quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Ação Penal 2474 x Ação Penal 470

Richard Jakubaszko 
Há algo de podre no STF, além de kafkiniano, e que ainda não havia vindo a público. Miguel do Rosário, em seu blog ( http://www.ocafezinho.com/2014/01/30/bomba-o-video-que-pode-derrubar-joaquim-barbosa/ ), trouxe a público um debate em plenário, entre os juízes ministros do STF, especialmente entre Celso de Mello e Joaquim Barbosa, em que se observa nítida manipulação do ministro Joaquim Barbosa, por manter em sigilo o processo 2474, que antecedeu a Ação Penal 470, popularmente conhecida como Mensalão, negando assim o direito de defesa aos acusados. Entre outras coisas, pelo que vi nos autos da Ação 2474, até mesmo o filho de Joaquim Barbosa é citado, por ter trabalhado numa empresa que recebeu pagamentos de Marcos Valério, da DNA Propaganda. Mas hoje em dia é funcionários da Globo. Não deve ser por isso que Barbosa preferia manter o processo do 2474 em sigilo, mas por desmentir na base as premissas usadas na sua acusação como relator na Ação 470, sob o vergonhoso veredicto do "tinha que saber", do maledeto nazista "Domínio do fato".

Kafka teria se sentido pequeno e humilhado, diante dessa inventividade brasileira. Ou seria só hipocrisia? Resta saber o que pode ser feito, juridicamente falando, para corrigir essa brutal injustiça, e também se haverá manutenção dessa incoerência judicial no julgamento do mensalão mineiro.

Que os cidadãos deste país ouçam e assistam esse debate (que aconteceu em maio de 2011...) e tirem suas conclusões, se os acusados já condenados foram ou não "executados sumariamente", sem direito a defesa.

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Tá quente, né? Mas olha só, se estivesse muito frio...

Richard Jakubaszko 
Por todo canto que ando só ouço gente reclamando do calor que anda fazendo. É gente que não tem noção do que seja frio, mas frio mesmo, com muita neve e gelo. Divirtam-se com o vídeo abaixo, antes que o aquecimento planetário chegue, ou que resfrie tudo, conforme previsto por alguns cientistas...

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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Os portais da imortalidade

por Mauro Santayana
(JB) - O fim de 2013, e o início do novo ano de 2014 têm sido pródigos em notícias revolucionárias no campo da saúde.

Cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, criaram nano-partículas anticancerígenas que “grudam” em glóbulos brancos, e, espalhadas pelo sangue, identificam e matam células tumorais, impedindo que o câncer, por meio de metástase, se espalhe pelo corpo, eliminando essas células do sangue de ratos e de humanos, em laboratório, em apenas duas horas.

Na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, uma equipe, comandada pelo professor Douglas Fearon, descobriu como funciona a barreira protetora que envolve certos tumores e desenvolveu uma substância que conseguiu rompê-la, permitindo que o sistema imunológico mate suas células, curando o câncer de pâncreas – altamente letal – em ratos, em apenas seis dias.

E, na Universidade de Harvard, outro grupo de cientistas, liderados pelo australiano David Sinclair, conseguiu reverter o envelhecimento muscular em ratos “velhos”, com idade equivalente a 60 anos, permitindo que sua condição física voltasse a uma idade de aproximadamente vinte “anos”, em apenas uma semana.

O tratamento baseou-se na descoberta de uma nova causa do envelhecimento, principalmente muscular, que é a perda da comunicação entre os cromossomas do ADN do núcleo da célula e os do ADN das mitocôndrias, responsáveis pelo fornecimento da maior parte da energia necessária à atividade celular.

Para resolver o problema, os pesquisadores usaram uma molécula que elevou, nos ratos, os níveis de nicotinamida adenina dinucletídeo, (NAD), que se mantêm mais alta na juventude, e cai para a metade em idosos.

Naturalmente, esses tratamentos não estarão disponíveis em pouco tempo, e, em uma sociedade baseada no lucro, dificilmente chegarão tão cedo ao homem comum.

De qualquer forma, os avanços científicos que se multiplicam em todos os campos de atividade, nos fazem refletir sobre a importância, talvez ainda não adequadamente avaliada, do extraordinário período que estamos vivendo agora.

É tentador pensar que, se considerarmos o Universo como informação, o conhecimento do Cosmo e de nós mesmos nos permitirá mudar o mundo e a nós mesmos, da forma que nos for mais conveniente.

É claro que, para muitos, essa parecerá uma visão herética da aventura humana.

Se o infinito conhecimento é infinito poder, ele só pode pertencer a Deus e não ao homem e deveríamos ser punidos por buscar esse conhecimento, como nos alertaram os antigos gregos com o mito de Prometeu, ou Mary Shelley, com “Frankenstein”.

