Richard Jakubaszko
Não há quem não goste, apesar de haver exceções à regra. Fruta é sabor, alegria, prazer e muita saúde. Já vem com embalagem, perfeita, algumas são embalagens comestíveis, outras não. Nas feiras e gôndolas dos supermercados alegram os visitantes, estimulando a degustação, pelas cores e belezas justamente dessas embalagens.
De alguns supermercados de Israel me chegam às mãos, por obra e graça do amigo Hélio Casale, algumas fotos de gôndolas decoradas com frutas e legumes, muito criativas. Mistura-se em desenhos geométricos um pouco de aipo, pimentão, pêssego, maçã, cenoura, laranja, morango, abobrinha, uva, verduras, e tudo resulta numa explosão de cores. É marketing perfeito para vender mais frutas, com valor agregado, satisfazendo o consumidor.
Fiz análises sobre o tema em meu livro "Marketing da Terra" (Editora UFV - 2006, Viçosa, MG), que mostram como se pode agregar valor aos frutos da terra.
Um detalhe: apesar da terrível crise econômica que se observa na Espanha (com alto nível de desemprego), os espanhóis têm um consumo per capita 6 vezes maior em frutas e legumes do que os brasileiros.
Abaixo algumas fotos desse festival de alegria, verdadeiro colírio para a alma e os olhos.
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Este blog é um espaço de debate onde se pode polemizar sobre política, economia, sociologia, meio ambiente, religião, idiossincrasias, sempre em profundidade e com bom humor. Participe, dê sua opinião. O melhor do blog está em "arquivos do blog", os temas são atemporais. Se for comentar registre nome, NÃO PUBLICO COMENTÁRIOS ANÔNIMOS. Aqui no blog, até mesmo os biodesagradáveis são bem-vindos! ** Aviso: o blog contém doses homeopáticas de ironia, por vezes letais, mas nem sempre.
segunda-feira, 31 de março de 2014
domingo, 30 de março de 2014
O RH sofre muito com os candidatos de hoje em dia...
Richard Jakubaszko
Respostas reais dadas por candidatos a emprego, extraídas de alguma publicação especializada na área.
Entrevistador – Você tem algum e-mail para contato?
Candidata - Sim, anota ai: gostosinha_da_zonaleste@hotmail.com
Entrevistador – Como você está na questão das línguas estrangeiras?
Candidato – Tenho português básico.
Entrevistador – Qual curso universitário você deseja fazer?
Candidato – Ah, to pensando em Nutricionismo, Letras ou Engenharia.
Entrevistador - Então, você está construindo um networking?
Candidato - Veja bem, eu não sou engenheiro, sou administrador.
Entrevistador - Como você administra a pressão?
Candidato - Ah, tranquilo. 11 por 7, no máximo 12 por 8.
Entrevistador - Manter sempre o foco é muito importante. E me parece que você tem alguns lapsos de concentração.
Candidato - O senhor poderia repetir a pergunta?
Entrevistador - Como você se sente trabalhando em equipe?
Candidato - Bom, desde que não tenha gente dando palpite, me sinto muito bem.
Entrevistador - Como você se definiria em termos de flexibilidade?
Candidato - Ah, eu faço academia. Sou capaz de encostar o cotovelo na nuca.
Entrevistador - Nós somos uma empresa que nunca para de perseguir objetivos.
Candidato - Que ótimo. E já conseguiram prender algum?
Entrevistador - Vejo que você demonstra uma tendência para discordar.
Candidato - Muito pelo contrário..
Entrevistador - Em sua opinião, quais seriam os atributos de um bom líder?
Candidato - Ah, são várias coisas. Mas a principal é ter liderança.
Entrevistador - Noto que você não mencionou a sua idade aqui no currículo.
Candidato - É que eu uso óculos, e isso me faz parecer mais velho.
Entrevistador - E qual é a sua idade?
Candidato - Com óculos ou sem óculos?
Entrevistador - Quais seriam seus pontos fracos?
Candidato - Ah, é o joelho. Até tive de parar de jogar futebol.
Entrevistador - Há alguma pergunta que você queira me fazer?
Candidato - Eu parei meu carro lá na rua. Será que eu vou ser multado?
Entrevistador - Por que, dentre tantos candidatos, nós deveríamos contratá-lo?
Candidato - Eu pensei que responder a isto fosse seu trabalho.
Entrevistador - Como você pode contribuir para melhorar nosso ambiente de trabalho?
Candidato - Bem, eu começaria trocando a recepcionista, que é muito feia.
Entrevistador - Várias pessoas que se sentaram aí nessa mesma cadeira hoje são gerentes.
Candidato - Puxa, o fabricante da cadeira vai ficar muito feliz em saber disso.
Entrevistador - Quando digo 'Sucesso', qual a primeira palavra que lhe vem à mente?
Candidato - Pode ser duas palavras?
Entrevistador - Pode.
Candidato - Milho. Nário.
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sábado, 29 de março de 2014
Como aprender idiomas, em 5 regras básicas.
Richard Jakubaszko
Compartilho palestra do TED (15 minutos) em que se mostra como aprender línguas de forma inteligente, bem rápida, com Sid Efromovich, usando 5 técnicas relativamente fáceis. O palestrante fala inglês, alemão, espanhol. grego e português...
Interessante.
Se você não fala/compreende inglês, clique em "legendas ocultas"; primeiro, clique na flechinha de iniciar o vídeo; vai aparecer um retângulo, localizado no rodapé do vídeo, ao lado do relógio. Escolha iniciar legendas, depois "legendas", e aí peça tradução para o "português", fazendo a barrinha de rolagem rolar.
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Compartilho palestra do TED (15 minutos) em que se mostra como aprender línguas de forma inteligente, bem rápida, com Sid Efromovich, usando 5 técnicas relativamente fáceis. O palestrante fala inglês, alemão, espanhol. grego e português...
Interessante.
Se você não fala/compreende inglês, clique em "legendas ocultas"; primeiro, clique na flechinha de iniciar o vídeo; vai aparecer um retângulo, localizado no rodapé do vídeo, ao lado do relógio. Escolha iniciar legendas, depois "legendas", e aí peça tradução para o "português", fazendo a barrinha de rolagem rolar.
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sexta-feira, 28 de março de 2014
Esculturas chinesas, com talento inovador
Richard Jakubaszko
Liu Xue é um escultor chinês que cria talentosas esculturas mostrando seres surreais, alguns exóticos, outros bizarros, mas todos divertidos, espécie de amálgama de humanos e animais. Liu Xie demonstra uma técnica incrível, e suas esculturas assemelham-se a pequenas peças para diversão e estímulo de nossa criança interior.
Liu Xue é um escultor chinês que cria talentosas esculturas mostrando seres surreais, alguns exóticos, outros bizarros, mas todos divertidos, espécie de amálgama de humanos e animais. Liu Xie demonstra uma técnica incrível, e suas esculturas assemelham-se a pequenas peças para diversão e estímulo de nossa criança interior.
Para encontrar mais esculturas de Liu Xue basta visitar o Google.
Vejam abaixo algumas das esculturas de humanos animalizados de Liu Xue (ou seriam animais humanizados?), a maioria catalogadas numa série chamada "We are the world":
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quinta-feira, 27 de março de 2014
Consenso negativo
Carlos Melo *
Ao conceder superpoderes à Presidência e transferir decisões para o Judiciário, parlamentares viraram judas de malhação.
É fato que durante algum tempo o presidencialismo de coalizão do Brasil fez o
seu papel: o antipático "é dando que se recebe" foi impiedosamente apedrejado pela opinião pública, mas contribuiu para a efetivação de importante agenda econômica e social. O País saiu da ditadura e do caos inflacionário para um regime que distribuiu renda e fez considerável inclusão. Modernizou-se em vários aspectos e, mesmo com tanta desinteligência que há, é mais democrático do que jamais foi. Houve inegável avanço. Pode-se dizer que o preço - na moeda corrente de cargos e recursos públicos que distribuiu - valeu, já que a transformação não foi pequena. Política também é custo-benefício, e o Brasil de hoje é melhor do que há 20 anos. Ademais, em qualquer lugar, fazer reformas profundas é tarefa custosa.
