Richard Jakubaszko
O paradoxo de Epicuro
A lógica do paradoxo proposto por Epicuro analisa e avalia como pressupostos três características do deus judaico, como onipotência, onisciência e onibenevolência. Se de fato são assim, quando verdadeiras aos pares, são excludentes de uma terceira. Isto é, se duas delas forem verdades, excluem automaticamente a outra. Trata-se, portanto, de um trilema. Isto tem relevância, pois, caso seja ilógico que uma destas características seja verdadeira, então não pode ser o caso que exista um deus com essas três características.
* Enquanto onisciente e onipotente, tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele. Mas não o faz. Então não é onibenevolente.
* Enquanto onipotente e onibenevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe quanto mal existe e onde o mal está. Então ele não é onisciente.
* Enquanto onisciente e onibenevolente, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas não o faz, pois não é capaz. Então ele não é onipotente.
Deus no epicurismo
Epicuro não era um ateu, apenas rejeitava a ideia de um deus preocupado com os assuntos humanos. Tanto o mestre quanto os seguidores do Epicurismo negavam a ideia de que não existia nenhum deus.
Enquanto a concepção do deus supremo feliz e abençoado era a mais popular, Epicuro rejeitava tal noção por considerar um fardo demasiado pesado ter de preocupar-se com todos os problemas do mundo. Por isto, os deuses não teriam nenhuma afeição especial pelos seres humanos, sequer saberiam de sua existência, servindo apenas como ideais morais dos quais a humanidade poderia tentar aproximar-se. Era justamente através da observação do problema do mal, ou seja, da presença do sofrimento na terra que Epicuro chegava à conclusão de que os deuses não poderiam estar preocupados com o bem-estar da humanidade.
Hedonismo
Epicuro foi também fundador do hedonismo, pensamento que está essencialmente ligado às necessidades e aos prazeres dos humanos. Destacava ele que existem três coisas naturais, sendo que a primeira é natural e essencial, sem o qual morremos, como água e alimento; a segunda é natural e não essencial, como sexo e alimento (inclusive bebidas alcoólicas) que nos trazem prazeres, mas sobrevivemos se eles não existirem. E a terceira é não natural e não essencial, como drogas alucinógenas (como fuga da realidade) e posses de bens materiais, que redundam no consumismo, causa da grande maioria das frustrações humanas, pois é impossível possuirmos tudo o que queremos e desejamos.
O consumismo possui uma denominação contemporânea eufemística, que é chamada de supérfluo.
Pense nisso. Pensar não dói...
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Este blog é um espaço de debate onde se pode polemizar sobre política, economia, sociologia, meio ambiente, religião, idiossincrasias, sempre em profundidade e com bom humor. Participe, dê sua opinião. O melhor do blog está em "arquivos do blog", os temas são atemporais. Se for comentar registre nome, NÃO PUBLICO COMENTÁRIOS ANÔNIMOS. Aqui no blog, até mesmo os biodesagradáveis são bem-vindos! ** Aviso: o blog contém doses homeopáticas de ironia, por vezes letais, mas nem sempre.
sábado, 31 de dezembro de 2016
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
A história secreta da Rede Globo
Richard Jakubaszko
O vídeo abaixo está ancorado no Youtube desde abril último, e deve receber tentativas de proibição por parte do Grupo Globo, assim como o documentário feito pelos ingleses, sob o mesmo assunto, título "Muito além do Cidadão Kane".
Vale a pena assistir, são muitas as acusações que o Grupo Globo recebe ao curso de sua já longa história, e que jamais foram contestadas.
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O vídeo abaixo está ancorado no Youtube desde abril último, e deve receber tentativas de proibição por parte do Grupo Globo, assim como o documentário feito pelos ingleses, sob o mesmo assunto, título "Muito além do Cidadão Kane".
Vale a pena assistir, são muitas as acusações que o Grupo Globo recebe ao curso de sua já longa história, e que jamais foram contestadas.
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Como chegamos aos 7,4 bilhões de habitantes no planeta
Richard Jakubaszko
Interessante vídeo que em formato infográfico mostra como a humanidade chegou aos 7,4 bilhões de pessoas que somos hoje no planeta, e faz projeções para o futuro, até o ano 2100.
Observe a linha do tempo, atualizada no rodapé. Nos anos 1300 a 1400, em plena idade média, houve um dos raros episódios de redução da população, causada por um período de resfriamento, em que a "peste negra" predominou na Europa.
Enviado pelo amigo Hélio Casale, engenheiro agrônomo esalqueano da gema.
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Interessante vídeo que em formato infográfico mostra como a humanidade chegou aos 7,4 bilhões de pessoas que somos hoje no planeta, e faz projeções para o futuro, até o ano 2100.
Observe a linha do tempo, atualizada no rodapé. Nos anos 1300 a 1400, em plena idade média, houve um dos raros episódios de redução da população, causada por um período de resfriamento, em que a "peste negra" predominou na Europa.
Enviado pelo amigo Hélio Casale, engenheiro agrônomo esalqueano da gema.
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terça-feira, 27 de dezembro de 2016
Cidadania, uma hipocrisia que vive de preconceitos
Egydio Schwade *
A sociedade que promove a “cidadania” vive cheia de preconceitos e a maioria das ações do cidadão são ações contra a “Mãe-Terra”.
Aquele que traz a comida à mesa do cidadão ao longo dos séculos, não é ele o objeto de expressões de desprezo como: “jeca-tatu” ou “vá plantar batatas”?
Não é a nossa “Mãe-Terra” apenas “sujeira” que deve ser enxotada pela vassoura e ser coberta pelo asfalto e pelo cimento-cidadão? Quem busca a cidade não busca logo a “cidadania”, isto é, (des)envolvimento, que significa cobrir a terra com asfalto, o chão da casa e o pátio com cimento, para não mais se envolver com a Terra?
Não é melhor pago aquele que vive fora desta “sujeira” da “Mãe-terra” e quanto mais longe dela melhor pagamento “merece”? Tem alguma razão séria para dar um salário de mais de R$ 30 mil reais a um membro do Supremo Tribunal Federal e nem se preocupar pelo salário do “plantador de batatas” que traz a comida à mesa?
O Estado não deve ser governado por um cidadão (des)envolvido da terra? Um “jeca-tatu”, um “plantador de batatas” candidato a Presidente, nem pensar! Desde o tempo dos romanos todo o governo é comandado por cidadãos e no Ocidente por cidadãos cristãos, cujos contrários são sintomaticamente “pagãos”.
Existe preconceito maior do que aquele usado contra os povos que não desejam cidade alguma, de cujos territórios, desde 1500, Governo e latifundiários se apropriam como se fossem “vazios demográficos”? O agronegócio, a mineração, projetos hidrelétricos, instalados em seu lugar, devastam a floresta, envenenam a Terra, saqueiam os recursos naturais e consomem a maior fatia do PIB – Produto Interno Bruto, não são eles cria do cidadão e apenas comida para o Estado-cidadão?
A cidadania está montada sobre preconceitos. O conceito de cidadania como objetivo da humanidade, deve ser banido, não fomentado. Ele fomenta, não a Economia, mas a Crematística, a queima dos recursos naturais, o aliciamento, ou a expulsão do homem do campo, a depredação do meio ambiente, a burocracia inútil e inerte... Enquanto os cidadãos não se derem conta de sua realidade de “micróbios”, causadores das doenças e chagas incuráveis que assolam o Planeta e dela não abdicarem, a Mãe-Terra e seus recursos serão saqueados, os agricultores familiares serão prejudicados para beneficiar latifundiários que contaminam a comida, não praticam agricultura, mas apenas negoceiam, escondidos em escritórios urbanos.
O cidadão vive em quadriláteros. Aprofunda-se na “ciência” de seus quadriláteros e, talvez, por isso julga-se mais sábio do que o homem do campo, que se defronta incessantemente com esta imensa variedade de desenhos geográficos em meio a qual se sente humildemente um ignorante.
Que sentido tem nomear uma pessoa que passou a sua vida inteira em gabinetes ou em escolas urbanas, Ministro da Agricultura, dirigente do IBAMA, ou de qualquer órgão que tem como função zelar e apoiar a vida na Terra? Não passa de fomento ao preconceito contra os agricultores?
Aqui no município de Presidente Figueiredo, há uma comunidade, Terra Santa, que contra todas as leis do país está sendo despejada de seus direitos e terras, assim como o foram os indígenas que até 50 anos atrás eram os donos deste território e ate 500 anos atrás, de toda a terra brasileira. Há cinco anos, os dirigentes de pelo menos uma dezena de órgãos públicos, existentes para solucionar a situação da Terra Santa, sabem onde está sua obrigação. Não fazem justiça porque trancados em seus escritórios cidadãos, não sentem a aflição e a injustiça do povo pagão e por isso apenas “monitoram” à distancia. Quem aflige a comunidade é um madeireiro, fora da lei, que saqueia a floresta e impune prossegue em sua ação criminosa, protegido pelos interesses dos cidadãos que comandam os órgãos da justiça de plantão. E não faltam escritórios cheios de especialistas, mas com medo de mudar de lugar para enxergarem a realidade que devem julgar. Assim a Terra Santa aguarda há seis anos a justiça apenas “manipulada”, “monitorada” e adiada pelo cidadão...
Recentemente, no Baixo Tapajós, junto com um amigo engenheiro ambiental, contamos 40 pequenas embarcações, abastecendo 3 navios pesqueiros. Uma evidente infração à vida do rio e dos recursos necessários para filhos e netos dos “pagãos” da região. Questionado, um agente do IBAMA justificava a sua inércia diante da situação de depredação: “infelizmente, eles tem autorização!” E quem forneceu este documento de autorização criminosa? Um cidadão que não tem compromisso com as necessidades presentes e futuras das pessoas do interior. Ele é um cidadão e só por isso é o único que “sabe e decide”.
Está aí Manaus, a Zona Franca, um Grande Projeto da Ditadura Militar que desocupou o interior da Amazônia, deixando-o livre para o saque das riquezas naturais.
O cidadão é essencialmente arrogante diante da Mãe-Terra. Quer vê-la sob o cimento ou sob o asfalto. É essencialmente depredador da natureza, preconceituoso contra quem vive da terra e na terra. Monitora os prejuízos, faz de conta que se interessa, mas não os soluciona. Vive de fazer belos projetos sobre a Terra, projetos para fazer dinheiro, ou transformar a Terra em cinza, como se os seus recursos não tivessem fim. É a Crematística, a “Economia” do Estado.
Enquanto houver metrópoles nunca se irá às causas ultimas dos males que afligem o planeta Terra. Sempre haverá depredação do meio ambiente, produtos químicos na mesa. O preconceito, o consumismo e o (des)envolvimento reinarão sobre o “pagão”. Porque a metrópole é inimiga essencial da Terra.
Quem vai banhar na Corredeira do Urubuí, em Presidente Figueiredo/AM, pare um pouco antes da ponte sobre o rio. Ali onde estava a caixa de lixo. Num só golpe de vista, sobre 10 metros de distância, tem a visão do resultado de três modelos, ou paradigmas, da atividade humana sobre a Mãe-Terra. Lá no fundo, a “terra-preta”, resultado do paradigma do “envolvimento”, de quem se envolveu com a terra, projetando o Bem-Viver sobre ela, numa perspectiva de gerações sem fim. No meio, o paradigma do “consumo”, a lixeira avançando sobre a Terra, inclusive sobre a “terra-preta”. Cá e lá ainda permite a vida de uma fruteira: um pé de ingá, um teimoso mamoeiro, ou um pé de girimum... Finalmente, onde estamos parados, observando tudo, o paradigma do (des)envolvimento, o asfalto cobrindo tudo. Onde nada mais cresce e vive. O objetivo último do cidadão é a metrópole, a nossa Casa Comum transformada em lixeira, ou na infertilidade ou ausência total de vida.
Finalmente, fica o Feliz Natal de Paulo Apóstolo aos cristãos:
“Nós somos a merda do mundo, o lixo de todos (ICor.4,13). O que há de louco no mundo, Deus o escolheu para fazer vergonha aos sábios e o que há de fraco no mundo, Deus o escolheu para fazer vergonha aos fortes. O que há de mais ordinário no mundo, o menosprezado, o que não existe, Deus o escolheu para reduzir a nada o que existe! (I Cor.1.26-28)”. (Tradução do historiador Eduardo Hoornaert em ”As Origens do Cristianismo” pg. 50).
* o autor é padre pertencente à ordem religiosa dos Jesuítas, indigenista, ambientalista, fundador da ONG Amazônia Nativa, e apicultor em Presidente Figueiredo/AM.
Outros textos do autor, em Casa da Cultura do Urubuí – Cacuí - http://www.urubui.blogspot.com/
COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO:
Concordo em gênero, número e (parcialmente) grau com o autor, a quem não conheço pessoalmente, mas temos afinidades familiares, pois é sogro de uma de minhas filhas. Como este é um blog de debate, e por achar interessante o texto, publico o mesmo exercendo meu entendimento nas letras abaixo:
O que ocorre na nossa Amazônia é fruto da desmesurada necessidade humana da acumulação de bens e patrimônios, apontada pelo autor como a Crematística, já identificada pelos filósofos gregos aristotélicos como algo prazeroso. Se a Crematística já era um problema naquela época, 3 mil anos atrás, quando a população mundial não chegava a 30 milhões de habitantes, imaginemos hoje, com 7,4 bilhões.
O ser humano é o único integrante da natureza que tem o vício da acumulação, com a notável exceção à regra das formigas e abelhas. Afora esse quesito, um mero detalhe, e da filosofia à parte de Epicuro (que explico abaixo), a humanidade explodiu o crescimento demográfico a partir do século XVIII, quando atingiu seu primeiro bilhão de habitantes, e não parou mais, apoiada pelo incentivo Divino dito a Moisés, de "Crescei e multiplicai-vos", com aval da Igreja Católica Apostólica Romana, que considera um dogma a proibição de uso de anticoncepcionais. Com o consumismo dos atuais 7,4 bilhões de bocas (excluídos cerca de 1 bilhão que passam fome), mais a corrupção dos agentes de governo e empresários, chegamos ao limite do planeta nos seus serviços ambientais. Vamos precisar de um outro planeta para alimentar essa sociedade extra que está chegando.
Tenho sempre em mente um pensamento de Epicuro:
Epicuro foi o fundador do hedonismo, pensamento que está essencialmente ligado às necessidades e aos prazeres dos humanos. Destacava ele que existem três coisas naturais, sendo que a primeira é natural e essencial, sem o qual morremos, como água e alimento; a segunda é natural e não essencial, como sexo e alimento (inclusive bebidas alcoólicas, como vinho e cerveja) que nos trazem prazeres, mas sobrevivemos se eles não existirem.
