GreenPeace: a desonestidade dessa ONG é flagrante!
Richard Jakubaszko
Caros leitores do blog, o que algumas ONGs, como o Greenpeace, estão fazendo neste nosso Brasil é uma vergonhosa e deslavada armação internacional, sendo a desinformação e a desonestidade as principais de suas armas.
Agora misturam a tragédia na região serrana no Rio de Janeiro, para informar mal aos cidadãos e para pressionar politicamente os deputados que, dentro em breve, terão de votar as alterações propostas no antigo Código Florestal. Como eles não desejam a aprovação em plenário dessas propostas já aprovadas na Comissão Especial, lutam com o uso de armas como a mentira, a desonestidade e a enganação. Usam politicamente o desastre ambiental e a perda de mais de 700 vidas, como argumento para rejeitar o Código Florestal. Por falta de argumentos partem para a busca de ignorância, através da informação desonesta e mentirosa.
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O que é que o urubu tem a ver com as garças?
Nada, isso mesmo, absolutamente nada. O Código Florestal em discussão no Congresso Federal diz respeito apenas às áreas de florestas nativas e áreas rurais, inclusive o plantio e o se fazer agricultura em encosta de morros. Não há uma única linha no Código Florestal, no antigo ou no novo, sobre o uso e ocupação de solos em áreas urbanas. O Greenpeace, conforme a notícia abaixo, se faz de bobo para passar bem. Faz uso político de uma mentira.
Portanto, o Greenpeace, multinacional holandesa, que se traveste de ONG, mas tem, inclusive, contrato social registrado na Junta Comercial de Amsterdã, que contrata seus executivos com altos salários, recrutados por multinacionais da área de head hunters, pois o Greenpeace, meus amigos, deveria ser expulso do Brasil por esse tipo de comportamento abjeto, onde mostra, prova e comprova que a honestidade não faz parte de sua conduta.
Go home Greenpeace!
Vejam a notícia abaixo, divulgada pela Redação Greenpeace, publicada no site Envolverde hoje, e que reproduzo a seguir:
A receita de uma tragédia
Por Redação Greenpeace
Desmatamentos e ocupação de áreas que deveriam ser preservadas, somados às chuvas cada dia mais intensas, são a combinação perfeita para o drama das enchentes.
Classificada como o maior desastre climático brasileiro, a enchente que desde terça-feira, 11 de janeiro, acarreta um número recorde de mortos - mais de 670 até o momento, milhares de desabrigados e perdas de produção agrícola na região serrana do estado do Rio de Janeiro é o resultado de uma equação perigosa: eventos climáticos cada vez mais extremos, como chuvas intensas e por longo período e áreas fragilizadas por desmatamento.
Pouco mais de mil quilômetros separam o palco das enchentes e Brasília, arena onde deputados ligados ao agronegócio batalham por mudanças drásticas no Código Florestal brasileiro. Por esta estrada cruzamos alguns dos mais de 100 municípios em situação de emergência ou calamidade pública no Rio de Janeiro e Minas Gerais. Na paisagem, dois dos biomas brasileiros mais desmatados: a Mata Atlântica, que perdeu 93% de sua cobertura florestal, e o Cerrado, devastado pela metade.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da ONG SOS Mata Atlântica, na última década, o ritmo de desmatamento da Mata Atlântica se manteve em torno de 34 mil hectares ao ano, uma área equivalente a quase 350 mil campos de futebol de mata nativa. No Rio de Janeiro, estado mais castigado pelas chuvas, mais de 80% de floresta já foi desmatado.
Também segundo o INPE, os últimos 60 anos foram de aumento gradativo da intensidade das águas. Chuvas acima de 50 mm por dia, algo raro até a década de 1950, hoje ocorrem entre duas a cinco vezes por ano na cidade de São Paulo, por exemplo.
“Eventos extremos, que tendem a aumentar por conta das mudanças climaticas, têm sido cada vez mais freqüentes e intensos. Se há dúvidas sobre como lidar com o problema, existe ao menos a certeza de que a solução não é a derrubada de mais floresta”, diz Nicole Figueiredo, coordenadora da Campanha de Clima do Greenpeace.
Enquanto isto, em Brasília, os deputados ruralistas insistem em transfigurar a legislação florestal. É o caso das Áreas de Preservação Permanente (APP), cuja função é proteger margens de rios, encostas e topos de morros, garantindo a estabilidade geológica e a proteção do solo. Se depender da turma da motosserra, algumas faixas de APP serão reduzidas até pela metade. A proteção de beira de rios com larguras de até cinco metros, por exemplo, passariam dos atuais 30 metros para 15. Ficariam liberados para ocupação também os topos de morro, montes, montanhas e serra e áreas de várzea.
Para visualizar o resultado do ideário da motosserra, basta olhar as imagens da tragédia da região serrana. Aos pés de morros lambidos pela terra, o fruto deste tipo de ocupação e do desmatamento de áreas que deveriam ser preservadas, à revelia do que hoje prevê o Código Florestal, é de pura destruição.
“A legislação florestal existe com um propósito claro, o de assegurar o bem-estar da população. É por questão de segurança que há a necessidade de proteger o solo e os rios”, diz Rafael Cruz, da campanha de Florestas do Greenpeace. “As alterações são propostas pela bancada ruralista são irresponsáveis”, complementa.
O Brasil tem mais de 40 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente ocupadas irregularmente, uma área equivalente ao estado de Minas Gerais. Muitas destas regiões desmatadas estão em municípios que hoje estão em calamidade pública como Petrópolis e Teresópolis, que já perderam 70% de sua cobertura florestal, e São João do Vale do Rio Preto, com quase 80% desmatados.