Mas é necessário reconhecer que, de uns tempos para cá, esse mesmo presidencialismo mudou de caráter e a relação ficou deficitária. Aliados de ocasião recebem seu quinhão de poder, mas já não garantem a execução de programas. As tais "maiorias" são incapazes de fazer reformas e pouco colaboram com os governos. Delas se espera, antes, que não atrapalhem, aprovem "alguma coisa", mas que, sobretudo, anulem a oposição e garantam tranquilidade na esfera parlamentar, evitando o constrangimento de CPIs e outros perrengues. Antes que se atribua responsabilidade exclusiva ao PT, é bom dizer que nos Estados governados pela oposição as Assembleias Legislativas têm, em regra, o mesmo padrão.
Culpa dos governos que não têm agenda, ou não têm agenda porque não acreditam na capacidade de suas coalizões cumprirem acordos sem impor novos custos, tornando o processo de reforma mais dispendioso que o mal que se procura curar? O fato é que há um vazio de projetos, planos, propostas; um irritante vazio de Política com o "P" maiúsculo. O Brasil chegou à perfeição ou houve uma rendição incondicional às impossibilidades colocadas pela pequena política? Estamos longe, muito longe, da perfeição.
Burocratas tocam o barco, esperando pelo final do expediente; acreditam em ordens. Já estadistas são visionários, enxergam adiante com olhos no futuro distante; trabalham com a persuasão, a todo o momento. Estão escassos no Brasil de hoje. A impressão é que a realidade dobrou espíritos ousados e a única providência possível é contornar os problemas em vez de resolvê-los; deixar que o longo prazo e a crise resolvam o que a timidez e os interesses imediatos não permitem no presente. Quem nasceu primeiro: o vazio de propostas ou a desconfiança dos governos de seus aliados? É possível que sejam gêmeos. O fato é que esvaziar a agenda parlamentar aliciando partidos e políticos tornou-se o mais comum.
Mansamente, o Legislativo se deixou cooptar, abriu mão de prerrogativas e concedeu superpoderes aos presidentes da República. Também transferiu ao Judiciário a responsabilidade de decidir questões que lhe caberiam. Fez de Dilma e de Joaquim Barbosa os heróis de cada uma das metades em que o País tem se dividido. Mas, também, transformou parlamentares num consenso negativo nacional: judas em sábado de aleluia. A safra de políticos é ruim - raros resistiriam a testes mínimos de qualidade. Isso faz com que se despreze a própria atividade. Sem plantar boas sementes de Política, por geração espontânea só crescerá erva daninha nesse pasto.
Partidos políticos deveriam, como diz o nome, representar partes do todo social; parlamentares negociariam interesses difusos, amalgamando a sociedade. O Brasil tem hoje 34 partidos; seria interessante se pudéssemos creditar essa expressiva quantidade à variedade de grupos e interesses reais em ação. Não há, entretanto, setores que se sintam realmente representados. O descolamento revela que o sistema assumiu uma lógica própria, funcionando, basicamente, para si mesmo. Os cargos e o poder que lhes cabem na divisão de recursos - escassos - retornam à sociedade apenas se, ocasionalmente, os interesses de partidos e políticos vierem a coincidir com interesses sociais mais amplos. A coincidência de interesses deixou de ser regra, é exceção.
Pelo ângulo estrito da real política que se faz, a crise entre o governo Dilma e sua base não surpreende. É o que tem sido, uma mesmice sem novidades. Então, não há momento melhor para garantir posições e recursos do que períodos pré-eleitorais; arriscar a reeleição de Dilma parece ser pressão suficiente para derrubar barreiras, nos Estados e no ministério. Assim, o PMDB e aliados acautelam-se para que a fonte de sua força não se esgote. Já o governo, apoiado no suposto favoritismo da presidente, busca sujeitar aliados incômodos que têm retirado do PT importantes nacos de poder - no Congresso Nacional, nos Estados e no ministério. Falta Política num grau elevado. E mesmo para a política que se tem, inexiste coordenação capaz de fazer a partilha. Não se sabe que a alcateia é controlada com sagacidade, não com rugidos de tigres desdentados? Enfim, não se trata de projeto, visões de mundo, conflitos ideológicos: a parada se resume ao cretinismo eleitoral a que a Política foi reduzida. Só isso.
* Carlos Melo é cientista político, professor da Insper e autor de "Collor - o ator e suas circunstâncias" (Novo Conceito).
Publicado em O Estado de São Paulo, 15 de março de 2014: http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,consenso-negativo,1141231,0.htm
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Ao conceder superpoderes à Presidência e transferir decisões para o Judiciário, parlamentares viraram judas de malhação.
É fato que durante algum tempo o presidencialismo de coalizão do Brasil fez o
Dida Sampaio/Estadão |
Mas é necessário reconhecer que, de uns tempos para cá, esse mesmo presidencialismo mudou de caráter e a relação ficou deficitária. Aliados de ocasião recebem seu quinhão de poder, mas já não garantem a execução de programas. As tais "maiorias" são incapazes de fazer reformas e pouco colaboram com os governos. Delas se espera, antes, que não atrapalhem, aprovem "alguma coisa", mas que, sobretudo, anulem a oposição e garantam tranquilidade na esfera parlamentar, evitando o constrangimento de CPIs e outros perrengues. Antes que se atribua responsabilidade exclusiva ao PT, é bom dizer que nos Estados governados pela oposição as Assembleias Legislativas têm, em regra, o mesmo padrão.
Culpa dos governos que não têm agenda, ou não têm agenda porque não acreditam na capacidade de suas coalizões cumprirem acordos sem impor novos custos, tornando o processo de reforma mais dispendioso que o mal que se procura curar? O fato é que há um vazio de projetos, planos, propostas; um irritante vazio de Política com o "P" maiúsculo. O Brasil chegou à perfeição ou houve uma rendição incondicional às impossibilidades colocadas pela pequena política? Estamos longe, muito longe, da perfeição.
Burocratas tocam o barco, esperando pelo final do expediente; acreditam em ordens. Já estadistas são visionários, enxergam adiante com olhos no futuro distante; trabalham com a persuasão, a todo o momento. Estão escassos no Brasil de hoje. A impressão é que a realidade dobrou espíritos ousados e a única providência possível é contornar os problemas em vez de resolvê-los; deixar que o longo prazo e a crise resolvam o que a timidez e os interesses imediatos não permitem no presente. Quem nasceu primeiro: o vazio de propostas ou a desconfiança dos governos de seus aliados? É possível que sejam gêmeos. O fato é que esvaziar a agenda parlamentar aliciando partidos e políticos tornou-se o mais comum.
Mansamente, o Legislativo se deixou cooptar, abriu mão de prerrogativas e concedeu superpoderes aos presidentes da República. Também transferiu ao Judiciário a responsabilidade de decidir questões que lhe caberiam. Fez de Dilma e de Joaquim Barbosa os heróis de cada uma das metades em que o País tem se dividido. Mas, também, transformou parlamentares num consenso negativo nacional: judas em sábado de aleluia. A safra de políticos é ruim - raros resistiriam a testes mínimos de qualidade. Isso faz com que se despreze a própria atividade. Sem plantar boas sementes de Política, por geração espontânea só crescerá erva daninha nesse pasto.
