Richard Jakubaszko
A agricultura brasileira entra em luto, às vésperas da realização da 17ª Agrishow Ribeirão Preto 2010: morreu hoje, sábado, aos 99 anos de idade, Shunji Nishimura, patriarca e fundador da Jacto Máquinas Agrícolas, Pompéia, SP.
Tive a honra de conhecer em vida o mito Nishimura, e com ele estive várias vezes, desde meados dos anos 1970, quando, em companhia de José Maria Jorge Sebastião, então diretor da Jacto, conversamos muito sobre o que seria a futura colhedora de café, então idealizada por ele. Escrevi, naquela época, diversas reportagens a respeito.
Na última vez que estive com ele, no início de 2008, recepcionou-me no Museu Nishimura, onde guarda milhares de peças, todas em exposição, inclusive os protótipos da primeira polvilhadeira, criada por ele, 62 anos atrás, e também da colhedora de café.
Registrei tudo em uma reportagem de capa publicada na DBO Agrotecnologia de março/2008, detalhando o que era a Fundação Nishimura. Recebi, dias depois, o relato de que ele soltara algumas breves lágrimas após ler a matéria. Fiquei gratificado, com dever cumprido, pois a intenção era homenagear o mito e aos 60 anos da Jacto, a obra de sua vida.
Em 2008 estava ainda "serelepe" da vida, e com planos futuros... Dias antes havia visitado um médico, e reclamava do aparelho de surdez que usava, que não estava funcionando direito, no seu modo de entender. O médico retrucou que estava tudo OK com o aparelho, e ele então perguntou se o problema era com ele.
- Não, é só a sua idade, 'seu' Nishimura, disse-lhe o médico...
Aos filhos e descendentes, em especial Shiro Nishimura, envio condolências, e também a todos os meus amigos da Jacto, e presto minha derradeira homenagem ao imigrante e grande líder.
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Este blog é um espaço de debate onde se pode polemizar sobre política, economia, sociologia, meio ambiente, religião, idiossincrasias, sempre em profundidade e com bom humor. Participe, dê sua opinião. O melhor do blog está em "arquivos do blog", os temas são atemporais. Se for comentar registre nome, NÃO PUBLICO COMENTÁRIOS ANÔNIMOS. Aqui no blog, até mesmo os biodesagradáveis são bem-vindos! ** Aviso: o blog contém doses homeopáticas de ironia, por vezes letais, mas nem sempre.
sábado, 24 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
1968 - Pra não dizer que não falei das flores
Richard Jakubaszko
Pra não dizer que não falei das flores, música de Geraldo Vandré, lançada em 1968 na época dos festivais da canção da TV Record, foi um ícone e o maior hino de toda uma geração de jovens, na qual me incluo.
Geraldo Vandré, nome artístico de Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísilo, paraibano, (João Pessoa, 12 de setembro de 1935). Foi o primeiro filho do casal José Vandregísilo e Maria Eugênia. O nome artístico Vandré é uma abreviatura do segundo nome do pai.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito da então Universidade do Estado da Guanabara, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo se formado em 1961. Militante estudantil, participou ativamente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Conheceu Carlinhos Lyra, de quem foi parceiro em músicas como "Quem Quiser Encontrar o Amor" e "Aruanda", gravadas por Lyra. Gravou seu primeiro LP, "Geraldo Vandré", em 1964, com as músicas "Fica Mal com Deus" e "Menino das Laranjas", entre outras.
Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso Disparada, interpretado por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque.
Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não dizer que não falei de flores (ou, Caminhando). A composição se tornou um hino de resistência do movimento civil e estudantil que fazia oposição à ditadura militar, e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores.
No festival a música ficou em segundo lugar, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim. Houve muita polêmica sobre a decisão.
Simone foi a primeira artista a gravar Caminhando após do fim da censura.
Ainda em 1968, com o AI-5, Vandré foi obrigado a exilar-se. Depois de passar dias escondido na fazenda da viúva de Guimarães Rosa, falecido no ano anterior, o compositor partiu para o Chile e, de lá, para a França.
Voltou ao Brasil em 1973. Até hoje, vive em São Paulo e compõe.
Muitos, porém, acreditam que Vandré tenha enlouquecido por causa de supostas torturas que teria sofrido. Dizem que uma das agressões físicas que sofreu foi ter os testículos extirpados, mas em entrevista no ano de 2000 essas especulações foram desmentidas pelo próprio compositor, inclusive de que ele sequer foi um exilado. Vandré disse que só não se apresenta mais porque sua imagem de "Che Guevara Cantor" abafa sua obra.
