sábado, 31 de outubro de 2015

Bernhard Kiep, da AGCO, fala sobre tecnologias de máquinas agrícolas

Richard Jakubaszko 
Entrevistei Bernhard Kiep, vice-presidente da AGCO (Massey, Valtra, GSI, entre outras empresas), para o Portal DBO, e ele fala sobre o mercado e de tecnologias embarcadas em máquinas agrícolas, além de treinamento de mão-de-obra, sobre irrigação, a importância do agro, e muitas outras coisas.


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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

EUA: As 10 notícias mais censuradas entre 2014 e 2015

Ernesto Carmona * - via Proyecto Censurado, lido na Carta Maior
Estas são as primeiras 10 notícias mais censuradas pela grande imprensa dos EUA, que na prática molda a (des)informação mundial.

O 1% mais rico possui metade da riqueza mundial, o fracking envenena as águas subterrâneas, 89% das vítimas paquistanesas assassinadas por drones norte-americanos nem sequer eram identificáveis como militantes islâmicos, aumentam os países que agora seguem o exemplo da Bolívia na luta pelo direito humano à água, aprofunda-se o desastre nuclear em Fukushima, cientistas

opinam que o excesso de metano ameaça o Ártico e a muito curto prazo põe em risco a vida no planeta (20 anos) pelo aumento de 5 a 6 graus do aquecimento global, o medo da espionagem do governo “esfria” a liberdade de expressão dos escritores de todo mundo, a polícia dos EUA mata mais que qualquer outra do planeta… e com demasiada frequência, óbvio: os pobres recebem menos cobertura dos media que os seus donos multimilionários e, por último, a Costa Rica avança na energia renovável hidráulica… desde que não haja seca. […].

1) O 1% mais rico possui metade da riqueza mundial
Em 2016, o 1% da população mundial possuirá mais riqueza que os 99% restantes, segundo um relatório difundido em janeiro 2015 pela Oxfam, uma organização internacional sem fins lucrativos que tem como objetivo combater a pobreza. Para o estudo da Oxfam a desigualdade extrema não é inevitável, mas nos fatos é o resultado de decisões políticas e econômicas estabelecidas e mantidas pela elite global do poder, os indivíduos ricos cuja poderosa influência mantém o status quo manipulado a seu favor. A proporção da riqueza mundial que pertence ao 1% aumentou de 44% em 2009 para 48% em 2014 e prevê-se que atinja os 50% em 2016.

2) O fracking envenena as águas subterrâneas
Os aquíferos da Califórnia foram contaminados ilegalmente com cerca de 11 milhões de litros de águas residuais envenenadas desde que foram utilizadas no processo chamado fracking, ou fratura hidráulica do subsolo para extrair petróleo e gás, segundo documentos do Estado da Califórnia difundidos em finais de 2014 pelo Centro para a Diversidade Biológica. Segundo esta fonte, a fuga de contaminantes produziu-se em pelo menos nove poços utilizados pela indústria petrolífera para eliminar resíduos de águas contaminadas, prática que provavelmente se repete noutras latitudes onde também é utilizada a fratura hidráulica para extrair petróleo e gás.

3) 89% das vítimas paquistanesas de drones dos EUA nem sequer são apontadas como militantes islâmicos
Desde que Barack Obama assumiu a presidência em 2009, calcula-se que os EUA provocaram a morte de 2.464 pessoas em bombardeamentos com aviões não tripulados enviados fora do que Washington declarou como “zonas de guerra”. O número foi divulgado em fevereiro de 2015 por Jack Serle e pela equipa do Gabinete de Jornalismo de Investigação, que mantém uma base de dados com todos os ataques conhecidos – baseando-se em trabalho de campo, relatórios dos media e fuga de documentos – que proporcionam uma imagem mais clara da escala e do impacto do programa de aviões não tripulados dos EUA, em comparação com a informação episódica proporcionada pelos grandes media corporativos de informação.

4) Muitos países seguem agora o exemplo da Bolívia na luta pelo direito à água
No 15º aniversário dos protestos de Cochabamba, a resistência popular ao controle da água pelas grandes transnacionais continua a expandir-se em todo o mundo, abarcando a remunicipalização dos serviços públicos de água privatizados, a ação direta contra bloqueios injustos à água e à recolha de águas pluviais, enquanto o acesso ao vital elemento se entroniza como direito humano fundamental.

Em janeiro de 2000, o povo de Cochabamba fechou a cidade em protesto contra a privatização do seu sistema municipal de água, que rapidamente duplicou e triplicou as faturas da água. Em fevereiro desse ano, o correspondente do Pacific News Service Jim Shultz divulgou a história na imprensa ocidental com os seus relatórios em primeira mão dos confrontos entre a polícia antimotim e os manifestantes na chamada “guerra pela água”, que hoje se prolonga entre os agricultores locais e os grandes fazendeiros, mas também implica novos “barões corporativos da água”, como o Goldman Sachs, o J.P. Morgan Chase, o Citigroup, o Grupo Carlyle e outros grandes grupos de investimento que estão a comprar direitos da água em todo mundo a um ritmo sem precedentes.