Partidos políticos deveriam, como diz o nome, representar partes do todo social; parlamentares negociariam interesses difusos, amalgamando a sociedade. O Brasil tem hoje 34 partidos; seria interessante se pudéssemos creditar essa expressiva quantidade à variedade de grupos e interesses reais em ação. Não há, entretanto, setores que se sintam realmente representados. O descolamento revela que o sistema assumiu uma lógica própria, funcionando, basicamente, para si mesmo. Os cargos e o poder que lhes cabem na divisão de recursos - escassos - retornam à sociedade apenas se, ocasionalmente, os interesses de partidos e políticos vierem a coincidir com interesses sociais mais amplos. A coincidência de interesses deixou de ser regra, é exceção.
Pelo ângulo estrito da real política que se faz, a crise entre o governo Dilma e sua base não surpreende. É o que tem sido, uma mesmice sem novidades. Então, não há momento melhor para garantir posições e recursos do que períodos pré-eleitorais; arriscar a reeleição de Dilma parece ser pressão suficiente para derrubar barreiras, nos Estados e no ministério. Assim, o PMDB e aliados acautelam-se para que a fonte de sua força não se esgote. Já o governo, apoiado no suposto favoritismo da presidente, busca sujeitar aliados incômodos que têm retirado do PT importantes nacos de poder - no Congresso Nacional, nos Estados e no ministério. Falta Política num grau elevado. E mesmo para a política que se tem, inexiste coordenação capaz de fazer a partilha. Não se sabe que a alcateia é controlada com sagacidade, não com rugidos de tigres desdentados? Enfim, não se trata de projeto, visões de mundo, conflitos ideológicos: a parada se resume ao cretinismo eleitoral a que a Política foi reduzida. Só isso.
* Carlos Melo é cientista político, professor da Insper e autor de "Collor - o ator e suas circunstâncias" (Novo Conceito).
Publicado em O Estado de São Paulo, 15 de março de 2014: http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,consenso-negativo,1141231,0.htm
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quarta-feira, 26 de março de 2014
Criando senhas na internet
Richard Jakubaszko
Nada se perdoa na internet quando as imbecilidades são cometidas e repetidas ad nauseum pela burocracia medíocre que reina soberana com infinita hipocrisia sobre todos nós.
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Nada se perdoa na internet quando as imbecilidades são cometidas e repetidas ad nauseum pela burocracia medíocre que reina soberana com infinita hipocrisia sobre todos nós.
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terça-feira, 25 de março de 2014
Agricultura e aquecimento verbal
Evaristo Eduardo de Miranda *
O consumidor conhece a novela: se chove demais ou de menos, o preço das hortaliças, e até da carne, aumenta nos supermercados. Os ganhos desse aumento de preços desaparecem entre o consumidor e o agricultor. Chuva demais ou de menos são sempre sinônimo de perda para os produtores. Não se enfrentam variações de clima com flutuações de preços. A solução é uma agricultura menos sensível às variações climáticas.
O clima foi apontado como o maior problema enfrentado pelos agricultores, acima do preço de venda dos produtos, do custo de produção e da incidência de pragas e doenças, na recente pesquisa do Índice de Confiança do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Enquanto alguns querem mudar o clima e salvar o planeta em 50 anos, os agricultores desejam salvar a sua roça anual de hortaliças, milho, feijão e outras trivialidades.
A dificuldade da agropecuária em dar respostas adequadas às variações climáticas presentes e futuras deve-se às incertezas das informações sobre esse fenômeno. A imprecisão dos modelos de mudanças climáticas aumenta da escala global para a local. Os 21 modelos usados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) deixam clara a sua incapacidade de prever mudanças climáticas em escala local.
Em razão da incerteza na previsão do clima futuro na escala para tomar decisões agrícolas, estudos sobre o passado são úteis. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam tendências de mudanças nos padrões das chuvas e temperaturas nos últimos 50 a 100 anos no Brasil. Eles apontam para padrões complexos, com três ou mais situações num mesmo Estado. E para a necessidade de ampliar a rede de coleta de dados!
Para dificultar ainda mais a decisão dos agricultores sobre que variedades ou técnicas de plantio adotar em face das incertezas climáticas, lá onde vivem não existe agrometeorologia de qualidade para orientá-los. Nem redes sociais e de informação sobre o tema. Eles estão sós e desinformados.
Felizmente, a agricultura tropical é bastante adaptada às variações de chuva e temperatura. No Brasil, de um ano para outro essas flutuações são maiores do que os cenários alardeados por porta-vozes de mudanças climáticas! Neste verão a temperatura andou 6 a 8 graus acima da média, enquanto no início dos anos 1990 foi exatamente o contrário. Aliás, como a chuva, a temperatura nunca anda na linha... da média.
Variação da temperatura entre dia e noite superior a 15 graus é comum nos trópicos. Valor muitas vezes superior às previsões de mudanças climáticas para altas latitudes. E a vegetação e a fauna? Vão bem, obrigado!
Nos últimos cem anos, ecossistemas, florestas plantadas e cultivos tropicais não desapareceram nem fizeram as malas para mudar de latitude. Resultado de longa evolução, eles têm grande plasticidade e capacidade de conviver com variações de chuva e temperatura, diferentemente do que ocorre nas zonas temperadas, onde a regularidade das estações é a regra.
Esse grau de adaptação às flutuações climáticas interanuais, mensais e até diurnas varia entre cultivos anuais, plurianuais ou perenes, e depende de sistemas de produção, capacidade de investimento e uso de tecnologias. Não existe tecnologia que funcione sempre e em qualquer condição, salvo, talvez, a irrigação. Um plantio de café com sombreamento produzirá melhor em anos secos e menos nos chuvosos do que cafezais em pleno sol. O mesmo vale para variedades de ciclo longo e curto, para o adensamento ou espaçamento de plantas, etc.
Uma coisa são as incertezas climáticas, outra é o risco assumido por agropecuaristas ao decidirem investimentos e mudanças tecnológicas. Eles se comportam como qualquer investidor. Alguns, por temperamento e condição, assumirão riscos maiores, buscarão mais produtividade e adotarão certas tecnologias. Os mais conservadores, em circunstâncias análogas, adotarão outras tecnologias, perderão em produtividade, mas reduzirão os riscos e os impactos das variações climáticas. Outros ainda explorarão a redução do ataque de fungos e o ganho de qualidade em seus produtos em anos secos, como na fruticultura e na produção de vinhos.
Alternativas tecnológicas existem para aumentar a sustentabilidade da produção diante das variações climáticas. A ampliação da irrigação, da eletrificação, da mecanização rural, da armazenagem nas fazendas, da logística e do seguro rural seria um enorme avanço perante as incertezas climáticas. Com isso nossa agricultura, marcadamente de baixo carbono, ajudaria ainda mais a "salvar o planeta" e alimentar a humanidade.
Para especialistas internacionais presentes no Global Agribusiness Forum, em São Paulo, é do empreendedorismo dos agricultores, das inovações de instituições de pesquisa agropecuária e do dinamismo dos países emergentes, como a China, a Índia, a Indonésia e o Brasil, que virão as grandes soluções, graças a novas políticas agrícolas e ambientais.
A adaptação coordenada da agricultura tropical diante das incertezas climáticas está no começo. Faltam financiamentos específicos para a pesquisa agropecuária. Mesmo assim, novos saltos tecnológicos estão a caminho, graças a pesquisas inovadoras, como as previstas no planejamento da Embrapa para o horizonte de 2033, em melhoramento genético, mudanças climáticas e gestão territorial, por exemplo.
O cenário climático para a agricultura tropical não é o pior. Mas aponta a necessidade de se adaptar simultaneamente a agricultura e a sociedade. É a melhor garantia em face das incertezas climáticas e contra o nhenhenhém do aquecimento verbal.
* Evaristo Eduardo de Miranda é doutor em ecologia, pesquisador e coordenador do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), e membro do Conselho Editorial da revista Agro DBO.
