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Mas enquanto não acontece nada de relevante e definitivo, escolha você mesmo, basta clicar na manivela: http://megaswf.com/serve/17768/
Outra boa do dia é a foto do Zé Serra torcendo pelo Brasil contra Portugal. Pelo olhar ele ficou assustado mesmo... Ou era a partida entre Espanha e Chile?
Saramago fez uma palestra e contou uma história inusitada. Desta tirou lições e conclusões muito interessantes sobre a democracia e o comportamento humano nos tempos modernos, e que valem a pena serem lidas e registradas.
De José Saramago para o Fórum Social Mundial
Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um facto notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.
Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos, entregue cada um aos seus afazeres e cuidados, quando de súbito se ouviu soar o sino da igreja. Naqueles piedosos tempos (estamos a falar de algo sucedido no século XVI), os sinos tocavam várias vezes ao longo do dia, e por esse lado não deveria haver motivo de estranheza, porém aquele sino dobrava melancolicamente a finados, e isso, sim, era surpreendente, uma vez que não constava que alguém da aldeia se encontrasse em vias de passamento. Saíram, portanto as mulheres à rua, juntaram-se as crianças, deixaram os homens as lavouras e os mesteres, e em pouco tempo estavam todos reunidos no adro da igreja, à espera de que lhes dissessem a quem deveriam chorar. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar.
Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês. “Mas então não morreu ninguém?”, ornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça, porque a Justiça está morta.”
Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar (algum conde ou marquês sem escrúpulos) andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das extremas das suas terras, metendo-os para dentro da pequena parcela do camponês, mais e mais reduzida a cada avançada. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à protecção da justiça. Tudo sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar urbi et orbi (uma aldeia tem o exacto tamanho do mundo para quem sempre nela viveu) a morte da Justiça.
Talvez pensasse que o seu gesto de exaltada indignação lograria comover e pôr a tocar todos os sinos do universo, sem diferença de raças, credos e costumes, que todos eles, sem excepção, o acompanhariam no dobre a finados pela morte da Justiça, e não se calariam até que ela fosse ressuscitada. Um clamor tal, voando de casa em casa, de aldeia em aldeia, de cidade em cidade, saltando por cima das fronteiras, lançando pontes sonoras sobre os rios e os mares, por força haveria de acordar o mundo adormecido… Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as extremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias. É bem certo que a História nunca nos conta tudo…
Esses sinos novos são os múltiplos movimentos de resistência e acção social que pugnam por uma nova justiça distributiva e comutativa.
Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino, uma campânula de bronze inerte, depois de tanto haver dobrado pela morte de seres humanos, chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante em que vos falo, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira quotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais exacto e rigoroso sinónimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em acção, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.
Mas os sinos, felizmente, não tocavam apenas para planger aqueles que morriam. Tocavam também para assinalar as horas do dia e da noite, para chamar à festa ou à devoção dos crentes, e houve um tempo, não tão distante assim, em que o seu toque a rebate era o que convocava o povo para acudir às catástrofes, às cheias e aos incêndios, aos desastres, a qualquer perigo que ameaçasse a comunidade. Hoje, o papel social dos sinos encontra-se limitado ao cumprimento das obrigações rituais e o gesto iluminado do camponês de Florença seria visto como obra desatinada de um louco ou, pior ainda, como simples caso de polícia.
Outros e diferentes são os sinos que hoje defendem e afirmam a possibilidade, enfim, da implantação no mundo daquela justiça companheira dos homens, daquela justiça que é condição da felicidade do espírito e até, por mais surpreendente que possa parecer-nos, condição do próprio alimento do corpo. Houvesse essa justiça, e nem um só ser humano mais morreria de fome ou de tantas doenças que são curáveis para uns, mas não para outros. Houvesse essa justiça, e a existência não seria, para mais de metade da humanidade, a condenação terrível que objectivamente tem sido. Esses sinos novos cuja voz se vem espalhando, cada vez mais forte, por todo o mundo são os múltiplos movimentos de resistência e acção social que pugnam pelo estabelecimento de uma nova justiça distributiva e comutativa que todos os seres humanos possam chegar a reconhecer como intrinsecamente sua, uma justiça protectora da liberdade e do direito, não de nenhuma das suas negações.
Tenho dito que para essa justiça dispomos já de um código de aplicação prática ao alcance de qualquer compreensão, e que esse código se encontra consignado desde há cinquenta anos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, aqueles trinta direitos básicos e essenciais de que hoje só vagamente se fala, quando não sistematicamente se silencia, mais desprezados e conspurcados nestes dias do que o foram, há quatrocentos anos, a propriedade e a liberdade do camponês de Florença. E também tenho dito que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tal qual se encontra redigida, e sem necessidade de lhe alterar sequer uma vírgula, poderia substituir com vantagem, no que respeita a rectidão de princípios e clareza de objectivos, os programas de todos os partidos políticos do orbe, nomeadamente os da denominada esquerda, anquilosados em fórmulas caducas, alheios ou impotentes para enfrentar as realidades brutais do mundo actual, fechando os olhos às já evidentes e temíveis ameaças que o futuro está a preparar contra aquela dignidade racional e sensível que imaginávamos ser a suprema aspiração dos seres humanos.