5) Aprofunda-se o desastre nuclear em Fukushima
Continua por resolver a crise de 2011 do reator nuclear de Fukushima, Japão, apesar das garantias das autoridades governamentais e dos principais meios de comunicação de que a situação foi contida e, também, não obstante uma avaliação da Agência Internacional de Energia Atômica das Nações Unidas onde afirma que o Japão tem feito “progressos significativos” na limpeza do local. A verdade é que a descarga contínua no Oceano Pacífico da água de refrigeração extremamente radioativa da central nuclear destruída, já detectada ao longo da costa do Japão, tem o potencial de afetar grandes porções do Pacífico e a costa ocidental da América do Norte. Além do possível derrame de plutônio neste Oceano, a Tokyo Electric Power Company (Tepco) admitiu recentemente que diariamente a central lança no mar grandes quantidades de água contaminada com trítio, césio e estrôncio.

6) O Ártico está em perigo pelo crescente impacto do metano no aquecimento global
Os níveis de metano na atmosfera atingiram um máximo histórico nos últimos anos. Este gás de efeito de estufa é um dos principais contribuintes para o aquecimento global, bem mais destrutivo do que o dióxido de carbono. Num relatório para Truthout, o jornalista Dahr Jamail citou Paul Beckwith, professor de climatologia e meteorologia na Universidade de Ottawa: “Nas etapas iniciais, a alteração climática será abrupta para o nosso sistema climático, sem controle, conduzindo a um aumento de temperatura de 5 a 6 graus centígrados dentro de uma ou duas décadas”. Tais mudanças terão “efeitos sem precedentes” para a vida na Terra.

O derretimento dos gelos árticos lançará o metano na atmosfera. “O que acontecer no Ártico não ficará no Ártico”, observou Beckwith. A perda de gelo ártico afeta a Terra como um todo. Por exemplo, ao diminuir a diferença de temperatura entre o Ártico e o equador aumentará a potência das correntes, que por sua vez acelerarão o derretimento do gelo ártico.

7) O medo da espionagem dos governos condiciona liberdade de expressão dos escritores
A vigilância massiva lança a dúvida nos escritores de todo mundo de que os governos democráticos respeitem os seus direitos à intimidade e à liberdade de expressão, segundo um relatório de janeiro de 2015 do PEN America baseado nas respostas de 772 autores de cinquenta países. Uma reportagem de Lauren McCauley em Common Dreams além de difundir o PEN América Report deu a conhecer um relatório de julho de 2014 da União Americana das Liberdades Civis e da Human Rights Watch onde se dá conta que jornalistas e advogados dos EUA evitam cada vez mais trabalhar sobre temas potencialmente controversos devido ao medo da espionagem do governo.

8) A polícia dos EUA mata… e com demasiada frequência
Em comparação com outros países capitalistas desenvolvidos, os EUA são sem dúvida diferentes quando se trata do nível de violência estatal dirigida contra as minorias, informou Richard Becker, do Liberation, em janeiro de 2015. Usando números de 2011, Becker escreveu que numa base per capita “a taxa de mortes pela polícia dos EUA foi aproximadamente 100 vezes maior do que a dos polícias ingleses em 2011”, 40 vezes mais letal que a taxa dos polícias alemães e 20 vezes mais mortífera que a dos seus colegas canadenses. Becker disse que provavelmente este não é o tipo de “excepcionalismo [norte] americano” que o presidente Obama tinha em mente quando se dirigiu aos cadetes graduados de West Point em maio de 2014.

9) Pobres recebem menos cobertura da mídia do que os multimilionários
Em junho de 2014, a Equidade e Exatidão na Informação (FAIR, na sigla em inglês) publicou um estudo onde mostra que a ABC World News, a CBS Evening News e a NBC Nightly News dão mais cobertura midiática aos 482 multimilionários dos EUA do que aos 50 milhões de pessoas que hoje vivem na pobreza. Além disso, transmitem quase quatro vezes mais histórias que incluem o termo “multimilionário” do que notícias utilizando vocábulos como “pessoas sem casa” ou “bem-estar”.

10) A Costa Rica avança na energia renovável
Em 75 dias consecutivos dos primeiros meses de 2015, a Costa Rica não queimou nenhum combustível fóssil para gerar eletricidade. Graças às fortes chuvas atribuídas às alterações climáticas, as centrais hidroelétricas geraram quase a totalidade da eletricidade do país, que, com os recursos geotérmicas, o vento e as fontes de energia solar anulam a dependência de fontes fósseis como carvão e petróleo.

Um relatório de Myles Gough em Science Alert indica que os primeiros setores da Costa Rica são o turismo e a agricultura, que requerem pouca energia, em comparação com extração mineira ou a indústria. A nação também tem características topográficas (incluindo vulcões) que facilitam a produção de energia renovável. O problema pode colocar-se perante eventuais secas originadas pelas alterações climáticas.

* o autor é jornalista, escritor chileno e jurado internacional do Project Censored, publicado em Proyecto Censurado.
Tradução: Carlos Santos para esquerda.net
Publicado em http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/As-10-noticias-mais-censuradas-em-2014-2015/12/34762.

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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Ciro Gomes: o que é uma pedalada fiscal?