Outros acreditam que o homem só deveria ter acesso a conhecimento limitado, com propósito previamente determinado e especial permissão do Criador.

No conto “Os Nove bilhões de nomes de Deus”, de 1953, o escritor norte-americano Arthur C. Clarke, autor também de “2001 – Uma Odisseia no Espaço” brinca com o tema.

Ele imagina o lama de um monastério Tibetano comprando um supercomputador Mark-V para realizar um trabalho, que, normalmente, seus monges levariam 15.000 anos: calcular todos os possíveis nomes de Deus, em palavras com 9 caracteres, usando um alfabeto especialmente inventado, sem que nenhuma letra figure mais de 3 vezes consecutivas em cada vocábulo.

Já instalados no Tibet, entre os muros da cidadela do templo, os dois engenheiros encarregados de montar e operar a máquina, descobrem - pouco antes do final dos cem dias de trabalho - que os monges acreditam que, uma vez finalizados os cálculos, a humanidade perderá sua razão de existir, e tudo acabará para sempre.

Preocupados com a reação dos monges caso as coisas não transcorram como eles esperam, os dois resolvem adiantar sua partida, e começam a descer a montanha onde está instalado o monastério, a caminho do aeródromo, no qual um DC-3 os aguarda, duas horas antes do horário previsto para que o computador imprima o ultimo nome.

É noite, e eles estão, sobre suas montarias, em um dos pontos mais altos da trilha, quando chega o momento da máquina parar de trabalhar. Instintivamente, seus olhos se voltam para a silhueta do monastério, ao longe, recortando-se contra o horizonte. E descobrem, perplexos, que as estrelas, estão, uma a uma, começando a se apagar.

Não sabemos se o homem, algum dia, vencerá definitivamente a morte, ou se estaremos entre as últimas gerações a viver estes modestos oitenta, noventa, cem anos, que nos cabem, agora, como limites quase que definitivos.

Navegantes do tempo, temos singrado, por milhares de gerações, as águas do receio e da ignorância, abraçados uns aos outros, no início e fim de nossas vidas, frágeis e impactados por imensa vulnerabilidade, tremendo ante a perspectiva da dor e a proximidade da morte.

O certo é que, mesmo à deriva, parece que estamos prestes a conseguir atravessar o vasto oceano.

Finalmente, vislumbramos, ao longe, para além da bruma que nos cerca, quase como miragens, das quais nos aproximamos lentamente - graças ao estudo do genoma humano e de novas ciências como a engenharia genética e a nanotecnologia – os pilares que nos darão passagem para uma nova era. Eles estão à nossa frente.

Os fabulosos e indefinidos portais da imortalidade.

Publicado no http://www.maurosantayana.com/2014/01/os-portais-da-imortalidade.html 

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domingo, 26 de janeiro de 2014

O pó do Ah! é sim...

Richard Jakubaszko 
Engraçada e irônica marchinha de Carnaval sobre o pó Royal, que anda em destaque na blogosfera, evidentemente com traços de sofisticada inteligência política, tipicamente mineira.
Marvada que só vendo...

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sábado, 25 de janeiro de 2014

Lula: precisamos valorizar a democracia

Richard Jakubaszko

Faz 30 anos, foi no dia 25 de janeiro de 1984, quando aconteceu o que foi chamado de o maior comício pelas Diretas Já, na histórica Praça da Sé e no dia do aniversário de São Paulo. Milhares de pessoas se juntaram ao metalúrgico e líder sindical Lula e a diversas personalidades da política, de todos os partidos e da classe artística, para entoar o grito pelo direito ao voto.

No vídeo abaixo, Lula rememora este dia e também os outros comícios que marcaram época no que ele chama de “o maior movimento cívico na história dos 500 anos do Brasil”. Lula lembra também que mesmo com a derrota no Congresso Nacional, o movimento das Diretas Já foi o que conseguiu acabar com o regime militar que comandava o país.

Lula ressalta que “nós precisamos aprender a valorizar a democracia”.

Cheguei atrasado ao evento, por causa do gigantesco congestionamento, mas fiz parte da massa que ficou travada atrás da Catedral da Sé, na Praça João Mendes (comentava-se na época que havia entre 350 mil e até 700 mil pessoas nesse comício). Deu para escutar tudo, e vibrar, sentir que a democracia estava voltando ao país, definitivamente.
Inesquecível!
Mas ainda tem gente (Ô, raça!) que lembra com saudades da ditadura...
Assista a íntegra do vídeo:


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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Tentou fumar no avião e foi amarrado pela tripulação

Richard Jakubaszko   
Tentou fumar e foi amarrado...
Alemão teria agredido comissários e foi detido assim que o avião pousou em seu destino final, a Austrália.