Acrescentarei que as mesmas razões que me levam a referir-me nestes termos aos partidos políticos em geral, as aplico por igual aos sindicatos locais, e, em consequência, ao movimento sindical internacional no seu conjunto. De um modo consciente ou inconsciente, o dócil e burocratizado sindicalismo que hoje nos resta é, em grande parte, responsável pelo adormecimento social decorrente do processo de globalização económica em curso.
Não me alegra dizê-lo, mas não poderia calá-lo. E, ainda, se me autorizam a acrescentar algo da minha lavra particular às fábulas de La Fontaine, então direi que, se não interviermos a tempo, isto é, já, o rato dos direitos humanos acabará por ser implacavelmente devorado pelo gato da globalização económica.
Continuamos a falar de democracia como se se tratasse de algo vivo, quando dela pouco mais nos resta que um conjunto de formas ritualizadas, os inócuos passes e os gestos de uma espécie de missa laica.
E a democracia, esse milenário invento de uns atenienses ingénuos para quem ela significaria, nas circunstâncias sociais e políticas específicas do tempo, e segundo a expressão consagrada, um governo do povo, pelo povo e para o povo? Ouço muitas vezes argumentar a pessoas sinceras, de boa fé comprovada, e a outras que essa aparência de benignidade têm interesse em simular, que, sendo embora uma evidência indesmentível o estado de catástrofe em que se encontra a maior parte do planeta, será precisamente no quadro de um sistema democrático geral que mais probabilidades teremos de chegar à consecução plena ou ao menos satisfatória dos direitos humanos. Nada mais certo, sob condição de que fosse efectivamente democrático o sistema de governo e de gestão da sociedade a que actualmente vimos chamando democracia. E não o é. É verdade que podemos votar, é verdade que podemos, por delegação da partícula de soberania que se nos reconhece como cidadãos eleitores e normalmente por via partidária, escolher os nossos representantes no parlamento, é verdade, enfim, que da relevância numérica de tais representações e das combinações políticas que a necessidade de uma maioria vier a impor sempre resultará um governo.
Tudo isto é verdade, mas é igualmente verdade que a possibilidade de acção democrática começa e acaba aí. O eleitor poderá tirar do poder um governo que não lhe agrade e pôr outro no seu lugar, mas o seu voto não teve, não tem, nem nunca terá qualquer efeito visível sobre a única e real força que governa o mundo, e portanto o seu país e a sua pessoa: refiro-me, obviamente, ao poder económico, em particular à parte dele, sempre em aumento, gerida pelas empresas multinacionais de acordo com estratégias de domínio que nada têm que ver com aquele bem comum a que, por definição, a democracia aspira. Todos sabemos que é assim, e contudo, por uma espécie de automatismo verbal e mental que não nos deixa ver a nudez crua dos factos, continuamos a falar de democracia como se se tratasse de algo vivo e actuante, quando dela pouco mais nos resta que um conjunto de formas ritualizadas, os inócuos passes e os gestos de uma espécie de missa laica.
E não nos apercebemos, como se para isso não bastasse ter olhos, de que os nossos governos, esses que para o bem ou para o mal elegemos e de que somos portanto os primeiros responsáveis, se vão tornando cada vez mais em meros “comissários políticos” do poder económico, com a objectiva missão de produzirem as leis que a esse poder convierem, para depois, envolvidas no açúcares da publicidade oficial e particular interessada, serem introduzidas no mercado social sem suscitar demasiados protestos, salvo certas conhecidas minorias eternamente descontentes…
Que fazer? Da literatura à ecologia, da fuga das galáxias ao efeito de estufa, do tratamento do lixo às congestões do tráfego, tudo se discute neste nosso mundo. Mas o sistema democrático, como se de um dado definitivamente adquirido se tratasse, intocável por natureza até à consumação dos séculos, esse não se discute. Ora, se não estou em erro, se não sou incapaz de somar dois e dois, então, entre tantas outras discussões necessárias ou indispensáveis, é urgente, antes que se nos torne demasiado tarde, promover um debate mundial sobre a democracia e as causas da sua decadência, sobre a intervenção dos cidadãos na vida política e social, sobre as relações entre os Estados e o poder económico e financeiro mundial, sobre aquilo que afirma e aquilo que nega a democracia, sobre o direito à felicidade e a uma existência digna, sobre as misérias e as esperanças da humanidade, ou, falando com menos retórica, dos simples seres humanos que a compõem, um por um e todos juntos.
Não há pior engano do que o daquele que a si mesmo se engana. E assim é que estamos vivendo.
Não tenho mais que dizer. Ou sim, apenas uma palavra para pedir um instante de silêncio. O camponês de Florença acaba de subir uma vez mais à torre da igreja, o sino vai tocar. Ouçamo-lo, por favor.
Acredite quem quiser, mas foi esse o resultado (aparentemente) exibido pela TV estatal da Korea do Norte aos seus cidadãos, apresentado em compacto pela TV. Custo a crer nessa versão. Mas "imprensa livre" em "governo democrático" também dá nisso. Os gols do Brasil foram devidamente maquiados por efeitos especiais, e não aconteceram, comprove você mesmo...