Richard Jakubaszko
Na mídia fala-se muito em "pedaladas" para justificar um impeachment. Você sabe o que é uma "pedalada fiscal" no orçamento do governo federal? Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, e ex-ministro da Fazenda, explica o que é essa "pedalada" que a mídia não explica e nem justifica, e ainda tenta colocar a questão contábil e orçamentária como se fosse "corrupção", ou a prática de algo "horroroso e repulsivo". E deixa no ar a impressão de que alguém garfou o dinheiro do povo no Tesouro Nacional...

Isso só acontece em país de analfabetos políticos e de gente mal informada pela mídia, gente que terceiriza as próprias ideias. Confiram no vídeo:

Publicado no blog "O Cafezinho": http://www.ocafezinho.com/2015/10/18/ciro-gomes-fala-de-impeachment-e-pedaladas/
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domingo, 25 de outubro de 2015

Lugares abandonados

Richard Jakubaszko
Alguns são lugares ou construções belíssimas. A maioria foi abandonada por razões econômicas, inegavelmente, outras por questões de inviabilidade de uso, como a radioatividade, mas quase todas as fotos nos deixam a curiosidade por saber o que de fato sucedeu antes. Confiram:
Pripyat-Ucrania, próximo a Chernobyl, por causa da radioatividade
Oriente Médio.
Angkor - Camboja.
Estação de metrô em Nova York.
Castelo Bodiam em East Sussex, Inglaterra.
Shopping na Austrália, Sidney.
Ilha Hashima - Japão.

Vila Itororó, bairro Paraíso, S.Paulo, Capital.
Castelo, na Bélgica.
Presídio, em lugar não identificado.
Holyland, nos EUA.
Brasil, Paranapiacaba (SP), antiga estação trens da Railway.

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sábado, 24 de outubro de 2015

Erros cinematográficos e novelescos

Richard Jakubaszko
A novela Os 10 Mandamentos, que anda fazendo sucesso de audiência na TV Record, frequentemente comete erros de inadequação, seja de cenário, seja de comportamento, seja de vestuário, e, especialmente de mobiliário, e isso é comum numa novela ou filme de época. Já vi figurantes, em filmes hollywoodianos de época, ambientados na Roma antiga, usando relógio de pulso. Mas a desatenção da produção na cena, retratada na foto, é antológica, convenhamos.
Precisa avisar o Faraó...
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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O Brasil e as cadeias globais de suprimento


Marcos Sawaya Jank *  
Um dos aspectos mais interessantes da globalização é a integração das cadeias de suprimento e valor. Roupas, carros, computadores e celulares são exemplos de bens cujas cadeias de produção atravessam dezenas de países.

Grandes multinacionais americanas, europeias e asiáticas estão espalhadas pelo mundo não só para chegar aos consumidores, mas também para se aproveitar das vantagens competitivas dos diversos países nas cadeias de valor de seus produtos.


A União Europeia e a Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático) são exemplos de blocos de países que reduziram os custos de transação gerados pela internacionalização das cadeias de valor das suas empresas. Ou seja, são arranjos que harmonizaram as "regras do jogo" dentro de uma região específica, fazendo com que mais da metade do comércio já se dê hoje dentro do próprio bloco.


O século 21 trouxe de fato um "mundo plano" que uniformizou e globalizou lojas e cadeias de suprimento na produção de iPhones, roupas fashion, cafés e sanduíches.


Mas ainda convivemos todos os dias com um "mundo não plano", marcado por realidades de produção e consumo que aparentam não ter ainda chegado ao século 19. Matérias-primas de baixa qualidade produzidas sem qualquer controle, baixa produtividade, mercados rústicos, armazenagem sofrível e comércio na calçada. O moderno convive com o atrasado em cada país. O melhor do século 21 convive com o pior do século 19 em cada cidade.

No meu entendimento, a principal razão para essas disparidades origina-se da falta de abertura comercial e competição. Quando um país se fecha para o mundo, os produtos e mercados tendem a ter uma menor relação preço-qualidade e as cadeias produtivas rapidamente se concentram na mão de poucos.


No caso do Brasil, a integração das empresas nas cadeias globais de suprimento ainda é medíocre. Altas tarifas de importação, exigências de conteúdo nacional, forte instabilidade institucional e o custo Brasil nos isolaram do resto do mundo. Por querermos produzir de tudo no Brasil, acabamos fazendo mal e inovando pouco.


No exterior, nossa maior competitividade está nos produtos intensivos em recursos naturais, basicamente commodities clássicas do mundo agrícola e mineral. Mas, com raras e saudáveis exceções, nossas empresas ainda estão longe de vender produtos diferenciados com marca global e mesmo investir no exterior.


No caso do agronegócio, por exemplo, temos dificuldade para ir além da relação com traders e importadores. No setor de carnes, enfrentamos elevadas barreiras para avançar nas cadeias produtivas no exterior. Basta dizer que metade da população asiática vive em países que se encontram literalmente fechados para o Brasil, impossibilitando a integração na cadeia alimentar, ao contrário do que ocorre nesses mesmos países nas áreas de automóveis e eletrônicos.


Num período de crise como o que estamos vivendo, a inércia nos empurra a examinar apenas os problemas e soluções domésticas.