Curiosidade
A canção Pra não dizer que não falei de flores foi usada em 2006 pelo Governo Federal como trilha musical para publicidade de suas Políticas de Educação como o ProUni e o ENEM, sendo executada em um ritmo diferente. Dessa forma, a música que foi considerada uma ameaça ao governo ditatorial passou a ser usada para publicidade do governo no período democrático.
Vale a pena ouvir Caminhando. Nas imagens desse vídeo aparecem inúmeras personalidades artísticas, políticos e estudantes dos anos 60 e 70, enquanto os militares desciam o porrete.
Atualmente o que me irrita profundamente é ver gente discutir sobre os exilados, enaltecendo ou criticando essa situação, dependendo de quem seja, ou de criticar exacerbadamente quem aqui ficou para lutar de frente com os militares. Os que ficaram, e por isso levaram muita porrada em prisões, ainda recebem, hoje em dia, de "gorgeta", o rótulo pejorativo de "terroristas". Portanto, idiotice político-partidária essa discussão do “verás que o filho teu não foge a luta”, conforme a letra do Hino Nacional.
Lamentável essa posição de pessoas que não têm memória e conhecimento da história de seu país. Há que se lembrar que reconquistamos o direito de votar, portanto, o voto tem maior valor, maior peso, maior importância do que uma baioneta ou tanques nas ruas.
O voto é como uma flor... Mas não estou falando de flores... Ouçam quem é o verdadeiro mestre...
Vale a pena ouvir Caminhando. Nas imagens desse vídeo aparecem inúmeras personalidades artísticas, políticos e estudantes dos anos 60 e 70, enquanto os militares desciam o porrete.
Atualmente o que me irrita profundamente é ver gente discutir sobre os exilados, enaltecendo ou criticando essa situação, dependendo de quem seja, ou de criticar exacerbadamente quem aqui ficou para lutar de frente com os militares. Os que ficaram, e por isso levaram muita porrada em prisões, ainda recebem, hoje em dia, de "gorgeta", o rótulo pejorativo de "terroristas". Portanto, idiotice político-partidária essa discussão do “verás que o filho teu não foge a luta”, conforme a letra do Hino Nacional.
Lamentável essa posição de pessoas que não têm memória e conhecimento da história de seu país. Há que se lembrar que reconquistamos o direito de votar, portanto, o voto tem maior valor, maior peso, maior importância do que uma baioneta ou tanques nas ruas.
O voto é como uma flor... Mas não estou falando de flores... Ouçam quem é o verdadeiro mestre...
sábado, 17 de abril de 2010
Denúncia de algo contra alguém em algum lugar
Richard Jakubaszko
Os parlamentos nos mostram que alguns políticos são melhores atores do que os próprios atores profissionais. Se houvesse um "oscar" de melhor ator para políticos estes ganhariam todos os troféus. Vejam esta "denúncia" no parlamento espanhol, de uma "suposta" denúncia de um parlamentar, sufocado pelo politicamente correto procedimento do presidente da mesa, sob pressão judicial (também politicamente correto...). Vejam e julguem se o tal parlamentar é ou não um ator excepcional.
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quinta-feira, 15 de abril de 2010
“Quem é o representante dos produtores de trigo?"
Richard Jakubaszko
O artigo abaixo foi publicado na edição março/abril/2010 da DBO Agrotecnologia, na série "Marketing da Terra". Mais um, e que adverte sobre a falta de união dos produtores rurais, problema que parece insolúvel.
“Quem é o representante dos produtores de trigo? E o dos produtores de milho, de arroz, feijão e tomate?”.
Quem fez esta impertinente e inquietante pergunta, diante de uma estupefata plateia de produtores e líderes sindicais rurais, no Estado do Paraná, foi o próprio (e então...) ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em janeiro último. A plateia ficou calada. E ele mesmo respondeu: “Eu, normalmente, não sei quem é. Agora, eu sei quem é o representante dos compradores de trigo, dos exportadores de carne e de soja. É, muitas vezes, um ex-ministro, um ex-embaixador, uma pessoa que faz um lobby extremamente elevado. Mas quem é o representante dos produtores?”.
Novamente a plateia se calou.