Acredito que algum engraçadinho criativo maquiou o vídeo e publicou no Youtube, com a versão implícita de que o governo comunista da Korea do Norte mostrou isso aos coreanos. Bom, não duvido de mais nada. Até porque, depois do fotoshop e dos efeitos especiais de TV sendo maquiados não dá pra acreditar em mais nada... (Se a tela do vídeo ficar muito grande clique com a tecla direita do mouse sobre o vídeo e escolha "mostrar tudo"). Boa diversão...
Richard Jakubaszko Será divulgado dentro de instantes (16:00 horas de hoje), nova pesquisa Ibope/CNI, que aponta 40% para Dilma Rousseff e 35% para José Serra em termos de intenção de voto. Vazou de novo... E agora, como ficam os tucanos? Pelo andar da carruagem vai ter vitória no 1º turno, que, como já coloquei aqui no blog, é uma lástima para a democracia brasileira.
Um gol como você nunca viu, incrível! São apenas 11 segundos de vídeo em que acontece o contrário daquilo que você poderia imaginar nos primeiros 5 segundos... Veja como é isso...
Comentário postado hoje no combativo e inteligente blog do Brizola Neto:
Como acabar com o Bolsa-Família
Sônia de Morais Mendes, moradora de Belo Horizonte. Mãe de três filhos, recebia R$ 112 por mês. Ela aumentou a renda familiar porque voltou com o ex-marido e conseguiu trabalho. “Eu hoje não preciso mais desse dinheiro, por isso fui na prefeitura e dei baixa”. O vendedor da Feira Livre de Marília (SP) Osvaldo Dutra de Oliveira Primo, pai de dois filhos, precisou do benefício do programa por cerca de três anos. “Foi uma época que estava desempregado, com problema de saúde. Eu praticamente alimentava minha família com esse dinheiro”, lembra. Depois de voltar a trabalhar não sacou mais o auxílio. “Eu usei na extrema necessidade. Assim que tive condições, procurei dar baixa para que outras famílias pudessem ter o benefício”.
As famílias de Sônia e Oswaldo são duas das 2,2 milhões que perderam o benefício do Bolsa-Família porque abriram mão espontaneamente ou tiveram uma elevação de renda. Estas famílias representam mais da metade (54%) das 4 milhões que deixaram de receber o benefício até janeiro deste ano.
Reproduzo, para que todos possam ter acesso, o belíssimo texto do sociólogo Gílson Caroni Filho, publicado na edição de 17/06/2010 do Jornal do Brasil (publicado no Tijolaço, do Brizola Neto:http://www.tijolaco.com/?p=18680 )
Lula e Vargas na madrugada da partilha
Gílson Caroni Filho
Nascido da tradição da Filosofia da História, o tempo lento, linear e previsível não costuma dar espaço para que surjam agitações trazidas por “eventos” desconstrutores de representações sedimentadas No entanto, quando constelações específicas condensam a vida, restituindo sua dimensão dialética, estamos, sem dúvida, diante de atos ou fatos inaugurais quase sempre originados na esfera política.
Quando o Senado aprovou a capitalização da Petrobras em até US$ 60 bilhões, o que ampliará a dimensão estatal da empresa, e o regime de partilha, que garante a exploração soberana das jazidas do pré-sal, a história se tornou presente no espaço. Ignorando o intervalo de 57 anos, a madrugada fria de 10 de junho de 2010 trouxe de volta o tema do petróleo como questão de soberania. Das brumas de 3 de outubro de 1953, Vargas voltou a sancionar a Lei 2.004, recriando a Petrobras, com o restabelecimento do monopólio do Estado para exploração do nosso mais valioso recurso natural.
Da névoa seca do Planalto, Lula retomou a campanha de O petróleo é nosso, reinventando Brasília como capital da consciência histórica.
A decisão do Congresso representa derrota para o projeto de Serra e das petroleiras internacionais que lutaram até o fim para adiar votação, na expectativa de uma reversão do quadro político nacional, após as eleições de outubro.
O novo marco regulador garante à Petrobras o papel de operadora única de jazidas gigantescas que podem conter até 50 bilhões de barris, segundo a Agência Nacional de Petróleo. Com isso, a estatal brasileira terá, no mínimo, 30% dos novos campos, mas poderá receber do Estado 100% de novas áreas sem licitação.
O próximo passo é a criação da Petro-Sal, uma empresa que vai assegurar a hegemonia pública completa no gerenciamento dessa riqueza. É a pá de cal no sonho privatizante dos interesses aglutinados em torno da candidatura tucana.
Foi aprovado, ainda, o Fundo Social formado pela capitalização de receitas e royalties vinculados a investimentos em educação, ciência, tecnologia, meio ambiente, combate à pobreza e à desigualdade.
Ao contrário do consórcio neoliberal que o antecedeu, o governo petista lega às gerações futuras um passaporte de emancipação social, em vez de dívidas, crise e alienação de patrimônio público.
É a reiteração de uma estratégia de desenvolvimento econômico e social que rompe com os padrões anteriores. Assistimos à implantação crescente de políticas industriais e tecnológicas voltadas para o parque produtivo brasileiro, respondendo aos desafios impostos pela conjuntura econômica internacional e às exigências de um sólido mercado interno.
Se antes a ação econômica instrumentalizou a política, fazendo dela um meio de coerção para a maximização dos fins acumulativos, agora, após oito anos de governo democrático-popular, a institucionalidade democrática inverteu os termos da equação.