Mas a história nos ensina que os países que mais se desenvolveram foram aqueles que conseguiram se encaixar direito no mundo, abrindo as portas para o comércio e os investimentos, se integrando nas cadeias globais de valor e fazendo com que suas empresas crescessem enfrentando os melhores concorrentes globais.

 

* o autor é especialista em questões globais do agronegócio.
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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O Brasil e a república de Salem


Mauro Santayana *
(Jornal do Brasil) - O Ministro Teori Zavascki retirou da Operação Lava-Jato a investigação de questões relativas à Eletronuclear.

O fez porque o caso envolve o senador Edson Lobão, que tem foro privilegiado.

Mas poderia tê-lo feito também devido a outros motivos. A Eletronuclear não possui instalações no Paraná, nem vínculos com a Petrobras, e não se sustenta a tese, que quer dar a entender o Juiz Sérgio Moro, de que tudo, das investigações sobre o Ministério do Planejamento, relacionadas com a Ministra Gleise Hoffman, à Eletronuclear, Petrobras, hidrelétricas em construção na Amazônia, projetos da área de defesa, da indústria naval, e qualquer coisa que envolva a participação das maiores empresas do país em projetos e programas estratégicos para o desenvolvimento nacional, "é a mesma coisa" e culpa de uma "mesma organização criminosa", estabelecida, há alguns anos, com o deliberado intuito de tomar de assalto o país.

Pode-se tentar impingir esse tipo de fantasia conspiratória, reduzindo a oitava maior economia do mundo - que em 2002 não passava da décima-quarta posição - a um mero bordel de esquina invadido por uma maquiavélica e nefasta quadrilha de assaltantes, quando esse discurso se dirige para a minoria conservadora, golpista, manipulada e desinformada que pulula nos portais mais conservadores da internet brasileira e dá um trocado para a faxineira bater panela na varanda do apartamento, quando começa a doer-lhe a mão.

Mas essa tese não "cola" para qualquer pessoa que tenha um mínimo de informação de como funciona, infelizmente, o país, e sobre o que ocorreu com esta Nação nos últimos 20 anos.

Operação caracteristicamente midiática, alimentada a golpe de factoides, da pressão sobre empresas e empresários - até mesmo por meio de prisões desnecessárias, e, eventualmente, arbitrárias - e de duvidosas delações premiadas, a Lava-Jato, se não for rigorosamente enquadrada pelos limites da lei, se estabelecerá como uma nova República do Galeão, de Curitiba, ou de Salém.

Uma espécie de Quinto Poder, acima e além dos poderes basilares da República, com jurisdição sobre todos os segmentos da política, da economia

e da sociedade brasileira, com um braço doutrinário voltado para obter a alteração da legislação, mormente no que diz respeito ao enfraquecimento das prerrogativas constitucionais, entre elas a da prisão legal, da presunção de inocência, da apresentação de provas, que precisa produzir, para uma parcela da mídia claramente seletiva e partidária, sempre uma nova "fase" - já lá se vão 19 - uma nova acusação, uma nova delação, para que continue a se manter em evidência e em funcionamento.

Tudo isso, para que não se perceba com clareza sua fragilidade jurídico-institucional, exposta na contradição entre a suposta existência de um escândalo gigantesco de centenas de bilhões de reais, como alardeado, na imprensa e na internet, aos quatro ventos, que se estenderia por todos os meandros do estado brasileiro, em contraposição da franca indigência de provas robustas e incontestáveis, reunidas até agora, e do dinheiro efetivamente recuperado, que não chega a três bilhões de reais - pouco mais do que o exigido, em devolução pela justiça, apenas no caso do metrô e dos trens da CPTM, de São Paulo.

Uma coisa é provar que dinheiro foi roubado, nas estratosféricas proporções cochichadas a jornalistas - ou aventadas em declarações do tipo "pode chegar" a tantos bilhões - dizendo em que contrato houve desvio, localizando os recursos em determinada conta ou residência, mostrando com imagens de câmeras, ou registros de hotel, e listas de passageiros, que houve tal encontro entre corruptor e corrompido.

Outra, muito diferente, é para justificar a ausência de corrupção nas proporções anunciadas todo o tempo, estabelecer aleatoriamente prejuízos "morais" de bilhões e bilhões de reais e nessa mesma proporção, multas punitivas, para dar satisfação à sociedade, enquanto, nesse processo, que se arrasta há meses, caminhando para o segundo aniversário, se arrebenta com vastos setores da economia, interrompendo, destruindo, inviabilizando e transformando, aí, sim, em indiscutível prejuízo, centenas de bilhões de reais em programas e projetos estratégicos para o desenvolvimento e a própria defesa nacional.

Insustentável, juridicamente, em longo prazo, e superestimada em sua importância e resultados, a Operação Lava-Jato é perversa, para a Nação, porque se baseia em certas premissas que não possuem nenhuma sustentação na realidade.

A primeira, e a mais grave delas, é a que estabelece e defende, indiretamente, como sagrado pressuposto, que todo delator estaria falando a verdade.
Alega-se que os réus "premiados", depois de assinados os acordos, não se arriscariam a quebrar sua palavra com a Justiça.