E a terceira é não natural (mas é humana) e não essencial, como drogas alucinógenas (como meio de fuga da realidade) e posses de bens materiais, que redundam no consumismo, causa da grande maioria das frustrações humanas, pois é impossível possuirmos tudo o que queremos e desejamos.
O consumismo possui uma denominação contemporânea eufemística, que é chamada de supérfluo.
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A sociedade que promove a “cidadania” vive cheia de preconceitos e a maioria das ações do cidadão são ações contra a “Mãe-Terra”.
Aquele que traz a comida à mesa do cidadão ao longo dos séculos, não é ele o objeto de expressões de desprezo como: “jeca-tatu” ou “vá plantar batatas”?
Não é a nossa “Mãe-Terra” apenas “sujeira” que deve ser enxotada pela vassoura e ser coberta pelo asfalto e pelo cimento-cidadão? Quem busca a cidade não busca logo a “cidadania”, isto é, (des)envolvimento, que significa cobrir a terra com asfalto, o chão da casa e o pátio com cimento, para não mais se envolver com a Terra?
Não é melhor pago aquele que vive fora desta “sujeira” da “Mãe-terra” e quanto mais longe dela melhor pagamento “merece”? Tem alguma razão séria para dar um salário de mais de R$ 30 mil reais a um membro do Supremo Tribunal Federal e nem se preocupar pelo salário do “plantador de batatas” que traz a comida à mesa?
O Estado não deve ser governado por um cidadão (des)envolvido da terra? Um “jeca-tatu”, um “plantador de batatas” candidato a Presidente, nem pensar! Desde o tempo dos romanos todo o governo é comandado por cidadãos e no Ocidente por cidadãos cristãos, cujos contrários são sintomaticamente “pagãos”.
Existe preconceito maior do que aquele usado contra os povos que não desejam cidade alguma, de cujos territórios, desde 1500, Governo e latifundiários se apropriam como se fossem “vazios demográficos”? O agronegócio, a mineração, projetos hidrelétricos, instalados em seu lugar, devastam a floresta, envenenam a Terra, saqueiam os recursos naturais e consomem a maior fatia do PIB – Produto Interno Bruto, não são eles cria do cidadão e apenas comida para o Estado-cidadão?
A cidadania está montada sobre preconceitos. O conceito de cidadania como objetivo da humanidade, deve ser banido, não fomentado. Ele fomenta, não a Economia, mas a Crematística, a queima dos recursos naturais, o aliciamento, ou a expulsão do homem do campo, a depredação do meio ambiente, a burocracia inútil e inerte... Enquanto os cidadãos não se derem conta de sua realidade de “micróbios”, causadores das doenças e chagas incuráveis que assolam o Planeta e dela não abdicarem, a Mãe-Terra e seus recursos serão saqueados, os agricultores familiares serão prejudicados para beneficiar latifundiários que contaminam a comida, não praticam agricultura, mas apenas negoceiam, escondidos em escritórios urbanos.
O cidadão vive em quadriláteros. Aprofunda-se na “ciência” de seus quadriláteros e, talvez, por isso julga-se mais sábio do que o homem do campo, que se defronta incessantemente com esta imensa variedade de desenhos geográficos em meio a qual se sente humildemente um ignorante.
Que sentido tem nomear uma pessoa que passou a sua vida inteira em gabinetes ou em escolas urbanas, Ministro da Agricultura, dirigente do IBAMA, ou de qualquer órgão que tem como função zelar e apoiar a vida na Terra? Não passa de fomento ao preconceito contra os agricultores?
Aqui no município de Presidente Figueiredo, há uma comunidade, Terra Santa, que contra todas as leis do país está sendo despejada de seus direitos e terras, assim como o foram os indígenas que até 50 anos atrás eram os donos deste território e ate 500 anos atrás, de toda a terra brasileira. Há cinco anos, os dirigentes de pelo menos uma dezena de órgãos públicos, existentes para solucionar a situação da Terra Santa, sabem onde está sua obrigação. Não fazem justiça porque trancados em seus escritórios cidadãos, não sentem a aflição e a injustiça do povo pagão e por isso apenas “monitoram” à distancia. Quem aflige a comunidade é um madeireiro, fora da lei, que saqueia a floresta e impune prossegue em sua ação criminosa, protegido pelos interesses dos cidadãos que comandam os órgãos da justiça de plantão. E não faltam escritórios cheios de especialistas, mas com medo de mudar de lugar para enxergarem a realidade que devem julgar. Assim a Terra Santa aguarda há seis anos a justiça apenas “manipulada”, “monitorada” e adiada pelo cidadão...
Recentemente, no Baixo Tapajós, junto com um amigo engenheiro ambiental, contamos 40 pequenas embarcações, abastecendo 3 navios pesqueiros. Uma evidente infração à vida do rio e dos recursos necessários para filhos e netos dos “pagãos” da região. Questionado, um agente do IBAMA justificava a sua inércia diante da situação de depredação: “infelizmente, eles tem autorização!” E quem forneceu este documento de autorização criminosa? Um cidadão que não tem compromisso com as necessidades presentes e futuras das pessoas do interior. Ele é um cidadão e só por isso é o único que “sabe e decide”.
Está aí Manaus, a Zona Franca, um Grande Projeto da Ditadura Militar que desocupou o interior da Amazônia, deixando-o livre para o saque das riquezas naturais.
O cidadão é essencialmente arrogante diante da Mãe-Terra. Quer vê-la sob o cimento ou sob o asfalto. É essencialmente depredador da natureza, preconceituoso contra quem vive da terra e na terra. Monitora os prejuízos, faz de conta que se interessa, mas não os soluciona. Vive de fazer belos projetos sobre a Terra, projetos para fazer dinheiro, ou transformar a Terra em cinza, como se os seus recursos não tivessem fim. É a Crematística, a “Economia” do Estado.
Enquanto houver metrópoles nunca se irá às causas ultimas dos males que afligem o planeta Terra. Sempre haverá depredação do meio ambiente, produtos químicos na mesa. O preconceito, o consumismo e o (des)envolvimento reinarão sobre o “pagão”. Porque a metrópole é inimiga essencial da Terra.
Quem vai banhar na Corredeira do Urubuí, em Presidente Figueiredo/AM, pare um pouco antes da ponte sobre o rio. Ali onde estava a caixa de lixo. Num só golpe de vista, sobre 10 metros de distância, tem a visão do resultado de três modelos, ou paradigmas, da atividade humana sobre a Mãe-Terra. Lá no fundo, a “terra-preta”, resultado do paradigma do “envolvimento”, de quem se envolveu com a terra, projetando o Bem-Viver sobre ela, numa perspectiva de gerações sem fim. No meio, o paradigma do “consumo”, a lixeira avançando sobre a Terra, inclusive sobre a “terra-preta”. Cá e lá ainda permite a vida de uma fruteira: um pé de ingá, um teimoso mamoeiro, ou um pé de girimum... Finalmente, onde estamos parados, observando tudo, o paradigma do (des)envolvimento, o asfalto cobrindo tudo. Onde nada mais cresce e vive. O objetivo último do cidadão é a metrópole, a nossa Casa Comum transformada em lixeira, ou na infertilidade ou ausência total de vida.
Finalmente, fica o Feliz Natal de Paulo Apóstolo aos cristãos:
“Nós somos a merda do mundo, o lixo de todos (ICor.4,13). O que há de louco no mundo, Deus o escolheu para fazer vergonha aos sábios e o que há de fraco no mundo, Deus o escolheu para fazer vergonha aos fortes. O que há de mais ordinário no mundo, o menosprezado, o que não existe, Deus o escolheu para reduzir a nada o que existe! (I Cor.1.26-28)”. (Tradução do historiador Eduardo Hoornaert em ”As Origens do Cristianismo” pg. 50).
* o autor é padre pertencente à ordem religiosa dos Jesuítas, indigenista, ambientalista, fundador da ONG Amazônia Nativa, e apicultor em Presidente Figueiredo/AM.
Outros textos do autor, em Casa da Cultura do Urubuí – Cacuí - http://www.urubui.blogspot.com/
COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO:
Concordo em gênero, número e (parcialmente) grau com o autor, a quem não conheço pessoalmente, mas temos afinidades familiares, pois é sogro de uma de minhas filhas. Como este é um blog de debate, e por achar interessante o texto, publico o mesmo exercendo meu entendimento nas letras abaixo:
O que ocorre na nossa Amazônia é fruto da desmesurada necessidade humana da acumulação de bens e patrimônios, apontada pelo autor como a Crematística, já identificada pelos filósofos gregos aristotélicos como algo prazeroso. Se a Crematística já era um problema naquela época, 3 mil anos atrás, quando a população mundial não chegava a 30 milhões de habitantes, imaginemos hoje, com 7,4 bilhões.
O ser humano é o único integrante da natureza que tem o vício da acumulação, com a notável exceção à regra das formigas e abelhas. Afora esse quesito, um mero detalhe, e da filosofia à parte de Epicuro (que explico abaixo), a humanidade explodiu o crescimento demográfico a partir do século XVIII, quando atingiu seu primeiro bilhão de habitantes, e não parou mais, apoiada pelo incentivo Divino dito a Moisés, de "Crescei e multiplicai-vos", com aval da Igreja Católica Apostólica Romana, que considera um dogma a proibição de uso de anticoncepcionais. Com o consumismo dos atuais 7,4 bilhões de bocas (excluídos cerca de 1 bilhão que passam fome), mais a corrupção dos agentes de governo e empresários, chegamos ao limite do planeta nos seus serviços ambientais. Vamos precisar de um outro planeta para alimentar essa sociedade extra que está chegando.
Tenho sempre em mente um pensamento de Epicuro:
Epicuro foi o fundador do hedonismo, pensamento que está essencialmente ligado às necessidades e aos prazeres dos humanos. Destacava ele que existem três coisas naturais, sendo que a primeira é natural e essencial, sem o qual morremos, como água e alimento; a segunda é natural e não essencial, como sexo e alimento (inclusive bebidas alcoólicas, como vinho e cerveja) que nos trazem prazeres, mas sobrevivemos se eles não existirem.
E a terceira é não natural (mas é humana) e não essencial, como drogas alucinógenas (como meio de fuga da realidade) e posses de bens materiais, que redundam no consumismo, causa da grande maioria das frustrações humanas, pois é impossível possuirmos tudo o que queremos e desejamos.
O consumismo possui uma denominação contemporânea eufemística, que é chamada de supérfluo.
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Advogado de Lula na ONU é entrevistado e critica a Lava Jato
Richard Jakubaszko
No vídeo abaixo o blog Justificando entrevista o advogado Geoffrey Robertson, que representa Lula na ONU para demonstrar perseguição política no Brasil pela operação Lava Jato, comandada pelo juiz Moro e procuradores da república.
O advogado australiano, debaixo de enorme experiência internacional, explica que o juiz Sérgio Moro é parcial e não poderia ao mesmo tempo investigar e julgar Lula com a necessária isenção que um juiz deve ter (e ser).
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No vídeo abaixo o blog Justificando entrevista o advogado Geoffrey Robertson, que representa Lula na ONU para demonstrar perseguição política no Brasil pela operação Lava Jato, comandada pelo juiz Moro e procuradores da república.
O advogado australiano, debaixo de enorme experiência internacional, explica que o juiz Sérgio Moro é parcial e não poderia ao mesmo tempo investigar e julgar Lula com a necessária isenção que um juiz deve ter (e ser).
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sábado, 24 de dezembro de 2016
O aniversariante manda "aquele abraço" !
A todos os amigos, um baita amplexo do aniversariante.
Ele, invariavelmente esquecido nesse dia, lembra-se sempre de nós, todos os dias.
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Ele, invariavelmente esquecido nesse dia, lembra-se sempre de nós, todos os dias.
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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Segunda carta ao jornal “O Dia”
Igor Vaz Maquieira *
É com muita estranheza que recebi a notícia do Jornal O DIA, publicado no dia 17/09/2016, falando mais uma vez do aquecimento global e de que o mês de agosto foi o mais quente já registrado desde as medições de satélites e que a área do ártico está a perder gelo. A matéria já começa alegando o seguinte: “Parece notícia velha; mas aconteceu de novo”. Até que desta vez vocês acertaram, porém em parte. Trata-se de uma notícia requentada, talvez pelo aquecimento global profanado desde 1988 com o lançamento do IPCC. É de estarrecer que ainda deem crédito para tais publicações. Estamos em 2016, ou melhor, praticamente em 2017. Faz exatamente 29 anos que nos repetem as mesmas asneiras, sem base científica alguma.
Qualquer estudante que tenha feito um bom ensino médio, sabe que a Terra tem 71% de oceanos dos seus 510 milhões de quilômetros quadrados, donde as cidades do planeta todo ocupam apenas 1% disso tudo! Ora bolas, então são oceanos em conjunto com o sol que regem o clima deste planeta e não os gases de feito estufa, que por sinal é uma física impossível; a Terra não funciona como uma estufa. Segue o link para melhor esclarecimento: http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/REFLEX%C3%95ES_EFEITO-ESTUFA_V2.pdf
Outro dado citado na matéria e muito estranho é o fato de afirmarem que o Ártico está derretendo de forma acelerada. Muito gozado ficarem focados somente no ÁRTICO, quando a Antártida bate recordes de gelo ano a ano e para piorar o site Cryosphere Today desmente a NASA e o Departamento que citou esses alarmismos (veja os dados reais – http://arctic.atmos.uiuc.edu/cryosphere/IMAGES/recent365.anom.region.1.html).
O mais intrigante de tudo é colocar um aumento de 0,98ºC como sendo uma catástrofe sem volta como todo ano a mídia coloca e agora de mês em mês, parecendo que é para causar maior pressão e medo na população leiga. Comparar então com 2014 e afirmar que foi 0,16ºC mais quente é chamar todos os climatologistas e estudantes das áreas científicas / ambientais de idiotas, pois demonstra a falta de conhecimento e estudo à respeito de um planeta com mais de 4 bilhões de anos. Não é dessa maneira que se faz climatologia.
Não é desta maneira que a atmosfera da Terra se comporta. Não são através de modelos de clima que se lançam dados da terra da fantasia. Mas, eu entendo que a notícia profanando o caos vende bem e vende mais. Porém, vamos acertar algumas coisas: Co2 e temperatura não andam lado a lado.