Antes mesmo que o sol nascesse, Lula, elegantemente, se despediu de Vargas.
Quem assistiu à cena improvável, jura que o Angelus Novus, de Paul Klee, sorriu satisfeito. Nas suas costas não havia mais ruínas.
Acho um despropósito os desencontros das diversas ciências que replicam os mais diversos estudos, seja para comprovar ou negar o aquecimento global, e também para confirmar ou desmentir as causas do aquecimento, se é que de fato está acontecendo isso, o que particulamente duvido, conforme diversos artigos que já publiquei aqui no blog.
A Instituição Carnegie de Washington, em Palo Alto, Califórnia, divulgou os esultados de um estudo, publicado na revista New Scientist, e replicado na Folha/UOL de hoje, conforme postei abaixo. Nenhuma novidade, em meu modo de entender, é óbvio que as conclusões do estudo demonstram (sem afirmar isso explicitamente) que CO2 é o alimento das plantas, conforme destaquei no artigo “CO2: a unanimidade da mídia é burra”, que pode ser lido no link a seguir:http://richardjakubaszko.blogspot.com/2009/10/co2-unanimidade-da-midia-e-burra.html e foi escrito em parceria com o agrônomo Odo Pimavesi, um dos signatários do IPCC.
Agricultura intensiva reduz aquecimento global, diz estudo
Fertilizantes, pesticidas e sementes híbridas de alto rendimento salvaram o planeta de uma dose extra de aquecimento global. Essa é a conclusão de uma nova análise segundo a qual a intensificação da agricultura, por meio da revolução verde, tem sido acusada injustamente pela aceleração do aquecimento global. Steven Davis, da Instituição Carnegie de Washington, em Palo Alto, Califórnia, e colegas, calcularam a quantidade de gases-estufa emitida no último meio século se a revolução verde não tivesse acontecido.
O estudo foi publicado na prestigiada revista "PNAS". A análise incluiu dióxido de carbono e outros gases, como metano liberado por plantações de arroz. Os autores notaram que, de modo geral, a intensificação da agricultura ajudou a retirar o equivalente a 600 bilhões de tonelada de CO2 da atmosfera - cerca de um terço de toda a emissão de gases-estufa entre 1850 e 2005.
As emissões foram reduzidas porque a revolução verde aumentou o rendimento das plantações - por exemplo, ao promover o uso de variedade híbridas, que produzem mais, e pela uso generalizado de pesticidas e fertilizantes. Isso significa que mais alimento pode ser produzido sem a necessidade de cortar grandes áreas de floresta.
"Acho que nossos resultados mostram o perigo de se focar em apenas uma parte de um sistema complexo", diz Davis em resposta às afirmações de ambientalistas, que veem na agricultura intensiva uma das principais responsáveis pelo aumento das emissões de gases-estufa devido ao processo de produção de fertilizantes e produtos agroquímicos. "É verdade que as emissões derivadas da manufatura de fertilizantes cresceu por causa da revolução verde", diz Davis, "mas nós mostramos que essas e outras emissões diretas de agricultura são mais que compensadas pelas emissões indiretas que são evitadas ao se deixar terras cultiváveis sem manejo".
Além disso, ao possibilitar que agricultores produzam mais em suas propriedades, a revolução verde evitou que uma área estimada de 1,5 bilhão de hectares - uma vez e meia a área dos EUA - fosse utilizada para agricultura. "Nós propomos que é muito importante continuar aumentando a produtividade e, ao mesmo tempo, usar recursos agrícolas, como fertilizantes e água, da maneira mais eficiente possível", disse Davis.
Efeitos negativos
Helmut Haberl, que estuda o efeito da agricultura sobre recursos globais na Universidade Klagenfurt, em Viena (Áustria), considera o estudo impressionante e bem conduzido. No entanto, adverte que o estudo não leva em conta outros fatores danosos da agricultura intensiva, como a degradação do solo, perda de biodiversidade, efeitos tóxicos de pesticidas sobre os agricultores e sofrimento animal.
David Pimentel, da Universidade Cornell, em Nova York, uma autoridade em agricultura orgânica, questiona as conclusões de Davis. Ele cita um experimento de 22 anos conduzido por sua equipe que mostrou que o rendimento de produções de milho e soja orgânicos é equivalente ao da agricultura convencional, mas consome 30% menos energia de combustíveis fósseis, ao mesmo tempo em que dobra a quantidade de carbono no solo. Pimentel também afirma ter demonstrado que a produção orgânica na Indonésia e Índia consome muito menos energia por caloria de arroz ou milho produzido do que a produção intensiva desses produtos nos Estados Unidos
Sobre esse assunto a Andef distribuiu comunicado hoje, 16/06/2010:
Agricultura reduz aquecimento desde 1965
Estudo já anunciava, 9 anos atrás, a contribuição da agricultura, afirma Eduardo Daher, diretor-executivo da Andef. O uso de tecnologias poupou 17 bilhões de toneladas de carbono entre 1965 e 1995.
