sexta-feira, 31 de maio de 2013

Se patrões e empregados reclamam juntos, algo vai mal...

Richard Jakubaszko 
Não dá para entender quando patrões e empregados reclamam em uníssono contra decisões do governo. Estarão aplicando remédio errado ou em dose inadequada ao doente, que apresenta sintomas de inflação renitente?

A Fiesp, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, considerou que o novo aumento da taxa básica de juros (Selic), em 0,5 ponto percentual, de 7,5% para 8% ao ano, anunciado na noite de quarta-feira (29) pelo Banco Central, reduzirá a capacidade de crescimento da economia brasileira.

“É preciso quebrar paradigmas, o Brasil precisa de um choque de competitividade, investimento e produção, e não da mesmice do aumento de juros”, disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf que usou como argumento o baixo desempenho da economia no primeiro trimestre.

Segundo Skaf, a divulgação de que nos primeiros 3 primeiros meses do ano a expansão do PIB - Produto Interno Bruto, foi de apenas 0,6% fez com que a Fiesp revisasse a previsão de crescimento para o ano de 2,5% para 2%.

A Força Sindical também desaprovou e criticou o aumento da Selic. “A decisão acende o sinal de alerta para os trabalhadores porque, embora os índices mostrem bom nível de emprego, elevar a taxa Selic contribuirá para a redução de investimentos no setor produtivo, obrigando o governo a pagar mais juros para investidores. A consequência será menos recursos para investir em programas sociais”, diz o comunicado assinado pelo presidente da central sindical, Paulo Pereira da Silva.


O que é que de fato acontece? O Governo Federal acredita que elevar para 8% a.a. a Selic vai reduzir a inflação? Parece piada, se a gente acreditar nisso. Ou a decisão é para contentar a mídia, porta-voz do mercado e dos bancos? O Governo Federal encontra-se refém dos oligopólios?
.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Como evitar a gripe H1N1

Richard Jakubaszko
O Dr. Vinay Goyal, especialista em atendimentos de emergência, reconhecido mundialmente, diretor de um departamento de medicina nuclear, tiroídica e cardíaca, sugere divulgar as informações a seguir para o maior número possível de pessoas, a fim de contribuir para minimizar o número de casos da Gripe A, causada pelo vírus H1N1.
"As únicas vias de acesso para o vírus da gripe são as narinas, a boca e a garganta. Em relação a esta epidemia tão vastamente propagada, apesar de todas as precauções, é praticamente impossível não estar em contato com portadores do vírus que a promove.

Contudo, alerto para o seguinte: o problema real não é tanto o contato com o vírus, mas a sua proliferação. Enquanto estamos em boa saúde e não apresentamos sintomas de infecção da gripe A (H1N1), há precauções a serem tomadas para evitar a proliferação do vírus, o agravamento dos sintomas e o desenvolvimento das infecções secundárias. Lamentavelmente, estas precauções, relativamente simples, não são divulgadas suficientemente na maior parte das comunicações oficiais.
 

Por que será? Por ser barato demais e não haver lucros?

Eis algumas precauções:
1. Como mencionado na maior parte das sugestões, lave as mãos frequentemente.


2. Evite, na medida do possível, tocar no rosto com as mãos.


3. Duas vezes por dia, sobretudo quando esteve em contato com outras pessoas, ou quando chegar em casa, faça gargarejos com água morna contendo sal de cozinha. Decorrem normalmente 2 a 3 dias entre o momento em que a garganta e as narinas são infectadas e o aparecimento dos sintomas. Os gargarejos feitos regularmente podem prevenir a proliferação do vírus. De certa maneira, os gargarejos com água salgada têm o mesmo efeito, numa pessoa em estado saudável, que a vacina sobre uma pessoa infectada. Não devemos subestimar este método preventivo simples, barato e eficaz. Os vírus não suportam a água morna contendo sais.


4. Ao menos uma vez por dia, à noite, por exemplo, limpe as narinas com a água morna e sal. Assoe o nariz com vigor, e, em seguida, com um cotonete para ouvidos (ou um pouco de algodão) mergulhado numa solução de água morna com sal, passe nas duas narinas. Este é outro método eficaz para diminuir a propagação do vírus. O uso de potes nasais para limpeza das narinas, contendo água morna e sal de cozinha, é um excelente método para retirar as impurezas hospedeiras dos vírus e bactérias; trata-se de um costume milenar, da Índia.
5. Reforce o seu sistema imunitário comendo alimentos ricos em vitamina C. Se a vitamina C for tomada sob a forma de pastilhas ou comprimidos, assegure-se de que contém Zinco, a fim de acelerar a absorção da vitamina C.
6. Beba, tanto quanto possível (1 litro por dia), bebidas quentes (chá, café, infusões etc.). As bebidas quentes limpam os vírus que podem se encontrar depositados na garganta e em seguida depositam-nos no estômago onde não podem sobreviver, devido o pH local ser ácido, o que evita a sua proliferação."


7. Vá se vacinar.

Caro (a) Amigo (a): será uma grande contribuição se você fizer chegar esta mensagem ao maior número de pessoas. Você prestará um serviço de grande utilidade pública, ajudando no combate desta gripe que já dizimou tantas pessoas.

.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Mistureba higienizadora

Richard Jakubaszko
Segue receita da mistureba que tira cheiro de tudo, absolutamente tudo, e limpa tecidos, desamarela, perfuma e pode ser usada em animais e no ambiente.





PARA OS ANIMAIS (banho a seco):1 LITRO DE ÁGUA + 1/2 COPO VINAGRE DE ÁLCOOL + 1 COLHER SOPA BICARBONATO SÓDIO

Coloque os ingredientes numa vasilha, molhe um pano macio, torça e passe no corpo todo, molhe, torça e passe...

O vinagre é antisséptico, tira cheiros e dá brilho ao pelo, e o bicarbonato tira cheiros.

Se a barba e o bigode (do animal homem...), por exemplo, estiverem fedidos, pode encharcar e depois é só secar bem.

PARA O AMBIENTE:
1 LITRO DE ÁGUA + 1/2 COPO VINAGRE DE ÁLCOOL + 1 COL. SOPA BICARBONATO SÓDIO + 1/4 COPO DE ÁLCOOL + 1 COL. SOPA AMACIANTE.
Dica: como o vinagre e o bicarbonato efervescem usados juntos, procure fazer a mistura num recipiente grande para depois colocar no frasco menor e na seguinte ordem:
1 - água
2 - álcool
3 - bicarbonato
4 - vinagre
5 - amaciante

Borrife sobre tecidos em geral: sofás, almofadas, caminhas de cachorro, cortinas, travesseiros, cobertores, roupas... além de tirar maus cheiros deixa o perfume duradouro do amaciante.

Pode ser usado como aromatizador de ambiente, neste caso acrescente umas gotinhas de sua essência preferida no lugar do amaciante. Captura odores e perfuma.

Se quiser uma limpeza profunda, lave o objeto com a mistura, sem medo de estragar qualquer tecido, pelo contrário, o vinagre reaviva cores, o bicarbonato limpa profundamente, o amaciante amacia as fibras e o álcool faz tudo secar mais rápido.

Limpa carpet, não tem igual!!!

Tira cheiro de chulé dos tênis, de mofo das roupas (muuuito melhor que o Shout!!), de cachorro, de xixi de cachorro, de vômito das crianças...

Pegou um cachorro no colo ou um bebê vomitou no seu colo e ficou fedido, bem na hora de sair? Espirre a misturinha num pano que não solte pelo (uso o Duramax) e passe na roupa, ou espirre diretamente na roupa e tire o excesso. Pronto!

Experimente limpar os estofados e teto do carro, principalmente quem fuma no carro, vc não vai acreditar no resultado, limpa e desamarela o teto sem muito esforço.

Também é possível limpar bancadas, interior de armários, pisos... enfim, tudo!

Vc pode variar o perfume, e usar sem cheiro nenhum na cozinha.

Tem gente que usa o amaciante concentrado Comfort erva doce ou aloe vera, o cheiro é agradável.

Sugestão: não exagerar nos compostos. Bicarbonato demais vai deixar resíduos, amaciante demais deixa meio ensebado e vinagre demais deixa o cheiro de vinagre.