A história climática nos diz isto. De 1925-1946 tivemos uma fase quente da ODP (Oscilação Decadal do Pacífico), depois de 1946-1976 uma fase fria e de 1976 até 1998 uma fase quente e agora estamos numa fase fria, donde o Pacífico que ocupa cerca de 35% da Terra passa por períodos de aquecimento e resfriamento afetando o clima global , agropecuária, safras etc. Só um EL NINÕ pode causar variações de mais de 1ºC em escala global e vem todo ano ou para piorar agora de mês em mês divulgarem um aquecimento rodado em modelos de computador ou sabe-se lá de onde eles tiraram estes dados, pois não se tem como medir com exatidão a temperatura de um planeta com estas dimensões. Os próprios modelos usados por eles contêm desvio padrão de 1ºC, alguns com desvios maiores ainda. Como pode a mídia aceitar esses dados? Como pode pessoas com Doutorado divulgarem esses milenarismos? O clima da Terra já foi bem pior do que é hoje. Na história da Terra há registros de situações bem mais dramáticas. Ao longo do Holoceno, a época geológica correspondente aos últimos 12000 anos em que a civilização humana se desenvolveu, houve diversos períodos com temperaturas mais altas que as atuais. No Holoceno Médio, há 6000-8000 anos, as temperaturas médias chegaram a ser 2ºC a 3ºC superiores às atuais, enquanto os níveis do mar atingiram até 3 metros acima do atual.
Igualmente, nos períodos quentes conhecidos como Minoano (1500-1200 a.C.), Romano (séc. III a.C.-V d.C.) e Medieval (séc. X-XIII d.C.), as temperaturas foram mais de 1oC superiores às atuais. Entre 12900 e 11600 anos atrás, no período frio denominado Dryas Recente, as temperaturas atmosféricas caíram cerca de 8ºC em menos de 50 anos e, ao término dele, voltaram a subir na mesma proporção em pouco mais de meio século.
Embora evidências como essas possam ser encontradas em, literalmente, milhares de estudos realizados em todos os continentes por cientistas de dezenas de países, devidamente publicados na literatura científica internacional, é raro que algum destes estudos ganhe repercussão na mídia, quase sempre mais inclinada à promoção de um alarmismo sensacionalista e desorientador.
A tão falada e idolatrada meta de 2ºC (caso contrário o planeta vai morrer) foi citada por um físico e também não tem qualquer base científica: trata-se de uma criação “política” do físico Hans-Joachim Schellnhuber, assessor científico do governo alemão, como admitido por ele próprio, em uma entrevista à revista Der Spiegel (17/10/2010). E o que falar dos dados deste departamento da NASA? Cientistas sérios do mundo todo já rebateram estes dados e continuam rebatendo. Se lembram de que em 2015 a NOAA divulgou que foi o ano mais quente da história tb? Pois bem, enquanto para a NOAA o 2015 foi o ano mais quente da história para o NCEP - National Centers for Environmental Prediction, isso absolutamente não é verdade (e até mesmo para os dados de satélite). O mapa do Climatenews mostra uma diferenciação interessante: As duas áreas frias do globo, Groenlândia, da Antártida e parte da África Central, que apresentaram temperaturas bem abaixo do normal, em 2015, foram “cortadas” da base de dados da NOAA… talvez para a falta de estações meteorológicas? Não! Simplesmente são dados selecionados a dedo. Ou seja, eu mostro o que eu quero. O que é de meu interesse para mim e para a sociedade.
É por isso que 2015, para a NOAA, foi atualmente o ano mais quente de sempre, embora isso não corresponda à realidade! A mesma coisa para 2016, 2017, 2018. A novela do AGA (aquecimento global) vai continuar, pois esses pseudocientistas precisam de suas verbas para sobreviver divulgando um caos que não existe.
Na Climatologia se trabalha com o princípio da similaridade e não modelando o que vai ocorrer daqui a 100 ou 200 anos. Isso é impossível! Isso não é ciência! Não se consegue nem prever o tempo para o dia seguinte; como podem querer acertar o que vai ocorrer daqui a 200 anos? Estes modelos não incluem: ciclo solar, vapor de água, nuvens, vulcões, raios cósmicos dentre outros fatores, estes sim, determinantes para a variação climática.
Curioso não é? Curioso também, que ninguém conteste estas informações. O IPCC não é uma bíblia climática, não há consenso científico como vocês afirmam e devemos combater um terrorismo climático que foi criado por chefes de Estado, ONGs e outros departamentos. Devemos combater as fraudes do IPCC em seus relatórios, manipulação de dados de satélites, dados trocados, desaparecimento de séries históricas, dentre outras coisas. Tudo isso para provar uma pseudociência. Estranho ninguém abordar que o Congresso Americano entrou com pedido de investigação nos estudos relacionados ao clima, sob forte suspeita de adulteração de dados (o que já foi comprovado por milhares de cientistas sérios).
Ademais, ao conferir ao dióxido de carbono (CO₂) e outros gases produzidos pelas atividades humanas o papel de principais protagonistas da dinâmica climática, a hipótese do AGA simplifica e distorce um processo extremamente complexo, no qual interagem fatores astrofísicos, atmosféricos, oceânicos, geológicos, geomorfológicos e biológicos, que a Ciência apenas começa a entender em sua abrangência. Em adição, as emissões de CO₂ de fontes antrópicas são ínfimas, quando comparadas às emissões de fontes naturais. Oceanos, solos, vegetação e vulcões injetam cerca de 200 bilhões de toneladas de carbono anualmente (GtC/a) na atmosfera, enquanto as emissões antrópicas são inferiores a 7 GtC/a. Este total representa cerca de 3% das emissões por fontes naturais, que apresentam uma incerteza de ± 20% (± 40 GtC/a) – ou seja, a faixa de incertezas das fontes naturais, por si só, é uma ordem de grandeza superior às fontes antrópicas.
Um exemplo dos riscos dessa simplificação é a possibilidade real de que o período até a década de 2030 experimente um considerável resfriamento, em vez de aquecimento, devido ao efeito combinado de um período de baixa atividade solar (ciclo 25) e de uma fase de resfriamento do oceano Pacífico (Oscilação Decadal do Pacífico-ODP), em um cenário semelhante ao verificado entre 1947 e 1976. Vale observar que, naquele intervalo, o Brasil experimentou uma redução de 10%-30% nas chuvas, o que acarretou problemas de abastecimento de água e geração elétrica, além de um aumento das geadas fortes, que muito contribuíram para erradicar o café no Paraná.
Ah!! Tem uma coisa muito importante: o CO2 não é poluente, ele é o gás da vida. Nós e os animais não produzimos a comida que ingerimos. Quem o faz são as plantas via fotossíntese, por meio da qual retiram o CO₂ do ar e o transformam em amidos, açúcares e fibras dos quais nos alimentamos. Na hipótese absurda de eliminar o CO₂, a vida acabaria na Terra.
Dentre o mais agravante de tudo é a assinatura de acordos climáticos, como o de Paris, donde o Brasil corre sérios riscos de perder sua soberania Pois é isto que está em jogo pessoal por detrás de toda essa farsa climática que nos embutiram e o assunto foi parar até no Senado Federal; pedindo a revogação do acordo climático de Paris, baseado numa ciência séria e com argumentos sólidos de um pesquisador e professor da área. Segue o texto:
O “acordo climático” verificado em Paris e assinado por 175 países, em reunião da ONU, em 22 de abril de 2016, traz sérios problemas à soberania do nosso país. Absurdamente, a Câmara dos Deputados, em 12/07/2016, votou por UNANIMIDADE, que o Brasil deve aderir ao “acordo climático”, sendo um dos primeiros países a se pronunciarem sobre o tema, em caráter de “emergência”. Ressalta-se que:
1 – Dos 175 países, só 19 ratificaram o acordo (0,18% do CO2 global), sendo que EUA, Rússia, China, Índia e UE NÃO IRÃO ASSINAR a ratificação (só fizeram teatro simbólico na ONU)!
2 – Os países que se submeterem, como o Brasil está a fazer, ficarão sujeitos ao que for imposto pela formação da “Agência Ambiental Internacional – ICCC”, ligada à ONU;
3 – A Constituição Brasileira receberá adendos para permitir que a nossa soberania sobre o Estado fique afrouxada;
4 – Caso as metas estipuladas pelo ICCC não sejam alcançadas, estão previstas, conforme relatório Bruntland “A elaboração de um arranjo de aplicações de lei global… enfocando o papel de sanções econômicas, políticas e medidas militares”. (Rel. Bruntland, P-I, item 3).
Assim sendo, é de suma importância que o Senado Federal, pensando no futuro do Brasil, da sua soberania e da segurança nacional e de todo o povo brasileiro, inclusive como ação estratégica, que o “acordo climático”, aprovado na Câmara dos Deputados, seja devidamente rechaçado, negado e arquivado. Deve-se mostrar para o mundo que o Brasil manterá sua soberania e não tomará para si o fardo de resolver um falso problema global, assumindo em sua Constituição, os encargos de uma Lei Internacional, só válidas para quem ratificar este acordo, deixando os outros países livres para fazerem apenas intenções e não obrigações.
RICARDO AUGUSTO FELICIO – SP
Além disso, a obsessão com o CO2 desvia as atenções das emergências e prioridades ambientais reais, cuja solução requer iniciativas e investimentos públicos. Um exemplo é a indisponibilidade de sistemas de saneamento básico para mais da metade da população mundial, cujas consequências constituem, de longe, o principal problema ambiental do planeta – e do próprio Brasil, onde os números são semelhantes. Outro é a falta de acesso à eletricidade, que atinge mais de 1,5 bilhão de pessoas, principalmente na Ásia, África e América Latina.
Pela primeira vez na História, a humanidade detém um acervo de conhecimentos e recursos físicos, técnicos e humanos, para prover a virtual totalidade das necessidades materiais de uma população ainda maior que a atual. Esta perspectiva viabiliza a possibilidade de se universalizar – de uma forma inteiramente sustentável – os níveis gerais de bem estar usufruídos pelos países mais avançados, em termos de infraestrutura de água, saneamento, energia, transportes, comunicações, serviços de saúde e educação e outras conquistas da vida civilizada moderna.
A despeito dos falaciosos argumentos contrários a tal perspectiva, os principais obstáculos à sua concretização, em menos de duas gerações, são mentais e políticos, e não físicos e ambientais. Dados sérios e corretos não faltam. Basta pesquisar um pouco e não ficar seguindo uma ciência que mais parece um Nostradamus. Chegamos ao ponto do ridículo, porém, com estudo e uma base sólida podemos sair dele. O Brasil não tinha que assinar nenhum acordo, pois irá gerar quebra de soberania. As chamadas energias verdes de verde não tem nada, é condenar países a miséria. O que veremos nas próximas reuniões para tratar sobre o clima da Terra será na realidade mais um teatro midiático de pessoas, burocratas, líderes de ONGs, todos eles de barriguinha cheia, muito bonitinhos e arrumados pregando um discurso: faça o que eu digo, mas não faça o que faço, impondo leis, taxas e tratados. Pois é claro, se eu e vc pagarmos bem caro o “clima” da Terra é consertado, caso contrário teremos todos anos, meses e quem sabe de hora em hora um mundo mais quente que o anterior.
Atenciosamente
* Prof. Esp. Igor Vaz Maquieira (Biólogo e Esp. em Gestão Ambiental)
Membro da equipe FakeClimate
Publicado originalmente em https://fakeclimate.wordpress.com/2016/12/18/2077/
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É com muita estranheza que recebi a notícia do Jornal O DIA, publicado no dia 17/09/2016, falando mais uma vez do aquecimento global e de que o mês de agosto foi o mais quente já registrado desde as medições de satélites e que a área do ártico está a perder gelo. A matéria já começa alegando o seguinte: “Parece notícia velha; mas aconteceu de novo”. Até que desta vez vocês acertaram, porém em parte. Trata-se de uma notícia requentada, talvez pelo aquecimento global profanado desde 1988 com o lançamento do IPCC. É de estarrecer que ainda deem crédito para tais publicações. Estamos em 2016, ou melhor, praticamente em 2017. Faz exatamente 29 anos que nos repetem as mesmas asneiras, sem base científica alguma.
Qualquer estudante que tenha feito um bom ensino médio, sabe que a Terra tem 71% de oceanos dos seus 510 milhões de quilômetros quadrados, donde as cidades do planeta todo ocupam apenas 1% disso tudo! Ora bolas, então são oceanos em conjunto com o sol que regem o clima deste planeta e não os gases de feito estufa, que por sinal é uma física impossível; a Terra não funciona como uma estufa. Segue o link para melhor esclarecimento: http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/REFLEX%C3%95ES_EFEITO-ESTUFA_V2.pdf
Outro dado citado na matéria e muito estranho é o fato de afirmarem que o Ártico está derretendo de forma acelerada. Muito gozado ficarem focados somente no ÁRTICO, quando a Antártida bate recordes de gelo ano a ano e para piorar o site Cryosphere Today desmente a NASA e o Departamento que citou esses alarmismos (veja os dados reais – http://arctic.atmos.uiuc.edu/cryosphere/IMAGES/recent365.anom.region.1.html).
O mais intrigante de tudo é colocar um aumento de 0,98ºC como sendo uma catástrofe sem volta como todo ano a mídia coloca e agora de mês em mês, parecendo que é para causar maior pressão e medo na população leiga. Comparar então com 2014 e afirmar que foi 0,16ºC mais quente é chamar todos os climatologistas e estudantes das áreas científicas / ambientais de idiotas, pois demonstra a falta de conhecimento e estudo à respeito de um planeta com mais de 4 bilhões de anos. Não é dessa maneira que se faz climatologia.
Não é desta maneira que a atmosfera da Terra se comporta. Não são através de modelos de clima que se lançam dados da terra da fantasia. Mas, eu entendo que a notícia profanando o caos vende bem e vende mais. Porém, vamos acertar algumas coisas: Co2 e temperatura não andam lado a lado.
A história climática nos diz isto. De 1925-1946 tivemos uma fase quente da ODP (Oscilação Decadal do Pacífico), depois de 1946-1976 uma fase fria e de 1976 até 1998 uma fase quente e agora estamos numa fase fria, donde o Pacífico que ocupa cerca de 35% da Terra passa por períodos de aquecimento e resfriamento afetando o clima global , agropecuária, safras etc. Só um EL NINÕ pode causar variações de mais de 1ºC em escala global e vem todo ano ou para piorar agora de mês em mês divulgarem um aquecimento rodado em modelos de computador ou sabe-se lá de onde eles tiraram estes dados, pois não se tem como medir com exatidão a temperatura de um planeta com estas dimensões. Os próprios modelos usados por eles contêm desvio padrão de 1ºC, alguns com desvios maiores ainda. Como pode a mídia aceitar esses dados? Como pode pessoas com Doutorado divulgarem esses milenarismos? O clima da Terra já foi bem pior do que é hoje. Na história da Terra há registros de situações bem mais dramáticas. Ao longo do Holoceno, a época geológica correspondente aos últimos 12000 anos em que a civilização humana se desenvolveu, houve diversos períodos com temperaturas mais altas que as atuais. No Holoceno Médio, há 6000-8000 anos, as temperaturas médias chegaram a ser 2ºC a 3ºC superiores às atuais, enquanto os níveis do mar atingiram até 3 metros acima do atual.