Não deveria causar a reação observada, entre as entidades ambientalistas, o estudo segundo o qual a agricultura com maior uso de tecnologia contribuir para reduzir o aquecimento global. A polêmica foi reacesa pelo trabalho divulgado nesta terça-feira, 15, pela Academia de Ciências dos Estados Unidos. "Este novo trabalho é importante para desfazer certos mitos contrários à agricultura mas, segundo os cientistas que acompanham de longa data essa linha de pesquisa, o resultado não chega a ser uma novidade", afirma Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal, citando outro trabalho, divulgado em 2001, durante a Conferência Sobre Mudança Climática Mundial, na Holanda.
Eduardo Daher participa, em São Luís (MA), do Seminário Nacional de Agrotóxicos, que termina nesta quinta-feira, 17. Após sua palestra, comentou o estudo divulgado esta semana, pela revista americana PNAS, da Academia de Ciências dos Estados Unidos. O diretor-executivo da Andef - associação que reúne as empresas de Pesquisa e Desenvolvimento de defensivos agrícolas no Brasil - cita o estudo que ganhou destaque durante a Conferência Sobre Mudança Climática, na Holanda, que em julho de 2001. Realizado, entre outros cientistas, por Louis Verchot, membro do ICRAF, centro internacional de pesquisas agroflorestais, baseado no Quênia, o trabalho concluiu que o cultivo intensivo pode salvar bilhões de toneladas de carbono.
"O estudo calculou que mais de 400 milhões de hectares de floresta e pastagens de cerrados foram salvos do arado, além de outros benefícios", relata Eduardo Daher, acrescentando que a reportagem foi publicada, na época, pela revista New Scientist. A intensificação do uso de tecnologias na agricultura salvou o equivalente a 17,7 bilhões de toneladas de carbono entre 1965 e 1995, relataram os pesquisadores.
O novo estudo científico
De acordo com Eduardo Daher, o estudo publicado na PNAS, nesta semana, confirma a contribuição da adoção de novas tecnologias na agricultura para a redução do aquecimento global. Este trabalho recente, conduzido por cientistas sob a coordenação de Jennifer Burney, da Instituição Carnegie de Washington, Califórnia, afirma que tecnologias como fertilizantes, defensivos agrícolas e sementes híbridas de alto rendimento salvaram o planeta de uma dose extra de aquecimento.
As emissões foram reduzidas porque as novas tecnologias aumentaram o rendimento das plantações. Isso significa que mais alimento pode ser produzido sem a necessidade de cortar grandes áreas florestais.
"Este trabalho é fundamental porque recoloca a Ciência no centro dos debates que procuram entender as possíveis causas do aquecimento global", afirma o diretor da Andef. "Ao mesmo tempo, tem o mérito de mostrar como a agricultura competitiva, por meio do uso de novas tecnologias, tem sido injustamente acusada."
Comentário do blogueiro: recebi hoje (17/6/2010) do engenheiro agrônomo Fernando Penteado Cardoso, presidente da Agrisus, o texto abaixo, publicado em 2005, a respeito do assunto acima:
Seqüestro de carbono Fernando Penteado Cardoso * Está na moda o termo seqüestro de carbono-C. Não há escrito sobre ecologia e mesmo conservação do solo que não o mencione. Vem substituindo até o conceito tradicional de matéria orgânica - MO. Uma questão de modismo até certo pondo desiderativo.
Admite-se que o aumento da concentração de dióxido de carbono- CO2 na atmosfera, ao reter o calor recebido do sol, seja responsável pela fase atual de aquecimento de nosso planeta. Lembre-se que, ao longo da história geológica da terra, já tivemos outros períodos de extremo calor, alternando-se com épocas muito frias chamadas de eras glaciais.
No decorrer das eras, o chamado gás carbônico - CO2, foi sempre retirado da atmosfera pelos organismos vivos e fixado na forma de matéria orgânica, seja animal ou vegetal. Em tempos pré-históricos esse material carbônico se mineralizou principalmente na forma de carvão de pedra e de petróleo, considerados como fósseis. Ao queimar carvão e destilados de petróleo, estamos devolvendo à atmosfera carbono que dela foi retirado milhões de anos atrás.
Em era mais recente, outra retenção ocorreu pelo crescimento das florestas, formando-se um estoque de C que, do mesmo modo e em muito menor escala, é devolvido à atmosfera seja pela queima após corte, - para eliminar a sombra que inibe as plantações, - seja pela decomposição de folhas, galhos e outras partes.
Cientistas, ambientalistas e ecologistas recomendam que se queimem menos combustíveis fósseis oriundos do carvão e do petróleo e igualmente menos vegetação (matas, cerrados, etc.), embora esta tenha um significado comparativamente muito menor.
Os especialistas admitem uma reciclagem contemporânea do C, o que acontece quando se queima álcool ou óleos vegetais, além do lenho de reflorestamentos, liberando gás carbônico absorvido da atmosfera pouco tempo antes. É uma reciclagem aceitável por ser de curto prazo, sem acrescentar à atmosfera carbono de origem fóssil.
O fogo é sempre um espetáculo pirotécnico que chama a atenção, sendo assim condenado de uma maneira geral, muito embora possa representar uma reciclagem de curto prazo do C retido poucos meses antes. Quando se queimam as folhas secas da cana para facilitar a colheita, p.ex., há uma devolução à atmosfera de menos de 10% do total de C absorvido por essa cultura no decorrer de seu ciclo vegetativo anual.