Um homem foi contido e amarrado pela tripulação de um voo da Emirates que fazia a rota entre Cingapura e Brisbane (Austrália) no início deste ano, porque teria tentado fumar várias vezes a bordo.

O passageiro, com cidadania alemã, identificado como Mathias Jorg, de 54 anos, está detido na Austrália e já foi ouvido por um juiz que analisa o caso. Ele foi preso assim que o voo EK432 pousou em solo australiano, por volta de 1h da madrugada.

Jorg responde agora por três acusações: fumar numa aeronave, agredir a tripulação e prejudicar o trabalho de comissários de bordo. Ele será libertado de forma condicional se entregar seus passaportes às autoridades locais. Uma nova audiência está marcada para o dia 10.



COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO:
O tal do comportamento politicamente correto é uma praga internacional, e o cigarro tornou-se o mais novo refém desse modismo. Como fumante que sou, fico indignado, revoltado mesmo, com as exacerbadas regras de restrições e proibições ao fumo. Essas manifestações de repúdio aos fumantes são semelhantes às agressões de racismo sofridas por minorias étnicas ou com opção sexual diferenciada, pela forma com que sujeitam os fumantes, seja por colocarem estes em situação vexatória, como se fossem criminosos, ou doentes portadores de males contagiosos, seja pela humilhação imposta, da qual o alemão acima, um tabagista dependente, é só um exemplo.

Na Europa é possível fumar em aeroportos, em cubículos isolados, especialmente projetados para eles, sem que se perturbe os não fumantes.
A questão cômica da situação é que enquanto as críticas antigas eram apenas de que o cigarro "perfumava" os vizinhos, o cigarro conseguiu sobreviver. Mais recentemente, as críticas incorporaram a figura do "fumante passivo", que poderia desenvolver doenças, aí o politicamente correto desembestou e ficou fácil aos inimigos do tabaco obterem as proibições.

Como se andar nas ruas de qualquer cidade brasileira fosse mais saudável do que ficar perto de um fumante, tendo em vista o enxofre emitido pelos motores a diesel de ônibus, caminhões e vans de mauricinhos perfumados da alta classe média.
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Perigo: mulheres ao volante!

Richard Jakubaszko  
Já virou folclore-mania...
Mulheres ao volante, olha que perigo! Estacionando, então, é uma catástrofe! Precisam inventar o carro perfeito, à prova de mulheres: carros que estacionem sozinhos! A afirmação, acreditem, é desprovida de qualquer machismo, ninguém tenha dúvidas, eis que o assunto é um fato incontestável, é só assistir ao vídeo abaixo, um sucesso na blogosfera...

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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O copo tá cheio ou tá vazio?

Richard Jakubaszko   
Os apresentadores do Manhattan Connection, da Globo News, entrevistaram ao vivo, durante mais de 15 minutos, a presidente Luiza Trajano, do Magazine Luiza. Luta inglória da empresária, que teve de provar aos desinformados coleguinhas que não há bolha de consumo, que o Brasil está crescendo e tem muito espaço para crescer, que as vendas no varejo aumentam, que a inadimplência caiu, e que o inferno só existe nas redações da grande mídia, onde se comemora o copo vazio...
A registrar a grosseria petulante de Diogo Mainardi, própria dos ignorantes, no "me poupe (eu sempre tenho razão...)".
O Manhattan Connection é um programa fraco, mas em termos de entrevistas é medíocre. Faz coro com a mídia, na campanha do "quanto pior, melhor". Coisas de jornalistas. Ô, raça!
Luiza deu um banho de bola nos 4 metidinhos a besta...

Descobri outro vídeo do mesmo programa, que está no Youtube, e republico até que a Globo censure novamente. Os dois vão ficar aqui no blog, até que a Globo perca a vergonha e reautorize a permanência no ar:
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Teoria do domínio do fato é obsoleta

Richard Jakubaszko 
O ministro Ricardo Lewandowski, em reunião no plenário do STF, contextualizou e derrubou a teoria do domínio do fato, utilizada para condenar os réus da Ação Penal 470, conhecida como Mensalão. Bom, "derrubou" em termos, pois ela acabou sendo aplicada...
Este blogueiro concorda com a argumentação do ministro Lewandowski, que pode ser assistida no vídeo abaixo.

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domingo, 19 de janeiro de 2014

Genoíno, por sua mãe...