O consumidor conhece a novela: se chove demais ou de menos, o preço das hortaliças, e até da carne, aumenta nos supermercados. Os ganhos desse aumento de preços desaparecem entre o consumidor e o agricultor. Chuva demais ou de menos são sempre sinônimo de perda para os produtores. Não se enfrentam variações de clima com flutuações de preços. A solução é uma agricultura menos sensível às variações climáticas.
O clima foi apontado como o maior problema enfrentado pelos agricultores, acima do preço de venda dos produtos, do custo de produção e da incidência de pragas e doenças, na recente pesquisa do Índice de Confiança do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Enquanto alguns querem mudar o clima e salvar o planeta em 50 anos, os agricultores desejam salvar a sua roça anual de hortaliças, milho, feijão e outras trivialidades.
A dificuldade da agropecuária em dar respostas adequadas às variações climáticas presentes e futuras deve-se às incertezas das informações sobre esse fenômeno. A imprecisão dos modelos de mudanças climáticas aumenta da escala global para a local. Os 21 modelos usados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) deixam clara a sua incapacidade de prever mudanças climáticas em escala local.
Em razão da incerteza na previsão do clima futuro na escala para tomar decisões agrícolas, estudos sobre o passado são úteis. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam tendências de mudanças nos padrões das chuvas e temperaturas nos últimos 50 a 100 anos no Brasil. Eles apontam para padrões complexos, com três ou mais situações num mesmo Estado. E para a necessidade de ampliar a rede de coleta de dados!
Para dificultar ainda mais a decisão dos agricultores sobre que variedades ou técnicas de plantio adotar em face das incertezas climáticas, lá onde vivem não existe agrometeorologia de qualidade para orientá-los. Nem redes sociais e de informação sobre o tema. Eles estão sós e desinformados.
Felizmente, a agricultura tropical é bastante adaptada às variações de chuva e temperatura. No Brasil, de um ano para outro essas flutuações são maiores do que os cenários alardeados por porta-vozes de mudanças climáticas! Neste verão a temperatura andou 6 a 8 graus acima da média, enquanto no início dos anos 1990 foi exatamente o contrário. Aliás, como a chuva, a temperatura nunca anda na linha... da média.
Variação da temperatura entre dia e noite superior a 15 graus é comum nos trópicos. Valor muitas vezes superior às previsões de mudanças climáticas para altas latitudes. E a vegetação e a fauna? Vão bem, obrigado!
Nos últimos cem anos, ecossistemas, florestas plantadas e cultivos tropicais não desapareceram nem fizeram as malas para mudar de latitude. Resultado de longa evolução, eles têm grande plasticidade e capacidade de conviver com variações de chuva e temperatura, diferentemente do que ocorre nas zonas temperadas, onde a regularidade das estações é a regra.
Esse grau de adaptação às flutuações climáticas interanuais, mensais e até diurnas varia entre cultivos anuais, plurianuais ou perenes, e depende de sistemas de produção, capacidade de investimento e uso de tecnologias. Não existe tecnologia que funcione sempre e em qualquer condição, salvo, talvez, a irrigação. Um plantio de café com sombreamento produzirá melhor em anos secos e menos nos chuvosos do que cafezais em pleno sol. O mesmo vale para variedades de ciclo longo e curto, para o adensamento ou espaçamento de plantas, etc.
Uma coisa são as incertezas climáticas, outra é o risco assumido por agropecuaristas ao decidirem investimentos e mudanças tecnológicas. Eles se comportam como qualquer investidor. Alguns, por temperamento e condição, assumirão riscos maiores, buscarão mais produtividade e adotarão certas tecnologias. Os mais conservadores, em circunstâncias análogas, adotarão outras tecnologias, perderão em produtividade, mas reduzirão os riscos e os impactos das variações climáticas. Outros ainda explorarão a redução do ataque de fungos e o ganho de qualidade em seus produtos em anos secos, como na fruticultura e na produção de vinhos.
Alternativas tecnológicas existem para aumentar a sustentabilidade da produção diante das variações climáticas. A ampliação da irrigação, da eletrificação, da mecanização rural, da armazenagem nas fazendas, da logística e do seguro rural seria um enorme avanço perante as incertezas climáticas. Com isso nossa agricultura, marcadamente de baixo carbono, ajudaria ainda mais a "salvar o planeta" e alimentar a humanidade.
Para especialistas internacionais presentes no Global Agribusiness Forum, em São Paulo, é do empreendedorismo dos agricultores, das inovações de instituições de pesquisa agropecuária e do dinamismo dos países emergentes, como a China, a Índia, a Indonésia e o Brasil, que virão as grandes soluções, graças a novas políticas agrícolas e ambientais.
A adaptação coordenada da agricultura tropical diante das incertezas climáticas está no começo. Faltam financiamentos específicos para a pesquisa agropecuária. Mesmo assim, novos saltos tecnológicos estão a caminho, graças a pesquisas inovadoras, como as previstas no planejamento da Embrapa para o horizonte de 2033, em melhoramento genético, mudanças climáticas e gestão territorial, por exemplo.
O cenário climático para a agricultura tropical não é o pior. Mas aponta a necessidade de se adaptar simultaneamente a agricultura e a sociedade. É a melhor garantia em face das incertezas climáticas e contra o nhenhenhém do aquecimento verbal.
* Evaristo Eduardo de Miranda é doutor em ecologia, pesquisador e coordenador do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), e membro do Conselho Editorial da revista Agro DBO.
Publicado em O Estado de S.Paulo, 24 de março de 2014: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,agricultura-e-aquecimento-verbal,1144394,0.htm
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segunda-feira, 24 de março de 2014
O fundo do mar, nas ilhas Fiji e Tonga
Richard Jakubaszko
O fundo do mar na região das ilhas Fiji e Tonga, na Oceania, num cenário filmado por profissionais, é tão espetacular que é indescritível em palavras.
Só assistindo, no vídeo abaixo, enviado pelo fraterno amigo Hélio Casale, para saber como é esse paraíso.
Aproveite para pensar sobre o talento infinito de quem criou essas e aquelas coisas todas, no caso, quem sabe, provavelmente alguém que deve ser algum resíduo advindo de poeira cósmica, consequência do big bang, né não?...
O vídeo registra mais de 20 milhões de visitas.
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O fundo do mar na região das ilhas Fiji e Tonga, na Oceania, num cenário filmado por profissionais, é tão espetacular que é indescritível em palavras.
Só assistindo, no vídeo abaixo, enviado pelo fraterno amigo Hélio Casale, para saber como é esse paraíso.
Aproveite para pensar sobre o talento infinito de quem criou essas e aquelas coisas todas, no caso, quem sabe, provavelmente alguém que deve ser algum resíduo advindo de poeira cósmica, consequência do big bang, né não?...
O vídeo registra mais de 20 milhões de visitas.
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sábado, 22 de março de 2014
Denúncia: alumínio é a causa do Alzheimer
Richard Jakubaszko
Recebo do amigo e frequentador deste blog, Dr. Gerson Machado, mais uma denúncia sobre a questão de o alumínio ser a principal causa do mal de Alzheimer e de outras doenças, até mesmo cânceres diversos. Ele me enviou o vídeo abaixo, onde o conhecido e respeitado médico americano Dr. Joseph Mercola entrevista o Dr. David Ayoub, especialista em toxicologia, que atesta a importância dessas evidências científicas, para as quais as autoridades das áreas de saúde, sejam americanas, europeias ou brasileiras, não dão a mínima importância. (Para quem não domina o inglês: o vídeo possui sistema de legendas com tradução para o português; são macarrônicas, mas tornam o vídeo compreensível. As legendas são ativadas na caixa retangular, no rodapé do vídeo, ao lado do relógio)
O Dr Mercola tem um site onde trata dessas e de outras questões de saúde, demonstrando que o alumínio está presente em nossas vidas de forma muito mais ativa do que podemos imaginar: http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2014/03/22/aluminum-toxicity-alzheimers.aspx
Tanto no link acima, como no Vimeo, pode ser encontrado o vídeo-documentário "A idade do alumínio", que mostra as dimensões inimagináveis da presença do alumínio em nossas vidas: http://vimeo.com/89152658
No Google o leitor encontrará milhares de denúncias, em diferentes níveis de profundidade, demonstrando a presença maléfica do alumínio, um metal pesado sem nenhuma função biológica, que é neurotóxico causador de inúmeras doenças neurológicas, que é tão tóxico quanto o mercúrio quando encontrado no organismo humano ou animal, mas que é tolerado e aceito pelas autoridades sanitárias (no Brasil, a Anvisa), pois está presente em vacinas, xampus, alimentos industrializados etc. Além disso, e muito mais importante, o alumínio está presente nas panelas utilizadas para cozinhar alimentos, especialmente em países emergentes como o Brasil, onde ainda se usa este medieval instrumento de preparo de alimentos, assim como o papel alumínio para cozinhar alimentos em fornos. Ambos deixam resíduos e nos contaminam criminosamente, de forma silenciosa.