Em casa sempre temos um recipiente de 1litro em spray com a misturinha para borrifar e se quiser passar no chão pra limpar com o rodo mágico abre-se o recipiente e jogue direto no chão.

Passe adiante, só conservamos o que temos dividindo-o com os outros!

.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Jornalistas são anormais?

Richard Jakubaszko
Circula afoito pela internet o texto abaixo, no formato e-mail padrão, como se fosse uma mula sem cabeça enlouquecida depois de cheirar umas pedrinhas, e em tom de troça com os coleguinhas jornalistas.

Vejam lá se não faz faz sentido:

Por que um ser humano aparentemente normal decide ser jornalista?
* Porque nunca foi bom nessas coisas de álgebra, geometria plana, progressões aritméticas.
 

* Porque ele acredita em cartomante, no Guia do Estudante, em teste vocacional.
 

* Porque Deus estava de folga quando ele decidiu prestar o vestibular.  

* Porque o anjo da guarda dele estava de ressaca no dia da prova.  

* Porque a tia Cidinha, professora de Redação, disse que ele levava jeito pra escrever.  

* Porque ele deve ter feito alguma merda grande na vida passada e agora voltou jornalista para pagar a dívida.
 

* Porque cresceu ouvindo notícias nas rádios e sempre soube que era aquilo que queria pra vida.

* Porque todo mundo tem um defeito.

* Porque vocação para a pobreza é uma coisa genética em muitas famílias.

* Porque ser aparentemente normal é muito chato. O bom é parecer meio maluco.


Desconheço a autoria, daria créditos se descobrisse o nome do talentoso criador. Se alguém souber, por favor, informe.
.

domingo, 26 de maio de 2013

Morre Roberto Civita

Richard Jakubaszko
Morreu hoje, por volta de 22h00 no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o empresário Roberto Civita, 76, após mais de 2 meses internado.
.

sábado, 25 de maio de 2013

Paris registra noite de maio mais fria desde 1887

Richard Jakubaszko

De acordo com despacho da agência EFE, os serviços meteorológicos franceses registraram esta madrugada uma temperatura mínima em Paris de 3,7 graus centígrados, o que transformou a noite anterior na mais fria na capital francesa em um mês de maio desde 1887.

Nos últimos dez dias, as temperaturas máxima médias em Paris e no norte da França ficaram entre nove e dez graus centígrados.

A previsão da Météo France para Paris nos próximos dias prevê uma leve alta nas temperaturas, passando da mínima de quatro graus para seis amanhã, sete no domingo e oito na próxima segunda-feira.

A última estimativa da Météo France prevê dez graus de mínima no dia 1º de junho, a apenas três semanas de começar oficialmente o verão.

Continuo perguntando: cadê o aquecimento?
Alheia e distante dessa pendenga Paris continua linda, seja em um dia de chuva, quando fica prateada, ou com seu maravilhoso pôr de sol.

. 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A Vivo é um caso de polícia! Chamem o ladrão!

Richard Jakubaszko
Gente, se arrependimento matasse eu já era. Assinei os serviços de Vivo TV fibra a partir de janeiro último, e ampliei de 10 para 15 megabytes a internet Vivo Fibra.
Os preços, nem é bom falar, são caríssimos. Muito acima do padrão internacional, eis que o pacote total da TV está em R$ 200,00 mensais, e da internet em R$ 79,00 fora a conta do telefone fixo.

Seria suportável pagar isso se a Vivo entregasse o que vendeu. O problema é que cobram o que não entregam.
Desde que instalaram na minha casa a TV e a internet fibra, já houve mais de 15 "quedas" do sistema, e aí ficamos sem TV e internet, ao mesmo tempo.

Neste mês de maio já houve 6 interrupções. Curioso em saber o que acontece coloquei meus dotes jornalísticos e detetivescos para trabalhar. Não deu outra: tem trampo por detrás dessa história, que envolve corrupção e incompetência.

A Vivo vende e não entrega porque o sistema no bairro está inflado, e mal dimensionado, ou seja, esgotou-se. Talvez devido ao fato de que foi mal projetado, ou porque venderam a mais do que o sistema suportaria.

Cai um dia, reinstala no outro, cai de novo. Descobri que uma lan house instalou-se numa rua transversal à minha, e o proprietário queria muitas linhas, indisponíveis na região. Dai que ele subornou ou adoçou os técnicos da EGS (empresa subsidiária da Erickson, que presta serviços para a Vivo), e todo dia tem técnico da EGS na minha rua, de manhã um desinstala e de tarde outro reinstala.

Uma vizinha já fez BO (Boletim de Ocorrência) na delegacia do bairro.
Em minha casa temos mais de 40 nºs de protocolos de reclamações feitos ao 106 15 da Vivo e à Ouvidoria da Vivo. Nada adianta, reclama hoje, reinstala amanhã de manhã, a lan house manda cortar à tarde, e a EGS ou a Vivo não dão explicações.

É a maravilha da privatização feita por FHC e seus tucanos. Venderam a Telesp para a Telefônica, que se associou com a Vivo, e agora enganam caro a todos nós, cobrando caríssimo e entregando um péssimo serviço, fora a dor de cabeça de perder horas e horas, todos os dias, em conversas cantinflescas com as mal treinadas atendentes do atendimento da Vivo.

É isso, chamem o ladrão, a polícia não será suficiente pra prender tanta gente.

Será que esse país tem jeito? Tem horas que eu duvido disso.

ET. (Quinta, 23/5/13 - 17h40m) Minha mulher acompanhou hoje o dia inteiro o périplo de duas empresas prestadoras de serviços da Vivo, a EGS e a sua sub-contratada, a Dominium, lá na minha rua. A EGS, aparentemente, querendo consertar o problema em definitivo, reinstalou minhas linhas de TV e internet, mas a equipe da Dominium insistia em desligar minhas linhas e instalar a ligação da lan house. Venceu, até o momento, o bom senso, e a EGS conseguiu da Vivo a promessa de não vender nem instalar novas linhas de Vivo Fibra TV ou internet na região, até que consigam redimensionar e instalar novas cabeças de suporte para expansão na área.
Desta forma, aplausos para a EGS, e até para a polícia que foi chamada na rua, pois os vizinhos desconectados estão em pé de guerra com a tal Dominium. As duas empresas, com 3 equipes, passaram o dia inteiro na minha rua, discutindo entre si, numa demonstração catastrófica e evidente de que a Vivo anda trocando os pés pelas mãos.
.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Esporte é vida e saúde!

Richard Jakubaszko
No discurso é isso: esporte é vida e saúde. Na prática a teoria é outra, como já dizia Joelmir.

Publicado nos blogs:
http://esquerdopata.blogspot.com.br/
e
www.malvados.com.br
.

domingo, 19 de maio de 2013

Entre o irreal e o imaginário

Richard Jakubaszko
O vídeo abaixo, ancorado no Vimeo, anda provocando debates, por caracterizar em imagens as diferenças entre o irreal e o imaginário. Convenhamos, é muito difícil saber o que é real e o que é manipulado. Hoje é muito fácil alterar digitalmente as fotos e os vídeos com o advento das novas tecnologias de design  e gráficos de computador.
Simplesmente fascinante! Mas é tudo uma ilusão...


Quase nada do que se assiste na TV ou em um filme é real. Na publicidade é a mesma coisa, é tudo irreal ou com base no imaginário. Entre os dois está a imbecilidade...
É incrível o quanto de cada cena é criado por computação gráfica.
Uma boa razão para sermos céticos em relação ao que assistimos nas TVs.


.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Imbecilidades & idiossincrasias V - o spam

Richard Jakubaszko
Se há movimento você está estressado
O spam é um dos maiores terrores contemporâneos da humanidade, e, convenhamos, é a maior imbecilidade do mundo moderno. É quase universal, mas no Brasil há peculiaridades que ultrapassam o ridículo. Como as pessoas em geral pouco entendem de computador, os “especialistas” faturam horrores nas costas do desconhecimento do brasileiro, que continua se achando esperto...

