas, e produção (mini)tubérculos/batata-semente certificados. Tudo, portanto, do plantio à colheita, feita dentro dessa “quarentena”, minimizando ainda mais o referido risco agro-sanitário.

    Meu muito obrigado e parabéns por mais essa, da sempre aguardada Agro DBO.

    Aproveito para desejar a você e a todos que nos leem um FELIZ NATAL e ANO NOVO MUITO FELIZ (repleto de “brotos”, livres de vírus...)

    José Alberto Caram de Souza Dias (Eng. Agr. PhD)
    Pesquisador Científico – Virologista
    APTA-Instituto Agronômico – Campinas (IAC)

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