Richard Jakubaszko 
Reportagem do jornal O Povo, de Fortaleza, Ceará, mostra o que é real.
Publicado no blog GGN, do Luis Nassif: http://jornalggn.com.br/noticia/a-familia-e-as-origens-de-genoino

Considero uma covardia inominável o que alguns jornais (especialmente Folha SP, Estadão e O Globo) têm feito com o cidadão brasileiro José Genoíno. A autêntica perseguição moralista, nesta semana representada pela "acusação" de que Genoíno e sua família alugaram uma mansão de luxo em Brasília, para que ele cumpra condenação "em casa", por causa de sua delicada saúde, seria cômica se não fosse trágica.

O pior de tudo, fato que me horroriza, como escutei hoje, é ouvir de gente que se julga politizada, e muito bem informada, que "ele pode, roubou bastante, e agora vai pagar".

Um e-mail de Miruna Genoíno, filha de Genoíno, explica melhor tudo isso:
Sim, alugamos uma casa em Brasília.

Por quê? Porque meu pai está em prisão domiciliar FORA DE SEU DOMICÍLIO. Esse aluguel está sendo pago com muito sacrifício, entre eles, eu, meu marido e dois filhos nos mudarmos para a casa dos meus pais para podermos ajustar nossa vida financeira graças a essa injustiça que está acontecendo. Agora, eu não fui para a Europa com o dinheiro público, como o presidente do STF. Não. E, ainda assim, o escândalo que a mídia quer criar é ESTARMOS PAGANDO PARA MEU PAI CUMPRIR PRISÃO DOMICILIAR FORA DE SEU DOMICÍLIO. Francamente…
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sábado, 18 de janeiro de 2014

O homem e o tempo

por Mauro Santayana *

(JB - Primeiro de Janeiro) - Sem poder dominar o tempo, e o inevitável ciclo da vida, o homem passou a medi-lo, e tentar compreendê-lo, a partir da observação da natureza. O primeiro relógio foi o Sol - e disso nos deixaram testemunho os arabescos rabiscados nas paredes das cavernas e as civilizações antigas. Separados, na imaginação humana, os dias e as noites - ou melhor, feita a luz, no gesto primevo de que fala o Genesis - passamos a dividir a existência pelas estações, as chuvas e as secas - que ganharam importância com o advento da agricultura - pelo movimento dos astros, os relógios de sombra, de água e de areia, os solstícios e as festas da colheita.

O fascínio pelo tempo levou-nos ao pêndulo e às engrenagens, à vibração dos átomos, à matemática e à física, à computação, às teorias, como a da Relatividade, ao microcosmo que se mede em nanômetros, ao universo quântico.


Nestes dias, completamos, pelo Calendário Gregoriano, mais um ano, o de 2013. Isso nos faz lembrar que sem os algarismos e a noção de tempo, a História, provavelmente, não existiria. Não teríamos como datar o passado da nossa espécie. Nem como compreender o presente fugaz e complexo que nos cerca. E nossas visões de futuro estariam relegadas - como no passado - à leitura das vísceras dos pássaros e à interpretação das profecias dos xamãs e das sacerdotisas.


Guardadas as devidas proporções, a história humana continua sendo a de um frágil conjunto de átomos, organizado em células e neurônios, perplexo diante do milagre da vida, e dedicado a postergar ou trapacear o fim inexorável.

Há aqueles, como Alexandre o Grande, Átila, ou César, que conquistam ilhas, montanhas, continentes, e constroem pirâmides e cidades para permanecer além do tempo. Há os que buscam o poder para exercê-lo sobre quem o cerca, valendo-se de seus bens ou de sua posição, como se cada instante de controle sobre outro ser humano, dilatasse os seus próprios momentos neste mundo.


Há, ainda, como Homero, Caravaggio, Lorca, Michelangelo, Picasso, Violeta Parra, Chaplin, Aleijadinho, quem prefira legar ao mundo o seu talento e o seu espanto, a beleza dos versos e das formas, das cores, dos gestos e do sonho.

E há, finalmente, aqueles, entre os quais se incluem também certos artistas e poetas, que preferem enfrentar a morte, olhando-a nos olhos e combatendo tudo que a representa. A miséria e a injustiça, a fome, a desigualdade. O racismo e o ódio, o egoísmo, a violência, a brutalidade.


Esses são os que curam os pobres e humildes, os que ensinam a ler e a pensar a quem não sabe; que desvendam os males dos vírus e bactérias; os que forjam novas ideias e movimentos. E criam vacinas, alimentos e fontes de energia mais baratas, não com a intenção do lucro, mas para mostrar que é possível. Que a vida pode ser vitoriosa,



Muitos deles morreram no último ano - e não poucos foram perseguidos e assassinados - outros alcançaram grandes vitórias e conquistas e temos certeza de que seguirão lutando.  Continuaremos dependendo deles no futuro. São eles que fazem caminhar a humanidade.


* jornalista