Intrinsecamente o spam incomoda a quem recebe. Realmente, é uma chatice ter de deletar dezenas todo santo dia, sem nem abrir. Bom, são apenas dezenas, caro leitor, se for você, eu já ando nas centenas, pois meu volume de recebimento já ultrapassou, faz tempo, mais de 500 e-mails/dia, por causa da profissão, jornalista que sou, com a agravante de, além de trabalhar numa redação (revista Agro DBO), ainda ser blogueiro e escritor... Cada um com a sua cruz, a minha, nesse quesito, é pesada, posso garantir.

Deleto, então, mais de 200 e-mails spam por dia, mas eu próprio é que escolho o que é spam. Não transfiro essa responsabilidade a outros, muito menos aos provedores ou gestores de TI. É que, dos 500 ou 600 e-mails que recebo todo dia, dezenas deles são importantes, são sugestões de pauta e/ou comunicados de empresas, órgãos públicos, ministérios, assessorias de imprensa etc., e que tenho interesse em, no mínimo, de tomar conhecimento, mesmo que julgue como assunto não importante para retransmitir aos leitores, da revista ou do blog. Leio e deleto.

Entretanto, há provedores e gestores de TI que decidem por você, aquilo que é ou não spam, e jogam isso na caixa de spam do webmail, ou do pop, mensagens que, depois, não caem na sua pasta de “entradas” dos programas como out look, Microsoft Live Mail e outros, e você nem fica sabendo que “recebeu”. A contrapartida também é válida, pois quando você envia um e-mail para mais de 4 ou 5 pessoas, conforme o provedor, sua mensagem será taxada como spam, e chegará em algumas caixas e noutras não.

Acontece isso comigo, hoje em dia. É quando faço comunicação aos amigos de que postei algo no blog. De cada mil endereços, que divido em 10 mensagens, destinando a 100 nomes de cada e-mail, todos em cópia oculta. Retornam pelo menos 200 mensagens undelivery, taxadas como spam, e os destinatários nem ficam sabendo. E isso quando o servidor é “educado” e dá esse aviso, pois boa parte nem se dá a esse trabalho. A partir daí seu endereço de e-mail fica rotulado como “emissor de spam, criminoso virtual”, e dê-lhe bloqueio.

Se nós estamos na época da universalidade das comunicações, como é que os provedores e gestores de TI podem se outorgar esse direito?

Fica a desconfiança de que isso é para facilitar a venda posterior de serviços, e para venda e remessas de e-mail marketing.

O interessante é que as pessoas, sem saber, incentivam e participam dessa hipocrisia consentida, pois as chamadas redes sociais não são nada mais nada menos do que gigantescos bancos de dados de e-mails, endereços que eles “subtraem” gratuitamente das agendas dos seus filiados e depois enviam centenas de mensagens, diversas vezes. Tem mais, comercializam essas listas de e-mails a custos baixíssimos.


Os campeões dessa hipocrisia moderna são os facebooks, twitters, Google+ e os linkedins. Quem nunca recebeu e-mails deles, em nome de algum amigo ou conhecido? Gente que, por vezes, nem sabe que usaram a agenda dele para incentivar novas adesões para as “divertidas” redes sociais, onde proliferam imbecilidades virtuais, e circula gente com 2 ou 5 ou 10 mil “amigos” ou “seguidores”, cuja maioria esmagadora jamais se viu ou se conheceu e nunca vai se conhecer. São locais onde impera a venda de drogas, de remédios e estimulantes proibidos de uso, de prostituição implícita e explícita, e muitas outras picaretagens e desonestidades, inclusive pedofilia.

Definitivamente, o meu atual estágio sociofóbico não consegue aceitar essas redes sociais, nem mesmo as chamadas de "sérias", construídas para debates e troca de ideias. É só aparecer um que pensa o contrário daquilo que você escreveu e lá vem desaforo e tentativas de desqualificação da pessoa, porque a maioria das pessoas atualmente, assim, me parece, são incapazes de debater um assunto em profundidade. Porque falta conteúdo a essas pessoas, saem no porrete do vernáculo virtual. É a apologia pura do "se não pensa como eu, é meu inimigo"...

Um perigo nisso tudo: o Google se agiganta cada vez mais, assim como outras redes. Hoje eles sabem exatamente quais as suas preferências, por onde você surfa na internet. Não há mais segredos para eles. É o olho do gigante sobre todos nós. Eu deleto, todos os dias, através de um programinha simples que instalei, gratuito (o CCleaner), todos os cookies e arquivos TMP, que só enchem a memória do computador, tornando-o lento e irritante.

Vou continuar comentando essas imbecilidades & idiossincrasias modernas...
.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A cidade gosta do agronegócio

José Luiz Tejon Megido
Mal me quer, bem me quer? A Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) e o Núcleo de Agronegócio da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) queriam saber o quanto a população urbana brasileira percebia como importante ou não, e em que dimensão, o agronegócio. Também sobre os agricultores e as atividades envolvendo esse macrossetor, que - integrando todos os seus elos do antes, dentro e pós porteira das fazendas - significam algo em torno de R$ 1 trilhão do produto interno bruto.

Os dados foram apresentados na pesquisa sobre a percepção da população urbana brasileira dos grandes centros populacionais sobre o agronegócio e desvendam consideráveis mudanças na imagem que o urbano faz do novo agro nacional.

Os principais dados apontam para 81,3% da população considerando o agronegócio "muito importante" para a economia nacional. Nos casos em que os respondentes têm ensino superior, a importância máxima atribuída chega a 97,2%. No aspecto relativo à importância dos agricultores para a vida dos brasileiros, 83,8% avaliam essa atividade como muito importante. E o produtor figura ao lado das demais quatro atividades mais importantes, na percepção do cidadão urbano: médico (97,1%), professor (95,8%), bombeiro (94,3%) e policial (83,9%). Na Região Nordeste o agricultor recebe a avaliação máxima de 92,8%. Perguntado sobre "qual país tem o agronegócio mais desenvolvido", o povo coloca o Brasil como campeão mundial - tudo isso no reino das percepções, pois se avançamos muito ainda temos gargalos e deficiências consideráveis para sermos considerados o número um nesse setor, à frente de Estados Unidos, China e Japão, entre outros.

Quanto aos setores considerados os "mais avançados" e "orgulho nacional", o agronegócio, na média do País, ocupa o quinto lugar, atrás dos de mineração, petróleo, automobilístico, construção e eletroeletrônica, porém à frente de bancos, transporte, educação e saúde. Entretanto, no Centro-Oeste o agronegócio figura ao lado de mineração e petróleo, considerado o mais avançado e "orgulho nacional".

As profissões mais associadas ao agronegócio são as de 1) agrônomo, 2) engenheiro ambiental, 3) peão, 4) médico veterinário, 5) administrador e 6) nutricionista. Isso também é revelador sobre o conceito de "cadeia", em que o cidadão e consumidor da cidade guarda uma visão de que o campo é originador de muitos produtos transformados e, obviamente, dos alimentos e bebidas, como core dessa função. Da mesma forma, meio ambiente, consumo de água e "estilo country" de ser são três ângulos presentes e percebidos como aspectos que marcam o agro na preocupação dos cidadãos urbanos, que também apontaram consciência a respeito da ciência, da tecnologia e da pesquisa para poder atuar na nova agropecuária. Como aspecto cultural, culinária, música, feiras e festas são ingredientes considerados pelo urbano como presentes na sua vida, vindos lá do campo.

Se nos últimos 30 anos mudaram extraordinariamente a cidade, o consumidor e o cidadão, da mesma forma o agronegócio não é mais o mesmo. E a cidade grande - os 12 maiores contingentes populacionais do Brasil e, consequentemente, os 12 principais colégios eleitorais (as cidades pesquisadas) - alterou suas percepções sobre um campo antigo, atrasado, dominado por barões, coronéis e reis do gado extensivo para um novo campo com tecnologia, educação e novos profissionais e profissões.

Qual a importância disso?
Muda significativamente o olhar das lideranças do próprio setor sobre si mesmas e sobre o que a cidade pensa. E deveria alterar a atenção e a velocidade da gestão e da governança pública, de políticos e de executivos, responsáveis pelos pontos mais frágeis do agronegócio do País hoje: infraestrutura pós-porteira das fazendas, burocracia, tributação caótica e necessário planejamento, seguro e ambiente propício à organização das cadeias produtivas entre elas mesmas.

