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Carlos
Eduardo Florence * Houve um renascer de pássaros e melindres rompendo aurora adentro. Aconteceu das miudezas sobradas se disfarçarem entre os delírios mansos, ouvindo os flautins, trompetes e ganzás, embora enlaçadas por solfejos, como preferem andejar os poetas pelas fantasias e mágoas, imiscuídas às miudezas e delicadezas das lágrimas restantes. Todos escamoteados em sete sutilezas mais envergonhadas, como as coisas imprevistas e saborosas preferem começar os encantos e os verbos antes das paixões rebrotarem. Era dia de firmamentos, pois à solitude apeteceu vir pelos recantos mais suaves e não entrar em conflitos. As árvores se fantasiaram dos melhores pássaros, tanto que os ventos mansos desenharam ao fundo os horizontes mais alegres para os verdes se acasalarem escondidos em seus aninhos e sonhos.
Desassistida, assim, a melancolia esgueirou-se entre as nuances, os provérbios e os silêncios. E destas indefinições e simplezas, os mais afetuosos se aproveitavam, sem ansiedades, para apaziguarem na preguiça, enganarem o tempo e se enfeitarem com a dolência.
Mais desapegados das fantasias pretendendo invadir o imaginário, espreitando a angústia enevoada nos rodamoinhos dos compassos sustenidos, os homens chegando acobertados pelos desejos tentavam retraçar seus destinos. Tudo, como deveria ser, era apreciado pelos anseios em botões, revestidos entre os lamentos implorando ao verão escondendo as chuvas boas para ensinarem as águas mansas a voltarem antes das seriemas se calarem. Por ser fim de tarde deus sorriu. Mas mesmo assim as águas fartas só se fariam nos tempos devidos e esperados, em sintonia com as pitonisas sabendo tão bem rebuscar seus búzios e tarôs para enfeitarem as previsões que portavam. Deu-se espaço à meditação, pois ainda não se teriam maturado, a contento, as melancolias, como preferem os deuses e as imprudências. Aquela solitude envergonhada entre os anseios para desafiar os sofrimentos mais retardados, escolheu exatamente os caminhos dos sonhos por onde a melancolia preferia alongar suas presas, antes de roubar dos astros as manias e os sossegos.
Em sendo ser sempre colibri, se fez presente para oferecer às flores acordando, sem preocupações de se exibirem ou de se oferecerem para perfumarem as brisas, a delicadeza de seus beijos delicados. O tempo tentou parar no espaço e imitar, atrevido, o beija-flor sorrindo da incompetência dos ponteiros dos relógios e dos sinos, que se cadenciavam meticulosamente sempre em frente, procurando devorar o futuro, sem conseguirem estacionar a vida angustiada rumando ao desconhecido. Ouviu-se um tropejo ruidoso da mudez trazendo consigo a incerteza ao espargir dúvidas disfarçadas de desejos. Camuflado pelos acontecidos, o silêncio deixou o barulho agitado, contrariado, tanto que os que foram refazendo as marés, intentando apossar-se das fantasias para beijar a lua e enlevarem os sonhos e os bardos, se esqueceram dos seus destinos e obrigações. Mal sobrara um restolho de tristeza para atender as aflições saltitantes, mas carentes.
Para contemporizar a alma, a madrugada foi se despedindo lenta carregando consigo as estrelas cansadas, mas ombreando seus desejos, sois e consternações.