Alumínio está em toda parte
Embora o alumínio ocorra naturalmente no solo (solos ácidos), água e ar, mas em quantidades mínimas, estamos contribuindo para a contaminação através da mineração e processamento de minérios de alumínio, fabricação de produtos de alumínio e a operação de usinas de carvão e incineradores. O alumínio não pode ser destruído no ambiente — ele só muda sua forma de se anexar ou se separar de outras partículas.
Uma
vez que esteja presente no seu organismo, o alumínio viaja facilmente, desimpedido, pega carona no seu
sistema de transporte de ferro, atravessa barreiras biológicas que
normalmente obstruem a passagem de outros tipos de toxinas, como a barreira hemato-encefálica. Ao longo do tempo, o alumínio acumula-se no cérebro e causa
danos graves à saúde neurológica — independentemente da idade, doenças irreversíveis como Mal de Parkinson, Alzheimer, e outras. E você vai esquecer-se de tudo, seja do que leu aqui, do que aprendeu na escola e na vida, e vai deixar de lembrar do nome da sua mãe, e até mesmo do seu próprio nome.
Recebo do amigo e frequentador deste blog, Dr. Gerson Machado, mais uma denúncia sobre a questão de o alumínio ser a principal causa do mal de Alzheimer e de outras doenças, até mesmo cânceres diversos. Ele me enviou o vídeo abaixo, onde o conhecido e respeitado médico americano Dr. Joseph Mercola entrevista o Dr. David Ayoub, especialista em toxicologia, que atesta a importância dessas evidências científicas, para as quais as autoridades das áreas de saúde, sejam americanas, europeias ou brasileiras, não dão a mínima importância. (Para quem não domina o inglês: o vídeo possui sistema de legendas com tradução para o português; são macarrônicas, mas tornam o vídeo compreensível. As legendas são ativadas na caixa retangular, no rodapé do vídeo, ao lado do relógio)
O Dr Mercola tem um site onde trata dessas e de outras questões de saúde, demonstrando que o alumínio está presente em nossas vidas de forma muito mais ativa do que podemos imaginar: http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2014/03/22/aluminum-toxicity-alzheimers.aspx
Tanto no link acima, como no Vimeo, pode ser encontrado o vídeo-documentário "A idade do alumínio", que mostra as dimensões inimagináveis da presença do alumínio em nossas vidas: http://vimeo.com/89152658
No Google o leitor encontrará milhares de denúncias, em diferentes níveis de profundidade, demonstrando a presença maléfica do alumínio, um metal pesado sem nenhuma função biológica, que é neurotóxico causador de inúmeras doenças neurológicas, que é tão tóxico quanto o mercúrio quando encontrado no organismo humano ou animal, mas que é tolerado e aceito pelas autoridades sanitárias (no Brasil, a Anvisa), pois está presente em vacinas, xampus, alimentos industrializados etc. Além disso, e muito mais importante, o alumínio está presente nas panelas utilizadas para cozinhar alimentos, especialmente em países emergentes como o Brasil, onde ainda se usa este medieval instrumento de preparo de alimentos, assim como o papel alumínio para cozinhar alimentos em fornos. Ambos deixam resíduos e nos contaminam criminosamente, de forma silenciosa.
Alumínio está em toda parte
Embora o alumínio ocorra naturalmente no solo (solos ácidos), água e ar, mas em quantidades mínimas, estamos contribuindo para a contaminação através da mineração e processamento de minérios de alumínio, fabricação de produtos de alumínio e a operação de usinas de carvão e incineradores. O alumínio não pode ser destruído no ambiente — ele só muda sua forma de se anexar ou se separar de outras partículas.
A chuva lava partículas de alumínio do ar, e em nosso
fornecimento de água, onde eles tendem a acumular-se, ao invés de se degradar. Se
você mora em uma área industrial, a sua exposição é, sem dúvida, muito alta.
Em testes de laboratórios, a contaminação de alumínio
foi encontrada em um vasto número de produtos no mercado, de alimentos e
bebidas, e de produtos farmacêuticos, o que sugere que os processos industriais são uma parte significativa do problema. Alumínio é encontrado em um
número chocante de alimentos e produtos de consumo, incluindo fermento em pó, farinhas,
sal, leite em pó, alimentos processados, coloração e agentes de
endurecimento.
Remédios, como antiácidos, analgésicos, antidiarréicos etc.
Vacinas — hepatite A e B, Hib, DTaP (difteria, tétano,
coqueluche), a vacina pneumocócica, Gardasil (HPV) e outros.
Cosméticos e produtos de cuidados pessoais, como
xampus, desodorantes (incluindo cristais de sal, feitos de alúmen), loções,
protetores solares e antitranspirantes.
ET. Lá em casa, há muitos anos, deixamos de usar panelas de alumínio, apesar de minha mulher ainda usar ocasionalmente o papel alumínio para cozinhar alimentos, mas isso um dia vai mudar. O principal, as panelas, já eram...
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sexta-feira, 21 de março de 2014
Mãe, que tipo de vida teu filho terá?
Richard Jakubaszko
O vídeo abaixo, uma campanha italiana em prol das crianças (e adultos) portadoras da Síndrome de Down é uma pedrada na cara do preconceito. Humano, realista, emocional, sensível. As respostas à pergunta do título deste post são inúmeras, feitas pelas próprias crianças e jovens que sofrem do preconceito, mal milenar que assola a humanidade individualista, emburrecida e medíocre.
Raras vezes a publicidade fez tanto por uma causa nobre. Pois foi a publicidade italiana, acusada por inúmeros publicitários brasileiros de ser carente de criatividade, quem respondeu à altura.
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O vídeo abaixo, uma campanha italiana em prol das crianças (e adultos) portadoras da Síndrome de Down é uma pedrada na cara do preconceito. Humano, realista, emocional, sensível. As respostas à pergunta do título deste post são inúmeras, feitas pelas próprias crianças e jovens que sofrem do preconceito, mal milenar que assola a humanidade individualista, emburrecida e medíocre.
Raras vezes a publicidade fez tanto por uma causa nobre. Pois foi a publicidade italiana, acusada por inúmeros publicitários brasileiros de ser carente de criatividade, quem respondeu à altura.
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quinta-feira, 20 de março de 2014
Mídia-mobral ignora opiniões de economista Prêmio Nobel
NÃO ELEITORAL
Janio de Freitas
Sem ser jornalista profissional, o economista Paul Krugman, Nobel de 2008, há anos é a palavra mais importante no jornalismo americano. Tanto no que se refere à política interna como à internacional, a numerosos países e, claro, à economia em todos os sentidos. A proporção de acerto das suas percepções e ponderações impressiona, e é única hoje em dia.