Precisa mudar o jogo perde-perde, como assistimos nas relações entre produtores de trigo e moinhos, entre citricultores e processadores, por exemplo. E isso vale para quase tudo: o leite, o cacau, a cevada, o café, o frango, o suíno, o milho, a mandioca, a banana, o pepino, a alface, o feijão, o arroz, até o atualmente famoso tomate, etc.

A cidade percebe o agronegócio como sendo não dependente de subsídios governamentais, ou seja, uma atividade muito mais privada. E ainda coloca esse setor da economia em níveis comparativos ao segmento da construção do ponto de vista da empregabilidade. São suas percepções.

A palavra "agronegócio" não é ainda decodificada pela maioria da população. Ao ser perguntado de forma espontânea, esse termo conta com 40% de "não sei dizer". A Região Sudeste é a que menos sabe espontaneamente sobre o segmento, comparativamente às demais regiões. Entretanto, mais de 55% dos entrevistados declararam ter de algum a muito interesse sobre o setor.

Na população mais jovem, de 16 a 24 anos, a desinformação acerca do agronegócio é mais acentuada do que nas outras faixas etárias, o que exige das lideranças contemporâneas do agro uma atitude moderna da governança de redes sociais. Porque, se ao mesmo tempo é o jovem o mais desinformado, a pesquisa também revela serem as pessoas com computador e acesso à internet exatamente as mais bem informadas sobre a visão da cadeia de valor do agronegócio e do seu entorno.

A cidade mudou, o campo também. Uma nova ordem para essa governança passa a ser necessária. O fato novo: a cidade gosta do agronegócio!
Fonte: www.agrolink.com.br 

COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO:
Estive presente, em abril último, no almoço-reunião promovido pela Abag em um hotel de São Paulo, quando detalharam a pesquisa e seus resultados.

A conclusão de que "A cidade gosta do agronegócio", conforme Tejon explana no texto acima, é algo de que eu sempre compartilhei como visão real, apenas era "desmentido" pelos fatos de que urbanos criticam constantemente o agro, pessoalmente, na mídia e nas redes sociais. Com os resultados da pesquisa cheguei à conclusão, o que antes era apenas uma suspeita, de que os inimigos do agro, efetivamente, são alguns setores da mídia, além de ambientalistas radicais e de segmentos sociais da população, como o MST, além ONGs e, especialmente, de órgãos "técnico-políticos" do Governo Federal, como MDA, MMA, Anvisa, Incra, Ibama, onde abundam radicalismos político-partidários e ideológicos.

Será?

Não tenhamos dúvidas, os inimigos existem, isto é um fato. Não se inventou esse inimigo a troco de nada, a ponto de fazer-se uma campanha com mídia nacional para defender o agro.
Ou então as pesquisas mostram algo errado, um viés monumental, o que não me parece ser a realidade, e os entrevistados, definitivamente, aprenderam a mentir em uníssono quando estão sendo entrevistados, e respondem de forma politicamente correta às questões formuladas a eles.

Alguém tem outra opinião, entre os leitores deste blog?
.

terça-feira, 14 de maio de 2013

A águia pescadora

Richard Jakubaszko
Fantástica essa águia pescadora, a osprey. Se necessário ela mergulha no rio em busca do alimento. O vídeo é da BBC e anda na casa dos 10 milhões de visitantes, não apenas pela águia, e por seu genial sistema de pescar, mas pelo talento e persistência nas filmagens. Imagens simplesmente geniais neste vídeo. Chamo a atenção para o mergulho da osprey ao pescar, quase ao final do vídeo, retirando da água um peixe quase de seu tamanho, porém mais pesado, e depois as sacudidas da ave em pleno voo para livrar-se do peso da água que a impedia de voar mais alto.

.

domingo, 12 de maio de 2013

Show de luzes e música, em Israel.

Richard Jakubaszko
Impressionante, para dizer o mínimo, a performance das tecnologias nesta fonte instalada em Israel. Localizada no Mar da Galiléia (Lago Kinneret), inclui jatos de água que atingem uma altura de dezenas de metros, que são acompanhadas por um avançado sistema de som e iluminação. As luzes se movem de acordo com o ritmo.O show Meu Kinneret fala de Tiberíades, desde o início até o presente, juntamente com canções sobre o lago e outras canções rítmicas. O desempenho moderno tem novas canções modernas combinadas com a dança. O desempenho clássico combina canções de compositores famosos com imagens projetadas na água.
Para apreciadores do gênero.
.

sábado, 11 de maio de 2013

Paradoxos do nosso tempo na área rural e urbana

Hélio Casale *
Paradoxo é um conceito que é ou parece contrário ao senso comum. Por outro lado, “uma mentira repetida ou praticada seguidamente, acaba por virar uma verdade”.
A seguir, alguns dos principais paradoxos que podem ser facilmente observados no nosso dia a dia e sobre os quais devemos meditar e agir para conseguir uma saída que nos dê mais segurança e liberdade para vivermos coerentemente junto aos nossos familiares e demais convivas.

Dia claro x dia chuvoso

As notícias veiculadas diariamente por repórteres de rádio e televisão quando falam sobre o clima em dias chuvosos, geralmente afirma que o tempo está ruim, céu preto, carregado. Mas será que é mesmo ruim o tempo com água que limpa a atmosfera dos agentes poluidores, que torna o ar das grandes cidades novamente respirável, que faz as plantas crescerem e se multiplicarem, que ameniza a temperatura ambiente? Em países chamados de primeiro mundo, os repórteres dizem, para a mesma situação, que o céu está prateado, que o dia está lindo. Uma pequena diferença no modo de ver a situação, que muda o comportamento das pessoas, podendo levar tristeza e preocupação, quando deveria simplesmente nos alegrar.

Desprezo pelo trabalho e pelo estudo
Para que trabalhar, para que estudar, se o Governo de plantão vai suprir as minhas necessidades? Será eterno esse assistencialismo eleitoreiro? Posso acreditar em dias melhores sem trabalho, em um mínimo de esforço? Seremos nós brasileiros, os únicos que poderão receber tais privilégios?

Normalmente, quem trabalha as horas regulamentares apenas sobrevive e quem se dispõe a estender suas horas de trabalho além das normais e convencionais são aqueles que mais evoluem, crescem, se sobressaem, enriquecem.
Nossos antepassados, principalmente os imigrantes estrangeiros, pelas dificuldades passadas com as guerras e carência de alimentos básicos, trouxeram em suas mentes, que seus descendentes deveriam estudar, conquistar um espaço, um diploma. Ter um diploma, hoje em dia, passou a ter menor importância em vista do sucesso efêmero alcançado por alguns poucos oportunistas que conquistaram posição de destaque nacional sem um mínimo de estudo.

Corte da grama de canteiros de jardins públicos ou privados, área central e lateral de rodovias
Muito comum se ver o corte seguido de amontoa juntando os resíduos e, finalmente, de sua remoção para aterros distantes. Com essa prática comum se consegue o empobrecimento dos nutrientes vegetais de tais áreas e a grama fica a cada temporada mais fraca. Com o passar do tempo, deverá ser necessário recorrer à adubação química, para que o gramado volte a cumprir seu papel de recobrir o solo, evitar erosão e dar um belo visual à área.
Algumas empresas já descobriram que é muito mais barato fazer o corte com maior frequência entre um e outro e deixar os resíduos espalhados pela área sendo dispensável o trabalho de amontoar e remover o rico material cortado. De outro lado, se evita empobrecer o solo da área, que continuará sempre bonita e vistosa.

Plantio de árvores
O que se observa é que aquele que se atreve a plantar uma árvore, cria um problema para si próprio. Não pode conduzir seus galhos, não pode podar, não pode cortar. Tais serviços são privilégio de “especialistas” que, encastelados em repartições públicas, quando saem para qualquer serviço, sempre expõem uma taxa a pagar.
Pensando bem, para que ficar fiel depositário de uma ou mais árvores se me tiram o privilégio de cuidar delas? Aí reclamamos que as grandes, e até mesmo as pequenas cidades, têm pouca área verde. Pudera! O que se poderá esperar, se a população, antes de ser orientada, é simplesmente tolhida de fazer mais verde?