Dá para entender o agora ex-ministro, cumpre seu papel como político, está em plena campanha para se reeleger deputado federal, e coloca-se, frente aos produtores e eleitores do seu estado, como defensor das principais bandeiras da agropecuária. Stephanes desincompatibilizou-se em final de março, e adiantou que alguns pleitos dos produtores, como a revisão do Código Florestal e o fim da dependência dos fertilizantes importados, são também alguns itens de sua disputa no presente momento.
O que se deve perceber é que Stephanes até poderá defender os direitos dos paranaenses, mas como ficam os produtores dos demais estados?
Ora, se o próprio ministro da Agricultura, que seria o principal interlocutor dos produtores, admite que não conhece quem são os representantes dos produtores...
O ex-ministro diagnosticou que os produtores carecem de representatividade em Brasília. Os chamados "líderes", autonomeados representantes do agronegócio, não passam de representantes autonomeados, com interesses políticos e comerciais de outra natureza, que não é o de defender os interesses dos produtores. E nisso se inclui até mesmo a chamada bancada ruralista.
Já escrevemos exaustivamente sobre este assunto, aqui nesta mesma página. Da falta de união entre os produtores, e esse é o “X” do problema.
O ex-ministro diz que os diversos setores do agronegócio devem defender uma agenda comum, e ele tem toda a razão. Arrisca opinar, por exemplo, que mandados de reintegração de posse da Justiça em audiências públicas é inconstitucional. Esclarece que essa agenda comum do agronegócio deve analisar ainda a pesquisa científica aplicada ao desenvolvimento de novas tecnologias de produção para preparar a agricultura para o futuro, e que isso não pode partir só do governo, e é preciso outros investimentos na área para que a pesquisa avance e se torne mais eficiente.
O ministro-candidato defende que a defesa sanitária (animal e vegetal) seja estratégica para o progresso da agropecuária. “O mundo está cada vez mais exigente e rigoroso em termos de qualidade do produto que vai consumir”. Ele lembrou que as questões sanitárias podem causar prejuízo econômico a um país exportador, citando o caso da febre aftosa no Mato Grosso do Sul, em 2005. “Perdemos vários mercados e, mesmo com a recuperação de alguns deles, ainda não conseguimos abrir outros grandes, como o Japão”, lamentou.
Enfim, existem agendas amplas, para que o agricultor possa melhorar a renda. O ex-ministro diz ainda que “o agricultor brasileiro é eficiente da porteira para dentro, quando se sai pra fora há distâncias enormes para transportar soja com perda de renda por falta de infraestrutura adequada”, apontando como mais um item que pretende defender. Mas não foi direto ao ponto de interesse real do produtor.
Qual é o ponto?
É que, por falta de representatividade, por falta de líderes reais para cada área específica, as questões dos produtores estão sempre sem respostas. Nestas incluem-se o que plantar, ou não plantar, na próxima safra. Quando vender a safra, se parcial ou total. Qual seria o momento de antecipar (ou não) a compra de insumos, de fazer financiamentos para a aquisição de máquinas, se seria melhor adquirir ou arrendar terra pra plantio, entre muitos outros exemplos. Quais reivindicações coletivas devem ser feitas ao Governo Federal, ou aos estaduais.
Os agricultores devem ter consciência de que, enquanto são representados por políticos, ou por líderes autonomeados, nada irão obter para dar segurança na atividade que exercem.
O Brasil tem poucos exemplos de associações de produtores que efetivamente trabalham com agendas de interesse direto do produtor. Já citamos, neste espaço e na DBO Agrotecnologia, o exemplo da UNICA, União Nacional da Indústria Canavieira, como paradigma de eficiência na defesa dos interesses diretos dos seus associados.
Há alguns raros exemplos, como a Aprosoja – Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso, apesar de sua limitação como entidade regional; existe ainda a Associação dos Produtores de Banana do Norte de Minas Gerais, a Associação dos Produtores de Algodão, a ABBA - Associação dos Bataticultores do Brasil.
Mas cadê as associações de milho, de soja, de tomate, de arroz, de feijão, de trigo? Não é só o ministro que não conhece seus representantes, nós aqui na DBO Agrotecnologia também não conhecemos. E sem isso fica difícil a ajuda aos produtores.
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sexta-feira, 9 de abril de 2010
Taiwanês imita Whitney Houston na TV: genial!
Richard Jakubaszko
Quem ouve pode até preferir acreditar que é uma dublagem, mas é verdade.