Meus amigos e minhas amigas, Chegamos ao final das eleições diante da ameaça de um enorme retrocesso para o país, a democracia e nossa gente tão sofrida. É o momento de unir o povo, os democratas, todos e todas em torno da candidatura de Fernando Haddad, para retomar o projeto de desenvolvimento com inclusão social e defender a opção do Brasil pela democracia. Por mais de 40 anos percorri este país buscando acender a esperança no coração do nosso povo. Sempre enfrentamos o preconceito, a mentira e até a violência, e, mesmo assim, conseguimos construir uma profunda relação de confiança com os trabalhadores, com as pessoas mais humildes, com os setores mais responsáveis da sociedade brasileira. Foi pelo caminho do diálogo e pelo despertar da consciência cidadã que chegamos à Presidência da República em 2002 para transformar o país. O povo sabe e a história vai registrar o que fizemos, juntos, para vencer a fome, superar a miséria, gerar empregos, valorizar os salários, criar oportunidades, abrir escolas e universidades para os jovens, defender a soberania nacional e fazer do Brasil um país respeitado em todo o mundo. Tenho consciência de que fizemos o melhor para o Brasil e para o nosso povo, mas sei que isso contrariou interesses poderosos dentro e fora do país. Por isso tentam destruir nossa imagem, reescrever a história, apagar a memória do povo. Mas não vão conseguir. Para derrubar o governo da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, juntaram todas as forças da imprensa, com a Rede Globo à frente, e de setores parciais do Judiciário, para associar o PT à corrupção. Foram horas e horas no Jornal Nacional e em todos os noticiários da Globo tentando dizer que a corrupção na Petrobras e no país teria sido inventada por nós. Esconderam da sociedade que a Lava Jato e todas as investigações só foram possíveis porque nossos governos fortaleceram a Controladoria Geral da União, a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário. Foi por isso, e pelas novas leis que aprovamos no Congresso, que a sujeira deixou de ser varrida para debaixo do tapete, como sempre aconteceu em nosso país. Apesar da perseguição que fizeram ao PT, o povo continuou confiando em nosso projeto, o que foi comprovado pelas pesquisas eleitorais e pela extraordinária recepção a nossas caravanas pelo Brasil. Todos sabem que fui condenado injustamente, num processo arbitrário e sem provas, porque seria eleito presidente do Brasil no primeiro turno. E resistimos, lançando a candidatura do companheiro Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno pelo voto do povo. O que assistimos desde então foi o escandaloso caixa 2 para impulsionar uma indústria de mentiras e de ódio contra o PT. De onde me encontro, preso injustamente há mais de seis meses, aguardando que os tribunais façam enfim a verdadeira justiça, minha maior preocupação é com o sofrimento do povo, que só vai aumentar se o candidato dos poderosos e dos endinheirados for eleito. Mas fico pensando, todos os dias: por que tanto ódio contra o PT? Será que nos odeiam porque tiramos 36 milhões de pessoas da miséria e levamos mais de 40 milhões à classe média? Porque tiramos o Brasil do Mapa da Fome? Porque criamos 20 milhões de empregos com carteira assinada, em 12 anos, e elevamos o valor do salário mínimo em 74%? Será que nos odeiam porque fortalecemos o SUS, criamos as UPAS e o SAMU que salvam milhares de vidas todos os dias? Ou será que nos odeiam porque abrimos as portas da Universidade para quase 4 milhões de alunos de escolas públicas, de negros e indígenas? Porque levamos a universidade para 126 cidades do interior e criamos mais de 400 escolas técnicas para dar oportunidade aos jovens nas cidades onde vivem com suas famílias? Talvez nos odeiem porque promovemos o maior ciclo de desenvolvimento econômico com inclusão social, porque multiplicamos o PIB por 5, porque multiplicamos o comércio exterior por 4. Talvez nos odeiem porque investimos na exploração do pré-sal e transformamos a Petrobras numa das maiores petrolíferas do mundo, impulsionando nossa indústria naval e a cadeia produtiva do óleo e gás. Talvez odeiem o PT porque fizemos uma