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sexta-feira, 24 de junho de 2016
APTA rebate críticas de pesquisadores da APqC
O engenheiro agrônomo Orlando Mello de Castro, coordenador da APTA – Agência Paulista de Tecnologia Agropecuária, concedeu entrevista ao Portal DBO para rebater as críticas do presidente da APqC – Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo, o pesquisador do IAC Joaquim Azevedo Filho, de que faltam pesquisadores nos institutos de pesquisa agropecuária e também sobre a venda de parte das estações experimentais.
O assunto da venda das estações experimentais está em discussão na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, e desde esta semana foi paralisado por força de uma liminar judicial impetrada pelos procuradores do estado.
Confira a entrevista no vídeo:
No Portal DBO divulgamos também esse vídeo, disponível no link
http://www.portaldbo.com.br/Agro-DBO/Super-manchete/APTA-contesta-as-criticas-da-ApqC-e-diz-que-a-pesquisa-paulista-vai-evoluir/17012
Neste link você encontra a entrevista no Portal DBO com o presidente da APqC: http://www.portaldbo.com.br/Agro-DBO/Super-manchete/Pesquisa-cientifica-publica-em-vias-de-extincao-em-Sao-Paulo/16930
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11 comentários:
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Caro Amigo, obrigado.
ResponderExcluirTenho lido cada matéria sua.
Porém deixar de agradecer jamais poderia deixar de fazê-lo, então aqui meus agradecimentos e reconhecimento.
Forte abraço
Luiz Fernando Ferraz de Siqueira
Usina São Fernando
Dourados MS
Prezado Richard,
ResponderExcluirParabéns pelas duas entrevistas, com o Joaquim e com o Orlando.
Podemos ver que os dois tem suas razões.
Mesmo entendendo o discurso do Orlando, o que fica muito claro e evidente é o descaso do Governo Tucano, desde Covas, sobre a agricultura de SP.
Aparentemente o que interessa é o grande canavial.
São Paulo tem muita agricultura e muitos agricultores.
Na minha visão esses agricultores estão totalmente abandonados. Não recebem qualquer apoio, a não ser das lojas e revendas.
A Cati não vai mais na roça. A pesquisa não tem nada a ver com eles. Apenas alguns programas ainda resistem ou pela liderança ou por condições mais favoráveis de apoio privado.
O que o Joaquim afirma é verdade. Estações Experimentais passaram a ser ociosas pois não tem mais ninguém para trabalhar nelas.
Realmente o processo é de desmanche, embora o Orlando e os Diretores digam o contrário.
O que mais me intriga é o deixa pra lá. Me cheira um descaso enorme com o passado construído com tanto cuidado por tantos pesquisadores.
Se houver um levantamento com certeza vamos ver uma erosão genética monumental do germoplasma, tantas as variedades de tantas espécies já perdidas.
O que mais intriga é o total descuido e isso incluímos os governantes e os próprios agricultores que vão desaparecendo do cenário por falta de apoio técnico e nem sabem porque isso acontece.
Das duas entrevistas fica evidente o desmanche, a falta de planejamento, de certa forma a ingenuidade sobre o destino do dinheiro da venda.
O pior é que os tucanos vão gostar do dinheirinho e não vão sossegar até zerar o número de funcionários, as estacoes, a pesquisa, etc.
O agricultor que se dane. O povo idem. Já está faltando feijão. E vao faltar muitos outros alimentos para o povo. Os ricos podem comprar.
Por fim, acho que não devemos ser contra a modernização, o replanejamento, os ajustes com a modernidade, desde que assumam os atores e os espectadores que pagam as contas, um planejamento de futuro.
E se for o caso desde que estejam convictos que tenham a coragem de fechar de vez essas instituições. Não a covardia de matar as minguas.
Richard, poucos se dispõe a falar sobre essas penúrias. Por isso não desista.
Obrigado pelas entrevistas.
