Richard Jakubaszko
Recebo sugestão de pauta da Secretaria da Agricultura do Tocantins, dando conta de que o estado investe em lenha ecológica: uma nova fonte de energia renovável. Ora, o que acontece?
Palmas - TO, 19 de agosto de 2011
Confunde-se hoje em dia mané com jacaré, pois não é que, quando se deseja afirmar uma coisa, qualquer argumento é válido. Pois é lá do Tocantins que aparece como salvadora da pátria e da humanidade essa tal de "lenha ecológica", e que é "energia limpa". Perguntei-me, antes de ler o texto, se a tal lenha não queimava, ou se não emitiria CO2, pois só assim seria ecológica, pelo menos na minha modesta opinião. Depois de ler dá para perceber a confusão que se faz das questões ambientais que tanto afligem os humanos, e que têm não apenas nos ambientalistas, mas nos coleguinhas jornalistas, defensores intransigentes do ambientalismo, da sustentabilidade, e do que mais vier o marketing distorcido das mentes mal informadas e de pouca prática se dispor a inventar... Tudo gerado pelo tal "apetite midiático, pois aparecer, aparecer um pouco mais, reaparecer na mídia é o que importa", não interessa as bobagens que se propaga, a desinformação gerada, repetitida ad nauseum...
Vejam o que diz o "entusiasmado" e otimista press release: (grifos do blogueiro)
O uso de novas tecnologias para geração de energias limpas ganha cada vez mais espaço, no mercado das indústrias e na agropecuária tocantinense. A Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, incentiva essa prática com projetos voltados para o setor. Para tanto, o governo do Estado, por meio da Seagro, criou a Subsecretaria de Energias Limpas com intuito de desenvolver ações de incentivo a políticas públicas neste setor.
Um exemplo é a empresa, Briquetes Tocantins, localizada no município de Paraíso, a 60 km de Palmas, que atualmente produz “briquete (lenha ecológica)", uma alternativa de fonte de energia renovável. De acordo com o proprietário da empresa, Francisco Mauro Gomes Araújo, o briquete, possui excelente propriedade calorífica, produzido a partir de resíduos agrícolas como palha de arroz, cascas de babaçu, restos de podas de árvores, entre outros. “A tecnologia é simples e os investimentos baixos, podendo em muitos casos substituir os combustíveis atualmente em uso, com vantagens operacionais, logísticas, econômicas e ambientais”, argumentou Gomes.
A empresa produz briquete suficiente para abastecer empreendimentos como o frigorífico Cooperfrigu, em Gurupi, na região Sul do Estado, além de indústrias de cerâmica e outros frigoríficos do Estado.
Segundo o coordenador de Agroenergia da Seagro, Luiz Eduardo Borges Leal, a Secretaria tem incentivado projetos como este. A tecnologia para geração de calor na queima de combustíveis deve expandir os investimentos nos próximos anos. “A Seagro criou a Subsecretaria de Energias Limpas para implantar projetos sustentáveis, principalmente, utilizando as fontes de energias mais limpas e seguras, como por exemplo, a solar e a eólica”, enfatizou.
Leal acrescenta, ainda, que a tendência nos próximos anos é aumentar a demanda do uso de energias limpas, principalmente entre os países da Europa que possuem poucas reservas naturais.
Briquetagem
A briquetagem é uma forma bastante eficiente para concentrar a energia disponível da biomassa. Um metro cúbico de briquetes contém pelo menos cinco vezes mais energia que 1,OOm3 de resíduos. Isso, levando-se em consideração a densidade a granel e o poder calorífico médio desses materiais. Devido à dimensão e às grandes distâncias internas do país, o aspecto concentração energética assume também grande importância.
COMENTÁRIOS FINAIS DO BLOGUEIRO:
gente, deixemos de hipocrisias: tornar um argumento de vendas, sobre o uso dos briquetes, de que reduziria o abate de árvores (não citado), economiza no transporte, e tem maior valor calorífico, não é ecológico. Reciclar é ótimo, a matéria prima é mais barata, o difícil é estabelecer logística para reunir matéria prima suficiente. Mas ecológica? E onde está essa energia limpa apregoada nos briquetes? Não emite CO2, assim como lenha ou carvão? Então é igual, nem mais e nem menos ecológica, ora bolas! O problema é que tem gente que acredita...
Outro dia minha mulher foi comprar uma bolsa, e a balconista informou, "é de couro, por isso é um pouco cara, mas é ecológica e sustentável, e ainda é biodegradável...".
Tragam meus sais, pelo amor da minha pressão alta...
_
O negócio é o seguinte. Quando a reciclagem do carbono é de curto período, os autores chamam de CO2 limpo. Quando de longo período como a floresta, é CO2 sujo. A queima de resíduos de culturas, briquetados ou não, devolve à atmosfera carbone dela retirado meses antes. A gente quando expira gás carbono está devolvendo carbono retirado da atmosfera para ser transformado em amido, açucar ou cachaça. Uma reciclagem de curto prazo. Nos dois casos estariamos emitindo CO2 limpo por ser de ciclagem rápida. E o CO2 provindo do carvão mineral, do petróleo ou da calcinação da pedra calcária para cimento? Esse carbono novo, retirado das entranhas da terra deve ser super-sujo.
ResponderExcluirFernando Penteado Cardoso, eng.agr.sênior.
Olá Fernando, fiquei perplexo agora,, estava pensando em investir neste segmento. Acredita ser prejudicial ao meio ambiente? Grato. (11)95291-0883
ExcluirÉ isso o que acontece quando se dá uma "arma" (calculadora) nas mãos de uma criança ou idiota, só sabem somar... Quando será que vai acabar essa ditadura dos ambientalistas? Esses caras não têm compromisso com coisa nenhuma! Com a desculpa de defender o meio ambiente infernizam os seres humanos proibindo, proibindo e proibindo. E as propostas de soluções são mais do que infantis...
ResponderExcluirCarlos
Richard Jakubaszko, posso utilizar esta foto inicial do seu blog em meu site? Grato Carlos
ResponderExcluirQual a foto? Desse post? Não é minha, pode usar, sim, parece ser pública.
ResponderExcluirQuem é vc, Carlos?
GENTE SE IMAGINARMOS QUE O BRIQUETE E FEITO DE UM RESIDUO QUE JOGADO AO TEMPO QUE É CASCA DE ARROZ TARZ GRANDES PREJUISOS AMBIENTAIS E QUANDO BRIQUETADO PASSA A SER UMA SOLUÇÃO NAS DUAS PONTAS TANTO NO DESCARTE QUANTO NO CONSUMO E AINDA PASSA A GERAR RENDA E EMPREGO E IMPOSTOS COMO FALAR NEGATIVO DE UMPRODUTO APARTIR DA CASCA DO ARROZ.
ResponderExcluirCaro anônimo,
Excluirnão coloquei em discussão os aspectos econômicos ou sociais da ideia, nem da reciclagem, altamente válidos. Critiquei a imbecilidade ideológica de falar que algo que está sendo queimado, e emitindo CO2, seria ecológico e energia limpa...