revolução silenciosa no Nordeste, levando água para quem sofria com a seca, levando luz para quem vivia nas trevas, levando oportunidades, estaleiros, refinarias e indústrias para a região. Ou talvez porque realizamos o sonho da casa própria para 3 milhões de famílias em todo o país, cumprindo uma obrigação que os governos anteriores nunca assumiram. Será que odeiam o PT porque abrimos as portas do Palácio do Planalto aos pobres, aos negros, às mulheres, ao povo LGBTI, aos sem-teto, aos sem-terra, aos hansenianos, aos quilombolas, a todos e todas que foram discriminados e esquecidos ao longo de séculos? Será que nos odeiam porque promovemos o diálogo e a participação social na definição e implantação de políticas públicas pela primeira vez neste país? Será que odeiam o PT porque jamais interferimos na liberdade de imprensa e de expressão? Talvez odeiem o PT porque nunca antes o Brasil foi tão respeitado no mundo, com uma política externa que não falava grosso com a Bolívia nem falava fino com os Estados Unidos. Um país que foi reconhecido internacionalmente por ter promovido uma vida melhor para seu povo em absoluta democracia. Será que odeiam o PT porque criamos os mais fortes instrumentos de combate à corrupção e, dessa forma, deixamos expostos todos que compactuaram com desvios de dinheiro público? Tenho muito orgulho do legado que deixamos para o país, especialmente do compromisso com a democracia. Nosso partido nasceu na resistência à ditadura e na luta pela redemocratização do país, que tanto sacrifício, tanto sangue e tantas vidas nos custou. Neste momento em que uma ameaça fascista paira sobre o Brasil, quero chamar todos e todas que defendem a democracia a se juntar ao nosso povo mais sofrido, aos trabalhadores da cidade e do campo, à sociedade civil organizada, para defender o estado democrático de direito. Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto. Não temos o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história. Neste momento, acima de tudo está o futuro do país, da democracia e do nosso povo. É hora de votar em Fernando Haddad, que representa a sobrevivência do pacto democrático, sem medo e sem vacilações. Luís Inácio Lula da Silva .
Se o Brasil tivesse uma imprensa digna da sua missão de informar, o Brasil não estaria à beira de cair sob o tacão do fascismo. Se o Brasil tivesse instituições dignas de sua missão constitucional, não estaria na iminência de viver sob uma ditadura. Se o Brasil tivesse liberais dignos de princípios e não amantes da velhacaria e de interesses eleitoreiros não estaria ao ponto de descer para a treva do autoritarismo. Se Brasil tivesse uma elite econômica que amasse o país que sustenta sua fartura não estaria a um passo de regressarmos a escravatura. Mas este país não os tem e por isso assistimos indefesos vê-lo atirado no lixo, submetido a um governante tosco, primário, imbecil, capaz de negar o direito mais básico que tem cada ser humano que aqui vive: o direito de ser brasileiro. Quem assistir ao vídeo onde o Sr. Jair Bolsonaro despeja, com um discurso gutural o seu desejo de expulsar do país todos aqueles que não concordarem ou se submeterem a sua vontade fascista não pode deixar de perceber quão escura é a treva em que ele lançará esse país. Desde Médici ninguém ameaçava um brasileiro com o exílio. Mesmo os “bem-postos” – juízes, promotores, deputados, empresários, “mercadistas” – que odeiam o povo simples e humilde desse país não podem deixar de ver que vamos ser mergulhados na selva da violência estatal, numa situação em que as grandes maiorias da população serão submetidas à alternativa entre a vassalagem ou a insurreição. As altas patentes militares, que aderem e se submetem a um capitãozinho “bunda-suja”, que há 30 anos garatujava no papel planos de explodir bombas em quartéis para obter salário melhor – se não sabem, deveriam saber – enfiaram as forças armadas na idolatria da indisciplina, da conspiração, da deformação de só ter coragem de apontar as armas para seu próprio povo, o que as decai à condição que Caxias rejeitou, a de capitães do mato. Errem. Suicidem-se. Escondam numa votação escandalosamente manipulada, onde a