Por alguma razão, ou, mais provável, por várias, sua participação no "Fórum Brasil: diálogos para o futuro", realizado pela "Carta Capital", não provocou nos jornais, tevês e rádios o desejo de dar-lhe o destaque das coisas importantes ou interessantes. Por exemplo:
"Há um bom tempo o Brasil não é mais um país tão vulnerável, e o que aconteceu (ao real) foi uma depreciação benigna. Sim, houve um aumento da inflação, mas não há descontrole. E disciplina fiscal e dívida externa não são mais fatores importantes, como no passado".
Ou: "Desta vez, a América Latina e o Brasil conduziram-se muito bem na crise [da economia americana e dos efeitos que os problemas americanos produziam na América Latina, e desta vez produziram na Europa].
Parece com a multidão de opiniões que jornais, rádios e tevês lançam sobre o país todos os dias, em todas as horas, por seus comentaristas de economia? Calma, não generalizo. Há ressalva: uma.
Publicado no blog Esquerdopata: http://esquerdopata.blogspot.com.br/2014/03/midia-mobral-ignora-opinioes-de.html
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Janio de Freitas
Sem ser jornalista profissional, o economista Paul Krugman, Nobel de 2008, há anos é a palavra mais importante no jornalismo americano. Tanto no que se refere à política interna como à internacional, a numerosos países e, claro, à economia em todos os sentidos. A proporção de acerto das suas percepções e ponderações impressiona, e é única hoje em dia.
Por alguma razão, ou, mais provável, por várias, sua participação no "Fórum Brasil: diálogos para o futuro", realizado pela "Carta Capital", não provocou nos jornais, tevês e rádios o desejo de dar-lhe o destaque das coisas importantes ou interessantes. Por exemplo:
"Há um bom tempo o Brasil não é mais um país tão vulnerável, e o que aconteceu (ao real) foi uma depreciação benigna. Sim, houve um aumento da inflação, mas não há descontrole. E disciplina fiscal e dívida externa não são mais fatores importantes, como no passado".
Ou: "Desta vez, a América Latina e o Brasil conduziram-se muito bem na crise [da economia americana e dos efeitos que os problemas americanos produziam na América Latina, e desta vez produziram na Europa].
Parece com a multidão de opiniões que jornais, rádios e tevês lançam sobre o país todos os dias, em todas as horas, por seus comentaristas de economia? Calma, não generalizo. Há ressalva: uma.
Publicado no blog Esquerdopata: http://esquerdopata.blogspot.com.br/2014/03/midia-mobral-ignora-opinioes-de.html
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quarta-feira, 19 de março de 2014
Estatísticas americanas
Moacir Japiassu *
Estatísticas
O considerado Roldão Simas Filho, maior ombudsman da
imprensa brasileira, escritor de escol, químico aposentado da Petrobrás, é
também, como nem o Ignorante-mor ignora, diretor de nossa sucursal em Brasília,
instalada em edifício já invadido certa vez pelos sem-teto e cujo varandão anda
meio despencado. Pois desse cenário que lembra Saigon nos anos 1970, nosso
Mestre repassa à coluna esta obra-prima produzida pela nação mais poderosa do
mundo e que lhe foi enviada por um amigo bem-informado:
Segundo o Los Angeles Times cerca de 11% dos americanos
pensam que HTML é uma doença sexualmente transmissível; 27% dizem que
"gigabyte" é um inseto comum na América do Sul; 23% pensam que MP3 é
um robot da saga «Guerra das Estrelas»; 15% dizem que "software" é
roupa confortável; 12% estão convencidos de que USB é o acrônimo de um país
europeu; por fim, 61% dos inquiridos acham que hoje em dia é muito importante
ter bons conhecimentos em tecnologia.
Publicado na coluna ImprenÇa, de Moacir Japiassu, no Portal Comunique-se:
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segunda-feira, 17 de março de 2014
Como depenar um tucano pessimista
Richard Jakubaszko
A senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) depenou o senador tucano Aloysio Nunes (PSDB/SP) no plenário do Senado Federal, e nem sujou as mãos.
A senadora, ex-ministra da Casa Civil, desincompatibilizou-se este mês para concorrer ao governo do Paraná, mas deve continuar atuante na tribuna do Senado como principal defensora do Governo Federal, que andava meio carente de defensores. Aliás, nem parece que o PT possui 13 senadores eleitos.
Circula nos meios políticos a informação de que, ano que vem, o PT projeta, além de reeleger Dilma, aumentar a bancada na Câmara dos Deputados (onde já tem maioria), para obter a presidência da casa, e dobrar o número de senadores, também para ter o direito de presidir o Senado, pelo sistema de rodízio. Ou seja, o PT pretende fazer barba, cabelo e bigode.
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A senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) depenou o senador tucano Aloysio Nunes (PSDB/SP) no plenário do Senado Federal, e nem sujou as mãos.
A senadora, ex-ministra da Casa Civil, desincompatibilizou-se este mês para concorrer ao governo do Paraná, mas deve continuar atuante na tribuna do Senado como principal defensora do Governo Federal, que andava meio carente de defensores. Aliás, nem parece que o PT possui 13 senadores eleitos.
Circula nos meios políticos a informação de que, ano que vem, o PT projeta, além de reeleger Dilma, aumentar a bancada na Câmara dos Deputados (onde já tem maioria), para obter a presidência da casa, e dobrar o número de senadores, também para ter o direito de presidir o Senado, pelo sistema de rodízio. Ou seja, o PT pretende fazer barba, cabelo e bigode.
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domingo, 16 de março de 2014
Xadrez: Carlsen x Bill Gates
Richard Jakubaszko
O Grande Mestre de xadrez Magnus Carlsen, norueguês de apenas 23 anos, e atual número 1 do xadrez mundial, bateu Bill Gates em partida de demonstração na TV, em 71 segundos, mas usando apenas 12 segundos de seu próprio tempo.
O sorriso amarelo de Bill Gates, após a surpresa (dele) do xeque-mate, não tem preço...
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O Grande Mestre de xadrez Magnus Carlsen, norueguês de apenas 23 anos, e atual número 1 do xadrez mundial, bateu Bill Gates em partida de demonstração na TV, em 71 segundos, mas usando apenas 12 segundos de seu próprio tempo.
O sorriso amarelo de Bill Gates, após a surpresa (dele) do xeque-mate, não tem preço...
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sábado, 15 de março de 2014
O boi foi pro brejo!
Tutty Vasques
O boi foi pro brejo!
É mais uma conquista das mulheres! Depois do feminino de presidente cunhado pela ‘presidenta’ Dilma, a expressão idiomática ‘bode expiatório’ ganhou nova versão de gênero gramatical no discurso da pré-candidata a ‘vice-presidenta’ Marina Silva, que acusa o governo de buscar nela, ambientalista de carteirinha, uma “cabra expiatória” para o desabastecimento hidrelétrico.
Isso quer dizer o seguinte: está aberta a porteira para o uso de fêmeas em figuras de linguagem tradicionalmente protagonizadas por machos.
Exemplos: matar uma leoa por dia; engolir sapa; comprar gata por lebre; cor de burra quando foge; a égua dada não se olha os dentes; à noite todas as gatas são pardas; quem não tem cadela caça com gata; mais vale uma pássara na mão que duas voando; memória de elefanta; dar pérolas às porcas; abraço de ursa; macaca em cristaleira; vaca de piranha; dar com as burras n’água; passarinha que come pedra…
Enfim, as cachorras ladram e a caravana passa!
Publicado no http://blogs.estadao.com.br/tutty/o-boi-foi-pro-brejo/
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sexta-feira, 14 de março de 2014
Formigueiro é obra de arte da natureza
Richard Jakubaszko
O vídeo baixo não deixa dúvidas que um formigueiro, escondido embaixo da terra, possui caminhos e descaminhos muito interessantes e criativos, que mostram formas de como a natureza se protege dos inimigos naturais, no caso específico refiro-me especialmente às águas das chuvas.
