Richard Jakubaszko
Despacho da Reuters informa que várias pessoas deixaram Tóquio nesta terça-feira (15) enquanto a maioria dos moradores permaneceu dentro de suas casas em meio a temores de que a radiação de uma usina nuclear atingida pelo terremoto de sexta-feira afete uma das maiores e mais densamente povoadas cidades do mundo.
Apesar das garantias do governo de que os baixos níveis de radioatividade detectados até o momento na capital japonesa "não são um problema", alguns moradores decidiram que permanecer na cidade era simplesmente arriscado demais.
Várias empresas retiraram seus funcionários de Tóquio, visitantes reduziram as férias e companhias aéreas cancelaram voos. A Administração de Aviação dos Estados Unidos informou que está se preparando para redirecionar rotas caso a crise nuclear se agrave.
Os que permanecem na capital japonesa estocam alimentos e outros suprimentos, como água, temendo os efeitos da radiação, que levou pânico à cidade de 12 milhões de habitantes.
No principal aeroporto da cidade, centenas de pessoas se acotovelam nos balcões das companhias aéreas, muitas delas com crianças, para embarcar em voos deixando o país.
"Não estou muito preocupado com outro terremoto. É a radiação que me assusta", disse um japonês, enquanto segurava a filha de cinco anos no aeroporto de Haneda.
A usina nuclear de Fukushima, afetada pelo tremor, está a 240 quilômetros ao norte de Tóquio. Autoridades disseram que a radiação na capital do país estava 10 vezes acima do normal à noite, mas não seria o suficiente para prejudicar a saúde. Mas a confiança no governo está abalada e as pessoas se preparam para o pior.
Muitas lojas não tinham mais arroz, produto essencial no Japão, e as prateleiras que tinham pão e macarrão instantâneo estavam vazias.
Cerca de oito horas depois de novas explosões acontecerem na usina, a agência meteorológica da ONU informou que os ventos estavam dispersando o material radioativo para o oceano Pacífico, distante do Japão e de outros países da Ásia. A Agência Meteorológica Mundial, sediada em Genebra, informou, no entanto, que as condições climáticas podem mudar.
Alguns cientistas fizeram apelos para que a população de Tóquio mantenha a calma. "O material radioativo vai chegar a Tóquio, mas ele é inofensivo ao corpo humano porque ele se dissipará até chegar a Tóquio", afirmou um professor da escola de ciência ambiental da Universidade de Hokkaido.
"Se o vento ficar mais forte, isso significa que o material voará mais rápido, mas também que dispersará ainda mais no ar", disse ele.
E você, o que faria diante desta situação?
Fome também vai causar imigrações
A fome também vai provocar muitas mudanças no planeta. Aliás, a fome já está fazendo muitas mudanças. Ela faz a diferença. Por isso a importância da agricultura. Por isso a importância de se valorizar quem produz alimentos.
Por isso a necessidade de se planejar a velocidade do crescimento demográfico no planeta. Esta é a causa da maioria de nossos problemas.
As mudanças climáticas, com chuvas regionais a mais ou de menos, acirram as necessidades, provocam imigrações. Isso é consequência do egoísmo e do preconceito. Da má distribuição de riquezas.
Consequência do desequilíbrio sem volta, da bestialidade consentida.
A pobreza é a pior de todas as formas de racismo e de preconceito social.
Os imigrantes são rejeitados, escorraçados.
A Europa e os países ricos tentam defender-se, votam em líderes conservadores, neoliberais da direita, alguns deles fascistas, que prometem “soluções” e pioram ainda mais as condições de milhões de inocentes. Esses seres humanos, tais e quais formigas esfomeadas, fogem do que está muito ruim. Buscam a sobrevivência, mas adentram em outros infernos dantescos.
Para onde irão os imigrantes? Os ricos japoneses, com medo da radioatividade, muito provavelmente terão destino certo e serão acolhidos em outros países. Viajam de avião. Eles possuem passaportes, cartões de crédito.
E os mais pobres? Esperam pela nuvem radioativa?
E os fugitivos da fome? Nem passaportes têm, apenas levam a roupa do corpo, carregam crianças como bagagens, fogem da fome.
Tem diferença?
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O risco de um desastre nuclear - e conforto na energia elétrica - não vale o preço de vida em riscos. Que o mundo reflita melhor sobre a obtenção de energia e padrão de consumo.
ResponderExcluirBravo Richard! É isso mesmo: a falta de alimentos já se prenuncia. Duvido que se consiga o controle poopulacional antes de ocorrer o desequilíbrio alimentar. Então só resta uma solução: ativar a agricultura inclusive com abertura de novas áreas. Ainda bem que no Brasil temos essas áreas.Vamos desperdiça-las? Ha que lembrar que os tocos grandes levam 20 ou mais anos para apodrecer e serem removidos!Só então pode entrar a lavoura mecanizada. O plantio "no toco" com matraca, já era. Uma sugestão às pessoas inteligentes e bem intencionadas:"exercitar futurologia sobre o mundo daqui a 20 anos com 8 ou 9 bilhôes de bocas a satisfazer". Abraço.
ResponderExcluirFernando Penteado Cardoso
Gostei primo velho! Este é o Cadinho que eu conheço. Abraço
ResponderExcluirOi, Richard!
ResponderExcluirÉ um estímulo para nós instalarmos muitos reatores, só que de forma mais segura! Será que existe algo seguro contra incursões da natureza?
[]s
odo primavesi
RESPOSTA DO BLOGUEIRO: Odo, acho que até amanhã, se der tempo, vou publicar um artigo mais completo sobre todos esses problemas...