boa-fé do povo brasileiro aceita ver como “corruptos” os que nem de longe, mesmo na sua vileza, os que praticam a mais vil das corrupções: a de vender o Brasil, a de vender os direitos do nosso povo, a de vender o sagrado bem da liberdade para instaurar um governo de pústulas, de tatibitatis, de gente microcéfala e, pior, genuflexa ao ponto de bater continência para a bandeira norte-americana. É de repetir Castro Alves e gritar para que Andrada arranque dos ares seu pendão para que não sirva de mortalha às liberdades. O nazismo teve seu ápice, teve multidões, teve seus braços erguidos no “heil” de milhares encantados, hipnotizados. Os que ousaram resistir teriam passado anos como ratos em suas tocas não fosse o fato de que eram homens e mulheres cercados pelos ratos. Quis-se avançar como um Brasil de todos. Ninguém foi perseguido, nenhuma bolsa foi saqueada, nem mesmo os salões foram violados. Apenas – e muito timidamente entreabriu-se suas portas para que outros pudessem entrar. Será que é ofensa demais ver o rosto cafuzo, mulato, crestado do sol ao seu lado no shopping, no avião, na loja? É tanto o desprezo à carne da qual se nutrem ao sangue do qual bebem, aos pobres que os fazem ricos? Eis, senhores, numa palavra, a torpeza de seu crime. Querem a morte de quem os nutre, de quem lhes constrói as casas de luxo, as mansões, de quem compra seus produtos, de quem é escorchado por seus bancos, de quem consome as porcarias que colocam no mercado? Querem o sangue de quem nunca lhes tirou uma gota de seu champanhe? Há, porém, uma arma mortal e sem defesa, apontada contra os senhores. Chama-se história, responde pelo nome de marcha incontível dos povos pelos seus direitos e liberdades. Neguem-na, persigam-na, prendam-na, exilem-na: nada adiantará. Ela triunfa. Sempre haverá festa quando ela voltar e vocês se forem. É certo que haverá dores, haverá filhos separados dos pais, haverá vidas interrompidas, algumas perdidas. Ainda há tempo para um difícil acesso de lucidez, tão mais difícil quanto mais covardes são aqueles que poderiam provoca-lo. Mesmo assim, a causa de vocês é perdida, inviável, perversa. Há e haverá sempre brasileiros que não se vergarão que seja de onde for, estarão de pé, a enfrenta-los. Vocês não têm mais a censura e o silêncio que tiveram, há meio século para implantar uma ditadura. Vocês são os zumbis do tempo que se foi e não adianta que avancem como hordas ameaçadoras. Nós somos a vida e a humanidade, e a vida humana triunfará. * o autor é jornalista, editor do blog Tijolaço. Publicado no Tijolaço: http://www.tijolaco.net/blog/porque-jamais-nos-vencerao/ .
Richard Jakubaszko Em qualquer país civilizado e com cultura básica elementar, seria apenas um absurdo elencar os 10 tops absurdos ditos pelo candidato Bolsonaro no vídeo abaixo, e seria suficiente para zerar o número de votos dele. No Brasil, pois Pelé tinha razão, ao afirmar que "brasileiro não sabe votar", Bolsonaro fala merda todo dia e é aplaudido.
Depois, os brasileiros dizem que este é um país de merda, e que não acreditam em políticos... No que será que os brasileiros acreditam?
Estarrecedor o coronel bolsonariano que você pode assistir no vídeo abaixo... Nos antecipa o que vem aí pela frente.
O povo vota com ódio, o voto é passional, e por isso vai dar merda, mas depois as pessoas terão o resto da vida para se arrepender... Porém, jamais poderão reclamar de que não foram avisadas, ou de que o candidato mentiu.
Nunca em minha vida assisti ou participei de uma eleição com esse baixo nível.
Richard Jakubaszko No vídeo abaixo, umas das pérolas do Youtube, numa entrevista ao vivo com Jair Bolsonaro, com baixo número de visualizações, porém mostra o que vem pela frente se Bolsonaro ganhar as eleições com o apoio do bispo Edir Macedo, da TV Record, em que as verbas publicitárias do governo federal seriam canalizadas para a TV dos evangélicos, que não gostam de ganhar dinheiro... A todas essas, consta que a Globo já tem um acordo com Bolsonaro, e tudo será como antes, como sempre foi, e vai continuar sendo...
Quem deseja ganhar dinheiro, vire político. Dá náuseas no estômago ver o que esses caras fazem para ganhar uma eleição! .