Ora, está aí o caso do Sr. Alberto Youssef, já praticamente indultado pelo mesmo juiz Moro no Caso do Banestado, da ordem de 60 bilhões de reais, para provar que o delator premiado não apenas pode falar o que convêm, acusando uns e livrando a cara de outros, como continuar delinquindo descaradamente - por não ter sido impedido de prosseguir nos mesmos crimes e atividades pela Justiça - até o ponto de, estranhamente, fazer jus a nova "delação premiada" mesmo tendo feito de palhaços a maioria dos brasileiros.

A segunda é a de se tentar induzir a sociedade - como faz o TCU no caso das "pedaladas fiscais", que vêm desde os tempos da conta única do Banco do Brasil - a acreditar que toda doação de campanha, quando se trata do PT, seria automaticamente oriunda de pagamento de propina de corrupção ao partido, e que, quando se trata de legendas de oposição - mesmo que ocupem governos que possuem contratos e obras com as mesmíssimas empresas da Lava-Jato - tratar-se-ia de doações honestas, impolutas e desinteressadas.

Corrupção é corrupção. E doação de campanha é doação de campanha. Até porque as maiores empresas e bancos do país, que financiam gregos e troianos, o fazem por um motivo simples: como ainda não possuem tecnologia para construir uma máquina do tempo, nem para ler bolas de cristal, elas não têm como adivinhar, antes da contagem dos votos, quem serão os partidos vitoriosos ou os candidatos eleitos em cada pleito.

Se existe suspeição de relação de causa e efeito entre financiamento de campanha e conquista de contratos, simples.

Em um extremo, regulamente-se o "lobby", com fiscalização, como existe nos Estados Unidos, ou, no outro, proíba-se definitivamente o financiamento empresarial de campanha por empresas privadas, como está defendendo o governo, e não querem aceitar os seus adversários.

O que não podem esperar, aqueles que escolheram, como tática, a criminalização da política, é que a abertura da Caixa de Pandora, ao menos institucionalmente, viesse a atingir apenas algumas legendas, ou determinados personagens, em suas consequências, como é o caso do financiamento privado de campanha.

Vendida, por outro lado, como sendo, supostamente, uma ação emblemática, um divisor de águas no sentido da impunidade e de se mandar um recado à sociedade de que o crime não compensa, a justiça produzida no âmbito da Operação Lava-Jato está, em seus resultados, fazendo exatamente o contrário.

Quem for analisar a última batelada de condenações, verá que, enquanto os delatores "premiados", descobertos com contas de dezenas de milhões de dólares no exterior, com as quais se locupletavam nababescamente, gastando à tripa forra, são liberados até mesmo de prisão domiciliar e vão ficar soltos, nos próximos anos, sem dormir nem um dia na cadeia, funcionários de partido que "receberam", em função de ocupar o cargo de tesoureiro, doações absolutamente legais do ponto de vista jurídico, terão de passar bem mais que uma década presos em regime fechado, mesmo que nunca tenham apresentado nenhum sinal de enriquecimento ilícito.

Com isso, bandidos contumazes, já beneficiados, no passado, pelo mesmo juiz, com acordos de delação premiada, que quebraram, ao voltar a delinquir, seus acordos feitos anteriormente com a Justiça, ou que extorquiram empresas e roubaram a Petrobras, vão para o regime aberto ou semiaberto durante dois ou três anos, para salvar as aparências, enquanto milhares de trabalhadores estão indo para o olho da rua, também porque essas mesmas empresas - no lugar de ter apenas seus eventuais culpados condenados - estão, como negócio, sendo perseguidas e ameaçadas com multas bilionárias, que extrapolam em muitas vezes os supostos prejuízos efetivamente comprovados até agora.

A mera ameaça dessas multas, com base nos mais variáveis pretextos, pairando, no contexto midiático, como uma Espada de Dámocles, antes da conclusão das investigações, tem bastado para que a situação creditícia e institucional dessas companhias seja arrebentada nos mercados, e projetos sejam interrompidos, em um efeito cascata que se espalha por centenas de médios e pequenos fornecedores, promovendo um quase que definitivo, e cada vez mais irrecuperável desmonte da engenharia nacional, nas áreas de petróleo e gás, infraestrutura, indústria naval, indústria bélica, e de energia.

O Juiz Moro anda reclamando publicamente, assim como o Procurador Dallagnol - até mesmo no exterior - do "fatiamento" da Operação Lava-Jato.

Ora, não se pode criar uma fatia a partir de algo que não pertence ao bolo.

Inquéritos não podem ser abertos por determinada autoridade, se não pertencem à jurisdição dessa autoridade.

Continuar produzindo-os, sabendo-se que eventualmente serão requeridos ou redistribuídos pelo Supremo, faz com que pareçam estar sendo criados apenas com o intuito de servirem, ao serem eventualmente retirados do escopo da Lava-Jato, de "prova" da existência de uma suposta campanha, por parte do STF, destinada a dar fim ou a sabotar, aos olhos da opinião pública, o "trabalho" do Juiz Sérgio Moro e o de uma "operação" que se quer cada vez mais onipresente e permanente nas manchetes e na vida nacional.