Igualmente, nos períodos quentes conhecidos como Minoano (1500-1200 a.C.), Romano (séc. III a.C.-V d.C.) e Medieval (séc. X-XIII d.C.), as temperaturas foram mais de 1oC superiores às atuais. Entre 12900 e 11600 anos atrás, no período frio denominado Dryas Recente, as temperaturas atmosféricas caíram cerca de 8ºC em menos de 50 anos e, ao término dele, voltaram a subir na mesma proporção em pouco mais de meio século.
Embora evidências como essas possam ser encontradas em, literalmente, milhares de estudos realizados em todos os continentes por cientistas de dezenas de países, devidamente publicados na literatura científica internacional, é raro que algum destes estudos ganhe repercussão na mídia, quase sempre mais inclinada à promoção de um alarmismo sensacionalista e desorientador.
A tão falada e idolatrada meta de 2ºC (caso contrário o planeta vai morrer) foi citada por um físico e também não tem qualquer base científica: trata-se de uma criação “política” do físico Hans-Joachim Schellnhuber, assessor científico do governo alemão, como admitido por ele próprio, em uma entrevista à revista Der Spiegel (17/10/2010). E o que falar dos dados deste departamento da NASA? Cientistas sérios do mundo todo já rebateram estes dados e continuam rebatendo. Se lembram de que em 2015 a NOAA divulgou que foi o ano mais quente da história tb? Pois bem, enquanto para a NOAA o 2015 foi o ano mais quente da história para o NCEP - National Centers for Environmental Prediction, isso absolutamente não é verdade (e até mesmo para os dados de satélite). O mapa do Climatenews mostra uma diferenciação interessante: As duas áreas frias do globo, Groenlândia, da Antártida e parte da África Central, que apresentaram temperaturas bem abaixo do normal, em 2015, foram “cortadas” da base de dados da NOAA… talvez para a falta de estações meteorológicas? Não! Simplesmente são dados selecionados a dedo. Ou seja, eu mostro o que eu quero. O que é de meu interesse para mim e para a sociedade.
É por isso que 2015, para a NOAA, foi atualmente o ano mais quente de sempre, embora isso não corresponda à realidade! A mesma coisa para 2016, 2017, 2018. A novela do AGA (aquecimento global) vai continuar, pois esses pseudocientistas precisam de suas verbas para sobreviver divulgando um caos que não existe.
Na Climatologia se trabalha com o princípio da similaridade e não modelando o que vai ocorrer daqui a 100 ou 200 anos. Isso é impossível! Isso não é ciência! Não se consegue nem prever o tempo para o dia seguinte; como podem querer acertar o que vai ocorrer daqui a 200 anos? Estes modelos não incluem: ciclo solar, vapor de água, nuvens, vulcões, raios cósmicos dentre outros fatores, estes sim, determinantes para a variação climática.
Curioso não é? Curioso também, que ninguém conteste estas informações. O IPCC não é uma bíblia climática, não há consenso científico como vocês afirmam e devemos combater um terrorismo climático que foi criado por chefes de Estado, ONGs e outros departamentos. Devemos combater as fraudes do IPCC em seus relatórios, manipulação de dados de satélites, dados trocados, desaparecimento de séries históricas, dentre outras coisas. Tudo isso para provar uma pseudociência. Estranho ninguém abordar que o Congresso Americano entrou com pedido de investigação nos estudos relacionados ao clima, sob forte suspeita de adulteração de dados (o que já foi comprovado por milhares de cientistas sérios).
Ademais, ao conferir ao dióxido de carbono (CO₂) e outros gases produzidos pelas atividades humanas o papel de principais protagonistas da dinâmica climática, a hipótese do AGA simplifica e distorce um processo extremamente complexo, no qual interagem fatores astrofísicos, atmosféricos, oceânicos, geológicos, geomorfológicos e biológicos, que a Ciência apenas começa a entender em sua abrangência. Em adição, as emissões de CO₂ de fontes antrópicas são ínfimas, quando comparadas às emissões de fontes naturais. Oceanos, solos, vegetação e vulcões injetam cerca de 200 bilhões de toneladas de carbono anualmente (GtC/a) na atmosfera, enquanto as emissões antrópicas são inferiores a 7 GtC/a. Este total representa cerca de 3% das emissões por fontes naturais, que apresentam uma incerteza de ± 20% (± 40 GtC/a) – ou seja, a faixa de incertezas das fontes naturais, por si só, é uma ordem de grandeza superior às fontes antrópicas.
Um exemplo dos riscos dessa simplificação é a possibilidade real de que o período até a década de 2030 experimente um considerável resfriamento, em vez de aquecimento, devido ao efeito combinado de um período de baixa atividade solar (ciclo 25) e de uma fase de resfriamento do oceano Pacífico (Oscilação Decadal do Pacífico-ODP), em um cenário semelhante ao verificado entre 1947 e 1976. Vale observar que, naquele intervalo, o Brasil experimentou uma redução de 10%-30% nas chuvas, o que acarretou problemas de abastecimento de água e geração elétrica, além de um aumento das geadas fortes, que muito contribuíram para erradicar o café no Paraná.
Ah!! Tem uma coisa muito importante: o CO2 não é poluente, ele é o gás da vida. Nós e os animais não produzimos a comida que ingerimos. Quem o faz são as plantas via fotossíntese, por meio da qual retiram o CO₂ do ar e o transformam em amidos, açúcares e fibras dos quais nos alimentamos. Na hipótese absurda de eliminar o CO₂, a vida acabaria na Terra.
Dentre o mais agravante de tudo é a assinatura de acordos climáticos, como o de Paris, donde o Brasil corre sérios riscos de perder sua soberania Pois é isto que está em jogo pessoal por detrás de toda essa farsa climática que nos embutiram e o assunto foi parar até no Senado Federal; pedindo a revogação do acordo climático de Paris, baseado numa ciência séria e com argumentos sólidos de um pesquisador e professor da área. Segue o texto:
O “acordo climático” verificado em Paris e assinado por 175 países, em reunião da ONU, em 22 de abril de 2016, traz sérios problemas à soberania do nosso país. Absurdamente, a Câmara dos Deputados, em 12/07/2016, votou por UNANIMIDADE, que o Brasil deve aderir ao “acordo climático”, sendo um dos primeiros países a se pronunciarem sobre o tema, em caráter de “emergência”. Ressalta-se que:
1 – Dos 175 países, só 19 ratificaram o acordo (0,18% do CO2 global), sendo que EUA, Rússia, China, Índia e UE NÃO IRÃO ASSINAR a ratificação (só fizeram teatro simbólico na ONU)!
2 – Os países que se submeterem, como o Brasil está a fazer, ficarão sujeitos ao que for imposto pela formação da “Agência Ambiental Internacional – ICCC”, ligada à ONU;
3 – A Constituição Brasileira receberá adendos para permitir que a nossa soberania sobre o Estado fique afrouxada;
4 – Caso as metas estipuladas pelo ICCC não sejam alcançadas, estão previstas, conforme relatório Bruntland “A elaboração de um arranjo de aplicações de lei global… enfocando o papel de sanções econômicas, políticas e medidas militares”. (Rel. Bruntland, P-I, item 3).
Assim sendo, é de suma importância que o Senado Federal, pensando no futuro do Brasil, da sua soberania e da segurança nacional e de todo o povo brasileiro, inclusive como ação estratégica, que o “acordo climático”, aprovado na Câmara dos Deputados, seja devidamente rechaçado, negado e arquivado. Deve-se mostrar para o mundo que o Brasil manterá sua soberania e não tomará para si o fardo de resolver um falso problema global, assumindo em sua Constituição, os encargos de uma Lei Internacional, só válidas para quem ratificar este acordo, deixando os outros países livres para fazerem apenas intenções e não obrigações.
RICARDO AUGUSTO FELICIO – SP
Além disso, a obsessão com o CO2 desvia as atenções das emergências e prioridades ambientais reais, cuja solução requer iniciativas e investimentos públicos. Um exemplo é a indisponibilidade de sistemas de saneamento básico para mais da metade da população mundial, cujas consequências constituem, de longe, o principal problema ambiental do planeta – e do próprio Brasil, onde os números são semelhantes. Outro é a falta de acesso à eletricidade, que atinge mais de 1,5 bilhão de pessoas, principalmente na Ásia, África e América Latina.
Pela primeira vez na História, a humanidade detém um acervo de conhecimentos e recursos físicos, técnicos e humanos, para prover a virtual totalidade das necessidades materiais de uma população ainda maior que a atual. Esta perspectiva viabiliza a possibilidade de se universalizar – de uma forma inteiramente sustentável – os níveis gerais de bem estar usufruídos pelos países mais avançados, em termos de infraestrutura de água, saneamento, energia, transportes, comunicações, serviços de saúde e educação e outras conquistas da vida civilizada moderna.
A despeito dos falaciosos argumentos contrários a tal perspectiva, os principais obstáculos à sua concretização, em menos de duas gerações, são mentais e políticos, e não físicos e ambientais. Dados sérios e corretos não faltam. Basta pesquisar um pouco e não ficar seguindo uma ciência que mais parece um Nostradamus. Chegamos ao ponto do ridículo, porém, com estudo e uma base sólida podemos sair dele. O Brasil não tinha que assinar nenhum acordo, pois irá gerar quebra de soberania. As chamadas energias verdes de verde não tem nada, é condenar países a miséria. O que veremos nas próximas reuniões para tratar sobre o clima da Terra será na realidade mais um teatro midiático de pessoas, burocratas, líderes de ONGs, todos eles de barriguinha cheia, muito bonitinhos e arrumados pregando um discurso: faça o que eu digo, mas não faça o que faço, impondo leis, taxas e tratados. Pois é claro, se eu e vc pagarmos bem caro o “clima” da Terra é consertado, caso contrário teremos todos anos, meses e quem sabe de hora em hora um mundo mais quente que o anterior.
Atenciosamente
* Prof. Esp. Igor Vaz Maquieira (Biólogo e Esp. em Gestão Ambiental)
Membro da equipe FakeClimate
Publicado originalmente em https://fakeclimate.wordpress.com/2016/12/18/2077/
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Até quando a ONU e o IPCC sustentarão a mentira do aquecimento?
Richard Jakubaszko
Cada vez mais, alguns cientistas desmistificam a gigantesca mentira do século XXI, que só existe na mídia engajada.
Ivar Giaever é um físico norueguês, e que mora nos EUA. Foi laureado com o Nobel de Física de 1973, juntamente com Leo Esaki e Brian David Josephson, por descobertas experimentais referentes ao fenômeno de tunelamento em semicondutores e supercondutores. No Council for the Lindau Nobel Laureate Meeting, em julho 2015, ele contestou o “aquecimento global”, assista no vídeo abaixo.
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Cada vez mais, alguns cientistas desmistificam a gigantesca mentira do século XXI, que só existe na mídia engajada.
Ivar Giaever é um físico norueguês, e que mora nos EUA. Foi laureado com o Nobel de Física de 1973, juntamente com Leo Esaki e Brian David Josephson, por descobertas experimentais referentes ao fenômeno de tunelamento em semicondutores e supercondutores. No Council for the Lindau Nobel Laureate Meeting, em julho 2015, ele contestou o “aquecimento global”, assista no vídeo abaixo.
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terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Consenso científico sobre aquecimento global tem pés de barro
Luis Dufaur *
Impor “soluções” drásticas porque 97% dos cientistas diz que virá um cataclismo universal se não são implementadas logo, aqui e agora sem ouvir outra opinião: esse é um dos mais arrogantes sofismas do alarmismo em favor do “aquecimento global”.
Porém, a alegação é patentemente falsa segundo demonstraram no The Wall Street Journal Joseph Bast, presidente do Heartland Institute e o Dr. Roy Spencer, da Universidade de Alabama – Huntsville e pesquisador líder no Advanced Microwave Scanning Radiometer do NASA's Aqua satellite há já alguns anos.
Eles estudaram três fontes principais dessa alegação e concluíram que estavam repletas de erros e tinham origens de escasso valor.
1. Em 2009, a Universidade de Illinois consultou os seus estudantes perguntando se “as temperaturas globais tinham aumentado por uma contribuição significativa do fator humano”.
Ninguém se espantou com o resultado: 97% respondeu “sim”, posta a pressão propagandística e o risco da nota baixa.
Mas só 79 cientistas aceitaram responder à pergunta que tinha um viés tendencioso. Não é fonte para uma informação apresentada como definitiva até em discursos do presidente Obama!
2. Em 2010, um estudante da Universidade de Stanford. Califórnia, escreveu que entre 97% e 98% dos “mais prolíficos postuladores da mudança climática” acreditavam que “os gases estufa de origem humano foram responsáveis pela maior parte do “incontestável” aquecimento”.
Ele, na realidade, só consultou a opinião de 200 especialistas quando esses se contam por milhares. Mais uma fonte de ínfima credibilidade.
3. Em 2013, o blogueiro John Cook definiu que 97% das ementas (abstracts) dos estudos “peer-reviewed” mostravam acreditar que a “atividade humana é responsável por algum tipo de aquecimento”.
Porém um estudo mais exaustivo do trabalho de Cook mostrava que só 0,3% dos 11.944 trabalhos que ele dizia ter compulsado concluíam que a “atividade humana está causando a maior parte do atual aquecimento”. Nota zero.
O fato e que está cheio de cientistas, meteorologistas e investigadores que não acreditam que a atividade humana esteja superaquecendo o planeta.
Só 39,5% dos 1.854 membros da American Meteorological Society que responderam a uma pesquisa análoga em 2012 disseram que o calor gerado pela atividade humana possa ser perigoso.
Finalmente, o famigerado Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) da ONU, reclamou falar em nome de 2.500 cientistas embora muitos deles desmentiu ter assinado o documento ou mesmo ter sido consultados.
Mas o IPCC escreveu em relatório de repercussão mundial que todos esses cientistas afirmam que “está acontecendo uma interferência humana no sistema climático e que a mudança climática representa riscos para os sistemas humanos e naturais”.
Em sentido contrário, o Petition Project, grupo de físicos e químicos sediado em La Jolla, Califórnia, recolheu muito mais assinaturas — mais de 31.,000 (mais de 9.000 deles com título de Ph.D.), num apelo defendendo a posição oposta.
O abaixo-assinado foi republicado em 2009, no Wall Street Journal, e a maioria dos assinantes reafirmou ou mesmo ampliou sua adesão à primeira versão do apelo. Entre eles há especialistas em ciências da atmosfera, climatologia, físicos, ciências da Terra, meio ambiente e dúzias de outras especialidades.
A petição sustenta que não há provas científicas convincentes de que a liberação pelos humanos de CO2, metano ou algum outro gás estufa esteja causando, ou possa vir a fazê-lo, num futuro previsível, um esquentamento catastrófico na atmosfera da Terra e uma perturbação do clima do planeta.
Mais ainda, há substanciosas provas científicas de que o aumento do dióxido de carbono na atmosfera produz efeitos benéficos para os ambientes naturais das plantas e dos animais na Terra.