Richard Jakubaszko Meme enviado pelo jornalista Delfino Araújo, lá da DBO, sobre a fake news de hoje, do falso horário de verão. São coisas do Temer, né? Aliás, a coisa tá tão ruim por aí, que iniciou-se hoje um movimento no Brasil, com passeata anunciada para amanhã, segunda: "Fica Temer"...
Richard Jakubaszko O vídeo é claro e nítido, mais do que evidente, e Bolsonaro não falou nada, mas sabia dos amigos empresariais em sua campanha eleitoral, e isto é ilegal, desde 2015, em decisão do STF.
Será que o Superior Tribunal Eleitoral assistiu esse vídeo? A Lei eleitoral diz que basta saber das contribuições para ser cúmplice da ilegalidade, pois foi beneficiado. Será que mais este imbróglio será ignorado? Assistam:
Abriu tiro tanto de não sustentar lugar desperigoso. Acudei-me senhor, gritei nos sovados, mas desprocedeu. Des-houve de haver um desvolteio sem aprumos ou desfecho, pois arribou tristeza pelos desempertigados das solidões e restiou só os andamentos sem explicados devidos nas manobras. Anotei nas providências o que deu para atentar das partes entrevadas nos arreliados das diferenças e das brigas, bala azucrinando minhas metodologias de reportador nas falas que digo agora para salvar o que alembro. E assim mesmo se deu o que por porfiados arremedos agora nas palavras repico embasbacado no pavor dos tiros e reproduzo nos instintivos o que presumi das salvas relembradas, desfazendo por riba o que não vi direito e não escutei de longe. Me confundi nas manobras de escapar das aratacas armadas, mas com o medo que me carcomia afundado nas desimportâncias não consegui desmerecer, mas sobrevivi eu entramado com os arremates dos pontuados. E bala comia pelas estrituras das restingas e pelas sobrevalências dos arrepios. Deus me acuda, aparvado de medo estarreciei. Adismerecia até cismas de porventuras desarribadas, se os bandidos viriam das canhotas das quebradas mais escondidas entre as piçarras ruins das naturezas bravas ou pelas pedras das trilhas des-abençoadas de intrincadas, por onde a catinga ajudava as tramoias dos pestes esconderem suas malvadezas. Os cachorros latiram assombrados nos lamentos para avisarem que as ressalvas estavam sendo retomadas por quem procedia nas desforras. Eram os ultimatos para cada um: fugidias formas ou as mortes matadas. Se dariam se os aperregos não fossem acarenciados nos imediatos e nos prontos. A polícia desapareceu nos motes dos medos e só se puseram os bandos transversos de opiniões contrárias, de quem carecia, por profissão de matador, e se fez que na verdade, ou assumiria os riscos de desalmar matado ou se desarvoraria vivente atirando até quando a sorte não melasse. Se fez no desafogo, atestemunhe parceiro o que falo, e nem despenitenciou ninguém antes das assombrações mascando ódios e fungando despautérios se acalorassem nas manobras dos tiroteios e das saraivadas amedonhadas. Os aforados nos intentos de invadir foram cercando pelos lados mais descobertos e acharam que as vazas estavam desmerecidas de provimentos, com gentes assimesmadas, indecentemente desprovidas nas incapacidades de se defenderem e chamuscaram lamparinas acesas nas embocaduras para escorvarem de sapecados quem des-procedesse de ficar mambando quedado. Artimanha negada, pois os desconformados das atitudes desmereceram as medidas mesmando silêncios por trás das venturas e não só apagaram os querosenes como devolveram em saraivadas periódicas de balas estremadas e certeiras nos retrancados desarvorados. Sucedaneamente ocorreu certo. Os mais afoitados preferiram se intinerar pelos socavãos das nuances indestinadas. Eu, porfiado no indefinido, me desfiz destransmitido, pois apavorado dos sucedidos, sai regurgitando os verbos e as certezas para contar enrodilhado agorinha os procedidos. Aperreei nos medos, mas sobrevali com vida das desafeitas feias.