Abraços,
ONDINO CLEANTE BATAGLIA
Prezado Sr. Richard,
ResponderExcluirAgradeço a oportunidade de expor o que está ocorrendo na APTA. Inicialmente preciso colocar que os Pesquisadores Científicos da APTA Regional estão proibidos pelo Coordenador da APTA de se manisfestarem pela imprensa sobre a venda das áreas da APTA (PL 328/2016).
Assim sendo, vamos falar de gestão eficiente e eficaz. Como o Governo Alckmin irá justificar a eficiência dos recursos públicos (PAC EMBRAPA) investidos nos últimos dois anos na Unidade de Brotas? Se o Coordenador da APTA planejava vender a área, por que foi investido na adequação da infra estrutura e rede elétrica da Unidade de Brotas?
Por outro lado, como esperar que uma Unidade de Pesquisa seja eficaz, se há dois anos não tem Pesquisador Científico? Este é o caso da Unidade de Itapeva que atende aos suinocultores familiares da região Sudoeste do Estado de São Paulo, em Itapeva. Sem Pesquisador Científico fica impossível ter projetos na Unidade, Então, para o Coordenador da APTA, essa é uma Unidade ociosa. A Unidade é ociosa ou a gestão do sr. Coordenador da APTA é ineficiente? Para quem tem um quadro de 1.200 Pesquisadores Científicos (palavras dele na entrevista) e conta com apenas metade (620) sem conseguir contratar 100 Pesquisadores Científicos desde 2012 (época de arrecadação em expansão) será que é eficiente e eficaz?
Att.,
Wilson Tivelli
Bom dia,
ResponderExcluirO último concurso foi em 2003 e começou a ser chamados, os aprovados, a partir de 2005, muitos dos que foram aprovados e assumiriam os cargos saíram logo depois, por conta de baixos salários, muitos deles foram para a EMBRAPA e Universidades. No passado os cargos de Pesquisadores eram todos preenchidos, e foram perdidos desde a entrada do PSDB no governo. O coordenador fala em crise, mas a crise da APTA e seus Institutos já vem de longa data, então não se justifica com a crise atual.
Quanto à venda de áreas, nunca foi conversados com os pesquisadores, isso foi criação do coordenador e de alguns diretores. E a justificativa de que as áreas estão inúteis, é uma falácia, pq o Governo (APTA) deixou nos últimos anos a míngua a pesquisa, e assim, tonou-as ociosas. Falar que o dinheiro arrecadado irá para pesquisa é outra falácia, isto não está previsto no PL 328. A APTA entrou em um grande declínio apo´s a entrada do atual coordenador, entra e sai Secretários e a pesquisa paulista cada vez mais em declínio.
Meu sentimento é de triste e de raiva. As condições de pesquisa no IAC e demais institutos da APTA são vergonhosas e os salários dos pesquisadores são ridículos, os funcionários de apoio estão desmotivados e sem perspectivas. Todos que frequenta os institutos sabem disso. As atuações dos governos Tucano nessa área é vergonhosa. São Paulo não, não, não tem uma classe de produtores e de profissionais (associações profissionais) atuante para pressionar por melhor eficiência dos seus institutos de pesquisa. A arrecadação de recursos financeiros pelos serviços e tecnologias dos gerados pelos institutos é ridícula, pelo potencial que os mesmos possui e podem ser desenvolvidos com políticas internas e estratégias de marketing voltada a este fim. Mas infelizmente, não tem gente com liderança para desenvolver uma gestão estratégica voltada as demandas atuais dos empreendimentos de SP.
ResponderExcluirObrigad Richard e parabens pelas entrevistas!
ResponderExcluirInfelizmente Sr. Ondino essa é a realidade. As Instituições de pesquisas estão sendo sucateadas e agora para justificar as vendas estão chamando de áreas inservíveis é o desmantelamento da pesquisa no estado de São Paulo que em décadas anteriores estavam na vanguarda das pesquisas agrárias e também de outras áreas. Hoje o que vemos é o abandono a própria sorte: educação, saúde, segurança, ambiente.....tudo em nome do estado mínimo.