Os doutores Joseph Bast e Roy Spencer avaliando todos esses “pro” e “contra” concluíram com uma clareza de entrar pelos olhos que não há “consenso” entre os cientistas a respeito da existência de um aquecimento global de origem humano do qual possa advir alguma catástrofe.
O mais vergonhoso foi que cientistas alarmistas percebendo que não tinham como fundamental na ciência suas pretensões em matéria de aquecimento climático, começaram a falsificar os dados nos laboratórios.
O mais rumoroso e infame escândalo ficou conhecido como “Climate-Gate”. Nele, foram interceptados e-mails de renomados cientistas combinando como esconder a falta de “aquecimento global” porque os dados não batiam com o que eles queriam. O fato aconteceu na Universidade de East Anglia, na Inglaterra, e foi divulgado pela mídia com parcimônia e comedimento.
A imensa NASA também teve cientistas infiéis que cozinharam os registros em 2007. Eles diziam que o ano mais quente do século aconteceu em 1934 quando o alarmismo postula que estamos aquecendo mais e mais e nessa data o mais tórrido ano teria sido o de 1998.
Eles então recalcularam os registros para que parecesse que 1998 tinha sido o mais quente em seus livros até essa data.
* o autor é escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs.
Republicado do site: http://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com.br/2016/12/consenso-cientifico-sobre-aquecimento.html
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Porém, a alegação é patentemente falsa segundo demonstraram no The Wall Street Journal Joseph Bast, presidente do Heartland Institute e o Dr. Roy Spencer, da Universidade de Alabama – Huntsville e pesquisador líder no Advanced Microwave Scanning Radiometer do NASA's Aqua satellite há já alguns anos.
Eles estudaram três fontes principais dessa alegação e concluíram que estavam repletas de erros e tinham origens de escasso valor.
1. Em 2009, a Universidade de Illinois consultou os seus estudantes perguntando se “as temperaturas globais tinham aumentado por uma contribuição significativa do fator humano”.
Ninguém se espantou com o resultado: 97% respondeu “sim”, posta a pressão propagandística e o risco da nota baixa.
Mas só 79 cientistas aceitaram responder à pergunta que tinha um viés tendencioso. Não é fonte para uma informação apresentada como definitiva até em discursos do presidente Obama!
2. Em 2010, um estudante da Universidade de Stanford. Califórnia, escreveu que entre 97% e 98% dos “mais prolíficos postuladores da mudança climática” acreditavam que “os gases estufa de origem humano foram responsáveis pela maior parte do “incontestável” aquecimento”.
Ele, na realidade, só consultou a opinião de 200 especialistas quando esses se contam por milhares. Mais uma fonte de ínfima credibilidade.
3. Em 2013, o blogueiro John Cook definiu que 97% das ementas (abstracts) dos estudos “peer-reviewed” mostravam acreditar que a “atividade humana é responsável por algum tipo de aquecimento”.
Porém um estudo mais exaustivo do trabalho de Cook mostrava que só 0,3% dos 11.944 trabalhos que ele dizia ter compulsado concluíam que a “atividade humana está causando a maior parte do atual aquecimento”. Nota zero.
O fato e que está cheio de cientistas, meteorologistas e investigadores que não acreditam que a atividade humana esteja superaquecendo o planeta.
Só 39,5% dos 1.854 membros da American Meteorological Society que responderam a uma pesquisa análoga em 2012 disseram que o calor gerado pela atividade humana possa ser perigoso.
Finalmente, o famigerado Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) da ONU, reclamou falar em nome de 2.500 cientistas embora muitos deles desmentiu ter assinado o documento ou mesmo ter sido consultados.
Mas o IPCC escreveu em relatório de repercussão mundial que todos esses cientistas afirmam que “está acontecendo uma interferência humana no sistema climático e que a mudança climática representa riscos para os sistemas humanos e naturais”.
Em sentido contrário, o Petition Project, grupo de físicos e químicos sediado em La Jolla, Califórnia, recolheu muito mais assinaturas — mais de 31.,000 (mais de 9.000 deles com título de Ph.D.), num apelo defendendo a posição oposta.
O abaixo-assinado foi republicado em 2009, no Wall Street Journal, e a maioria dos assinantes reafirmou ou mesmo ampliou sua adesão à primeira versão do apelo. Entre eles há especialistas em ciências da atmosfera, climatologia, físicos, ciências da Terra, meio ambiente e dúzias de outras especialidades.
A petição sustenta que não há provas científicas convincentes de que a liberação pelos humanos de CO2, metano ou algum outro gás estufa esteja causando, ou possa vir a fazê-lo, num futuro previsível, um esquentamento catastrófico na atmosfera da Terra e uma perturbação do clima do planeta.
Mais ainda, há substanciosas provas científicas de que o aumento do dióxido de carbono na atmosfera produz efeitos benéficos para os ambientes naturais das plantas e dos animais na Terra.
Os doutores Joseph Bast e Roy Spencer avaliando todos esses “pro” e “contra” concluíram com uma clareza de entrar pelos olhos que não há “consenso” entre os cientistas a respeito da existência de um aquecimento global de origem humano do qual possa advir alguma catástrofe.
O mais vergonhoso foi que cientistas alarmistas percebendo que não tinham como fundamental na ciência suas pretensões em matéria de aquecimento climático, começaram a falsificar os dados nos laboratórios.
O mais rumoroso e infame escândalo ficou conhecido como “Climate-Gate”. Nele, foram interceptados e-mails de renomados cientistas combinando como esconder a falta de “aquecimento global” porque os dados não batiam com o que eles queriam. O fato aconteceu na Universidade de East Anglia, na Inglaterra, e foi divulgado pela mídia com parcimônia e comedimento.
A imensa NASA também teve cientistas infiéis que cozinharam os registros em 2007. Eles diziam que o ano mais quente do século aconteceu em 1934 quando o alarmismo postula que estamos aquecendo mais e mais e nessa data o mais tórrido ano teria sido o de 1998.
Eles então recalcularam os registros para que parecesse que 1998 tinha sido o mais quente em seus livros até essa data.
* o autor é escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs.
Republicado do site: http://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com.br/2016/12/consenso-cientifico-sobre-aquecimento.html
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Custos de telefonia internacional
Richard Jakubaszko
Morreram, e encontraram-se no inferno: Temer, Trump e a Rainha Elizabeth, da Inglaterra. Trump pediu ao diabo autorização para fazer uma ligação para os EUA, porque queria saber como ficou o país depois da sua partida.
O diabo permitiu a chamada e Trump falou durante 2 minutos. Ao terminar, o diabo disse que a chamada custava 3 milhões de dólares, Trump fez um cheque e pagou...
Quando a rainha soube, quis fazer o mesmo, e ligou para Inglaterra, mas conversou durante 5 minutos. O diabo passou a conta, equivalente a 10 milhões de dólares.
Obviamente que Temer ficou intrigado e também quis ligar para ver como havia ficado o Brasil, mas conversou por mais de 3 horas com Deputados e Secretários. Quando desligou, o diabo disse que era 3,50 dólares. O próprio Temer ficou atônito, porque havia presenciado as cobranças anteriores que duraram muito menos tempo. Reclamou ainda que, no Brasil, temos uma das telefonias mais caras do mundo, como pode ser só essa tarifa tão barata!
Então, perguntou ao diabo porque custava tão pouco ligar para o Brasil.
O diabo respondeu: você provocou desemprego, contratou larápios como ministros e assessores, você fez a Reforma da Previdência, reduziu os benefícios, aumentou a aposentadoria dos professores para 45 anos, tornou o tempo de aposentadoria igual para homens e mulheres e colocou obrigatoriedade do trabalhador rural pagar INSS para se aposentar. Ainda fez uma PEC para prender os juízes e barrar a Lava Jato.
O coisa ruim concluiu: você transformou aquilo lá num inferno, e, de inferno para inferno, a chamada tem custo local.
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Morreram, e encontraram-se no inferno: Temer, Trump e a Rainha Elizabeth, da Inglaterra. Trump pediu ao diabo autorização para fazer uma ligação para os EUA, porque queria saber como ficou o país depois da sua partida.
O diabo permitiu a chamada e Trump falou durante 2 minutos. Ao terminar, o diabo disse que a chamada custava 3 milhões de dólares, Trump fez um cheque e pagou...
Quando a rainha soube, quis fazer o mesmo, e ligou para Inglaterra, mas conversou durante 5 minutos. O diabo passou a conta, equivalente a 10 milhões de dólares.
Obviamente que Temer ficou intrigado e também quis ligar para ver como havia ficado o Brasil, mas conversou por mais de 3 horas com Deputados e Secretários. Quando desligou, o diabo disse que era 3,50 dólares. O próprio Temer ficou atônito, porque havia presenciado as cobranças anteriores que duraram muito menos tempo. Reclamou ainda que, no Brasil, temos uma das telefonias mais caras do mundo, como pode ser só essa tarifa tão barata!
Então, perguntou ao diabo porque custava tão pouco ligar para o Brasil.
O diabo respondeu: você provocou desemprego, contratou larápios como ministros e assessores, você fez a Reforma da Previdência, reduziu os benefícios, aumentou a aposentadoria dos professores para 45 anos, tornou o tempo de aposentadoria igual para homens e mulheres e colocou obrigatoriedade do trabalhador rural pagar INSS para se aposentar. Ainda fez uma PEC para prender os juízes e barrar a Lava Jato.
O coisa ruim concluiu: você transformou aquilo lá num inferno, e, de inferno para inferno, a chamada tem custo local.
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domingo, 18 de dezembro de 2016
Apesar da "crise" e dos "trouxinhas", Petrobras está prestes a recuperar o posto de maior empresa do país.
Mauro Santayana *
Em um movimento que começou em fevereiro, a Petrobras deverá recuperar, nas próximas semanas, o posto de empresa mais valiosa do país, temporariamente ocupado pela AMBEV.
Em dezembro de 2014, com ENQUANTO MUITA GENTE CORRE DELAS, UM DOS HOMENS MAIS RICOS DO MUNDO MULTIPLICA SUA COMPRA DE AÇÕES DA PETROBRAS já alertávamos que a queda das ações da Petrobras era passageira, e que quem tirasse seu dinheiro da bolsa apenas estaria facilitando a criação de fortunas por investidores estrangeiros, como George Soros, por exemplo.
Em 2016, a Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima já se valorizou em 200 bilhões de reais, (em 2016 suas ações preferenciais subiram 120% e as ordinárias, em 110%), e essa curva ascendente tem espaço para subir ainda mais, com a queda da produção - e consequente aumento dos preços da commoditie - em países produtores não vinculados à OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
Uma verdadeira paulada na cabeça de muitos brasileiros que se deixaram enganar pelo destrutivismo e o pessimismo anti-petrobras, da mídia, no processo pré impeachment.
E dos trouxinhas ideologicamente manipulados que torciam antes da queda de Dilma para que as ações da Petrobras chegassem a 5 reais e acreditaram - e continuam acreditando, em sua maioria – que a empresa tinha sido definitivamente quebrada pelo PT.
Muitos deles venderam suas ações aos gringos e aos especuladores de sempre, a preço de banana, no início do ano, e agora ainda terão de pagar mais caro pelo preço da gasolina nas bombas nacionais, com a vaga promessa da nova diretoria da BR de que, se o petróleo voltar a cair nos mercados internacionais, os preços também cairão nos postos, dentro do Brasil.
Você acredita nisso, caro leitor?
Nem nós.
Há algumas semanas - lembram? - dirigentes da empresa foram à mídia anunciar, com estardalhaço oficial, uma queda desse tipo (extremamente "generosa", de 1.5% na distribuidora) e o que se viu foi aumento do custo da gasolina nas bombas, em quase todo o Brasil - o preço não caiu nem no posto da Salete, na fictícia São Dimas, da Rede Globo.
É essa empresa, com uma tremenda capacidade de recuperação, cuja produção não para de crescer dentro do país, que está tendo seus principais ativos, até mesmo de distribuição, esquartejados, desnacionalizados e vendidos na bacia das almas aos estrangeiros.
De olho nesse espólio, oferecido com a velha desculpa da suposta fragilidade financeira da BR, estão compradores potenciais como a EXXON, cujo CEO, Rex Tillerson, acaba de ser escolhido por Donald Trump para ser o próximo Secretário de Estado (Ministro das Relações Exteriores) dos EUA.
* o autor é jornalista
Publicado originalmente em http://www.maurosantayana.com/2016/12/petrobras-esta-prestes-recuperar-o.html
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Em um movimento que começou em fevereiro, a Petrobras deverá recuperar, nas próximas semanas, o posto de empresa mais valiosa do país, temporariamente ocupado pela AMBEV.
Em dezembro de 2014, com ENQUANTO MUITA GENTE CORRE DELAS, UM DOS HOMENS MAIS RICOS DO MUNDO MULTIPLICA SUA COMPRA DE AÇÕES DA PETROBRAS já alertávamos que a queda das ações da Petrobras era passageira, e que quem tirasse seu dinheiro da bolsa apenas estaria facilitando a criação de fortunas por investidores estrangeiros, como George Soros, por exemplo.
Em 2016, a Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima já se valorizou em 200 bilhões de reais, (em 2016 suas ações preferenciais subiram 120% e as ordinárias, em 110%), e essa curva ascendente tem espaço para subir ainda mais, com a queda da produção - e consequente aumento dos preços da commoditie - em países produtores não vinculados à OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
Uma verdadeira paulada na cabeça de muitos brasileiros que se deixaram enganar pelo destrutivismo e o pessimismo anti-petrobras, da mídia, no processo pré impeachment.
E dos trouxinhas ideologicamente manipulados que torciam antes da queda de Dilma para que as ações da Petrobras chegassem a 5 reais e acreditaram - e continuam acreditando, em sua maioria – que a empresa tinha sido definitivamente quebrada pelo PT.
Muitos deles venderam suas ações aos gringos e aos especuladores de sempre, a preço de banana, no início do ano, e agora ainda terão de pagar mais caro pelo preço da gasolina nas bombas nacionais, com a vaga promessa da nova diretoria da BR de que, se o petróleo voltar a cair nos mercados internacionais, os preços também cairão nos postos, dentro do Brasil.
Você acredita nisso, caro leitor?
Nem nós.
Há algumas semanas - lembram? - dirigentes da empresa foram à mídia anunciar, com estardalhaço oficial, uma queda desse tipo (extremamente "generosa", de 1.5% na distribuidora) e o que se viu foi aumento do custo da gasolina nas bombas, em quase todo o Brasil - o preço não caiu nem no posto da Salete, na fictícia São Dimas, da Rede Globo.
É essa empresa, com uma tremenda capacidade de recuperação, cuja produção não para de crescer dentro do país, que está tendo seus principais ativos, até mesmo de distribuição, esquartejados, desnacionalizados e vendidos na bacia das almas aos estrangeiros.