A lista abaixo me foi repassada por WhatsApp e mostra 41 empresas que financiaram Bolsonaro em sua campanha de fake news denunciada pela jornalista Patrícia Campos Mello na Folha de São Paulo de hoje, num brilhante furo de reportagem. A empresa que discordar pode postar comentário aí embaixo. A qualquer momento, se eu tiver acesso aos nomes das demais empresas, publico a lista completa:
Lista de empresas que apoiam ilegalmente Bolsonaro no WhatsApp: 1. Hirota Supermercados / Hirota Food Express 2. Gazin 3. Tecnisa 4. Artefacto 5. Centauro / By Tenis / Almax Sports / Nike Store (operador-representante no Brasil) 6. Havan 7. Brinquedos Estrela 8. UPS Transportes 9. Habib's / Ragazzo / Arabian Bread / Ice Lips / Promilat / Vox Line 10. Bio Ritmo / Smart Fit 11. Grupo GS& Gouvêa de Souza 12. Grupo Guararapes: Riachuelo / Midway Financeira / Transportadora Casa Verde / Confecções Guararapes / Shopping Midway Mall 13. JR Diesel 14. Dudalina 15. Polishop 16. ALE Combustíveis 17. Hemmer 18. Grupo Newcomm: Y&R Grey Brasil / Wunderman / VML / Red Fuse / Ação Premedia e Tecnologia 19. Holding Clube: Banco de Eventos / Rio360 / Samba.pro / Lynx / Cross Networking / The Aubergine Panda 20. Grupo = negou doações e participação na campanha 21. Estácio 22. Óticas Carol / General Optical 23. Ranking dos Políticos / Multilaser / Aluno 10 24. ANAPRE / CIESP Campinas / SOLEPOXY Ind. e Com. de Resinas 25. Raia Drogasil 26. Schneider Eletric 27. Barilla 28. Victor Vicenzzo 29. Dolce Gabbana 30. Sergio K 31. Purina 32. Cinemark 33. Localiza 34. Chilli Pepper Single Hotel 35. Coco Bambu 36. Movement Fitness Equipment 37. Biscoitos Zezé 38. Anjos Colchões 39. Curtume Moderno S.A. 40. IBMEC 41. Grupo Bozano 42. Condor Hipermercados
Existem ainda cerca de 114 outras empresas que estão sendo checadas. .
Richard Jakubaszko Publicado este fim de semana pela Câmara Federal um vídeo em que o deputado federal Jair Bolsonaro mostra a sua "equilibrada democracia" e seu elevado bom senso, ou seja, afirma que grupo de extermínio é bem-vindo, assistam o vídeo, pois não é fake news:
Quem votar neste candidato terá a eternidade para fazer uma autocrítica, e uma reavaliação bem fundamentada sobre, afinal, o que veio fazer aqui neste país e neste planeta? Jesus Cristo votaria em um candidato que apoia a tortura?
Conrado Hübner Mendes * A gran famiglia administra o Judiciário mais caro das democracias do mundo pelos meios da baixa política
O Febejapá — Festival de Barbaridades Judiciais que Assolam o País — é nossa dieta cotidiana de nonsense jurídico, nossa rotina de caradurismo togado. Era Stanislaw Ponte Preta quem deveria contá-lo, mas ele não pagou para ver nem viveu para crer. É festival dedicado à magistocracia, à gran famiglia judicial brasileira, estrato social que não se contenta com pouco: não quer escorregar do 0,1% mais alto da pirâmide social brasileira, nem que para isso precise furar o teto constitucional, dobrar a lei e acumular auxílios-dignidade livres de imposto.
A gran famiglia administra o Judiciário mais caro das democracias do mundo pelos meios da baixa política. Resiste à transparência e reprime os que tentam arejar a mentalidade magistocrática. Para compensar, entrega ao país o encarceramento em massa e alimenta o crime organizado, entre outros penduricalhos. Mas fale baixo, porque a magistocracia tem sensibilidade de seda, a sensibilidade dos “cocorocas”. Daqui a pouco vai alegar desacato a sua “honra institucional”, essa ideia pré-liberal que cunhou enquanto se apreciava no espelho. Se um dia levarmos a sério o combate à corrupção individual, e sobretudo a institucional, sugeriria começar por aí.