O cara é uma fera! Se é poder vocal, ou se, para ser soprano, praticaram a castração, como se fazia nos tempos medievais, não sei. Sei que é um assombro, confiram, e me digam se é igual ou melhor que a original...
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Novas e revolucionárias tecnologias
Richard Jakubaszko
Como tem acontecido nos últimos anos, participei mais uma vez da coletiva anual do Grupo Bayer, em São Paulo, quando a diretoria da empresa anuncia os resultados do grupo no mundo e no Brasil, e os diretores, além de mostrar os sucessos que obtiveram, dão uma luz sobre o que a empresa anda “maquinando” em novas tecnologias para lançar no mercado dentro em breve, justificando assim o novo slogan mundial: “Ciência para uma Vida Melhor”.
Neste ano o que não faltou foram novidades para o futuro breve, a maioria delas vindas da divisão de MaterialScience, dirigida pelo brasileiro Ulrich Ostertag, que nadou de braçada na sua apresentação.
Já Marc Reichardt, presidente da Bayer CropScience para a América Latina ficou devendo maiores novidades, apesar de ter informado sobre o lançamento ainda em 2010 da linha Arize de sementes de arroz, mas esta informação registrei em reportagem de capa da DBO Agrotecnologia nº 25, de março/abril, que anda circulando há 20 dias. A unidade agronegócio da Bayer representa 53% do volume de faturamento do Grupo Bayer no Brasil.
Entre os destaques da Bayer MaterialScience no ano de 2009 está a aprovação da tecnologia Makrofol para revestir o novo RG (RIC) brasileiro, que vamos usar dentro em breve. É um filme funcional feito de policarbonato que impede a falsificação de documentos pessoais e de cartões eletrônicos, e permite a inclusão em um chip de dados completos, até mesmo tipo de sangue. “Com a introdução da RIC no país, usando a tecnologia com Makrofol, o Brasil terá um dos documentos mais seguros do mundo”, conta Ostertag.
Com os grandes eventos mundiais – a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 –, a divisão MaterialScience pretende firmar parcerias e trazer ao Brasil tecnologias que fizeram sucesso no exterior, principalmente durante outras Copas do Mundo. Entre os materiais, estão chapas de policarbonato para coberturas de estádio de futebol, como a do Bayern, time da empresa na Alemanha.
Pelo menos umas 4 tecnologias vão nos deixar mais felizes.
Móveis de cozinhas serão “protegidos” por uma lâmina de policarbonato que se regenera rapidamente mesmo com pequenos arranhões, ou manchas por café e vinho, por exemplo. Poderá ser usada também na proteção de pinturas automotivas.
Nas viagens teremos aviões movidos a energia solar. Este da foto tem 63 metros de envergadura. Deverá fazer uma viagem de exibição ao redor do planeta ainda este ano, sem usar uma gota de combustível.
No fundo do mar a produção de energia elétrica a partir de gigantescos cilindros feitos a partir de um plástico especial da Bayer. São “turbinas” enormes, com 50 metros de comprimento, esses cilindros ficam presos ao fundo do mar por cabos de aço, e com o movimento das correntes marítimas geram a força motriz para a produção constante de energia elétrica, a ser transportada aos continentes por cabos também submersos.
Nas maçanetas de portas, telefones públicos, hospitais e outros locais onde muita gente diferente põe a mão, estes poderão ser recobertos por uma película que impede a sobrevivência de bactérias e vírus, reduzindo as contaminações de doenças derivadas do convívio humano.
Gostei do novo slogan da Bayer, “Ciência para uma Vida Melhor”, me agradam as coisas novas e arrojadas, em especial as tecnologias, mas devo confessar que ainda tenho certa preferência pelo tradicional, interativo e simpático (sem nenhuma empáfia) slogan “Se é Bayer é bom”.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Lula, um político animal.
Richard Jakubaszko
Quem não viu, que assista, no link abaixo, a antológica entrevista do presidente Lula ao programa Canal Livre, da Band, ontem, 4/04/2010. Está dividido em 8 partes. Em todos eles o excepcional animal político está presente, com uma percepção anormal, de uma visão holística, sem deixar de ser o homem simples que sempre foi, mesmo sendo bombardeado por jornalistas experientes, nem sempre amigáveis, com o intuito de encurralar a fera.