De olho nesse espólio, oferecido com a velha desculpa da suposta fragilidade financeira da BR, estão compradores potenciais como a EXXON, cujo CEO, Rex Tillerson, acaba de ser escolhido por Donald Trump para ser o próximo Secretário de Estado (Ministro das Relações Exteriores) dos EUA.
* o autor é jornalista
Publicado originalmente em http://www.maurosantayana.com/2016/12/petrobras-esta-prestes-recuperar-o.html
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sábado, 17 de dezembro de 2016
A Odebrecht, a "delação do fim do mundo" e a jurisprudência da destruição.
Mauro Santayana *
Responsável por ao menos dois dos programas estratégicos mais importantes do país, o da construção do submarino nuclear Álvaro Alberto, da Marinha e o do míssil ar-ar A-Darter, da Força Aérea, destinado a equipar os futuros caças Gripen NG-BR que estão sendo construídos com a Suécia, a Odebrecht está pagando caro por sua "proximidade" com os governos Lula e Dilma.
Embora seja uma das mais importantes construtoras estrangeiras a operar em Miami, o bastião do anticomunismo “morocho-cubano” norte-americano, onde construiu o metrô suspenso, o maior estádio da cidade e fez reformas no porto e a ampliação do aeroporto, e mesmo com o seu principal executivo, Marcelo Odebrecht, preso há quase dois anos, a justiça acaba de condenar também o patriarca da organização, o engenheiro Emilio Odebrecht, a quatro anos.
E - já que não conseguiu provar cabalmente desvios e sobre preços no montante em que se alega no caso Petrobras - estabeleceu para o grupo uma multa "civil" de quase 7 bilhões de reais, parte da qual deverá ser abjetamente entregue pela justiça brasileira à norte-americana (a Suíça também faz parte do acordo) em apenas um ano.
Em qualquer país do mundo, independente de seu eventual envolvimento com corrupção, que em alguns casos - como o financiamento de campanhas - não seria considerado mais do que "lobby" nos EUA, uma empresa como a Odebrecht - como foi, nos últimos anos, antes da queda de Dilma - seria considerada um fator estratégico de competitividade nacional.
No Brasil burro, fascista, espetaculoso, vingador e punitivo da Jurisprudência da Destruição dos dias de hoje - pode-se punir culpados sem arrebentar com as empresas - ela já teve que eliminar, nos últimos dois anos, devido à interrupção de projetos, vazamentos para a imprensa, versões e contra-versões da mídia, aumento do risco e encarecimento do crédito, dezenas de milhares de postos de trabalho, perdeu metade de seu valor de mercado, viu sua dívida subir para 90 bilhões, está sendo esquartejada e desnacionalizada, até mesmo na área de defesa - com um incalculável prejuízo não apenas para quem foi demitido, mas também para milhares de acionistas, investidores e fornecedores.
Os grandes pecados "ideológicos" da Odebrecht, que de comunista nunca teve nada - que explicam o ódio e a cataclísmica tempestade que se abateu sobre sua cabeça - é que não se lhe perdoam os fatos, emblemáticos para o plutocrático e autofágico neofascismo tupiniquim, de ter obras em países bolivarianos, como a Venezuela e o Equador, "comunistas" como Angola, e, o pior de tudo, de ter reconstruído o Porto de Mariel, em Cuba.
Além de ter sido também, teimosamente, o último grande grupo de engenharia nacional a ter sucumbido à pressão, aceitando fazer acordo de leniência com o Ministério Público.
Coadunando, indiretamente, a versão estabelecida como roteiro para ser vendida - com a cumplicidade da mídia - sobre a Operação Lava Jato para a opinião pública, da qual faz parte a transformação de doações legais e de Caixa 2 automaticamente em propina, para justificar o “petrolão”.
Por mais que os "delatores" da Odebrecht confessem ter dado dinheiro a partidos, é preciso que se prove o prejuízo para o erário e em que montante houve esse prejuízo.
Se existiu superfaturamento ou se a Odebrecht, assim como outras empresas, separava normalmente dinheiro do que seria razoável como margem de lucro, para financiar, preventivamente, partidos de todas as tendências, não necessariamente para direcionar licitações, mas para não ser incomodada, pressionada ou alijada em relação aos seus projetos.
Até mesmo porque as quantias agora citadas não passam de em sua maioria, dfe um, dois, no máximo três milhões de reais, longe, portanto, do que seria pago pela aprovação de contratos bilionários como os que estão em questão, dos 6 bilhões supostamente envolvidos no caso da Petrobras e dos 140 bilhões de reais que, se calcula, já foram acarretados ao país em prejuízo pela Operação Lava Jato.
Ao dar ampla publicidade à delação da Odebrecht - que de delação do fim do mundo não tem nada, já que a Montanha acabou parindo um rato - citando dezenas de nomes no varejo, em quantias relativamente pequenas considerando-se o que supostamente foi desviado, parte da mídia cumpre o papel que dela se espera de transformar um esquema de pequenas doações de campanha feitas à época do pleito, para deputados que não estavam diretamente ligados a comissões de licitação de estatais, nem tinham como direcionar seu resultado, em um mega escândalo de corrupção destinado a evitar que a Operação Lava Jato caía no ostracismo, ou seja, obrigada a comprovar, obra por obra, contrato por contrato, depósito por depósito, os desvios que alega terem ocorrido em escala inimaginável.
As joias da família Cabral e as viagens da família Cunha, com o locupletamento pessoal de seus integrantes, assim como o de Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, que já estão soltos, são uma coisa.
Dinheiro para uso em eleição é outra, dentro do esquema usual de Caixa 2 que perdurou neste país durante décadas e, nesse caso, a responsabilidade é dos partidos, que devem ser culpados e punidos (retroativamente?) e não de tesoureiros como Vaccari, que, mesmo sem sinais aparentes de enriquecimento ilícito, já foi condenado a mais de 20 anos de prisão.
Em abril, antes da saída de Dilma do poder, já dizíamos em UM PAÍS SOB IMPEACHMENT, que as denúncias não se restringiriam ao PT.
O que importa, além das deletérias e quase irrecuperáveis consequências de uma campanha anticorrupção que arrebentou com a engenharia e os grandes projetos estratégicos e de infraestrutura nacionais - beneficiando claramente outros países - é saber a quem interessa o aprofundamento constante da criminalização e judicialização da política e a impressão que se quer dar à população de que todo e qualquer representante eleito é bandido e de que todo procurador ou juiz é santo ou impoluto.
E saber quem se aproveitará disso tudo, quando chegar a hora de colher os frutos desse processo, na base, como fez Donald Trump nos EUA, da negação da política e da promoção da antipolítica, nas - cada vez mais próximas - eleições presidenciais de 2018.
* o autor é jornalista.
Publicado originalmente no http://www.maurosantayana.com/2016/12/a-odebrecht-delacao-do-fim-do-mundo-e.html
Responsável por ao menos dois dos programas estratégicos mais importantes do país, o da construção do submarino nuclear Álvaro Alberto, da Marinha e o do míssil ar-ar A-Darter, da Força Aérea, destinado a equipar os futuros caças Gripen NG-BR que estão sendo construídos com a Suécia, a Odebrecht está pagando caro por sua "proximidade" com os governos Lula e Dilma.
Embora seja uma das mais importantes construtoras estrangeiras a operar em Miami, o bastião do anticomunismo “morocho-cubano” norte-americano, onde construiu o metrô suspenso, o maior estádio da cidade e fez reformas no porto e a ampliação do aeroporto, e mesmo com o seu principal executivo, Marcelo Odebrecht, preso há quase dois anos, a justiça acaba de condenar também o patriarca da organização, o engenheiro Emilio Odebrecht, a quatro anos.
E - já que não conseguiu provar cabalmente desvios e sobre preços no montante em que se alega no caso Petrobras - estabeleceu para o grupo uma multa "civil" de quase 7 bilhões de reais, parte da qual deverá ser abjetamente entregue pela justiça brasileira à norte-americana (a Suíça também faz parte do acordo) em apenas um ano.
Em qualquer país do mundo, independente de seu eventual envolvimento com corrupção, que em alguns casos - como o financiamento de campanhas - não seria considerado mais do que "lobby" nos EUA, uma empresa como a Odebrecht - como foi, nos últimos anos, antes da queda de Dilma - seria considerada um fator estratégico de competitividade nacional.
No Brasil burro, fascista, espetaculoso, vingador e punitivo da Jurisprudência da Destruição dos dias de hoje - pode-se punir culpados sem arrebentar com as empresas - ela já teve que eliminar, nos últimos dois anos, devido à interrupção de projetos, vazamentos para a imprensa, versões e contra-versões da mídia, aumento do risco e encarecimento do crédito, dezenas de milhares de postos de trabalho, perdeu metade de seu valor de mercado, viu sua dívida subir para 90 bilhões, está sendo esquartejada e desnacionalizada, até mesmo na área de defesa - com um incalculável prejuízo não apenas para quem foi demitido, mas também para milhares de acionistas, investidores e fornecedores.
Os grandes pecados "ideológicos" da Odebrecht, que de comunista nunca teve nada - que explicam o ódio e a cataclísmica tempestade que se abateu sobre sua cabeça - é que não se lhe perdoam os fatos, emblemáticos para o plutocrático e autofágico neofascismo tupiniquim, de ter obras em países bolivarianos, como a Venezuela e o Equador, "comunistas" como Angola, e, o pior de tudo, de ter reconstruído o Porto de Mariel, em Cuba.
Além de ter sido também, teimosamente, o último grande grupo de engenharia nacional a ter sucumbido à pressão, aceitando fazer acordo de leniência com o Ministério Público.
Coadunando, indiretamente, a versão estabelecida como roteiro para ser vendida - com a cumplicidade da mídia - sobre a Operação Lava Jato para a opinião pública, da qual faz parte a transformação de doações legais e de Caixa 2 automaticamente em propina, para justificar o “petrolão”.
Por mais que os "delatores" da Odebrecht confessem ter dado dinheiro a partidos, é preciso que se prove o prejuízo para o erário e em que montante houve esse prejuízo.
Se existiu superfaturamento ou se a Odebrecht, assim como outras empresas, separava normalmente dinheiro do que seria razoável como margem de lucro, para financiar, preventivamente, partidos de todas as tendências, não necessariamente para direcionar licitações, mas para não ser incomodada, pressionada ou alijada em relação aos seus projetos.
Até mesmo porque as quantias agora citadas não passam de em sua maioria, dfe um, dois, no máximo três milhões de reais, longe, portanto, do que seria pago pela aprovação de contratos bilionários como os que estão em questão, dos 6 bilhões supostamente envolvidos no caso da Petrobras e dos 140 bilhões de reais que, se calcula, já foram acarretados ao país em prejuízo pela Operação Lava Jato.
Ao dar ampla publicidade à delação da Odebrecht - que de delação do fim do mundo não tem nada, já que a Montanha acabou parindo um rato - citando dezenas de nomes no varejo, em quantias relativamente pequenas considerando-se o que supostamente foi desviado, parte da mídia cumpre o papel que dela se espera de transformar um esquema de pequenas doações de campanha feitas à época do pleito, para deputados que não estavam diretamente ligados a comissões de licitação de estatais, nem tinham como direcionar seu resultado, em um mega escândalo de corrupção destinado a evitar que a Operação Lava Jato caía no ostracismo, ou seja, obrigada a comprovar, obra por obra, contrato por contrato, depósito por depósito, os desvios que alega terem ocorrido em escala inimaginável.
As joias da família Cabral e as viagens da família Cunha, com o locupletamento pessoal de seus integrantes, assim como o de Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, que já estão soltos, são uma coisa.
Dinheiro para uso em eleição é outra, dentro do esquema usual de Caixa 2 que perdurou neste país durante décadas e, nesse caso, a responsabilidade é dos partidos, que devem ser culpados e punidos (retroativamente?) e não de tesoureiros como Vaccari, que, mesmo sem sinais aparentes de enriquecimento ilícito, já foi condenado a mais de 20 anos de prisão.
Em abril, antes da saída de Dilma do poder, já dizíamos em UM PAÍS SOB IMPEACHMENT, que as denúncias não se restringiriam ao PT.
O que importa, além das deletérias e quase irrecuperáveis consequências de uma campanha anticorrupção que arrebentou com a engenharia e os grandes projetos estratégicos e de infraestrutura nacionais - beneficiando claramente outros países - é saber a quem interessa o aprofundamento constante da criminalização e judicialização da política e a impressão que se quer dar à população de que todo e qualquer representante eleito é bandido e de que todo procurador ou juiz é santo ou impoluto.
E saber quem se aproveitará disso tudo, quando chegar a hora de colher os frutos desse processo, na base, como fez Donald Trump nos EUA, da negação da política e da promoção da antipolítica, nas - cada vez mais próximas - eleições presidenciais de 2018.
* o autor é jornalista.
Publicado originalmente no http://www.maurosantayana.com/2016/12/a-odebrecht-delacao-do-fim-do-mundo-e.html
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Kung fu moderno
Richard Jakubaszko
Percorre a internet e as redes sociais, tal e qual um buscapé enlouquecido, a problemática contemporânea dos jovens inexperientes:
Um aluno de kung fu pergunta ao mestre:
– Mestre, por que minha habilidade no kung fu não evolui e eu sempre sou vencido?
E o mestre, pensativo, com toda a paciência responde:
– Meu querido gafanhoto, você já viu as borboletas voando, flamejantes, pelo sol poente?
– Sim, meu mestre, eu já vi. Adorei…
– E uma cachoeira derramando-se sobre uma pedra sem tirar nada do seu devido lugar?
– Sim, meu mestre, já presenciei. É lindo…
– Então, e a lua… Quando toca a água calma de um lago, refletindo toda sua enorme beleza?
– Sim, meu mestre, também já observei este maravilhoso fenômeno.
– Esse é o seu problema… Você fica vendo essas veadagens aí e não treina!
ET: Não te parece, caro leitor, que estamos rodeados de gafanhotos?
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Percorre a internet e as redes sociais, tal e qual um buscapé enlouquecido, a problemática contemporânea dos jovens inexperientes:
Um aluno de kung fu pergunta ao mestre:
– Mestre, por que minha habilidade no kung fu não evolui e eu sempre sou vencido?
E o mestre, pensativo, com toda a paciência responde:
– Meu querido gafanhoto, você já viu as borboletas voando, flamejantes, pelo sol poente?
– Sim, meu mestre, eu já vi. Adorei…
– E uma cachoeira derramando-se sobre uma pedra sem tirar nada do seu devido lugar?
– Sim, meu mestre, já presenciei. É lindo…
– Então, e a lua… Quando toca a água calma de um lago, refletindo toda sua enorme beleza?
– Sim, meu mestre, também já observei este maravilhoso fenômeno.
– Esse é o seu problema… Você fica vendo essas veadagens aí e não treina!
ET: Não te parece, caro leitor, que estamos rodeados de gafanhotos?