Plantio de árvores e jardinagem pública
Deve-se reconhecer o esforço para plantar mais e mais árvores. Na cova aberta não se coloca qualquer adubo mineral ou mesmo um corretivo de solo para nutrir as plantas via suas raízes e fazer com que a planta cresça sadia, vigorosa. Logo após o plantio, escreve-se nas folhas – se vire e pronto. Aí, as mudas saem lentamente e a grande maioria acaba morrendo antes mesmo de se tornarem adultas. Em grandes avenidas, os canteiros centrais têm plantas quase sempre morrendo de fome. Reformar é barato? A “moda ambientalista”, praticamente não permite que se empreguem adubos minerais, apenas adubos orgânicos e o resultado – gastos excessivos com manutenção dessas áreas e pobreza permanente do visual.

Gaiola de árvores
É comum ver árvores recém-plantadas envoltas por triângulo ou um quadrado, geralmente de ferro, para proteger as mudinhas. Na realidade, quem mais protege a muda é o tutor. Quando esse tutor apodrece ou se quebra, o que se vê é a árvore, cuja copa está ao sabor do vento, esfregar o tronco na parte superior da gaiola e aí se forma um calo, uma ferida, que geralmente leva a morte precoce da muda. Como sugestão – um tutor mais reforçado e manutenção mais frequente, além de investir em educação dos transeuntes.

Manejo das matas
Andando por esse Brasil afora o que se observa são florestas tombadas, transformadas em Reserva Legal, sendo o titular da área o fiel depositário que não pode tirar dali um simples cabo de enxada, de machado. Como a maioria das matas já foi broqueada, pegaram fogo em outros tempos, os cipós estão tomando conta e abafando as plantas, reduzindo o potencial de crescimento e desenvolvimento das espécies mais nobres. Uma floresta paulista, das mais badaladas é a que abriga os jequitibás, lá em Santa Rita do Passa Quatro onde, mesmo da rodovia Anhanguera, se pode observar que as árvores principais estão sendo dominadas, abafadas, envoltas pelos cipós e a floresta está sumindo. Nenhuma ação governamental, a que se saiba, está sendo tomada para recuperação dessa área nobre. A ordem, a regra mais comum é a seguinte – em mata nativa, não se toque, nem se rele. Morte lenta decretada por ambientalistas que deveriam cuidar do meio ambiente e estão de olhos fechados para a natureza.

Erva de passarinho
Trata-se de uma erva predadora que se desenvolve na copa de árvores e com suas gavinhas as sufoca e com sua folhagem espessa as abafa. Sua disseminação se faz através de sementes que, quando comidas por passarinhos e morcego frugíferos, são expelidas pelas fezes saindo viscosas e adubadas ficam grudadas nos ramos e ali germinam. A germinação é rápida e o crescimento mais rápido ainda cobrindo a planta principal e levando-a a morte lenta e certa. A remoção dos galhos infestados é um imperativo que requer urgente intervenção humana.

Matas ciliares e reserva legal, tomadas por cipós

É comum se observar a presença de cipós dominando as matas, abafando o desenvolvimento das espécies mais nobres e permanecem imexíveis, pois se alguém se atrever a controlar os cipós será impedido bravamente pelos ecologeros de plantão. Um forte exemplo de reserva legal sendo destruída por cipós é o Parque Estadual da Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro.

Falar mal do Brasil
Enquanto os estrangeiros defendem com unhas e dentes seus países de origem, entre nós brasileiros, é comum a crítica pela crítica. Falar mal do Brasil parece que confere “status”, dá prestígio, quando deveria, na realidade, envergonhar. Aqui, vale lembrar as últimas Olimpíadas de Pequim, quando o esforço de diversos atletas reconhecidamente entre os melhores do mundo conseguem uma honrosa 2ª colocação: a maior parte da imprensa falada e escrita, rapidamente, ou mesmo levemente, os esquece. Somente brasileiro que alcança o 1º lugar tem alguma glória e, assim mesmo, por pouco tempo, efêmera. Vale mais prestigiar um estrangeiro que um da terra.

Tratamento de águas
Tratar a água servida é uma obrigação que deveria ser seguida por todas as áreas da sociedade. Enquanto a maioria das cidades ainda não tem seu esgoto totalmente tratado e o despeja nos efluentes, as indústrias, laticínios, etc., são obrigados, sob pena de sansões graves, a tratar as águas servidas para em seguida jogá-la no esgoto comum. À margem das grandes represas dos rios Tietê, Grande, Sapucaí, as cidades ainda não têm tratamento de seus esgotos e os despejam ali, sem qualquer ação do poder público, que simplesmente está fazendo que não vê.

Empregados de cemitérios
Trabalhadores rurais quando obram a céu aberto no campo, têm de estar protegidos com botas, polainas, luvas, máscara, chapéu de aba larga, camisas de mangas compridas, etc., ou os fiscais do Ministério do Trabalho oneram os empregadores com pesadas multas. Nos cemitérios, os encarregados dos sepultamentos, entram nas carneiras, um ambiente úmido e sabe-se lá o quanto contaminado por fungos, vírus, bactérias, totalmente desprotegidos.
A lei e as regras, que deveriam ser para todos, não reconhecem os coveiros como trabalhadores e os ignoram a própria sorte. Outras classes de trabalhadores como, por exemplo, os formiguinhas, catadores de lixo de rua, também estão a mercê da própria sorte.


Cumprimento
Quer deixar atônito um taxista, um ascensorista, um atendente público, um guarda de trânsito, um guarda rodoviário, um guarda municipal, um varredor de rua, um caixa de supermercado, é só lhe dar um bom dia. A pessoa olha assustada, parecendo nunca ter ouvido um cumprimento, tal o grau de isolamento em que vive. Estamos vivendo mais e melhor, mas a cada dia mais isolados. Que será de nós?

Pesquisa x extensão agrícola
Nos países, ditos mais avançados, é comum o Serviço de Extensão Agrícola estar estreitamente ligado a uma Universidade. O extensionista leva os problemas do campo para a Universidade que os resolve e a solução volta ao campo pela mesma rede de extensionistas.
Em nosso país o serviço de extensão agrícola está um tanto longe das Universidades e o treinamento do pessoal é dos mais falhos. Resultado – cada um se vira como pode. Mesmo assim ainda estamos nos saindo bem diante de tão pequeno apoio.

Anais com resultados da pesquisa em escolas de agronomia
Está ficando moda a publicação dos anais em inglês, dando a entender que tais resultados são para serem usados primeiramente por estrangeiros e os técnicos nacionais que não entendem a língua ficam de fora.

Mérito
Profissionais da rede pública ou privada não estão recebendo aumento salarial, promoções e outras benesses em função do seu desempenho, o mérito da conquista. Geralmente se nivela pela média. Professores que mais se empenham, mais se destacam, ficam anos a fio, no mesmo patamar dos acomodados. Até quando?


Pequenas represas em propriedades rurais
Pequenas barragens espalhadas pela propriedade rural reduzem o correr rápidos das águas, faz com que a evaporação da água torne o ambiente mais úmido, mais agradável para os homens, as plantas, os animais.
Fazer qualquer represamento de água é tarefa praticamente proibida, só permitida com autorização de funcionários públicos ligados a área do meio ambiente. Não basta querer fazer um bem para sua área, para a natureza, para o meio ambiente, tem-se que beijar as mãos dos funcionários públicos, nem sempre devidamente preparados para sua função.
Regras de manejo das pequenas águas estão impedindo o progresso e deixando o meio ambiente a deriva.

Defensivo x agrotóxico
Quando um médico receita um medicamento ele receita um remédio, sem chamá-lo de homotóxico Quando o Engenheiro Agrônomo receita um defensivo, ele prescreve um agrotóxico. Todo e qualquer remédio tem seus efeitos colaterais. Todo e qualquer defensivo também têm seus perigos. Porque essa diferença de tratamento? Ignorância, má fé?