Rosana Possenti
Prezado Richard, primeiramente, gostaria de agradecer-lhe pela oportunidade de colocar em discussão este assunto da não atenção devida, pelo governo do estado de SP, com a pesquisa pública. Entretanto, gostaria de contestar-lhe pelo desacerto na utilização da manchete em questão. O coordenador da APTA não chegou a contestar as críticas da APqC, ele apenas buscou minimizá-las. Atente que o ponto principal da questão não foi contestado. HÁ FALTAS DE PESQUISADORES!!! O Coordenador da APTA apenas sugeriu números menores. Mas, ele falou apenas da área agrícola, sendo que o Joaquim, pela APqC, incluiu a área de saúde e meio-ambiente. Com relação às áreas à venda, o próprio coordenador tomou o cuidado de não afirmar que as condições de solo em Brotas e Assis eram iguais e sim parecidas. Ademais, existem as particularidades climáticas, tal como colocado através da APqC. E, se, realmente, houvesse intenção de que a verba revertesse à pesquisa, porque isto não fica explícito. Não fica escrito, não fica na lei? Acreditar em promessa de políticos é uma insensatez, nos dias de hoje!!! Ademais, o assunto foi sequer discutido no próprio governo. Veja manifestações contrárias à venda destas áreas pelos Deputados Gasparini, Léo Oliveira, Pedro Tobias e Coronel Telhada!!!
ResponderExcluirBernacci,
ResponderExcluiro Joaquim da APqC presidente a associação de pesquisadores, e inclui profissionais de todas as áreas, inclusive agricultura, saúde, meio ambiente etc., ref a 17 institutos. Já o Orlando de Melo Castro é Coordenador da Apta, que é apenas institutos da agropecuária, e não poderia responder por áreas de saúde e meio ambiente.
Justiça seja feita, não é?
Caro Richard,
ResponderExcluirParabéns por ambas as entrevistas, com o Joaquim e com o Orlando e, se há alguma coisa a tirar de ambas é o imenso abismo de opiniões existente entre os pesquisadores e a direção dos institutos de pesquisa. O Orlando, pela entrevista, parece muito bem inteirado sobre os problemas do governo, e se empenha em solucioná-los mas, e sobre os problemas dos pesquisadores? Não percebi na entrevista, com relação a isso, significativo empenho na solução, apenas vagas suposições, como por exemplo em relação a concursos. Afinal, ele é um representante da pesquisa junto ao governo ou do governo junto à pesquisa? A verdade é que este impasse e esse distanciamento tem causado sérios prejuízos a toda a cadeia do agro-negócio paulista, e isso não é coisa recente. Não há mais na pesquisa diálogo com a comunidade científica. Por exemplo, como ele mesmo afirma, o processo de venda de áreas vem sendo discutido com os diretores desde 2012. A pergunta é: e com os pesquisadores ele iria ser discutido quando? Realmente, como ele também afirma, podem existir áreas passíveis de ser alienadas, mas o processo lógico seria: fazer um planejamento estratégico para identificar tais áreas, discutir a viabilidade com os pesquisadores e demais envolvidos, fazer um cronograma físico/financeiro de tal mudança, executar a transferência de forma a não haver prejuízos as atividades dos pesquisadores e finalmente disponibilizar as áreas, já sem impedimento, a alienação. Tudo isso poderia estar sendo feito desde 2012. Da forma como foi feito, os pesquisadores ficam sabendo da disponibilização das áreas pelo jornal, vota-se o Projeto de Lei da alienação em regime de urgência e depois realiza-se audiências públicas para ouvir a comunidade científica sobre aquilo que já foi decidido? Isso não é estudo, isso é imposição, e é isso que causa a indignação dos pesquisadores. Também, sem ouvir a comunidade científica, os estudos são feitos muito mais por impressões pessoais do que por aspectos técnicos. Por exemplo, quais os parâmetros técnicos analisados e que levaram a identificação das 16 áreas? Onde estão os estudos que embasaram a decisão? Isso nunca foi apresentado. Pelo contrário, até onde chega a nosso conhecimento, em uma audiência pública na ALESP, em outubro de 2015, o Orlando afirmou na Comissão de Meio Ambiente que não havia qualquer estudo sobre a disponibilização de áreas da pesquisa. Esse posicionamento foi afirmado em reunião com o corpo técnico no IAC. Agora, os estudos de disponibilização existem desde 2012!!!