Recomendam finalmente que se procure reter ou fixar carbono atmosférico através da fotossíntese, ainda que temporariamente, na forma de plantas em crescimento, lenho dos reflorestamentos e culturas permanentes etc., cujos detritos, ao se decomporem, dão origem ao húmus. A esta retirada de C da atmosfera deram o nome de “seqüestro”. O seqüestro é sempre temporário, com prazos variáveis, pois o C acaba retornando à atmosfera pela decomposição ou queima.
O aumento do teor de húmus no solo talvez seja a retenção de ciclo mais longo, quase permanente, daí advindo sua importância.
Cumpre salientar que o sistema de plantio direto sobre solo recoberto de resíduos, bem como as pastagens permanentes, proporcionam ambientes altamente favoráveis à formação de húmus, com aumento do seu teor no solo, sendo assim recursos inigualáveis para o almejado “seqüestro de carbono”, de reciclagem em longo prazo, minimizando o propalado efeito estufa.
No passado, os antigos acreditavam que o mundo era plano,
até que se comprovou que era redondo. Por muito tempo se pensou que o universo
inteiro girava em torno de nosso mundo, e era até uma heresia pensar o
contrário e muita gente morreu na fogueira por isso. Hoje, achamos que o mundo
existe para nós, como se fôssemos os donos do Planeta e não apenas um dos seus
passageiros.
O mundo real é o que é, em qualquer época e lugar.
Para uns, uma pedra é só uma pedra, bem real, para outros
pode ser uma poesia, ou um minério num estágio de ser transformada em outra
coisa, ou um tropeço, ou uma parte do caminho, ou uma arma, ou para construir
uma moradia. Ninguém estará mais certo ou errado do que outro, pois uma pedra
pode ser tudo isso mesmo e até muito mais!
Entretanto, a interpretação que fazemos desse mundo é uma
idéia que construímos a partir de nossos sentidos e da interpretação que o
nosso cérebro faz a partir de suas percepções. Participam ainda neste processo
nossos sonhos, ideais, crenças, valores, condição humana, vivências, maior ou
menor inteligência, percepção e sensibilidade etc. Assim, não existe um mundo
igual para todos. Cada um de nós constrói e reconstrói o mundo a sua maneira. E
mais. A cultura também faz o mesmo, só que em nível coletivo, tecendo uma idéia
de mundo que faça sentido para um grupo ou povo, para a sua época e lugar.
Então, para uns indivíduos ou povos, o mundo é regido por
deuses voluntariosos que comandam nossas vontades; para outros, os deuses se
incorporaram nas forças da natureza de onde nos vigiam e controlam; para
outros, deuses não existem e somos todos resultado de uma evolução caótica e
desordenada. E estas concepções do mundo não são menos verdadeiras que outras,
por que para quem acredita nelas, simplesmente a realidade é assim e pronto!
Para alguns povos indígenas, faz parte da sua visão de
mundo, de sua compreensão da realidade, a possibilidade do espírito
desprender-se do corpo durante uma pajelança e viajar através dos ventos ou dos
rios para ir buscar em outro lugar a informação sobre uma planta para curar uma
nova doença.
Para outros povos, como os hindus, faz parte da realidade a
idéia de que este mundo é uma espécie de estágio probatório onde devemos
cumprir nossos karmas até estarmos libertos dos desejos e sofrimentos.
Outros povos, cristãos, construíram uma idéia de mundo onde
acreditam que Deus e o Diabo exercem suas influências sobre nós e nossas
escolhas e atitudes e sentem-se a vontade para estabelecerem normas e
mandamentos, ainda e apesar do livre arbítrio.
O mundo, a realidade, não são o que são. São o que
permitimos que seja em nossa idéia de mundo e de realidade. Por isso, o tempo
todo estamos construindo e reconstruindo esse mundo até que a realidade faça
sentido para nós, e nos deixe confortáveis com a nossa idéia de mundo e de
realidade.
Somos tão obcecados por viver num mundo que faca sentido que
chegamos a negar aspectos da realidade quando não se encaixam em nossa idéia do
mundo. Esta nossa tendência é explorada, por exemplo, por estelionatários, para
o mal, e por mágicos, para nossa diversão, pois tendemos a ver apenas o que
queremos ver e negar o que não queremos, mesmo que estejam diante de nossos
olhos!
E mais, além de negar as partes da realidade que não se
encaixarem em nossa idéia de mundo, quanto mais nos sentirmos ameaçados ou desconfortáveis,
mais tenderemos a buscar apoio em líderes carismáticos capazes de desqualificar
oponentes e apontar erros nas idéias dos outros, para que só uma idéia de mundo
prevaleça, a nossa, naturalmente. Assim como gostamos de conforto para o nosso físico
também gostamos de conforto para o nosso espírito. E pensar pode doer demais
nesses casos...