Ao reclamar do suposto "fatiamento" da Operação Lava-Jato, com a desculpa de eventual prejuízo das investigações, o Juiz Sérgio Moro parece estar tentando, da condição de "pop star" a que foi alçado por parte da mídia, constranger e pressionar, temerariamente, o Supremo Tribunal Federal - já existe provocador falando, na internet, em resolver o "problema" do STF "a bala" - valendo-se da torcida e do apoio da parcela menos informada e mais manipulada da opinião pública brasileira.

Com a agravante de colocar em dúvida, aos olhos da população em geral, o caráter, imparcialidade e competência de seus pares de outras esferas e regiões, como se ele, Sérgio Fernando Moro, tivesse surgido ontem nesta dimensão, de um puro raio de luz vindo do espaço, sem nenhuma ligação anterior com a realidade brasileira, para ser o líder inconteste de uma Cruzada Moral e Reformadora Nacional - o único magistrado supostamente honesto, incorruptível e comprometido com o combate ao crime desta República.

* o autor é jornalista. Artigo publicado no site do autor: http://www.maurosantayana.com/2015/10/o-brasil-e-republica-de-salem.html
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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A velha rabugenta


Richard Jakubaszko
Recebi do amigo Hélio Casale mais um desses power points que circulam pela internet. A maioria jogo fora, mas gostei deste. Divido com vocês.

A velha rabugenta
Quando uma velha senhora morreu na seção para o tratamento de doenças da velhice em uma clínica perto de Dundee, na Escócia, todos estavam convencidos de que ela não havia deixado nada de valor.

Então, quando as enfermeiras verificaram seus poucos pertences, elas encontraram um poema. Seu conteúdo impressionou a todos.
Uma enfermeira levou uma cópia para a Irlanda.
A única herança que a velha deixou a seus sucessores foi o texto, publicado na edição de Natal da notícia da União para a Saúde Mental na Irlanda do Norte.
Um texto simples, mas eloquente.
A velha senhora da Escócia, sem posses materiais para deixar ao mundo, é a autora deste poema "anônimo" que circula afoito pela Internet.

A Velha Rabugenta
Que veem amigas?
Que veem?
Que pensam quando me olham?

Uma velha rabugenta
não muito inteligente
de hábitos incertos,
com seus olhos sonhadores
fixos ao longe?

A velha que cospe comida,
que não responde
ao tentar ser convencida...
“De, fazer um pequeno esforço?"

A velha, que vocês acreditam que
não se dá conta das
coisas que vocês fazem,
e que continuamente perde
a sua escova ou o sapato?

A velha, que contra sua vontade,
mas humildemente lhes permite
a fazer o que queiram,
que me banhem e me alimentem
só para o dia passar mais depressa...

É isso que vocês acham?
É isso que vocês veem?
Se assim for, abram os olhos, amigas,
porque isso que vocês veem não sou eu!
 

Vou lhes dizer quem sou,
quando estou sentada aqui,
tão tranquila como me ordenaram...
Sou uma menina de 10 anos,
que tem pai e mãe,
irmãos e irmãs que se amam.

Sou uma jovenzinha de 16 anos.
Com asas nos pés,
e que sonha encontrar seu amado.

Sou uma noiva aos 20,
Que o coração salta nas lembranças,
Quando fiz a promessa
Que me uniu até o fim de meus dias
com o AMOR de minha vida.

Sou ainda uma moça com 25 anos,
Que tem seus filhos,
Que precisam que eu os guie...
Tenho um lugar seguro e feliz!

Sou a mulher com 30 anos.
Onde os filhos crescem rápido,
E estamos unidos com laços
que deveriam durar para sempre...

Quando tenho 40 anos
Meus filhos já cresceram
E não estão mais em casa...
Mas ao meu lado está meu marido
Que me acalenta
quando estou triste.
Aos 50 anos, mais uma vez
comigo deixam os bebês, meus netos,
e de novo tenho a alegria das crianças,
meus entes queridos junto a mim.

Aos 60 anos,
sobre mim nuvens escuras aparecem,
meu marido está morto;
e quando olho meu futuro
me arrepio toda de terror.

Os meus filhos se foram,
e agora têm os seus próprios filhos...
Então penso em tudo o que aconteceu
e no amor que conheci.

Agora sou uma velha.
Que cruel é a natureza...
A velhice é uma piada
que transforma um ser humano
em um alienado.

O corpo murcha
Os atrativos e a força desaparecem
Ali, onde uma vez teve um coração,
Agora há uma pedra.

No entanto, nestas ruínas,
a menina de 16 anos
ainda está viva.
E o meu coração cansado,
ainda está repleto de sentimentos

Vivos e conhecidos
Recordo os dias
Os felizes e os tristes
Em meus pensamentos,
volto a amar e a viver o meu passado.

Penso em todos esses anos
Que foram, ao mesmo tempo poucos
Mas que passaram muito rápido,
E aceito o inevitável...
Que nada pode durar para sempre...
por isso, abram seus olhos e vejam

Diante de vocês não está uma velha mal-humorada
Diante de vocês estou apenas “EU...”
Uma menina, mulher e senhora.
Viva! E com todos os sentimentos de uma vida...