Irrigação cafeeiros por pivô equipado com lepas
Por incrível que possa parecer a grande maioria dos pivôs com lepas soltam a água por cima da copa dos cafeeiros fazendo um arraste substancial dos nutrientes necessários ao bom desenvolvimento das plantas. A água que deveria entrar pelas raízes, a boca das plantas, é colocada na folhagem. Acaba fazendo uma irrigação de privilégio, desequilibra a nutrição, encarece o processo produtivo.
Falta de observação prática, desleixo, facilidade, conveniência, falta de conhecimento, tradição, visão distorcida, seja qual for a causa, temos de centralizar as lepas no meio das entrelinhas e abaixar a sua ponta de maneira a irrigar o solo para conseguir maximizar a produtividade dos cafeeiros.

Quanto é x quanto me dá

O agricultor seja ele pequeno médio ou grande é quem sustenta os da cidade levando alimentos a sua mesa. Os da cidade os desprezam, desvalorizam, chamando-os de caipiras, atrasados, incultos, mas se beneficiam do seu trabalho. Quando vai vender a produção, o resultado do seu trabalho sempre está a perguntar – quanto me paga hoje pelo produto. Quando vai adquirir insumos para aplicar nas suas lavouras esta é a pergunta – quanto me faz esse produto.
Essa relação de postura, entre quem produz e quem vende, está distorcida de qualquer propósito e deve ser mudada, pois uma classe trabalhadora não pode se sujeitar eternamente a ficar sempre por baixo.
 

Aborto
Um bispo católico reprova o comportamento de médicos que fazem o aborto de duas crianças, os excomunga e a mídia faz o maior estardalhaço sobre o ocorrido, reprovando tal atitude.
Praticamente unanimidade para criticar aquele que defendeu a oportunidade de vida para “apenas” duas crianças. Não se falou, não se comentou sobre a intenção maior do prelado em mostrar ao país e ao mundo que são feitos mais de 55 milhões de abortos a cada ano. São mortos no nascedouro cerca de 55 milhões de indivíduos sem direito algum a defesa. Um verdadeiro assassinato em massa praticamente 10 vezes maior que o famoso holocausto de judeus pelas tropas de Hitler. Isso é pouco ou...
 

Liberdade sexual
Os homens e mulheres estão, a cada dia, se mostrando seres irracionais por defenderem a total liberdade sexual. Governantes de plantão estão aplicando verbas generosas para confecção e distribuição de camisinhas para se poder fazer sexo sem responsabilidade, nem paternidade. Adquire e distribui um gel para facilitar o coito anal entre parceiros do mesmo sexo. Imaginemos animais, ditos irracionais, na natureza, sendo colocados para acasalar ou cruzar fora do período. Simplesmente não há aceitação e sai briga por todo lado. Seremos nós humanos realmente os racionais nesta terra?


Maconha
Uma erva que propicia a iniciação na droga. Leve, suave, sorrateira. Um verdadeiro desastre. Mesmo sabendo seu efeito nocivo aos usuários, às famílias, aos cofres públicos, um Ministro de Estado, da administração atual, se dá ao desplante de acompanhar a marcha de uns poucos alienados pedindo que se oficialize o uso da maconha neste país. Dá para entender?

Sequestro de carbono
A liberação de carbono vem liderando as emissões de gases de efeito estufa e causando mudanças na temperatura e clima mundiais a ponto de motivar movimento de ambientalistas das mais variadas correntes. Não se pode mais desmatar, tirar a vegetação de cerrado, a floresta inicial. Se no lugar dessas vegetações o homem repovoar com pinus, eucaliptos, plantar café, milho, soja, capim também estará sequestrando o tão decantado carbono que se acumula na massa vegetal que está sendo produzida nessas mesmas áreas. Mas isso não vale. Temos de deixar o mato em pé, manter o bioma intocável. Produzir alimentos não é importante. Vale lembrar aqui uma frase do fisiologista Dr. Paulo de Tarso Alvin quando diz – mais sequestra carbono um hectare de alface em crescimento que um hectare de floresta amazônica em clímax.


Origem das espécies
Onda fomentada por ecologistas pouco estudiosos, ou mesmo mal intencionados, sugere ferrenhamente que ao plantar árvores e fruteiras na recomposição das matas ciliares, etc., seja feita apenas com plantas de espécies nativas.

Esquecem-se da máxima que diz – as plantas, em geral, vão muito melhor quanto mais longe do lugar de origem. Vejamos o quanto é correta essa assertiva: o café é do continente africano, a laranja é da China, o abacate, do México, a manga, da Índia, a seringueira é da Amazônia e vai muito melhor na Malásia, o alho é da Ásia, alface, da Ásia, batata dos Andes peruanos, cebola, da Pérsia, cenoura, da Ásia e da Europa, até o Chuchu não é nosso, é da America Central e México, a uva, do Mediterrâneo e assim por diante.

A pergunta que se impõe – por que não plantar uma árvore, uma fruteira, uma hortaliça, sem se preocupar com sua origem e tão somente com seus benefícios? Árvore é árvore, planta é planta, esteja onde estiver, vinda de onde tenha vindo. Vamos cuidar delas, para o nosso próprio bem e de todos.

Estamos vivendo dias de não pode, onde o Estado está a cada dia assumindo mais funções e responsabilidades e deixando seus filhos alheios, sem responsabilidade direta. Como o Estado é reconhecidamente perdulário, descompromissado, estamos entrando numa roda sem fim a espera de dias melhores sem esse tutoramento irracional a que estamos sendo submetidos a título de salvação nacional.

Por fim, emende e acrescente quem quiser, modifique se puder e todos deem graças a Deus.



* O autor é Engenheiro Agrônomo pela ESALQ/USP, desde 1961.
.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Tirou nota 10 em química...

Richard Jakubaszko

"O aluno tirou 10!" - Prova do Curso de Química.

Na prova do Curso de Química, foi perguntado:

- Qual a diferença entre SOLUÇÃO e DISSOLUÇÃO?

Resposta de um aluno:
- Colocar UM dos POLÍTICOS BRASILEIROS num TANQUE DE ÁCIDO para que DISSOLVA é uma DISSOLUÇÃO.
- Colocar TODOS é uma SOLUÇÃO!

E completou:
"Se Liofilizar, teremos o mais puro Extrato de Pó de Merda do mundo".
.

terça-feira, 7 de maio de 2013

O modelo brasileiro de agricultura de alta escala

Marcos Sawaya Jank (*)
André S. M. Pessôa (**)


O Brasil tem dificuldade para reconhecer empreendedores e modelos empresariais que deram certo. Temos dificuldade para listar dez nomes de empresários que foram revolucionários no seu tempo. Temos ainda maior dificuldade para valorizar arranjos produtivos que funcionam bem e podem servir de modelo para dezenas de países.
Um dos exemplos mais notáveis desse tipo de dificuldade ocorre no caso do modelo brasileiro de agricultura tropical que desenvolvemos nas últimas décadas. Um dos pilares desse modelo é razoavelmente conhecido - o desenvolvimento de tecnologias adaptadas às condições tropicais: as novas variedades aptas a latitudes mais setentrionais, o plantio direto (que teve extraordinário impacto conservacionista ao eliminar a aração dos solos), a introdução da segunda safra no mesmo ano agrícola sem irrigação, a integração lavoura-pecuária-floresta e outros.

O segundo pilar, bem menos conhecido, foi a corajosa migração de produtores com aptidão e conhecimento agrícola em busca de ganhos de escala para enfrentar as difíceis condições de produção nos cerrados. Pequenos agricultores do Sul e do Sudeste do País construíram cidades e estradas a milhares de quilômetros de sua terra natal. Inicialmente o desenvolvimento se deu em cima do binômio soja-boi. Com o tempo, a valorização das terras incentivou a intensificação e diversificação agrícola, com o crescimento da produção de milho, arroz, algodão, café, cana-de-açúcar e eucalipto. Na pecuária, vieram o leite, os suínos e as aves. Hoje são mais de dez atividades disputando o uso da terra, num dos modelos mais bem-sucedidos de produção de alimentos, rações, fibras, celulose e bioenergia do planeta.

Mas a maioria das pessoas não sabe que esse modelo de desenvolvimento se baseou em "ganhos de escala" absolutamente necessários e positivos.