E é aí que mora o perigo, quando se abre uma larga avenida
tanto para negar aspectos da realidade que existem, por não conseguirmos
comprovar, pelo menos ainda, quanto para afirmar a existência de coisas e
aspectos que não passam de mera fantasia e mistificação. É com esse material
que principalmente jornalistas, escritores, cientistas precisam trabalhar,
questionando cada passo e, mesmo quando se pensa que avançou, de vez em quando
é preciso retroceder para começar tudo de novo, por um outro ângulo da
realidade que deixamos de perceber. Como agora, em que nossos problemas
ambientais deixam claro que nossa espécie não é a dona do mundo, como se
estivesse no centro do universo, mas é apenas uma parte bem pequena dele, e já
esta ameaçada de extinção. _
Os 10 gols mais bonitos da Copa de 2002. Tem 2 gols brasileiros nessa lista, de Roberto Carlos e Edmilson, numa seleção feita por ingleses. Metade deles são de gols de latino-americanos.
Divirtam-se, mas nesta Copa de 2010 tomem cuidado com as vuvuzelas. Aliás, como é que se desliga essa neurótica vuvuzela? É de enlouquecer! Ah! Não vale sugerir "desligar o som da TV"...
Texto publicado hoje no blog de Luiz Prado, economista, e no Portal do meio Ambiente, editado pelo corajoso ambientalista Vilmar Berna. A leitura do artigo abaixo, por si só, revela um grupo de responsáveis pela propaganda "verde" contra o Brasil, além da indústria nuclear, que criou toda essa paranóia do aquecimento. Assista ao vídeo que postei abaixo, ancorado no Youtube, mas que está também no site do agribusiness americano, e que mostra o quanto os brasileiros são macaquitos, como nos chamam os hermanos argentinos, com certa razão.
Florestas Tropicais – Uma Solução para a Agricultura dos EUA
Clique na imagem para assistir no site. O vídeo está em inglês; um resumo do mesmo pode ser lido no artigo abaixo.
por Luiz Prado O título deste artigo pode ser encontrado numa campanha desencadeada pelo agro-negócio norte-americano para evitar a competição de produtos agrícolas importados de países como o Brasil. A página dessa turma na internet pode ser visitada em http://www.adpartners.org/
Lá, rasga-se a fantasia da grande fraternidade dos países ricos com os nobres objetivos da proteção das florestas tropicais como fator de redução das mudanças climáticas.
Na página de mais essa “máfia” que finge ter interesses legítimos na proteção das florestas tropicais há um relatório contundente onde se pode ler:
“A destruição das florestas tropicais para a produção agrícola, de gado e de madeira levou a uma dramática expansão da produção de commodities que competem diretamente com produtos dos EUA”.
"A proteção das florestas tropicais aumentará a renda dos produtores norte-americanos em US$ 221,3 bilhões. Neste relatório podem ser encontrar dados estado por estado, e por setores do agronegócio tais como carne, soja, óleos vegetais, madeira, e etanol.”
Esse relatório se encontra aqui clicando-se na imagem de sua capa. O título é "Fazendas Aqui, Florestas Lá - Desmatamento nos Trópicos e Competitividade dos EUA na Agricultura e na Indústria Madeireira".
No vídeo, para o qual infelizmente não há subtítulos ainda que a página na internet mencione como parceiros vários atores de outros países, encontra-se uma farsa que se já se tornou usual: a responsabilização das queimadas em florestas tropicais para as mudanças climáticas utilizada como forma de ocultar as elevadíssimas emissões dos países altamente industrializados como os EUA. Entre as fontes de emissão, a produção agrícola totalmente mecanizada e dependente de insumos derivados de petróleo, desde os combustíveis até os fertilizantes.
Mas o resumo do que é dito no vídeo que conduz a campanha é simples, demasiadamente simples: “As queimadas em florestas tropicais são responsáveis por mais emissões do que aquelas geradas pela totalidade dos carros, caminhões, aviões e navios”. Nada sobre outras fontes de emissão, como o carvão sujo que gera energia nos EUA e na Inglaterra!
E, mais adiante:
“Você sabia que salvando as florestas podemos economizar bilhões de dólares para os consumidores norte-americanos? Você sabia que salvando as florestas empregos nos EUA serão protegidos? Que salvando as florestas criam-se oportunidades de trabalho nos EUA?” As imagens de queimadas nas florestas são sucedidas de imagens de americanos felizes dirigindo os seus tratores! E continua a publicidade impostora: “não são necessárias novas tecnologias, não são necessários novos sistemas”.
E aí, imagens do Congresso norte-americano, como instância que pode proteger o agronegócio dos EUA. Esses são apenas alguns dos grupos de interesse que sempre impediram que os EUA subscrevessem ao Protocolo de Kyoto ou adotasse qualquer meta de redução da emissão de gases causadores de mudanças climáticas. E que agora lutam para que não seja aprovada a lei sobre o assunto que se encontra parada no Senado norte-americano.
Entre os parceiros dessa iniciativa são listadas algumas ONGs dos EUA que atuam no Brasil. Agora é possível saber quem financia quem no jogo de lobbies em torno do Código Florestal brasileiro.
Ninguém de bom senso acredita que o inverso seria possível, isto é, que ONGs brasileiras ou financiadas por brasileiros possam fazer lobby junto a congressistas norte-americanos e dar palpites em questões de política interna sem terem as suas fontes de receita vasculhadas pelo FBI e pela CIA.
***
Recentemente, em mais uma Resolução de Constitucionalidade duvidosa, o CONAMA eximiu a pequena agricultura familiar de atendimento aos dispositivos do Código Florestal. Medida politiqueira, apenas, mas que implica no reconhecimento de que o mito "bancada ruralista má" X "ambientalistas bons" era uma canoa furada.