Lembre deste poema da próxima vez que se encontrar com uma pessoa idosa mal-humorada, e não a rejeite...
Sem olhar primeiro a sua Alma Jovem…
Você vai estar algum dia em seu lugar…

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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Estudo revela formigas ociosas e contesta fábula de "animal trabalhador"

Richard Jakubaszko
Nem tudo que se conta por aí é verdade. Alguns mitos milenares, por vezes, deixam de existir. Agora se destrói o mito de que as formigas são incansáveis trabalhadoras.
 

Estudo revela formigas ociosas e contesta fábula do "animal trabalhador".
Jean de La Fontaine, através de suas fábulas, tinha por ambição usar "animais para instruir os homens". A fábula que abre sua primeira coletânea é a famosa história da Cigarra e da Formiga, inspirada em Esopo. Se o escritor grego mostra, em seu texto, as formigas atarefadas, colocando grãos para secar, seu longínquo sucessor francês não se dá ao mesmo trabalho e já presume como certa a imagem da formiga trabalhadora, reforçando-a.

Essa imagem ganhou tanta força que, nas definições do dicionário, uma formiga pode ser sinônimo de uma pessoa trabalhadora e um formigueiro um lugar onde trabalha um grande número de humanos. Além disso, foi atribuído o sucesso ecológico dos insetos sociais (abelhas, formigas, cupins...) à divisão do trabalho e à especialização dos indivíduos que eles adotam, um modo de organização no qual o Homo sapiens se inspirou para muitos domínios, como a indústria, a informática, a robótica e a logística.

No entanto, tudo isso pode ter sido construído em cima de um simples mito, pois formigas e trabalho não seriam tão sinônimos assim, de acordo com vários estudos, o mais recente deles publicado na edição de setembro da revista "Behavioral Ecology and Sociobiology".

Metade fica à toa
Os autores desse artigo, biólogos da Universidade do Arizona, partiram da constatação, obtida por diversos trabalhos anteriores, que diz que nos formigueiros estudados cerca de metade dos indivíduos pareciam inativos. Então eles quiseram verificar se esse era de fato o caso e testar diversas hipóteses que pudessem explicar essa "ociosidade" como, por exemplo, uma necessidade de repouso imposta pelo relógio interno ou por excesso de trabalho.

Para isso esses pesquisadores foram a campo, em uma área perto de Tucson, no Arizona, para coletar cinco pequenas colônias de Temnothorax rugatulus, uma formiga norte-americana, e as instalaram em ninhos artificiais que imitavam as fissuras de rochedos que essa espécie aprecia como habitat. Mas em vez de serem completamente cercados por rochas, os insetos viviam sob uma placa de vidro, para que pudessem ser observados. As formigas tinham à sua disposição água, alimento, mas também os grãos de areia que elas utilizam para construir paredes em suas colônias.

Como era preciso poder identificar cada inseto para analisar seu comportamento, os pesquisadores pacientemente colocaram em todas as formigas uma combinação de quatro pontos de pintura – um na cabeça, um no tórax e dois no abdômen – alguns dias antes do início da experiência. Esta consistiu em filmar as cinco colônias não continuamente, mas em 18 episódios de cinco minutos cada, seis por dia durante três dias, distribuídos ao longo de um período de três semanas.

Registrar as imagens evidentemente era a parte mais fácil da história. O quebra-cabeça começou depois, quando foi preciso analisar, para cada indivíduo, todos esses vídeos, um verdadeiro trabalho de...formiguinha.

Os observadores tinham como missão anotar todas as atividades que os insetos realizavam, desde a manutenção do ninho até os cuidados ministrados aos ovos e larvas, passando pelo abastecimento fora do formigueiro, a higiene pessoal e a dos congêneres, ou ainda essa atividade particular que é a trofalaxia, que consiste em regurgitar uma parte da comida ingerida em uma espécie de segundo estômago que serve de despensa para as formigas muito ocupadas que não têm tempo para se alimentar. E, é claro, os pesquisadores registraram todos os períodos de inatividade.

Dos 225 insetos acompanhados, surgiram quatro grandes categorias: a das puericultoras (34 formigas), a das operárias que trabalham fora do ninho (26), a das generalistas (62), que fazem um pouco de tudo, e por fim a das ociosas (103!) que não fazem nada ou quase nada, independentemente do período do dia ou da noite em que foram observadas.

Publicado originalmente no UOL: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2015/10/02/estudo-revela-formigas-ociosas-e-contesta-fabula-de-animal-trabalhador.htm
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domingo, 18 de outubro de 2015

A fome no mundo, deveria provocar vergonha nos bem aquinhoados.

Richard Jakubaszko 
A fome no mundo deveria envergonhar toda a humanidade, especialmente os bem aquinhoados.