O vídeo mostra o despejar de um balde com alumínio líquido, fervendo, na boca de entrada de um pequeno formigueiro. Rapidamente o alumínio esfria e se solidifica; depois de retirado mostra o tamanho da arte das formigas.
Um detalhe que me espantou: esse vídeo já tem cerca de 27 milhões de clicks!
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O vídeo baixo não deixa dúvidas que um formigueiro, escondido embaixo da terra, possui caminhos e descaminhos muito interessantes e criativos, que mostram formas de como a natureza se protege dos inimigos naturais, no caso específico refiro-me especialmente às águas das chuvas.
O vídeo mostra o despejar de um balde com alumínio líquido, fervendo, na boca de entrada de um pequeno formigueiro. Rapidamente o alumínio esfria e se solidifica; depois de retirado mostra o tamanho da arte das formigas.
Um detalhe que me espantou: esse vídeo já tem cerca de 27 milhões de clicks!
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quinta-feira, 13 de março de 2014
Habemus um ministro do ramo!
Richard Jakubaszko
Finalmente, à revelia das chantagens do PMDB, e apesar das idiossincrasias da política partidária, que só pensa em levar vantagem, temos um ministro da Agricultura que é do ramo: Neri Geller, atual secretário de Política Agrícola do Mapa, Ministério da Agricultura, foi convidado ontem pela presidente Dilma Rousseff para assumir o comando da pasta. O convite foi aceito e a posse deve ocorrer amanhã, sexta (14).
Não apenas o MT e os sojicultores do Brasil, mas o agro do Brasil inteiro, vai aplaudir a decisão da presidente Dilma. Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja (MT), saiu na frente: “Geller é um agricultor nato e competente, não precisaremos convencê-lo dos problemas que o setor enfrenta”.
Neri Geller é gaúcho (o que não significa uma vantagem competitiva, como podem pensar os mais apressadinhos), natural da cidade de Selbach. É agricultor e empresário em Lucas do Rio Verde (MT). Foi vereador duas vezes no município, depois deputado federal, em 2007, reeleito em 2011, pelo PP/MT. Em 2013, licenciou-se para assumir a Secretaria de Política Agrícola.
Dias atrás Geller filiou-se ao PMDB, quem sabe asfaltando seu caminho para o Mapa, por sugestão do senador Blairo Maggi, que andou viajando com Lula até Cuba, e ninguém me tira da cabeça que a "solução" Geller saiu da conversa entre os dois, na ida ou na volta...
A grande vantagem competitiva de Geller, além de ser agricultor, é que ele é torcedor do Internacional, como eu, um colorado desde criancinha. A propósito, ontem, dia do convite para Geller assumir o Mapa, o Inter esfolou o Remo, lá em Manaus, por 6 x 1, pela Copa do Brasil.
Homenagem do Inter ou coincidência, ministro? É que a presidente Dilma também é colorada...
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Finalmente, à revelia das chantagens do PMDB, e apesar das idiossincrasias da política partidária, que só pensa em levar vantagem, temos um ministro da Agricultura que é do ramo: Neri Geller, atual secretário de Política Agrícola do Mapa, Ministério da Agricultura, foi convidado ontem pela presidente Dilma Rousseff para assumir o comando da pasta. O convite foi aceito e a posse deve ocorrer amanhã, sexta (14).
Não apenas o MT e os sojicultores do Brasil, mas o agro do Brasil inteiro, vai aplaudir a decisão da presidente Dilma. Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja (MT), saiu na frente: “Geller é um agricultor nato e competente, não precisaremos convencê-lo dos problemas que o setor enfrenta”.
Neri Geller é gaúcho (o que não significa uma vantagem competitiva, como podem pensar os mais apressadinhos), natural da cidade de Selbach. É agricultor e empresário em Lucas do Rio Verde (MT). Foi vereador duas vezes no município, depois deputado federal, em 2007, reeleito em 2011, pelo PP/MT. Em 2013, licenciou-se para assumir a Secretaria de Política Agrícola.
Dias atrás Geller filiou-se ao PMDB, quem sabe asfaltando seu caminho para o Mapa, por sugestão do senador Blairo Maggi, que andou viajando com Lula até Cuba, e ninguém me tira da cabeça que a "solução" Geller saiu da conversa entre os dois, na ida ou na volta...
A grande vantagem competitiva de Geller, além de ser agricultor, é que ele é torcedor do Internacional, como eu, um colorado desde criancinha. A propósito, ontem, dia do convite para Geller assumir o Mapa, o Inter esfolou o Remo, lá em Manaus, por 6 x 1, pela Copa do Brasil.
Homenagem do Inter ou coincidência, ministro? É que a presidente Dilma também é colorada...
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segunda-feira, 10 de março de 2014
Safra indefinida
Richard Jakubaszko
Estamos na reta para o fechamento da safra de verão 2013/2014. O sufoco e as consequências da falta de chuvas com o veranico inesperado e prolongado ainda não terminou, eis que é necessário contabilizar perdas, e ao mesmo tempo dar os primeiros passos para o plantio da 2ª safra. Tomara que agora não chova mais do que o necessário.
Para posicionar os agricultores de todas as regiões do Brasil, Agro DBO traz "Safra indefinida" como matéria de capa, por ameaçar o recorde projetado, em trabalho da autoria do jornalista Glauco Menegheti, com uma panorâmica dos problemas observados em cada uma das mais importantes microrregiões estaduais dedicadas ao plantio de grãos, seja em termos de perdas por clima, pragas e doenças, logística e preços (ao clicar na capa da revista o leitor será direcionado ao site da Agro DBO, onde poderá ler / folhear a revista inteira, no sistema flipper).
Nesta edição, trazemos ainda uma significativa diversificação de temas relevantes aos produtores, como novas tecnologias em máquinas, uma interessante entrevista com José Fernandes Jardim Júnior, o novo presidente-executivo da Cocamar, cooperativa que profissionalizou seu quadro diretivo, e ainda as opiniões de nossos colunistas especializados.
Diante de inúmeras dificuldades alguns produtores rurais de outras regiões optaram por migrar para áreas de novas fronteiras agrícolas, e o especial “Novas Fronteiras Agrícolas”, elaborado pelo repórter Ariosto Mesquita, dá continuidade nesta edição ao segundo relato da série sobre o Araguaia, no sudeste do Pará, onde experientes agricultores do Mato Grosso do Sul transformam-se em pioneiros e apostam tudo em busca do sucesso na produção de soja e milho, mesmo que tenham de plantar soja no cascalho, prática impensável em regiões mais ao sul, ou até mesmo de se tornar pecuaristas e confinadores para dar vazão aos grãos.
Denunciamos nesta edição, na matéria "Institutos sucateados", do jornalista José Maria Tomazela, o descaso político dos governos estaduais dos estados de São Paulo e Paraná para com a pesquisa agropecuária, onde notáveis institutos de pesquisas, alguns centenários, entre eles o IAC - Instituto Agronômico de Campinas e o Instituto Biológico definham sem a reposição de trabalhadores de todos os níveis, inclusive pesquisadores. O desinteresse político, e também a má gestão pública nessa área, transforma cientistas em sucata humana sem importância e sem qualquer perspectiva de concretização de seus ideais e objetivos de trabalho, tornando-os uma caricatura social de cidadãos mal pagos, insatisfeitos e desmotivados, diante da inação do poder público.
Lamentavelmente, o assunto é recorrente, pois já havíamos reportado esses problemas em setembro/2011 na DBO Agrotecnologia nº 32.
Abaixo um vídeo do Portal DBO onde registrei um depoimento sobre o conteúdo da edição.