O relato do Febejapá começa tarde e tem um longo passado pela frente. Por isso, distribuiremos diplomas retroativos. Esse passivo será amortizado em parcelas. Na semana passada, fomos levados a perguntar: a quantos juízes fora da lei resiste o estado de direito? Quem souber que nos conte. Talvez já tenhamos cruzado essa linha vermelha. O juiz Sergio Moro, ciente de que o “quando” decidir é tão crucial quanto “o que”, tirou às vésperas da eleição o sigilo de delação que já não tinha valor jurídico. Ainda que autoridades do STF já o tenham alertado que isso é malcriação, ele insiste. Bem-comportado que é, deverá pedir “respeitosas escusas” de novo. A ala curitibana do Febejapá tem estilo.
Há outra pergunta mais urgente: com quantos ministros fora da lei se constrói um STF? A democracia brasileira nunca precisou tanto de um STF forte e respeitável.
Nos 30 anos da Constituição, nunca houve composição que combinasse tão bem o senso de autoimportância individual e a vocação para o suicídio.
Da presidência da Corte saiu Cármen Lúcia, “a pacificadora”, e tomou posse Dias Toffoli, “o negociador”. A primeira ressignificou o verbo “pacificar”; o segundo começou com arte e deixou seu vice, Luiz Fux, suspender liminar de Lewandowski que permitia a um jornal entrevistar um preso. Faltou nos contar por que o vice o substituiu.
Não tendo conquistado corações e mentes como juiz, Toffoli resolveu se lançar como historiador. Escolheu lugar solene para anunciar sua tese: o Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, sob o olhar de Dom Pedro II. Afirmou que em 1964 não houve nem golpe nem revolução, mas um “movimento”. Chama golpe de movimento assim como quem chama mandioca de aipim. O ministro tem razão: foi um movimento de tanques nas ruas, de choques nos porões, de “suicídios” em delegacias. Foi também um movimento, veja só, de aposentadoria compulsória de ministros do STF e suspensão do habeas corpus. Eram tempos em que um general não habitava gabinete do STF a convite de seu presidente.
De Toffoli nunca se esperou coragem moral. Sua trajetória não carrega vestígios de excelência técnica ou contribuições jurídicas ao bem comum. E isso não se deve ao fato de ter sido reprovado em dois concursos da magistratura ou à carência de títulos acadêmicos, critério bacharelesco pelo qual julgaram sua competência. Foi o único dessa geração que chegou ao tribunal sem outras credenciais que não a amizade do presidente, pelos serviços prestados ao partido. Sua reputação foi construída interna corporis, por assim dizer, não na comunidade jurídica. Mas isso importa menos.
Em vez de reinterpretar a história, ofício para o qual demonstrou não ter vocação nem método, pede-se a ele apenas que interprete a Constituição. E aí Toffoli não está sozinho: mais grave que o revisionismo histórico toffolino é o revisionismo constitucional do STF. Ao contrário de outros revisionismos, que questionam uma interpretação consolidada e propõem uma alternativa no lugar, o revisionismo constitucional do STF não põe nada no lugar. Ou pior: põe uma coisa num dia e depois muda de ideia, a depender da conjuntura.
