sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Acabar com as criancinhas para desaquecer o planeta?

Luis Dufaur *
Foto 1
Tubarões assassinos, crocodilos perigosos, javalis predadores ou lobos devoradores de gado: todos eles são espécies protegidas pela estranha religião “verde” ainda que causem danos ao homem e a outros animais.

Mas os homens têm que ser reduzidos em número, em direitos, em condições de vida, segundo decreto dessa mesma religião! Têm que ficar insustentáveis nesta terra!

Eles são os únicos seres que não podem nem devem cumprir o preceito ecológico de se auto-sustentar.

O jornal “The Washington Post” trouxe esclarecedora matéria a respeito. Militantes contra o “aquecimento global” se mobilizaram para cortar a taxa de nascimentos de crianças nos EUA.

O sofisma arguido, com muito sabor de luta de classe de pobres contra ricos, diz que os países ricos deveriam desencorajar as pessoas que querem ter filhos.

A causa? Para protegê-los contra os danos – fictícios ou montados artificiosamente – do “aquecimento global” num século venturo e também para reduzir emissões que não explicam claramente.

Travis Rieder, diretor do Instituo Berman de Bioética na Universidade Johns Hopkins, disse à National Public Radio (NPR) que derrubar a fertilidade humana global a meio filho por mulher “poderia ser a coisa que vai nos salvar”.

“Eis um pensamento estimulante: talvez nós salvaremos nossos filhos não os tendo”, disse.
Foto 2
Ele propôs desanimar a procriação com novos impostos impedindo que os pobres tenham crianças, e impondo penalidades tributárias aos ricos. Algo assim como uma ‘taxa carbono aplicada contra os filhos’.

Rieder acrescentou que essas punições funcionariam melhor contra os ricos. Por sua vez os países ricos dariam o exemplo aos pobres de não ter filhos.
A proposta é mais radical que a “política do filho único” – pois seria só “meio filho” – e ficou registrada no livro “Population Engineering and the Fight Against Climate Change” (“Engenharia Populacional e o Combate contra a Mudança Climática”) que Rieder escreveu com mais dois professores da Universidade de Georgetown.

A ONG “Futuro concebível” de New Hampshire também adota como premissa a disparatada tese de que “a crise do clima é uma crise reprodutiva”, escreveu o “Washington Times”.

Os extremistas ambientalistas tentaram logo dissimular o fundo totalitário de suas propostas, alegando que não propunham medidas coercitivas, nem leis despóticas como fez a China com a famigerada e fracassada “política do filho único”.

Porém, Marc Morano, diretor do site Climate’s Depot especializado em denunciar as fraudes do ambientalismo radical, observou que as normas ditatoriais que esses ativistas negam com a língua, na prática seriam logicamente inevitáveis se se aprovam suas antinaturais premissas.

Morano também observou que os grupos que se dizem contra a “mudança climática” agora insistem que os homens deveriam ter menos contatos sexuais para conseguir um planeta menos cálido, e também para diminuir a natalidade.

“Os aquecimentistas já cansaram de combater as lâmpadas elétricas, as termoelétricas a carvão, os carros 4X4, e agora se assanham para ficar controlando o tamanho das famílias dos outros”.

Rieder anunciou o livro “Toward a Small Family Ethic: How Overpopulation and Climate Change are Affecting the Morality of Procreation” (“Rumo à ética da família pequena: como a superpopulação e a Mudança Climática estão afetando a moralidade da procriação”).

O disparate anticristão e antinatural salta aos olhos.


Legendas
Foto 1: Para combater a "mudança climática", ONGs ecologistas pedem reduzir nascimentos de crianças até uma média estatística de "meio filho" por casal (sic!).
Foto 2: Enfermeira cuida de recém-nascidos em hospital de Jamestown, EUA.
 

Publicado originalmente em http://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com.br/2016/09/acabar-com-as-criancinhas-para.html
* o autor é escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs.



COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO:
Publiquei o artigo acima com o único objetivo de provocar debates sobre o polêmico e encardido assunto da redução na velocidade do crescimento demográfico.
Lamentavelmente, a questão tem sido abordada com diversas deturpações econômicas, políticas, ideológicas e moralistas.

Abordei o assunto, sob diversas óticas, em meus quatro livros já publicados, desde 1992, e especialmente em meu mais recente livro, "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?".

Veja o leitor, portanto, que discordo da opinião do autor (Dufaur) da matéria acima, e concordo com a proposta e opinião dos ambientalistas americanos, apesar de concordar com o autor (Dufaur) no ceticismo ao aquecimento e ao mesmo tempo ser frontalmente contra ele sobre as causas apontadas de que todos os ambientalistas são "comunistas verdes".

Desta forma, pelo menos em minhas propostas, não existem alinhamentos ideológicos, muito menos moralismos a serem discutidos.

Há, em minha opinião, que se estabelecer um debate em profundidade sobre se é um fato que a superpopulação planetária é a causa principal, ou não, como considero, de todos os problemas sociais, econômicos, ambientais (poluição) e até mesmo ideológicos da humanidade. Diante das constatações que se possa chegar, poderíamos propor então soluções para a redução dos índice de crescimento demográfico, ou da redução do consumismo, pois precisamos hoje de cerca de 2 planetas para alimentar e prover 7,4 bilhões de pessoas, sem o que esgotaremos a nossa casa. 

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