Agro DBO nº 53 / março/14 |
Para posicionar os agricultores de todas as regiões do Brasil, Agro DBO traz "Safra indefinida" como matéria de capa, por ameaçar o recorde projetado, em trabalho da autoria do jornalista Glauco Menegheti, com uma panorâmica dos problemas observados em cada uma das mais importantes microrregiões estaduais dedicadas ao plantio de grãos, seja em termos de perdas por clima, pragas e doenças, logística e preços (ao clicar na capa da revista o leitor será direcionado ao site da Agro DBO, onde poderá ler / folhear a revista inteira, no sistema flipper).
Nesta edição, trazemos ainda uma significativa diversificação de temas relevantes aos produtores, como novas tecnologias em máquinas, uma interessante entrevista com José Fernandes Jardim Júnior, o novo presidente-executivo da Cocamar, cooperativa que profissionalizou seu quadro diretivo, e ainda as opiniões de nossos colunistas especializados.
Diante de inúmeras dificuldades alguns produtores rurais de outras regiões optaram por migrar para áreas de novas fronteiras agrícolas, e o especial “Novas Fronteiras Agrícolas”, elaborado pelo repórter Ariosto Mesquita, dá continuidade nesta edição ao segundo relato da série sobre o Araguaia, no sudeste do Pará, onde experientes agricultores do Mato Grosso do Sul transformam-se em pioneiros e apostam tudo em busca do sucesso na produção de soja e milho, mesmo que tenham de plantar soja no cascalho, prática impensável em regiões mais ao sul, ou até mesmo de se tornar pecuaristas e confinadores para dar vazão aos grãos.
Denunciamos nesta edição, na matéria "Institutos sucateados", do jornalista José Maria Tomazela, o descaso político dos governos estaduais dos estados de São Paulo e Paraná para com a pesquisa agropecuária, onde notáveis institutos de pesquisas, alguns centenários, entre eles o IAC - Instituto Agronômico de Campinas e o Instituto Biológico definham sem a reposição de trabalhadores de todos os níveis, inclusive pesquisadores. O desinteresse político, e também a má gestão pública nessa área, transforma cientistas em sucata humana sem importância e sem qualquer perspectiva de concretização de seus ideais e objetivos de trabalho, tornando-os uma caricatura social de cidadãos mal pagos, insatisfeitos e desmotivados, diante da inação do poder público.
Lamentavelmente, o assunto é recorrente, pois já havíamos reportado esses problemas em setembro/2011 na DBO Agrotecnologia nº 32.
Abaixo um vídeo do Portal DBO onde registrei um depoimento sobre o conteúdo da edição.
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sábado, 8 de março de 2014
Nos limites do planeta
Richard Jakubaszko
Estamos nos aproximando dos limites de sobrevivência do planeta, diante do crescimento populacional. Já escrevi sobre isso inúmeras vezes aqui neste espaço. Muito antes de faltar água potável, teremos falta de comida, por falta de áreas com terras agricultáveis. Teremos a falta de outros recursos naturais, em especial de fertilizantes como potássio e fósforo. E, como declarou o ex-Nobel da Paz, Norman Borlaug, "sem fertilizante é fim de jogo para a humanidade".
As tecnologias mais modernas das ciências agrícolas (sementes OGMs, agricultura de precisão, bioestimulantes vegetais) demonstram ter atingido os limites de aumento de produtividade das lavouras. Os avanços serão mais lentos daqui para a frente. Poderemos aumentar ainda a produção de alimentos através do aumento médio das produtividades, especialmente no Brasil e em alguns países emergentes, como a Índia e Indonésia, e em muitos países africanos. Porém, a custos elevados, eis que toda nova tecnologia, quando surge, embute custos altíssimos para pagar os investimentos de pesquisas.
No planeta, onde há terras disponíveis para se fazer agricultura, não há água, especialmente na África, Austrália e China. O Brasil ainda tem espaços (agora limitados pelo novo Código Florestal), mas já podemos prever o esgotamento das terras disponíveis para no máximo 10 anos, talvez antes. A Europa e os EUA, Argentina, também já estão chegando nos limites de usos das áreas agricultáveis.
No vídeo abaixo, cálculos matemáticos feitos por um "japa" demonstram como é a rapidez do processo. Depois do vídeo faço comentários adicionais.
A questão vai assumir proporções dramáticas em 10 a 15 anos, inicialmente em regiões mais pobres, especialmente África, onde já existe uma situação ruim, porque os alimentos ficarão ainda mais caros do que já estão. Lembremos que alimento é produzido e depois vendido para quem tem dinheiro (e apetite), e não para quem tem fome. Pobre tem fome e não tem dinheiro, e não possui apetite.
Só há uma maneira de mitigar os problemas futuros da humanidade: reduzir a velocidade do crescimento demográfico. Mas essa ideia não encontra espaço para debates na mídia, e nem é discutida por ambientalistas, políticos, religiosos e investidores. O máximo, e o mais próximo de soluções que já apareceram, é a proposta neoliberal, quem sabe malthusiana, a ideia do "decrescimento", em que todos devem reduzir o consumo e a produção, discutida pelo Clube de Roma (FAO/ONU) há mais de 10 anos, o que implicaria em não progredir os PIBs dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Parece que o tabu de discutir o crescimento demográfico entrou no rol do "politicamente correto".
O vídeo acima me foi enviado pelo zootecnista Renato Villela.
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Estamos nos aproximando dos limites de sobrevivência do planeta, diante do crescimento populacional. Já escrevi sobre isso inúmeras vezes aqui neste espaço. Muito antes de faltar água potável, teremos falta de comida, por falta de áreas com terras agricultáveis. Teremos a falta de outros recursos naturais, em especial de fertilizantes como potássio e fósforo. E, como declarou o ex-Nobel da Paz, Norman Borlaug, "sem fertilizante é fim de jogo para a humanidade".
As tecnologias mais modernas das ciências agrícolas (sementes OGMs, agricultura de precisão, bioestimulantes vegetais) demonstram ter atingido os limites de aumento de produtividade das lavouras. Os avanços serão mais lentos daqui para a frente. Poderemos aumentar ainda a produção de alimentos através do aumento médio das produtividades, especialmente no Brasil e em alguns países emergentes, como a Índia e Indonésia, e em muitos países africanos. Porém, a custos elevados, eis que toda nova tecnologia, quando surge, embute custos altíssimos para pagar os investimentos de pesquisas.
No planeta, onde há terras disponíveis para se fazer agricultura, não há água, especialmente na África, Austrália e China. O Brasil ainda tem espaços (agora limitados pelo novo Código Florestal), mas já podemos prever o esgotamento das terras disponíveis para no máximo 10 anos, talvez antes. A Europa e os EUA, Argentina, também já estão chegando nos limites de usos das áreas agricultáveis.
No vídeo abaixo, cálculos matemáticos feitos por um "japa" demonstram como é a rapidez do processo. Depois do vídeo faço comentários adicionais.
A questão vai assumir proporções dramáticas em 10 a 15 anos, inicialmente em regiões mais pobres, especialmente África, onde já existe uma situação ruim, porque os alimentos ficarão ainda mais caros do que já estão. Lembremos que alimento é produzido e depois vendido para quem tem dinheiro (e apetite), e não para quem tem fome. Pobre tem fome e não tem dinheiro, e não possui apetite.
Só há uma maneira de mitigar os problemas futuros da humanidade: reduzir a velocidade do crescimento demográfico. Mas essa ideia não encontra espaço para debates na mídia, e nem é discutida por ambientalistas, políticos, religiosos e investidores. O máximo, e o mais próximo de soluções que já apareceram, é a proposta neoliberal, quem sabe malthusiana, a ideia do "decrescimento", em que todos devem reduzir o consumo e a produção, discutida pelo Clube de Roma (FAO/ONU) há mais de 10 anos, o que implicaria em não progredir os PIBs dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Parece que o tabu de discutir o crescimento demográfico entrou no rol do "politicamente correto".
O vídeo acima me foi enviado pelo zootecnista Renato Villela.
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