Richard Jakubaszko Entrevistei o professor José Paulo Molin, da Esalq, para o Portal DBO. Ele mostra a realidade da Agricultura de Precisão no Brasil, e enfatiza: o que precisamos na AP é ter mais informação sobre o solo e as plantas. Confira no vídeo:
Apesar de ser ano eleitoral, altamente dividido entre os eleitores pelas posições antagônicas dos principais candidatos, as máquinas estão no campo, plantando a esperança de uma boa safra. A reportagem de capa da Agro DBO registra o que o repórter Ariosto Mesquita andou ouvindo em suas andanças, na matéria “Fé em Deus e pé na tábua”, com opiniões de produtores com estratégias diferenciadas de plantio, e também nos planos de venda da safra. Isto porque, não basta ao agricultor ser um especialista em saber plantar e vender, pois nos tempos modernos há que se saber o que acontece no mundo, com as brigas entre Donald Trump e chineses, que respingam consequências, por enquanto positivas, aqui nas nossas lavouras, sem esquecer as alternativas da eleição brasileira em curso, cujos resultados podem balançar a roseira e provocar repentinas e enormes valorizações do dólar. Se subir o dólar, agora é bom pra vender, mas anuncia que será ruim para comprar insumos na sequência da 2ª safra. E tudo isso sem ignorar as pragas e o clima. Na entrevista do mês o conhecido empresário Gilson Trennepohl, presidente da Stara Máquinas Agrícolas, comenta os tumultuados tempos que vivemos. Apesar do otimismo, Gilson demonstra alta inconformidade com os processos de judicialização a que assistimos neste nosso Brasil. Hélio Casale traz nesta edição dois textos: num, reclama, mal humorado, dos preços do café, das falsas estatísticas de produção, e da falta de lideranças. No outro, busca alívio dessas conjunturas para nos revelar texto do brasileiro Luiz de Queiroz, escrito há 100 anos, e que mostra uma atualidade notável. O engenheiro agrônomo e produtor rural do MT, Rogério Arioli, em seu texto no Ponto de Vista desta edição, faz uma azeda digressão sobre a Ciência desprezada, eis que a judicialização inconsequente quase acaba por decreto com o plantio direto no Brasil, sem nem mesmo ouvir a ciência. A verdade é que a agricultura brasileira correu enorme risco diante da pressão ambientalista junto ao judiciário. A agricultura precisa aprender a se proteger e se defender desse tipo de agressão, movida por interesses pessoais e ou ideológicos. Aguardemos, para dentro em breve, outras ações midiáticas do Ministério Público e da Justiça. No vídeo abaixo alguns destaques da edição:
- Sr. Candidato, o seu slogan é Deus acima de tudo e o senhor repete todo o tempo que é católico. No entanto, o senhor chamou uma das pessoas mais respeitadas da Igreja, o cardeal D. Paulo Evaristo Arns, morto há dois anos, de “desocupado”, “vagabundo” e “megapicareta” durante discurso no plenário da Câmara. O senhor acha que quem se proclama católico pode falar assim de um dos mais altos líderes da Igreja Católica? Não é “Fake News”. Está na página 19 do Diário da Câmara dos Deputados de 20 de março de 1998, que pode ser vista aqui. ( http://imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD20MAR1998.pdf#page=19 ) Disse ele: Como ainda tenho tempo, existe outro “megapicareta” chamado D. Paulo Evaristo Ams, que teve a cara-de-pau de publicar carta aos leitores do jornal Folha de S.Paulo de ontem, assinada por mais 155 desocupados como ele, criticando minha possível eleição para a Presidência da Comissão de Direitos Humanos. E apela a Fernando Henrique Cardoso para que tome as providências legais a fim de que eu não assuma a presidência daquela importante Comissão, que defende os direitos humanos de vagabundos, D. Paulo Evaristo Arns, que parece que têm as chaves da porta do céu. Na verdade, as chaves que ele tem na cintura são da porta do inferno. Então, esse D. Paulo Evaristo Arns deve recolher-se à sua insignificância, ao seu trabalho demagogo… Advertido que seu tempo na tribuna estava acabando, ele prosseguiu: Como ia dizendo, ele deve deixar que o Congresso Nacional e o Poder Executivo cuidem de suas obrigações, e ele que continue fazendo sua demagogia, que lhe é peculiar e que, no meu entender, não leva ninguém à salvação. Muito pelo contrário. Como a Câmara não registra palavrões, o boletim ressalta que o “texto [foi] escoimado de expressões anti-regimentais”. Deixo a cada um imaginar o que eram. Será que algum católico pode acreditar em quem chama D. Paulo de “picareta desocupado” e que seu cardeal levava as chaves do Inferno à cintura? * o autor é jornalista, editor do blog Tijolaço. Publicado no Tijolaço: http://www.tijolaco.com.br/blog/deus-acima-de-tudo-bolsonaro/ .