Gostei muito da parte 7, onde mostra a visão do estadista e do político maduro, sem ressentimentos, do democrata que prefere o debate, onde exibe a segurança humana e política de quem poderia ter estabelecido os caminhos para um terceiro mandato, pois teria, com toda a certeza, diante de uma aprovação média de quase 75% dos eleitores brasileiros, recebido inclusive a aprovação internacional para a reeleição, mas não o fez, pelo respeito à democracia. Um político animal, no sentido positivo da expressão.
Com toda certeza ele prefere o julgamento da história, sem o emocionalismo que tomou conta das pessoas nos últimos tempos, especialmente a classe média e média alta, mas não a elite, e muito menos os mais pobres, que têm vergonha de ver um presidente sem faculdade no mais alto cargo da nação. Como diz Delfim Netto, "imagine se ele tivesse feito faculdade".
Foi um Canal Livre especial, conforme a Band:
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sábado, 3 de abril de 2010
Lei Cinderela de Botequim
Tutty Vasques
Publicado no site do Estadão, em 3/4/2010
A Câmara de Vereadores de São Paulo deve votar na semana que vem um projeto de lei que proíbe o funcionamento de bares após a meia-noite para assegurar o horário de silêncio na maior cidade do País. Pela lógica da coisa, o próximo passo do legislativo municipal será fechar os estádios de futebol ao público para não dar chance à praga das torcidas organizadas. Existe também a ideia de proibir os feriadões para acabar com engarrafamentos nas estradas, mas ninguém é louco de confirmar um troço desses em ano eleitoral.
O raciocínio de causa e efeito fundamentado pelo vereador Jooji Hato, autor da Lei Cinderela de Botequim, induz a gente a pensar numa série ações preventivas do mal pela raiz. Será que haveria Big Brother se as TVs abertas fossem obrigadas a sair do ar às 22h? Imagina quantos afogamentos seriam evitados se as praias fossem, ao menos nos fins de semana de Sol no litoral, vetadas a banhistas!
Já deve ter político por aí pensando em fechar escola para coibir o bullying. Uma lei proibindo motocicletas para acabar com os atropelamentos de motoboys também pode estar a caminho. Os caras só pensam nisso! Se pudessem, proibiam as chuvas para dar fim às enchentes.
SACUDIDA
(Frevo pro futebol à meia-noite)
Roberto Barreto, de Catende
Pan pan pan pan pan
Pan pan
Pan pan pan pan pan
Pan pan
Jurídica
Política
Ou de pavor
O que se sabe
É que Kassab vetou
Se a Globo quer
Olé!
A Globo pode
Ai, pode
A Globo derrubou
Goulart e Timóteo
A Globo não respeita
Nem Pelé e Mané
No Big Brother
Se sacode
O Brasil!
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Os 10 piores lugares do mundo para se visitar
Richard Jakubaszko
O site listverse costuma publicar as listas mais interessantes dos mais diversos assuntos que se possa imaginar. Agora elegeu os 10 piores lugares do mundo para serem visitados. E deu Brasil na cabeça! Na cabeça deles, é claro... vendo a lista discordo da sequência que eles aplicaram, mas vamos a eles:
1º lugar
A Ilha de Queimada Grande, que fica a 35 km de Itanhaém, litoral sul de São Paulo, foi apontada como o verdadeiro inferno na Terra. Ela só é paradisíaca em foto tirada bem de longe. De perto, na verdade, seria difícil alguém tirar fotos e continuar vivo para mostrá-la a alguém.
Por quê? É que ela possui a incrível média de nove cobras por m2 - são cerca de quatro mil no total. E não são cobrinhas inofensivas, não. São todas do tipo Jararaca-Ilhoa (Bothrops insularis), com venenos potentes, capazes de matar uma pessoa em poucos instantes.
2º lugar - Chernobyl (Ucrânia), cidade do maior desastre radioativo do mundo – uma explosão num reator da usina nuclear, que gerou uma imensa nuvem radioativa, contaminou pessoas, animais e o meio ambiente de uma vasta extensão da Europa. O acidente de Chernobyl teve 100 vezes mais radiação do que as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki durante a II Guerra Mundial. Apesar da radiação permanecer no solo até hoje – efeitos que permanecerão por décadas –, algumas raras pessoas ainda moram por lá, ao contrário da Ilha de Queimada Grande, que é inabitada.
3º lugar, Burma não poderia faltar, nem seus jacarés...
Uma estrada na Bolívia marca presença em 4º lugar na lista dos locais mais indesejáveis de se visitar.
Confira os demais lugares no site listverse
(http://listverse.com/2010/03/22/top-10-places-you-dont-want-to-visit/
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