Richard Jakubaszko
Saiu a Agro DBO de agosto 2013, edição nº 47, como sempre tem novidades.
Praticamente não
há agricultor sem problemas, Brasil adentro. Nos grãos, recorde de produção, de
185 milhões de toneladas. Bom para o governo e para os consumidores, ruim para
os agricultores. Conforme registrado na edição 47, os problemas de logística, no
armazenamento deficiente e no transporte despropositadamente caro, continuam
crônicos, agravados pelos problemas fitossanitários, que se tornam agudos pela
disseminação da Helicoverpa armigera,
uma praga nova que ainda não aprendemos a controlar. Tudo isso está registrado
na matéria da jornalista Marianna Peres, “Milho a céu aberto”.
No café, os
baixos preços já ameaçam derrubadas de cafezais. Na cana de açúcar, a
agroindústria encontra-se metida em uma encrenca de difícil solução, conforme
registrado na matéria de capa “Sinuca de bico” e ainda na entrevista do mês com
a presidente da Unica, entidade máxima do setor sucroalcooleiro.
Entre o fim da
safra 2012/13 e o início da próxima os insumos já mostram a tendência de
aumento de preços. O pior de tudo está para vir: os preços de milho e soja
começaram a cair diante das perspectivas de uma safra recorde nos EUA e por
causa da ameaça maior, a de que a China mantenha reduzido crescimento
econômico, e com isso não aumente compras.
No fechamento
da edição, outras más notícias: uma frente fria fortíssima, com neve e geada
negra, traz problemas até mesmo para as culturas de inverno, como trigo, canola
e cevada, e devasta o café no Norte do Paraná, além de gerar problemas nos hortigranjeiros,
cuja subida de preços deve mostrar as caras ainda este mês de agosto. Com isso,
mais pressão inflacionária. Sazonal, é verdade, mas uma pressão sobre a qual o
governo terá pouca coisa a fazer. Como vimos a frente fria foi passageira, que a normalidade seja retomada, para que se possa entrar na safra 2013/14 com
esperanças positivas.
Conforme
informamos na edição de julho da Agro
DBO, a partir deste mês teremos apenas o sistema de assinatura paga para
todos os leitores e assinantes. Para cada assinatura confirmada teremos a certeza de que estamos no caminho
certo. Temos a convicção de que poderemos atender, de forma cada vez melhor, as
necessidades de informação dos leitores através das páginas da Agro DBO, afinal, todos nós, em sintonia com o leitor, respiramos
apenas agricultura, a única forma de se produzir alimentos para um mundo que
continua a se expandir demograficamente.
Para ler a edição de agosto clique no link e folheie a revista virtualmente: www.agrodbo.com.br
Abaixo, em vídeo, dou um depoimento sobre outras matérias da edição.
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Richard,
ResponderExcluirMuito bom...Parabéns!!
Abs,
José Otávio M. Menten
Coordenador do Curso de Engª Agronômica
Dep. de Fitopatologia e Nematologia
LFN - ESALQ/USP
Muito bom caro Richard...
ResponderExcluirbela sinuca..
abs
Tejon
Caro Richard,
ResponderExcluirEm 2007 o dólar estava em torno de 2,00. Com a inflação de lá até aqui, de 35% aprox., deveria estar em 2,70. Lembra quando o dólar despencou e todos diziam que o ideal seria 2,00 mas que o governo devia mantê-lo, no mínimo, em torno de 1,80? Será que todos se esqueceram disto? Qual a razão de fazerem campanha para que o dólar baixe? Na minha opinião, deveria subir para melhorar nossos preços lá fora e diminuir a oferta dos importados.
Você tem razão quando bate nos sanderbergs da TV e especialistas de araque. Uma moeda vale o que ela é capaz de comprar. Este é o seu real valor. Uma comparação adequada deve levar em conta uma porção de segmentos e seus pesos relativos. Precisamos de uma cesta mundial que possa servir de parâmetro. É uma pesquisa complexa e cara, pois precisaria ser feita nos cem maiores centros comerciais do mundo e envolver três mil produtos pelo menos. Envolveria cerca de 5.000 pesquisadores em tempo integral e 1.000 especialistas. Custaria aproximadamente 40 milhões de dólares por mês. A economia global é grande o suficiente para pagar esta conta, mas nenhum instituto jamais se interessou (pelo menos que eu saiba). Ao invés disto se faz comparações com sanduiches e pizzas, comparando-se alhos com bugalhos, como se servisse para medir alguma coisa. Aqui em São Caetano, no melhor restaurante da cidade, come-se tão bem quanto no Dinhos dos Jardins e gasta-se 40,00 por cabeça. Pode-se almoçar no Mineiros um trivial de boa qualidade por 15,00. Isto é real, mas há imbecis que pagam 17,00 por um hamburger nojento.
No domingo passado, a Folha apresentou dois gráficos. Um mostrava os valores gastos com seguro desemprego, que não considerava as importâncias em valor presente (não considerava a inflação). E outro mostrava a taxa de desemprego. O primeiro foi propositadamente feito errado para mostrar uma inclinação forte para o alto e assim demonstrar que está se gastando muito. Erros deste tipo são comuns e propositais. Curiosamente, ninguém contesta.
Abraços, DANIEL
RESPOSTA DO BLOGUEIRO:
Daniel,
É pertinente. A questão é que, se aumentar o dólar, a gasolina teria de subir o preço, e viabilizaria o etanol, que também subiria, e tudo isso traria inflação...
abs
Richard