Não sei como, mas vazaram (na Internet) informações da pesquisa IBOPE a serem divulgadas hoje à noite no Jornal Nacional: 43% a 34% em favor de Dilma Rousseff, que dispara 9% acima de José Serra. Isso indica possível vitória já no 1º turno. Particularmente, conforme já escrevi antes, é uma notícia ruim para a democracia brasileira. Mas isso é só uma opinião pessoal. Só no Brasil pra acontecer essas coisas de vazamentos...
A confirmar, aguardemos. A Internet sempre exagera um pouco...
OBS. Saiu poucos minutos atrás (são 17.37 hs) no portal www.G1.globo.com a notícia dos resultados da pesquisa IBOPE, furando o Jornal Nacional, e dando empate entre Serra e Dilma, ambos com 37% nas intenções de voto. Para o 2º turno também dá empate: 42% entre eles. A antecipação da notícia prova que houve vazamento. A pesquisa mostra ainda que nos números comparados do próprio IBOPE a candidata Dilma cresceu e que Serra caiu. Não há explicação, de toda forma, porque esses números não aparecem, das pesquisas das eleições estaduais feitas por outros institutos em MG e RJ que mostravam um crescimentos enorme de Dilma. Abaixo tem notícia veiculada na TV Globo:
Recebi por e-mail, do jornalista Paulo Sérgio Pires, da assessoria de imprensa CL-A, de São Paulo. É muito engraçada a descrição e reclamação do “usuário” do computador ao técnico, em relação ao "travamento" do software Esposa 1.0 - e mais ainda a resposta do técnico. Vejam lá:
Software do casamento
Prezado Técnico,
Há um ano e meio troquei o software [Noiva 1.0] pelo [Esposa 1.0] e verifiquei que o Programa gerou um aplicativo inesperado chamado [Bebê.txt] que ocupa muito espaço no HD.
Por outro lado, o [Esposa1.0] se auto-instala em todos os outros programas e é carregado automaticamente assim que eu abro qualquer aplicativo.
Aplicativos como [Cerveja_Com_A_Turma 0.3], [Noite_De_Farra 2.5] ou [Domingo_De_Futebol 2.8], não funcionam mais, e o sistema trava assim que eu tento carregá-los novamente.
Além disso, de tempos em tempos um executável oculto (vírus) chamado [Sogra 1.0] aparece, encerrando abruptamente a execução de um comando.
Não consigo desinstalar este programa. Também não consigo diminuir o espaço ocupado pelo [Esposa 1.0] quando estou rodando meus aplicativos preferidos.
Sem falar também que o programa [Sexo 5.1] sumiu do HD. Eu gostaria de voltar ao programa que eu usava antes, o [Noiva 1.0], mas o comando [Uninstall.exe] não funciona adequadamente.
Poderia ajudar-me? Por favor!
De: Usuário Arrependido
RESPOSTA:
Prezado Usuário,
Sua queixa é muito comum entre os usuários, mas é devido, na maioria das vezes, a um erro básico de conceito: muitos usuários migram de qualquer versão [Noiva 1.0] para [Esposa 1.0] com a falsa ideia de que se trata de um aplicativo de entretenimento e utilitário.
Entretanto, o [Esposa 1.0] é muito mais do que isso: é um sistema operacional completo, criado para controlar todo o sistema!
É quase impossível desinstalar [Esposa 1.0] e voltar para uma versão [Noiva 1.0], porque há aplicativos criados pelo [Esposa 1.0], como o [Filhos.dll], que não poderiam ser deletados, também ocupam muito espaço, e não rodam sem o [Esposa 1.0].
É impossível desinstalar, deletar ou esvaziar os arquivos dos programas depois de instalados. Você não pode voltar ao [Noiva 1.0] porque [Esposa 1.0] não foi programado para isso.
Alguns usuários tentaram formatar todo o sistema para em seguida instalar a [Noiva Plus] ou o [Esposa 2.0], mas passaram a ter mais problemas do que antes (leia os capítulos 'Cuidados Gerais' referente a 'Pensões Alimentícias' e 'Guarda das crianças' do software [CASAMENTO].
Uma das melhores soluções é o comando [DESCULPAR.txt /flores/all] assim que aparecer o menor problema ou se travar o micro. Evite o uso excessivo da tecla [ESC] (escapar). Para melhorar a rentabilidade do [Esposa 1.0 ], aconselho o uso de [Flores 5.1], [Férias_No_Caribe 3.2] ou [Jóias 3.3].
Os resultados são bem interessantes!
Mas nunca instale [Secretária_De_Minissaia 3.3], [Antiga_Namorada 2.6] ou [Turma_Do_Chopp 4.6], pois não funcionam depois de ter sido instalado o [Esposa 1.0] e podem causar problemas irreparáveis em todo o sistema.
Com relação ao programa [Sexo 5.1] esquece! Esse roda quando quer, parece ser um software randômico.
Se você tivesse procurado nosso suporte técnico antes de instalar o [Esposa 1.0] a orientação seria: NUNCA INSTALE O [ESPOSA 1.0] sem ter a certeza de que é capaz de usá-lo!