A bancada ruralista também espera conceder ampla anistia a quem desmatou até 2008, o que inclui as APPs. “A proposta segue na contramão da necessidade de recuperação de regiões frágeis, seja nas cidades, ou em áreas rurais, responsáveis pela produção de alimentos e o abastecimento de água para as áreas urbanas”, completa Rafael Cruz.
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Crédito: Valter Campanato / ABr
Legenda: Nova Friburgo (RJ) - O bairro de Duas Pedras ficou destruído com as fortes chuvas que atingiram o município de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro.
Boa Richard,
ResponderExcluirÉ preciso que mais gente respeitada como você digam essas verdades.
Abraços
Carlos Viacava
Isso mesmo, Richard.
ResponderExcluirSua lógica faz-me lembrar do justiceiro, fazendo justiça aos que labutam a céu aberto enquanto outros assalariados no exterior mentem descaradaamente refastelados em ambientes de ar condicionado.
Parabéns por se importar.
Cordial abraço
Fernando Penteado Cardoso
Parabéns nobre amigo,
ResponderExcluirA propósito você viu manchete da Folha com pronunciamento midiático do Minc sobre Código Florestal e APPs nas cidades?
Abraços,
Ronaldo Trecenti / Brasília
Eng. Agr. M.Sc. Especialista em Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e Sistema Plantio Direto
Campo Consultoria e Agronegócios
Richard,
ResponderExcluirquem regula o uso e ocupação do solo urbano? Existem leis federais, aditivas ao Código Florestal, que tratam do uso do solo urbano, que acabam remetendo ao Código Florestal. Temos um imbróglio?
Carlos Alberto
RESPOSTA DO BLOGUEIRO:
Claro que sim, Carlos. Conforme escrevi, o Código Florestal é rural e para florestas nativas, não trata do solo urbano.
Há, entretanto, uma lei federal, que determina que todo município com mais de 20 mil habitantes deve ter sua própria lei de uso e ocupação de solo urbano, justamente para regrar o uso em beiras de rios, lagoas, represas, áreas íngremes, etc. Porém muitos municípios não têm essa lei, daí as confusões que se originam. E os que têm não cumprem, preferem cobrar IPTU. É impossível, por lei federal, legislar sobre um tema tão complexo e em regiões tão diferentes, com necessidades e problemas tão díspares.
Portanto, o Código Federal nada tem a ver com os desastres urbanos, e a tentativa da imprensa e das ONGs de vincular isso só pode ter uma explicação: adiar a votação do código no plenário da Câmara, já aprovada em comissão especial. Querem a insegurança jurídica, nada mais do que isso.
Exaltação da Democracia
ResponderExcluirJoão Baptista Herkenhoff
A exaltação do regime democrático, seja em datas especiais, seja em dias comuns, pode parecer de significado menor ou de nenhum significado, principalmente para os jovens. Não será despropositada a pergunta: qual o sentido de uma tal celebração?
As novas gerações não têm a possibilidade de estabelecer o cotejo entre regime democrático e regime ditatorial. A liberdade parece-lhes natural e diante de certos episódios lamentáveis que maculam a Democracia podem ter a tentação de questionar: na ditadura não seria melhor?
O grande desafio da Democracia é justamente aceitar o impacto da liberdade. Dizendo em outras palavras e recorrendo à força da expressão popular, tão rica em potencial semântico: na Democracia “tudo é colocado em pratos limpos”. Nas democracias: a corrupção é denunciada; os jornais estampam nas manchetes as falcatruas; são apontados para conhecimento geral os conluios espúrios que traem o interesse público em benefício de interesses particulares e de grupos privilegiados. Nas ditaduras os mais vis procedimentos medram de maneira profunda, sem que deles a opinião pública tome conhecimento. Este não é um fenômeno das ditaduras brasileiras, mas das ditaduras em todo o orbe terráqueo. Só depois que caem as ditaduras, seus crimes vêm à tona, os carrascos passam a ter face e nome, as cifras dos ladrões são contabilizadas.
Suponho que seria de bom conselho que, nas escolas de todos os graus, os professores debatessem com seus alunos a questão democrática.
É certo que ainda não construímos a Democracia brasileira. É certo que Democracia não é só votar, mas é muito mais. Democracia é escola para todos, condições de vida digna para o povo, saúde pública de boa qualidade, futuro para os jovens, trabalho, moradia, segurança, esperança.
Mas jamais um povo chegará à Democracia plena através de uma ditadura que se declare provisória e que prometa para o amanhã os frutos da liberdade e o sabor da Justiça.
Só o exercício democrático constrói Democracia.
Talvez em nenhum país do mundo a Democracia, no nível político, tenha alcançado tão alto grau de prática efetiva como no Brasil contemporâneo. Há um abismo entre a democracia política que conquistamos e a democracia social, econômica e educacional, ainda tão distante. Mas se conquistamos a primeira, desde os idos das “Diretas Já”, podemos conquistar também a Democracia plena que assegure à generalidade das pessoas a realização das aspirações condizentes com a dignidade humana de que todos somos portadores.
João Baptista Herkenhoff, 74 anos, é Juiz de Direito aposentado. Foi um dos fundadores e primeiro presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória e também um dos fundadores do Comitê Brasileiro da Anistia (CBA/ES). Por seu compromisso com as lutas libertárias, respondeu a processo perante o Tribunal de Justiça (ES), tendo sido o processo arquivado graças ao voto de um desembargador hoje falecido, porém jamais esquecido. Autor de Direitos Humanos – uma ideia, muitas vozes (Editora Santuário, Aparecida, SP).
E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br
Homepage: www.jbherkenhoff.com.br