Lamentavelmente, não é assim. Ninguém faz nada!
A conclusão nada tem a ver com ideologias, é apenas uma tomada de posição humanista deste blogueiro. Um desabafo, só isso.
Atingiremos 9 bilhões de bocas, dentro de 35 anos, no máximo. Hoje, quase 1 bilhão de pessoas passam fome no planeta. Pense nisso!
Os países ricos não resolvem a situação. Os organismos internacionais arrecadam dinheiro e alimentos, mas a situação de penúria, de fome, doenças e desnutrição, apenas aumenta, ano a ano. A verdade é que ninguém que dispõe de poderes e condições deseja resolver nada. Os discursos de boas intenções, as "promessas", ficam no ar. Por isso, o povo tem razão quando afirma que "de boas intenções o inferno está cheio".
E toca a discursar sobre a "sustentabilidade".
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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A COP21 vem aí, e com ela a Agência Internacional Ambiental.

Richard Jakubaszko  
Esta é uma das denúncias que faço no vídeo abaixo, resumindo um dos temas abordados no livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?".

A Agência Internacional Ambiental (AIA), se vier a se concretizar, e tudo indica que sim, trará dissabores enormes a todos os segmentos da sociedade humana, e às atividades produtivas, que têm sido atacadas e acusadas pelos ambientalistas, especialmente o agronegócio.

É fácil projetar situações dentro de perspectivas concretas, pois os ambientalistas do IPCC estabelecerão as regras do que se poderá e do que não se poderá fazer, e uma agência da ONU, como a AIA, é que criará essas regras próprias, com poderes supranacionais, de determinar punições e sanções aos países que não cumprirem os parâmetros estabelecidos por eles.
Vai haver um estupro da humanidade.
Com a bênção do Papa e do Vaticano.
Com o silêncio da mídia.
Com a omissão dos pseudo líderes políticos e empresariais
Uma coisa é certa: os ambientalistas não irão até Paris para comer churrasco.

Assistam o vídeo e me digam se estou enganado.


Parafraseando um gênio anônimo: "Tá todo mundo louco, menos eu!".


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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Rankings internacionais confirmam liderança global da ESALQ em Ciências Agrárias


Caio Albuquerque
A publicação de dois rankings internacionais destaca a posição de liderança mundial da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) na área de Ciências Agrárias. Na semana passada, a U.S. News and World Report classificou a Universidade de São Paulo em 5º lugar no mundo em Ciências Agrárias, em uma avaliação que apontou as 97 principais instituições de ensino superior em Ciências Agrárias. De acordo com o ranking, as atividades consideradas nesta área incluem horticultura, ciências dos alimentos e nutrição, produtos lácteos e agronomia.


“A divulgação recente da posição destacada da USP e da ESALQ em rankings internacionais qualificados, confirma a visibilidade institucional e que a busca por excelência continuará como prioritária em nosso plano de metas”, declarou o diretor da ESALQ, professor Luiz Gustavo Nussio.

Fundada em 1933 como jornal semanal, a U.S. News and World Report, com sede nos Estados Unidos, também produz o Best Global Universities, que classifica as 750 melhores universidades do mundo. Neste ranking geral das universidades, que considera 10 indicadores que medem o desempenho da pesquisa acadêmica e suas reputações globais e regionais, a USP obteve a 117ª posição entre as melhores instituições de nível superior do mundo e a primeira na América Latina.

Segundo o presidente da Comissão de Pesquisa da ESALQ, professor Francisco Mourão, a posição de destaque da USP nos rankings internacionais relacionados a Ciências Agrárias é mais um reconhecimento da excelência desta Universidade, em especial da própria ESALQ, na atuação na formação de recursos humanos e desenvolvimento de pesquisa de alto nível nesta área. “Sem dúvida, a alta capacitação do corpo docente e de seus servidores não docentes, em associação com o desenvolvimento de projetos envolvendo forte atuação de alunos de Pós-Graduação e de grupos de pesquisa no exterior, têm resultado em maior visibilidade internacional nos anos recentes”.

Taiwan – Outra listagem recém divulgada foi o National Taiwan University Ranking, publicado desde 2007 e que tem sua metodologia de avaliação focada na performance de publicações científicas. As instituições são classificadas a partir avaliação de dados extraídos do Science Citation Index (SCI) e Social Sciences Citation Index (SSCI). Em Ciências Agrárias, a USP subiu uma posição em relação a 2014 e hoje encontra-se na 6ª colocação no geral e 3ª entre as instituições do continente americano (Norte e América Latina).


Para o presidente da Comissão de Cultura e Extensão da ESALQ, professor Pedro Valentin Marques, estar entre as 10 melhores escolas de Agricultura e Ciências Agrárias é sem dúvida uma grande honra e motivo de orgulho para nossa a instituição. “Nossos alunos estão muito bem preparados para a vida pessoal e profissional, estamos sempre oferecendo o melhor ensino e as melhores oportunidades de formação técnica e humana com estudos no Brasil e intercâmbios no exterior”.

ESALQ em números – Fundada em 1901, a ESALQ já formou 14.361 profissionais na graduação e titulou 8.753 mestres e doutores. Oferece sete cursos de graduação (Administração, Ciências Biológicas, Ciências dos Alimentos, Ciências Econômicas, Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal e Gestão Ambiental) e 16 programas de pós-graduação. A ESALQ está configurada em 12 departamentos e possui 130 laboratórios. Atualmente, a ESALQ possui cerca de 2.000 alunos da graduação e 1.150 na pós-graduação, 246 professores e 520 técnicos administrativos.

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