Primeiro, porque o enfrentamento dos cerrados exige maior capacidade operacional para lidar com instabilidades climáticas, solos pobres e ácidos, enorme diversidade de pragas e doenças, acarretando maiores custos fixos e necessidade de escala.

Segundo, porque, ao contrário do que ocorreu nos EUA no começo do século passado, a infraestrutura de armazenagem e transporte não acompanhou a migração dos produtores brasileiros, obrigando-os a bancar suas próprias estruturas, o que também aumenta os custos fixos. A atual safra mostra claramente que a rentabilidade da agropecuária é dilapidada na mesma proporção em que aumenta a distância dos portos.

Terceiro, porque a própria condução da atividade em condições tropicais exige conhecimentos aprofundados de gestão e governança, o que requer profissionais qualificados e novamente aumenta os custos fixos. Profissionalização, capacidade de gerir modelos de alta tecnologia, sofisticados mecanismos de gerenciamento de riscos e comercialização, atuação na coordenação de cadeias produtivas com grande complexidade de contratos, elevadas exigências em termos de governança, transparência e sustentabilidade são hoje elementos essenciais para o sucesso da agricultura.

É incomparavelmente mais difícil plantar grãos nas condições dos cerrados de Mato Grosso e Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) do que no Meio-Oeste dos EUA ou na Bacia Parisiense. Já as culturas perenes - cana, laranja, café e eucalipto - são atividades que exigem imensa quantidade de capital e gestão primorosa, sob o risco de quebra no meio do caminho.

O fato é que nunca esteve tão claro que a escala de produção é um elemento fundamental para o sucesso da atividade agropecuária em condições tropicais. Esse tema já era visível no desenvolvimento de culturas perenes no Estado de São Paulo. Agora fica cada vez mais claro nos cerrados do Centro-Oeste e do Nordeste - no algodão, na soja, no milho e mesmo na pecuária. Os custos fixos são de fato elevados, mas com o aumento da escala o custo médio do produto final acaba se reduzindo, beneficiando os consumidores.

Grandes produtores competentes operam hoje com boa rentabilidade, gerando empregos de alta qualificação e conseguindo cumprir as exigências ambientais. Aliás, vale frisar que os custos de cumprimento das legislações ambiental e trabalhista (compliance) no País são altos e crescentes, forçando escalas cada vez maiores. Trata-se de desafios crescentes para a pequena escala enfrentar sem o apoio do Estado em atividades de baixa agregação de valor, como é caso das grandes commodities agrícolas.

Não estamos com isso afirmando que a agricultura de baixa escala está inexoravelmente condenada ao desaparecimento. Ela vai continuar sobrevivendo nas regiões que contam com melhores condições de logística e armazenagem, maior acesso a mercados e outros elementos que atenuam os pontos levantados. Os Estados do Sul são um bom exemplo, onde a pequena agricultura consegue sobreviver integrada a agroindústrias processadoras ou por meio de cooperativas que reduzem os problemas de comercialização e de acesso ao crédito.

Tampouco estamos dizendo que os ganhos de escala sejam infinitos. Apesar de eles serem cada vez mais evidentes, a ciência econômica nos ensina que empresas podem entrar em situações de "deseconomias de escala". Na realidade, sabemos muito pouco sobre essa matéria e a questão da definição de "módulos ótimos" de operação ainda é um assunto em aberto, em face das diferentes realidades deste nosso país continental.

Mas não há dúvida de que o principal vetor de crescimento da agricultura do País tem sido a combinação de gestão e ganhos de escala, e que esse modelo cada vez mais nos distingue do restante do mundo, causando admiração em países em desenvolvimento e temor nos nossos concorrentes desenvolvidos. Quem visitou a Agrishow na semana passada, em Ribeirão Preto, sabe perfeitamente do que estamos falando. Não fossem os riscos regulatórios e de logística que vivemos, seríamos imbatíveis. Nosso maior inimigo somos nós mesmos!


(**) Sócios Diretores da AGROCONSULT e do AGRO.ICONE (*) www.plataformaagro.com.br
Jornal “O Estado de São Paulo”, 07/05/2013, Opinião, A-2
.

domingo, 5 de maio de 2013

Inflação: a próxima culpada será a batata!

Richard Jakubaszko
Não tenham dúvidas, está sendo engendrada pelos inimigos do Brasil uma orquestrada campanha para a volta da inflação: primeiro botaram culpa no dólar, que se apreciou, depois na elevação dos custos de serviços (manicures, faxineiras, cabeleireiros, eletricistas etc.), depois os preços dos produtos nos supermercados. A mídia e os banqueiros pedem o aumento da Selic, para refrear a inflação, como se isso não fosse uma piada de mau gosto. Aí chegou a falta do tomate, com os preços de alta da falta de tomate fazendo estardalhaço na mídia, deu até capa de revistas semanais. Agora vai ser a batata...

Pois recebi e-mail da Silvia Nishikawa, bataticultora lá de São Gotardo, MG, mostrando comentários de Marcelo Balerini, presidente da ABBA - Associação Brasileira de Bataticultores, e de Natalino Shimoyama, secretário da mesma ABBA, contando a revolta desses líderes e de todos os bataticultores. Vejam só o que eles dizem:

Assim como aconteceu com o tomate, as interpretações equivocadas, tendenciosas, falaciosas e imbecis, podem ser utilizadas contra a batata.

Como sugestão, sempre que possível, achamos que vale a pena defender a batata com os seguintes argumentos:

O preço da batata está alto pelo seguinte motivo:

ESTÁ FALTANDO BATATA!!! E quando alguma coisa falta, o preço sobre...

É importante saber que falta batata pelas seguintes razões:

1 - CLIMA – o calor, chuva e/ou a seca reduziram a produção de batata em todas as regiões produtoras, de norte a sul do país.

2 - PROBLEMAS FITOSSANITÁRIOS – além da tradicional perda por doenças provocadas por bactérias de solo, um novo fato está causando sérias perdas de produção – viroses e danos diretos, relacionados a mosca branca.

3 - PRODUTORES – a cada ano que passa diminui o número de produtores de batata, e, por consequência, a área plantada. Assim, naturalmente, cai a produção – resultado inequívoco da missão impossível de se conseguir mão de obra para trabalho nas lavouras. A legislação trabalhista, ao invés de se adequar à realidade dos trabalhadores, obriga os mesmos a se adequarem à legislação.

4 - OUTROS PRODUTOS – observem que a alta de preços, e a falta, está ocorrendo com  todos os demais produtos – feijão, vagem, jiló, quiabo, cebola, cenoura, mandioca, papaia, frutas etc. Lamentavelmente, batata e tomate são utilizados como bodes expiatórios por serem os mais consumidos. Será que a mídia e os especialistas de gravata irão usar um dia o maxixe como bode expiatório?

ITENS COMPLEMENTARES

1 - CUSTO DE PRODUÇÃO – a situação atual é absurda e insuportável. Antes se gastava de US$ 3,000.00 a US$ 6,000.00 por hectare (ha), conforme as tecnologias empregadas, e os principais itens eram palpáveis, como agroquímicos, fertilizantes, sementes, combustíveis, mão de obra etc. Atualmente se gasta de US$ 5,000.00 a US$ 15,000.00 / ha e, além dos itens palpáveis, que também aumentaram os preços, os produtores estão sendo massacrados com despesas referentes a tributações trabalhistas, financeiras, alta no custo do transporte etc.

2 - VAREJO – a tabuada das grandes redes de varejo começa no 3, ou seja não há operações de 1x1, 2x1... Começa no 3x1 e vai as vezes até acima de 10x1. Explicando - eles pagam R$ 1,00 /kg e vendem aos incautos consumidores por R$ 7,00/ kg. Eles dizem, as grandes redes de supermercados, que isso é necessário devido às perdas por se tratarem de produtos perecíveis, mas a mesma política é praticada na venda de carvão... Será que existe carvão perecível? Ou será ganância?

3 - MÍDIA – alguém reparou que quando os preços estão baixos a mídia nunca aparece? Quando os preços estiveram péssimos (batata a R$ 10,00 / saco de 50 kg e tomate a R$ 5,00 / caixa de 20 a 25 kg no ano passado) NINGUÉM com microfone apareceu para fazer matéria e dizer que estávamos quebrando... E agora, quando praticamente ninguém tem batata, a mídia induz a população urbana a concluir que todos os batateiros e tomateiros estão ficando MILIONÁRIOS e exploram o consumidor. Como pode ser assim, se são os supermercados que fazem o preço, quando compram e quando vendem?

