sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Por que as árvores caem?

Richard Jakubaszko
Árvores caem porque estão maltratadas. As fotos deste post ilustram bem isso. No campo ou em florestas isso não acontece.
Não existem raízes. Elas deveriam ter a largura e altura da copa.
Só na véspera de Natal, em São Paulo, caíram 33 árvores. Uma pessoa morreu dentro de um taxi. No dia de Natal mais 8 árvores foram abaixo.

Impedidas de ter raízes, nas grandes cidades, as nossas queridas árvores desabam sobre automóveis, matam pessoas, causam transtornos e prejuízos.
Culpa das prefeituras ou da imbecilidade dos cidadãos urbanos? De todos nós!
Cidadãos urbanos, que têm saudosismos e sonhos idílicos do campo, idolatram florestas, mas parecem ter nojo e aversão de pisar na terra, cercam os troncos das árvores com cimento ou asfalto, impedindo a infiltração da água das chuvas. Impedem, assim, os alimento das árvores.
Olha só, que imbecilidade!!!
Consequência: as árvores não têm raízes grandes o suficiente para suportar seus tamanhos e desabam quando as ventanias as balançam.
Já as águas correm para as áreas mais baixas, onde moram os mais pobres, inundam tudo, alagam ruas, avenidas, casas, levam sonhos e vidas ladeiras abaixo. Porque todos os espaços, os quintais, varandas, jardins, são azulejados, cimentados e impermeabilizados.
Imbecilidade urbana, modernidade imbecil.

Todas as grandes cidades brasileiras padecem desse mal contemporâneo, de sufocar as árvores, de exterminar áreas verdes com grama e árvores, especialmente nas calçadas, que "emolduram e ornamentam" as ruas e avenidas por onde trafegam as imbecilidades de quatro rodas, cujos motoristas ainda reclamam dos buracos e irregularidades dos alfaltos, pois detestam os eficientes paralelepípedos. Asfaltos que são feitos com dois ou três centímetros de espessura, e que em suas rachaduras penetram águas, que lavam as areias secas por debaixo de sua "sustentabilidade", provocando crateras imensas (ver foto abaixo, a marca do recapeamento) onde afundam os tais animais de quatro rodas e matam os donos de duas patas.
Capa asfáltica recente, de 2 cm, afundou; na calçada, outra árvore...
Por baixo do asfalto a terra fica seca, vira areia. 
Se houver infiltração a água vai minando, vai minando, 
e viram enormes crateras no asfalto...
A cratera da foto acima aconteceu nos EUA.

Em julho de 2010 "entrevistei" uma árvore, publicada aqui no blog, leia o que ela nos informa em "Se as árvores falassem": clique aqui



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5 comentários:

  1. Oi Richard –
    as árvores caem mais por falta de raízes profundas, mas também caem, pelo menos parcialmente, por efeito de raios, ventanias e temporais. Este ano caíram na minha casa parte de duas paineiras que havia plantado há quase 40 anos, causando grandes danos.
    Abraço
    Mario Ernesto Humberg
    Presidente e Consultor Sênior
    CL-A Comunicações

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  2. Richard, muito bom...
    Hoje, como "urbanóide" da capital paulista, também vejo alguns outros pontos:
    Plantio de espécieis inadequadas (eucalipto), ataque de cupins, poda inadequada, etc...
    Abs
    Guilherme

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    Respostas
    1. Guilherme,
      as árvores urbanas sofrem ainda das ervas de passarinho, que são parasitas, matam as árvores à míngua, e a falta de água para as árvores, por causa dos cercadinhos de concreto, aceleram a morte das mesmas. A prefeitura de São Paulo proíbe vc podar as árvores e/ou limpar as mesmas das ervas de passarinho.
      abs

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  3. Richard,
    Que previsão, hein?
    Feliz Natal e um ótimo 2015 pra ti!
    Abs
    ISadora

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  4. José Carlos Arruda Corazza, BH30 de dezembro de 2014 às 19:54

    Richard,
    boa previsão. Mas os números cresceram depois do seu post: os temporais dos últimos dois dias derrubaram 480 árvores na cidade de São Paulo. De acordo com novo levantamento da Secretaria da Coordenação das Subprefeituras, 360 árvores caíram "por causa das fortes chuvas e da alta velocidade do vento" que atingiram a cidade na madrugada de segunda-feira (29). Outras 120 quedas foram registradas até as 18h30 desta terça-feira (30).
    Simples assim...
    José Carlos

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