Dessa forma, enquanto não houver diálogo não haverá pesquisa, não haverá desenvolvimento, e quem sofre com isso é o agronegócio. Ambos, Joaquim e Orlando, tem suas razões mas as lutas não devem ser antagonistas, devem ser sinérgicas. Se não houvesse problema, ambos deveriam vir para a entrevista e apresentar uma visão de presente e futuro pelo menos semelhantes. Enquanto não tivermos diálogo, a pesquisa continuará de forma acelerada o seu processo de desmanche. O que é uma pena frente ao potencial de crescimento que possui.
Quem escreveu o comentário acima, favor identificar-se. Vai contribuir para o debate. Publiquei porque acho que foi esquecimento.
ExcluirNão publico comentários anônimos, mas este, por ser ponderado, e apesar de crítico, é construtivo. Já deixei de publicar aqui neste espaço mais de uma dezena de comentários, todos críticos, anônimos, emocionais e exacerbados. Se estivessem assinados eu publicaria, mas anônimos ficaram no esquecimento.
Acho que cabe um esclarecimento.
ResponderExcluirNunca foi pensado levar a pista de ensaio para Campinas. A pista, assim, como o laboratório de dinamometria e o laboratório de sistema hidráulico, são instalações para ensaios de tratores construídas no CEA com muito esforço e dedicação de seus pesquisadores. O fato de estarem temporariamente ociosas (e isto acontece pela redução da equipe, sem abertura de concurso para a área de mecanização agrícola há 22 anos, conforme comentários acima), não significa que sejam descartadas. A idéia é preservá-los para uso futuro. O governo poderia estar prestando uma grande contribuição aos agricultores e empresários agrícolas se desse incentivo à melhoria das máquinas agrícolas. O meio técnico (nacional e internacional) se ressente de organismos/laboratórios que verifiquem a qualidade das mesmas, o que pode ser feito através de ensaios normalizados como fazem alguns países. A atividade de ensaio de máquinas, quando exercida, promove ações de melhoria na qualidade dos equipamentos agrícolas por parte dos fabricantes, ao revelar pontos de bom e mau desempenho operacional, melhorando a qualidade e a segurança das operações agrícolas.
É um equívoco mencionar que outras instituições darão conta do ensaio: a Universidade de Santa Maria tem dinamômetro, mas não tem pista de ensaio, a Universidade de Pelotas não tem nenhum, nem outro; a UNESP-Botucatu sim, tem pista de ensaio e dinamômetro. Nenhuma delas, porém, atende todos os tipos de ensaio necessários.
Então, com o raciocínio de que não podemos ter duplicidade, é de se esperar que o IAC deixe de estudar feijão (por exemplo) porque a EMBRAPA já o faz.
A pista de ensaio, entretanto, não é o maior problema. O problema do Centro de Engenharia e Automação é não conseguir ser compreendido pela instituição, cuja principal atividade é o melhoramento genético. Nossos temas são diferentes, nossa infraestrutura laboratorial é diferente, nossa dinâmica de resultado é diferente, mas não é menos importante. É desanimador ver que qualquer coisa que se estude, mesmo sendo aplaudida no exterior é menosprezada dentro de casa.
Foi mencionada a necessidade de otimizar instalações, compartilhar espaços. Por que então vender e transferir o CEA? Por que não agregar naquele espaço outro setores da própria instituição?