.-.-.-.

Recebo e-mail (hoje, 5/5/13) do cooperativista Américo Utumi, da OCESP, sobre o tema acima, que por si só é explicativo, além de muito engraçado:


Prezado Richard,
Em anexo uma pequena história, verídica, que aconteceu comigo, quando o culpado da inflação não foi a batata,mas o Papa.
Abraços,
Américo Utumi

SUA SANTIDADE, O PAPA, CULPADO PELA INFLAÇÃO BRASILEIRA.

Foi nos idos dos anos 70, lembro-me bem, uma época de turbulência política e incerteza econômica, quando a inflação brasileira não era problema dos economistas, mas sim, dos militares.
Estava eu em Brasília, quando fui informado que o Superintendente da Superintendência Nacional de Abastecimentos e Preços, a poderosa SUNAB, gostaria muito de falar comigo, se possível no dia seguinte. A SUNAB era o órgão que controlava os preços de todas as mercadorias no país inteiro, desde o alfinete até o automóvel. Uma verdadeira loucura. E era Superintendente da SUNAB um militar, o General Glauco de Carvalho, homem íntegro, enérgico, com boas intenções, mas que não entendia nada de agricultura. O grande pesadelo do General eram os hortifrutigranjeiros, cujos preços subiam e desciam todos os dias.

Como diretor da maior cooperativa agrícola da América do Sul (Coopercotia), em sua maioria formada por pequenos agricultores, imigrantes japoneses produtores de hortigranjeiros, eu era constantemente solicitado pelo General Glauco a dar explicações sobre o comportamento nada ortodoxo dos seus preços. As interpelações eram quase diárias:

- O que aconteceu com o preço da alface?

- Iiii, General, caiu uma forte geada na região de Mogi das Cruzes que acabou com toda a produção.

- E o tomate? O que aconteceu com o tomate? Aumentou demais o preço.

- Foi uma chuva de granizo que devastou a região de Campinas, General. Os produtores perderam tudo e estão desesperados.

- E a berinjela? Choveu demais. E a couve? Choveu de menos...

Quer dizer, a gente sempre procurava botar a culpa em São Pedro, porque, afinal de contas ele não podia ser preso...

Intrigado pelo convite liguei tarde da noite para o gerente de comercialização da Cooperativa, indagando se havíamos tido alguma anormalidade no mercado de hortigranjeiros.
Não deu outra. Embora não houvesse chovido demais, nem de menos, não tinha caído geada nem granizo, e o tempo estava ótimo para a agricultura, o preço da batata havia subido 600%!
Alarmado, indaguei o motivo e após a explicação, convoquei-o para vir à Brasília no primeiro avião, a fim de juntos irmos à SUNAB dar as devidas justificativas.
O General devia estar possesso...

Dia seguinte estávamos eu e o gerente, na hora marcada, na sede da SUNAB, em Brasília, e a secretária do Superintendente nos encaminhou, sem demora, à sala de reuniões. Nela, já nos aguardava uma plêiade de competentes assessores, composta de economistas, analistas de mercado, pesquisadores de preços, engenheiros agrônomos, metereologistas, veterinários, todos extremamente curiosos de saber em quem nós haveríamos de lançar a culpa desta vez.

A porta do gabinete se abriu e o General Glauco ingressou na sala. Cumprimentou-nos, agradecendo haver atendido o convite para a reunião e, sem mais delongas, demonstrando certa irritação, foi direto ao assunto:

- O senhor sabe que, sem nenhum motivo climático aparente, o preço da batata subiu 600% de anteontem para ontem?

- Sei, sim, General.

- E o senhor sabe quem foi o culpado?

- Sei, sim, senhor.

- E quem foi o culpado?

Naquele momento, ao me ver rodeado de tantos assessores ávidos por uma resposta lógica e convincente, me veio aquele desejo maroto de fazer uma pequena molecagem e respondi com a maior cara de pau:

FOI O PAPA!

Quando eu disse que foi o Papa, o rosto do General foi ficando vermelho e, antes que ele me prendesse por desacato à autoridade, fui logo explicando:

- General, o senhor é a maior autoridade em abastecimento deste país. Por acaso, o senhor foi informado que, por causa da visita de Sua Santidade à Aparecida do Norte, o Departamento Nacional de Estrada de Rodagem vai fechar a via Dutra por três dias?

O General arregalou os olhos e disse:

-Não, não fui informado.

-Pois os comerciantes do Rio de Janeiro ficaram sabendo disso e eles estão antecipando as compras. Quem comprava duas carretas está comprando quatro, quem comprava quatro está comprando oito...

A batata sumiu do CEASA, General!

Ele deu um murro na mesa e disse: Vou acabar com isso!

E de fato acabou. Não havia necessidade de interromper o trânsito de uma via tão importante como a Dutra, por três dias. As cooperativas de laticínios, os comerciantes, as granjas avícolas de todo o Vale do Paraíba já estavam prevendo os imensos problemas que a interdição iria causar.

Mas era a primeira vez que um Papa visitava a América do Sul e a vinda de milhares de delegações de todo o Brasil e dos países vizinhos, prenunciava a presença de uma multidão incalculável, razão do excesso de zelo das autoridades rodoviárias. Apenas foi preciso fechar a rodovia no período em que o Papa chegou a Aparecida.

Sua Santidade jamais ficou sabendo, mas um dia ele foi o culpado pela inflação brasileira...
.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Acabou a safra de verão, ufa!

Richard Jakubaszko
Editorial:
A leitura das reportagens “Safra cheia”, do jornalista José Maria Tomazela, e “Perdas e polêmicas”, do jornalista Ariosto Mesquita, na edição 44 da Agro DBO de maio 2013, parecem conduzir a dois opostos, ou melhor, a dois países diferentes, com agriculturas distintas, com problemas de outra natureza.
Em “Safra cheia” se faz o registro apoteótico e vigoroso dos recordes de produção e produtividade obtidos, respectivamente, pelo Brasil e pelos estados do Sul do país, nas lavouras de milho e soja na safra 2012/13. Na matéria “Perdas e polêmicas” é possível constatar e até mesmo sentir o pavor e o pânico gerados entre produtores rurais do Sudeste e Centro-Oeste, avalizados por pesquisadores e cientistas, sobre a invasão das lagartas Helicoverpa.

De um lado, os sulistas comemoram e sorriem de orelha a orelha.

De outro, o prejuízo em si, com a perda da rentabilidade e o aumento dos custos, mesmo com os preços de mercado altamente remuneradores.

A perspectiva negativa exacerbada de, quem sabe, não se poder mais empregar a tecnologia Bt, pela sua precoce obsolescência, traz uma gigantesca decepção em virtude dos eternos benefícios que as sementeiras prometiam aos produtores.

Um paradoxo, diríamos, pois se a nova e caríssima tecnologia veio para solucionar problemas, acabou causando novos e aterradores problemas, eis que, açodadamente, os produtores a ela aderiram em massa, porém não levaram em conta cuidados fundamentais no manejo, como as áreas de refúgio: a natureza não se engana, nem pode ser enganada.

Há plena certeza de que o problema da lagarta veio para ficar.

O tempo dará respostas a isso. Resta ao produtor, portanto, a prudência e o bom senso de seguir as recomendações dos especialistas.

Para conhecer como devem ser feitas essas práticas, Agro DBO publica nesta edição artigo encomendado a diversos especialistas da Embrapa, mostrando em texto e ilustrações, como funciona o preconizado e salvador refúgio.

Na presente edição, além dos tradicionais e palpitantes artigos dos nossos colunistas, registramos uma avant première da Agrishow 2013, e ainda muitos assuntos para o leitor.
Acabou a safra de verão, ufa!
No vídeo abaixo depoimento do Tostão (José Augusto Bezerra), que mostra porque a revista Agro DBO é hoje a referência de informação dos agricultores profissionais do Brasil.
Para ler e folhear virtualmente a edição de maio, clique neste link: www.agrodbo.com.br 


.