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Dom Paulo Evaristo Arns
Richard Jakubaszko
Adeus, Dom Evaristo.
RIP.
Com certeza, sua passagem entre nós valeu a pena, pois construiu, liderou, deu exemplos, contestou injustiças, propôs soluções.
Deixou saudades, mais que isto transmitiu ensinamentos, dignos de um Cardeal da Esperança.
Se alguém, hoje, no dia de seu desembarque, verteu lágrimas, foi por gratidão.
Foi-se aos 95, dizia que estava preparado, mas não tinha medo, apenas que não tinha pressa.
Foi o "último dos nossos heróis", aquele a quem a ditadura jamais conseguiu dobrar. Um ícone progressista da igreja e da paz.
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Adeus, Dom Evaristo.
RIP.
Com certeza, sua passagem entre nós valeu a pena, pois construiu, liderou, deu exemplos, contestou injustiças, propôs soluções.
Deixou saudades, mais que isto transmitiu ensinamentos, dignos de um Cardeal da Esperança.
Se alguém, hoje, no dia de seu desembarque, verteu lágrimas, foi por gratidão.
Foi-se aos 95, dizia que estava preparado, mas não tinha medo, apenas que não tinha pressa.
Foi o "último dos nossos heróis", aquele a quem a ditadura jamais conseguiu dobrar. Um ícone progressista da igreja e da paz.
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terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Xadrez do assassinato político e o papel do MPF
O xadrez do golpe
Luis Nassif *
10/12/2016
“O diabo é sábio por ser velho”
Peça 1 – as peças iniciais do jogo
É curioso a rapidez do tempo histórico nesses tempos de Internet e redes sociais. Há o lado da desestruturação das informações, pela quantidade e rapidez com que se sucedem os eventos. Mas há o lado da enorme rapidez dos diagnósticos em cima de eventos históricos ainda em andamento.
É o caso da nova estratégia da geopolítica norte-americana, montada a partir do advento da Internet e das redes sociais.
Ao longo dos últimos anos, foi possível acompanhar passo a passo esse jogo. No início, dada a aparente volatilidade dos fatos, íamos registrando o passo-a-passo, mas ainda mantendo dúvidas sobre as formas de organização: havia uma lógica, algum conhecimento sistematizado, ou apenas um ou dois eventos planejados e o resto se sucedendo de forma aleatória?
Afinal, a cooperação internacional – a troca de informações entre os órgãos de segurança de vários países - é praticada há anos em várias instâncias, desde a cobrança de pensão alimentícia até extradição de criminosos. Era de conhecimento público a cooperação entre FBI e a Polícia Federal. E, desde a constituição da Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) a prática da integração dos diversos órgãos de fiscalização em forças tarefas.
A maneira como a Lava Jato investiu contra a Petrobras e as empreiteiras, como destruiu sistematicamente a cadeia do petróleo e gás e a indústria naval, parecia, no início, apenas esbirros de um país atrasado, de instituições frágeis, de uma mídia subdesenvolvida, que não conseguiram avaliar a relevância das empresas para a geração de impostos, emprego, tecnologia.
Jogava-se já no golpe do impeachment e todos os prejuízos ao país eram lançados na conta do golpe.
Com o tempo, percebeu-se que havia método no trabalho.
Peça 2 – os primeiros indícios do jogo antinacional
A ida do Procurador Geral da República Rodrigo Janot aos Estados Unidos, no início de fevereiro de 2015, chefiando uma equipe de procuradores, levando informações contra a Petrobras, despertou o primeiro alerta: a cooperação internacional se dava de forma estranha, não seguindo as formalidades.
No dia 2 de fevereiro de 2015, nosso colunista André Araújo, do alto de sua experiência, antecipava os pontos centrais de questionamento (https://goo.gl/V2Wrhv):
1. Como um agente do Estado brasileiro vai aos EUA levando informações contra uma empresa controlada pelo Estado brasileiro? Quem deveria ter ido era a AGU (Advocacia Geral da União).
2. Nenhum país minimamente consciente de sua soberania permite que suas empresas e cidadãos sejam processados no exterior. No caso brasileiro, não apenas se permitia como se alimentava a Justiça norte-americana.
3. Cooperação internacional só pode se dar através do Ministério da Justiça. A tropa de procuradores, comandada por Janot, não apenas atropelava o Ministério da Justiça como o próprio Ministério das Relações Exteriores, assumindo o controle completo da cooperação.
André estranhava, principalmente, a visita de Janot ao Departamento de Justiça: “A única coisa sobre Petrobras que existe no Departamento de Justiça é uma investigação criminal contra a empresa Petrobras, os procuradores vão lá reforçar a acusação? É a única coisa que podem fazer, defesa não é com eles, é com a AGU”.
No dia 9 de fevereiro, a Procuradoria respondeu às indagações formuladas (https://goo.gl/Vs6lqz). Foi a única vez que se dignou a dar informações para uma cobertura que não fosse chapa branca.
Na nota, duas informações significativas.
A primeira, a relação de instituições públicas que acompanharam o PGR: CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e CGU (Controladoria Geral da União), apenas instituições públicas fiscalizadoras, e não a AGU (Advocacia Geral da União) a quem caberia defender a Petrobras. Não foi um pecado solitário da PGR, mas a prova mais evidente da forma totalmente despreparada com que o governo Dilma Rousseff encarou a Lava Jato.
Não faltaram alertas para que ela entrasse em contato direto com Barack Obama, visando impedir ações contra a Petrobras – vítima da corrupção, e não autora.
A segunda, a informação de que o Ministério da Justiça não era a autoridade central exclusiva nos acordos de cooperação. Dizia a nota:
“A obtenção de provas por meio de auxílio direto ou rogatórias e a transmissão de documentos entre os Estados é feita pela autoridade central, papel que, no Brasil, é desempenhado pelo Ministério da Justiça OU pela PGR”.
De nada adiantaram os alertas de que seria suicídio o Ministério da Justiça deixar o controle total da cooperação nas mãos da PGR, que era peça da conspiração. O Ministro José Eduardo Cardozo jamais quis correr o menor risco em defesa da legalidade e do seu governo.
Em 2 de abril de 2015, dois meses após a visita de Janot aos EUA, saiu a denúncia contra o almirante Othon Luiz Pereira da Silva, figura chave no desenvolvimento nuclear brasileiro (https://goo.gl/AVPiw8 ).
A maneira como chegaram em Othon foi apertar o presidente da Andrade Gutierrez Dalton Avancini, que já havia feito uma delação. Providenciaram uma segunda delação onde o induziram a denunciar a Eletronuclear, com base nas informações conseguidas junto às autoridades norte-americanas.
A partir da reformulação de sua delação, deflagrou-se a Operação Radioatividade, para investigar suspeitas na área nuclear.
Indagamos da PGR se trouxera da visita as informações contra a Eletronuclear. A resposta, dúbia, foi de que “nós não saímos do Brasil com essa intenção”, uma maneira de dizer que voltaram com a informação. O indiciamento do Almirante se deu em tempo recorde.
No dia 2 de agosto de 2015, quando já estavam mais nítidos os sinais da articulação entre a PGR e as autoridades norte-americanas, o GGN resolveu investigar a trajetória do PGR Janot nos Estados Unidos. E descobriu que ele se encontrou com Leslie Caldwell, procuradora-adjunta encarregada da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (http://migre.me/qZSvO ) e, até um ano antes, advogada de um grande escritório de advocacia que atendia à indústria eletronuclear norte-americana.
A partir desse episódio, ficou nítido que havia uma estreita cooperação entre autoridades de ambos os países e o que parecia uma aparente ignorância do PGR e do Ministério Público em relação aos interesses nacionais em jogo, era uma articulação pensada e antinacional.
Peça 3 – o confronto com o que ocorreu em outros países
Gradativamente, começaram a aparecer detalhes de casos envolvendo líderes socialdemocratas em outros países do mundo, sempre tendo o Ministério Público e a Justiça como elementos centrais de desestabilização.
Em Portugal e Argentina ocorreu o mesmo processo (https://goo.gl/dJZHHZ ). Em Portugal, uma campanha sistemática contra o ex-primeiro ministro socialista José Sócrates, um ano de campanha, 9 meses de prisão preventiva. No final, nenhum elemento capaz de condená-lo, mas Sócrates estava politicamente destruído.
Na Argentina, o mesmo procedimento do MPF brasileiro. Pega-se uma decisão de política econômica, identificam-se ganhadores genéricos e amarra-se com algum financiamento de campanha para criminalizar Cristina Kirchner que foi indiciada e precisou depor perante um juiz (https://goo.gl/no1iaC ).
No dia 20 de fevereiro de 2016, uma entrevista extremamente elucidativa de Jamil Chade (https://goo.gl/Bk2qJq ), correspondente do Estadão em Genebra. Autor de um livro sobre o escândalo da FIFA, com fontes no FBI, Chade contava que foram as manifestações de junho de 2013 que convenceram o FBI que o Brasil estaria preparado para enfrentar dois mega-escândalos. Um, foi a Lava Jato, com foco na Petrobras. O segundo, a FIFA, visando romper os acordos esportivos que asseguram às empresas nacionais blindagens de audiência contra a entrada de competidores estrangeiros.
Ora, a FIFA é um escândalo brasileiro, que tem na Globo seu principal formulador. Os agentes do FBI diziam que o MPF brasileiro era o menos colaborativo no caso FIFA, ao contrário da Lava Jato, onde as informações fluíam torrencialmente.
Justamente nas manifestações de junho de 2013 houve o pacto entre a Globo e o MPF no combate à PEC 37, que restringiria a capacidade de investigação do MPF.
No dia 10 de março de 2016, GGN entrevistou o cientista político Moniz Bandeira, que explicou de forma detalhada a nova estratégia norte-americana, abdicando das parcerias militares em benefício dos pactos com o Judiciário e o Ministério Público. Sob o título “Da Primavera Árabe ao Brasil, como os EUA atuam na geopolítica” (https://goo.gl/u1ISQ8 ). Moniz disseca o novo modo operacional da geopolítica norte-americana.
No dia 20 de maio de 2016 participei de um debate na Fundação Escola de Sociologia e Política com o acadêmico alemão Thomas Meyer, autor do livro “Democracia midiática: como a mídia coloniza a política”. Meyer é intelectual de peso, membro do Grupo Consultivo da União Europeia para a área de Ciências Sociais e Humanas e vice-presidente do Comitê de Princípios Fundamentais do Partido Social-democrata da Alemanha.
No debate, contou em detalhes como se deu a campanha que levou à renúncia do presidente social-democrata Christian Wullf. Durante quatro anos, houve uma campanha de mídia na Alemanha que utilizava informações inventadas, absurdas, segundo ele. Todos os veículos montaram um fluxo único de informações, massacrando o presidente até renunciar.
Peça 4 – a explicitação da metodologia do “lawfare” Nos embates contra a Lava Jato, os advogados de Lula decidiram levar a perseguição ao Acnudh (Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos). No levantamento das práticas de abusos, houve uma discussão com especialistas na Universidade de Harvard, que detalharam a tática conhecida como “lawfare”, ou guerra jurídica (https://goo.gl/28knxn ).
Ali se percebeu que o fenômeno, global, já havia sido detectado pela academia dos países centrais, que conseguiram sistematizar seu modo de operação.
Consiste em uma parceria entre Ministério Público e mídia visando gerar uma enorme quantidade de notícias e denúncias, mesmo sem maiores fundamentos. O objetivo é sufocar a defesa, destruir a imagem do réu perante a opinião pública, atingindo seus objetivos de anulá-lo para a política – seja pela destruição da imagem ou pelo comprometimento de grande parte do tempo com a defesa.
Trata-se, portanto, de um recurso utilizado em várias partes com propósitos eminentemente políticos. A mesma coisa que ocorreu em Portugal, Alemanha, na Espanha, com o primeiro-ministro Felipe Gonzales.
E, aí, se junta a última peça para a explicitação da metodologia de atuação: quem comanda o circo
No começo de tudo estão os interesses geopolíticos norte-americanos, fundados em alguns objetivos:
1. Impedir o desenvolvimento autônomo de potências regionais e de modelos de social-democracia. Não é coincidência, a crise atual da Coreia do Sul, os ataques aos líderes social-democratas em vários países.
2. Atuar firmemente contra os BRICs. O Brasil já é fato consumado. Tenta-se, agora, a Índia.
3. Consolidar o livre fluxo de capitais já que, hoje em dia, a hegemonia norte-americana se dá fundamentalmente no campo financeiro.
O governo dispõe basicamente de três estruturas.
Em azul escuro, no topo, o Departamento de Estado (na época dirigido por Hillary Clinton, estreitamente ligada ao establishment norte-americano), em cooperação com o Departamento de Justiça. Como braços operacionais, o FBI – e suas parcerias com as polícias federais – e a NSA – a organização que se especializou em espionagem eletrônica, responsável pelos grampos nos telefones de Dilma Rousseff e Ângela Merkel.
O Departamento de Estado dispõe de três ambientes de disseminação da estratégia: as redes sociais, a cooperação internacional e o mercado.
Há anos, o Departamento de Estado atua nas redes sociais de vários países. Recentemente, a Wikileaks revelou a atuação do homem de Hillary nas redes sociais atuando junto a comunicadores brasileiros.
A cooperação internacional é uma estrutura antiga, de troca de informações entre Ministérios Públicos e Policias Federais de vários países. Após o atentado às Torres Gêmeas, tornou-se peça central de colaboração contra o crime organizado. Nela, o FBI desempenha papel central, por ser o órgão mais bem aparelhado para o rastreamento de dinheiro em paraísos fiscais – onde se misturam dinheiro do narcotráfico, caixa dois, dinheiro de corrupção política. Com o controle das informações, disponibiliza aquelas que são de interesse direto da geopolítica norte-americana.
Finalmente, o mercado, com sua extensa rede de entrelaçamento com instituições financeiras, empresas e mídia nacionais, é o terceiro canal de influência.
Nos círculos vermelhos, os três fenômenos que chacoalham as democracias modernas.
O primeiro, a informação caótica, fato que aumenta com as redes sociais e, especialmente, com os grupos de mídia praticando a chamada pós-verdade – a invenção de notícias com propósitos políticos.
O desalento com a economia – após a crise de 2008 – gerou dois novos sentimentos de massa: o desânimo com a democracia e a busca de saídas autoritárias; e a exploração do mito do inimigo externo, que pode ser um membro do Islã, um imigrante indefeso ou um perigoso agente da social-democracia.
A falência do estado de bem-estar social, a falta de alternativas, promoveu um quarto sentimento, que é o do desmonte do Estado através do enfraquecimento da política em favor do mercado.
Em verde, finalmente, os agentes nacionais desse golpe: a Lava Jato e a PGR, firmemente empenhados na destruição da estrutura atual de grandes empresas brasileiras; a mídia e o mercado.
Com essas ferramentas à mão, monta-se o “lawfare”, visando exclusivamente os adversários do sistema. E, no bojo das operações, o conjunto de ideias econômicas que, no caso brasileiro, foi batizado de “Ponte para o Futuro”: desmonte do Estado social, livre fluxo de capitais, privatização selvagem.
No futuro, assim que se sair do estado de exceção atual, não haverá como não denunciar o Procurador Geral Janot, o juiz Moro e os procuradores da Lava Jato por crime contra o país. E, aí, haverá ampla documentação devidamente registrada e que possivelmente será requisitada pelo primeiro governo democrático brasileiro, pós-golpe, junto à cooperação internacional.
* o autor é jornalista
Publicado no GGN: http://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-assassinato-politico-e-o-papel-do-mpf
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10/12/2016
“O diabo é sábio por ser velho”
Peça 1 – as peças iniciais do jogo
É curioso a rapidez do tempo histórico nesses tempos de Internet e redes sociais. Há o lado da desestruturação das informações, pela quantidade e rapidez com que se sucedem os eventos. Mas há o lado da enorme rapidez dos diagnósticos em cima de eventos históricos ainda em andamento.
É o caso da nova estratégia da geopolítica norte-americana, montada a partir do advento da Internet e das redes sociais.
Ao longo dos últimos anos, foi possível acompanhar passo a passo esse jogo. No início, dada a aparente volatilidade dos fatos, íamos registrando o passo-a-passo, mas ainda mantendo dúvidas sobre as formas de organização: havia uma lógica, algum conhecimento sistematizado, ou apenas um ou dois eventos planejados e o resto se sucedendo de forma aleatória?
Afinal, a cooperação internacional – a troca de informações entre os órgãos de segurança de vários países - é praticada há anos em várias instâncias, desde a cobrança de pensão alimentícia até extradição de criminosos. Era de conhecimento público a cooperação entre FBI e a Polícia Federal. E, desde a constituição da Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) a prática da integração dos diversos órgãos de fiscalização em forças tarefas.
A maneira como a Lava Jato investiu contra a Petrobras e as empreiteiras, como destruiu sistematicamente a cadeia do petróleo e gás e a indústria naval, parecia, no início, apenas esbirros de um país atrasado, de instituições frágeis, de uma mídia subdesenvolvida, que não conseguiram avaliar a relevância das empresas para a geração de impostos, emprego, tecnologia.
Jogava-se já no golpe do impeachment e todos os prejuízos ao país eram lançados na conta do golpe.
Com o tempo, percebeu-se que havia método no trabalho.
Peça 2 – os primeiros indícios do jogo antinacional
A ida do Procurador Geral da República Rodrigo Janot aos Estados Unidos, no início de fevereiro de 2015, chefiando uma equipe de procuradores, levando informações contra a Petrobras, despertou o primeiro alerta: a cooperação internacional se dava de forma estranha, não seguindo as formalidades.
No dia 2 de fevereiro de 2015, nosso colunista André Araújo, do alto de sua experiência, antecipava os pontos centrais de questionamento (https://goo.gl/V2Wrhv):
1. Como um agente do Estado brasileiro vai aos EUA levando informações contra uma empresa controlada pelo Estado brasileiro? Quem deveria ter ido era a AGU (Advocacia Geral da União).
2. Nenhum país minimamente consciente de sua soberania permite que suas empresas e cidadãos sejam processados no exterior. No caso brasileiro, não apenas se permitia como se alimentava a Justiça norte-americana.
3. Cooperação internacional só pode se dar através do Ministério da Justiça. A tropa de procuradores, comandada por Janot, não apenas atropelava o Ministério da Justiça como o próprio Ministério das Relações Exteriores, assumindo o controle completo da cooperação.
André estranhava, principalmente, a visita de Janot ao Departamento de Justiça: “A única coisa sobre Petrobras que existe no Departamento de Justiça é uma investigação criminal contra a empresa Petrobras, os procuradores vão lá reforçar a acusação? É a única coisa que podem fazer, defesa não é com eles, é com a AGU”.
No dia 9 de fevereiro, a Procuradoria respondeu às indagações formuladas (https://goo.gl/Vs6lqz). Foi a única vez que se dignou a dar informações para uma cobertura que não fosse chapa branca.
Na nota, duas informações significativas.
A primeira, a relação de instituições públicas que acompanharam o PGR: CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e CGU (Controladoria Geral da União), apenas instituições públicas fiscalizadoras, e não a AGU (Advocacia Geral da União) a quem caberia defender a Petrobras. Não foi um pecado solitário da PGR, mas a prova mais evidente da forma totalmente despreparada com que o governo Dilma Rousseff encarou a Lava Jato.
Não faltaram alertas para que ela entrasse em contato direto com Barack Obama, visando impedir ações contra a Petrobras – vítima da corrupção, e não autora.
A segunda, a informação de que o Ministério da Justiça não era a autoridade central exclusiva nos acordos de cooperação. Dizia a nota:
“A obtenção de provas por meio de auxílio direto ou rogatórias e a transmissão de documentos entre os Estados é feita pela autoridade central, papel que, no Brasil, é desempenhado pelo Ministério da Justiça OU pela PGR”.
De nada adiantaram os alertas de que seria suicídio o Ministério da Justiça deixar o controle total da cooperação nas mãos da PGR, que era peça da conspiração. O Ministro José Eduardo Cardozo jamais quis correr o menor risco em defesa da legalidade e do seu governo.
Em 2 de abril de 2015, dois meses após a visita de Janot aos EUA, saiu a denúncia contra o almirante Othon Luiz Pereira da Silva, figura chave no desenvolvimento nuclear brasileiro (https://goo.gl/AVPiw8 ).
A maneira como chegaram em Othon foi apertar o presidente da Andrade Gutierrez Dalton Avancini, que já havia feito uma delação. Providenciaram uma segunda delação onde o induziram a denunciar a Eletronuclear, com base nas informações conseguidas junto às autoridades norte-americanas.
A partir da reformulação de sua delação, deflagrou-se a Operação Radioatividade, para investigar suspeitas na área nuclear.
Indagamos da PGR se trouxera da visita as informações contra a Eletronuclear. A resposta, dúbia, foi de que “nós não saímos do Brasil com essa intenção”, uma maneira de dizer que voltaram com a informação. O indiciamento do Almirante se deu em tempo recorde.
No dia 2 de agosto de 2015, quando já estavam mais nítidos os sinais da articulação entre a PGR e as autoridades norte-americanas, o GGN resolveu investigar a trajetória do PGR Janot nos Estados Unidos. E descobriu que ele se encontrou com Leslie Caldwell, procuradora-adjunta encarregada da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (http://migre.me/qZSvO ) e, até um ano antes, advogada de um grande escritório de advocacia que atendia à indústria eletronuclear norte-americana.
A partir desse episódio, ficou nítido que havia uma estreita cooperação entre autoridades de ambos os países e o que parecia uma aparente ignorância do PGR e do Ministério Público em relação aos interesses nacionais em jogo, era uma articulação pensada e antinacional.
Peça 3 – o confronto com o que ocorreu em outros países
Gradativamente, começaram a aparecer detalhes de casos envolvendo líderes socialdemocratas em outros países do mundo, sempre tendo o Ministério Público e a Justiça como elementos centrais de desestabilização.
Em Portugal e Argentina ocorreu o mesmo processo (https://goo.gl/dJZHHZ ). Em Portugal, uma campanha sistemática contra o ex-primeiro ministro socialista José Sócrates, um ano de campanha, 9 meses de prisão preventiva. No final, nenhum elemento capaz de condená-lo, mas Sócrates estava politicamente destruído.
Na Argentina, o mesmo procedimento do MPF brasileiro. Pega-se uma decisão de política econômica, identificam-se ganhadores genéricos e amarra-se com algum financiamento de campanha para criminalizar Cristina Kirchner que foi indiciada e precisou depor perante um juiz (https://goo.gl/no1iaC ).
No dia 20 de fevereiro de 2016, uma entrevista extremamente elucidativa de Jamil Chade (https://goo.gl/Bk2qJq ), correspondente do Estadão em Genebra. Autor de um livro sobre o escândalo da FIFA, com fontes no FBI, Chade contava que foram as manifestações de junho de 2013 que convenceram o FBI que o Brasil estaria preparado para enfrentar dois mega-escândalos. Um, foi a Lava Jato, com foco na Petrobras. O segundo, a FIFA, visando romper os acordos esportivos que asseguram às empresas nacionais blindagens de audiência contra a entrada de competidores estrangeiros.
Ora, a FIFA é um escândalo brasileiro, que tem na Globo seu principal formulador. Os agentes do FBI diziam que o MPF brasileiro era o menos colaborativo no caso FIFA, ao contrário da Lava Jato, onde as informações fluíam torrencialmente.
Justamente nas manifestações de junho de 2013 houve o pacto entre a Globo e o MPF no combate à PEC 37, que restringiria a capacidade de investigação do MPF.
No dia 10 de março de 2016, GGN entrevistou o cientista político Moniz Bandeira, que explicou de forma detalhada a nova estratégia norte-americana, abdicando das parcerias militares em benefício dos pactos com o Judiciário e o Ministério Público. Sob o título “Da Primavera Árabe ao Brasil, como os EUA atuam na geopolítica” (https://goo.gl/u1ISQ8 ). Moniz disseca o novo modo operacional da geopolítica norte-americana.
No dia 20 de maio de 2016 participei de um debate na Fundação Escola de Sociologia e Política com o acadêmico alemão Thomas Meyer, autor do livro “Democracia midiática: como a mídia coloniza a política”. Meyer é intelectual de peso, membro do Grupo Consultivo da União Europeia para a área de Ciências Sociais e Humanas e vice-presidente do Comitê de Princípios Fundamentais do Partido Social-democrata da Alemanha.
No debate, contou em detalhes como se deu a campanha que levou à renúncia do presidente social-democrata Christian Wullf. Durante quatro anos, houve uma campanha de mídia na Alemanha que utilizava informações inventadas, absurdas, segundo ele. Todos os veículos montaram um fluxo único de informações, massacrando o presidente até renunciar.
Peça 4 – a explicitação da metodologia do “lawfare” Nos embates contra a Lava Jato, os advogados de Lula decidiram levar a perseguição ao Acnudh (Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos). No levantamento das práticas de abusos, houve uma discussão com especialistas na Universidade de Harvard, que detalharam a tática conhecida como “lawfare”, ou guerra jurídica (https://goo.gl/28knxn ).
Ali se percebeu que o fenômeno, global, já havia sido detectado pela academia dos países centrais, que conseguiram sistematizar seu modo de operação.
Consiste em uma parceria entre Ministério Público e mídia visando gerar uma enorme quantidade de notícias e denúncias, mesmo sem maiores fundamentos. O objetivo é sufocar a defesa, destruir a imagem do réu perante a opinião pública, atingindo seus objetivos de anulá-lo para a política – seja pela destruição da imagem ou pelo comprometimento de grande parte do tempo com a defesa.
Trata-se, portanto, de um recurso utilizado em várias partes com propósitos eminentemente políticos. A mesma coisa que ocorreu em Portugal, Alemanha, na Espanha, com o primeiro-ministro Felipe Gonzales.
E, aí, se junta a última peça para a explicitação da metodologia de atuação: quem comanda o circo
No começo de tudo estão os interesses geopolíticos norte-americanos, fundados em alguns objetivos:
1. Impedir o desenvolvimento autônomo de potências regionais e de modelos de social-democracia. Não é coincidência, a crise atual da Coreia do Sul, os ataques aos líderes social-democratas em vários países.
2. Atuar firmemente contra os BRICs. O Brasil já é fato consumado. Tenta-se, agora, a Índia.
3. Consolidar o livre fluxo de capitais já que, hoje em dia, a hegemonia norte-americana se dá fundamentalmente no campo financeiro.
O governo dispõe basicamente de três estruturas.
Em azul escuro, no topo, o Departamento de Estado (na época dirigido por Hillary Clinton, estreitamente ligada ao establishment norte-americano), em cooperação com o Departamento de Justiça. Como braços operacionais, o FBI – e suas parcerias com as polícias federais – e a NSA – a organização que se especializou em espionagem eletrônica, responsável pelos grampos nos telefones de Dilma Rousseff e Ângela Merkel.
O Departamento de Estado dispõe de três ambientes de disseminação da estratégia: as redes sociais, a cooperação internacional e o mercado.
Há anos, o Departamento de Estado atua nas redes sociais de vários países. Recentemente, a Wikileaks revelou a atuação do homem de Hillary nas redes sociais atuando junto a comunicadores brasileiros.
A cooperação internacional é uma estrutura antiga, de troca de informações entre Ministérios Públicos e Policias Federais de vários países. Após o atentado às Torres Gêmeas, tornou-se peça central de colaboração contra o crime organizado. Nela, o FBI desempenha papel central, por ser o órgão mais bem aparelhado para o rastreamento de dinheiro em paraísos fiscais – onde se misturam dinheiro do narcotráfico, caixa dois, dinheiro de corrupção política. Com o controle das informações, disponibiliza aquelas que são de interesse direto da geopolítica norte-americana.
Finalmente, o mercado, com sua extensa rede de entrelaçamento com instituições financeiras, empresas e mídia nacionais, é o terceiro canal de influência.
Nos círculos vermelhos, os três fenômenos que chacoalham as democracias modernas.
O primeiro, a informação caótica, fato que aumenta com as redes sociais e, especialmente, com os grupos de mídia praticando a chamada pós-verdade – a invenção de notícias com propósitos políticos.
O desalento com a economia – após a crise de 2008 – gerou dois novos sentimentos de massa: o desânimo com a democracia e a busca de saídas autoritárias; e a exploração do mito do inimigo externo, que pode ser um membro do Islã, um imigrante indefeso ou um perigoso agente da social-democracia.
A falência do estado de bem-estar social, a falta de alternativas, promoveu um quarto sentimento, que é o do desmonte do Estado através do enfraquecimento da política em favor do mercado.
Em verde, finalmente, os agentes nacionais desse golpe: a Lava Jato e a PGR, firmemente empenhados na destruição da estrutura atual de grandes empresas brasileiras; a mídia e o mercado.
Com essas ferramentas à mão, monta-se o “lawfare”, visando exclusivamente os adversários do sistema. E, no bojo das operações, o conjunto de ideias econômicas que, no caso brasileiro, foi batizado de “Ponte para o Futuro”: desmonte do Estado social, livre fluxo de capitais, privatização selvagem.
No futuro, assim que se sair do estado de exceção atual, não haverá como não denunciar o Procurador Geral Janot, o juiz Moro e os procuradores da Lava Jato por crime contra o país. E, aí, haverá ampla documentação devidamente registrada e que possivelmente será requisitada pelo primeiro governo democrático brasileiro, pós-golpe, junto à cooperação internacional.
* o autor é jornalista
Publicado no GGN: http://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-assassinato-politico-e-o-papel-do-mpf
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