Richard Jakubaszko
Vejo notícias na internet do lançamento do novo carro da Volvo, elétrico.
O release dizia mais ou menos isso:
A montadora sueca Volvo Cars anunciou nesta quarta-feira que
somente a partir de 2019 lançará modelos elétricos ou híbridos,
com o que promete um “fim histórico” dos veículos equipados com
motor de combustão.
O grupo, propriedade da empresa chinesa Geely, espera lançar
cinco modelos integralmente elétricos entre 2019 e 2021, três sob
sua marca e duas sobe a da Polestar, assim como uma série de modelos
híbridos.
"Este anúncio marca o fim dos carros equipados apenas com um
motor a combustão” declarou o presidente da Volvo, Håkan
Samuelsson, em um comunicado.
Segundo um porta-voz, a montadora sueca
continuará fabricando, além de 2019, os modelos a gasolina e diesel
lançados antes desta data, mas estes serão progressivamente
substituídos pela chegada de modelos mais limpos.
O grupo sueco tem a ambição de vender um milhão de veículos
elétricos antes de 2025, data na qual deseja que suas operações de
produção se convertam em “climaticamente neutras”.
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
Se o objetivo do lançamento do carro elétrico for para evitar poluição nas grandes cidades, está de conformidade com a imbecilidade planetária que acredita que a emissão de CO2 está aquecendo o planeta e que provoca as tais mudanças climáticas. Até que é bem-vindo, pois anda insuportável o ar nas grandes cidades, especialmente no Brasil, onde o diesel, por exemplo, tem elevada participação de enxofre, e a gasolina de chumbo, altamente maléficos para a saúde humana.
Agora, se o lançamento está na corrente de reduzir emissões de GEE (os imbecilizados gases de efeito estufa), está tudo errado.
Vejamos que, se o carro da Volvo e os demais elétricos, não consumirem gasolina (ou diesel), que são combustíveis fósseis, irão ser movidos a eletricidade, ou melhor, por baterias, acumuladores de energia. Logo, teremos dentro em breve, espalhados pelas cidades, postos de energia elétrica, para reabastecer as baterias. E postos de troca de baterias carregadas por aquelas descarregadas, ou arriadas de vez.
Pergunto: de onde virá toda essa energia elétrica? Das nossas hidrelétricas? Porque colocar placas de silício no teto dos automóveis, para captar energia solar e transformar isso em energia elétrica suficiente para movimentar os automóveis, dando a eles autonomia de percurso, não é ainda possível diante dos conhecimentos científicos existentes, sem contar que há dias chuvosos, quando a captação da energia solar reduz mais de 90%, mas de toda forma à noite seria impossível o uso do carro em estradas, seria apenas para pequenos percursos urbanos. Então, haveria a necessidade dos postos de energia elétrica. Para reabastecer os carros.
Como é que a Volvo, e as demais montadoras, imaginam que se irá produzir energia elétrica adicional suficiente para atender essa futura demanda? Termoelétricas, movidas a carvão? Ou teremos novas hidrelétricas? Essas hidrelétricas que os biodesagradáveis e as ONGs inviabilizam com tantas ações (só Belo Monte já teve mais de 24 paralisações, por ações de ambientalistas e procuradores histéricos com a construção delas, pois impedem a piracema).
No Brasil, inventamos e usamos agora a hidrelétrica de "fio d'água", ou seja, destruiu-se o princípio elementar de que hidrelétrica estoca água em grandes represas, porque a água é a matéria prima que produz energia elétrica, e a torna a fonte mais barata de energia elétrica do mundo. Mais barata, a mais eficiente e a mais confiável. Não é possível estocar vento e nem energia solar para o volume de energia elétrica requerido pelo tanto de usuários existentes, é muita gente e muito carro, portanto, muita demanda.
Termoelétricas a carvão para abastecer os carros elétricos, nem pensar, não é? Iria piorar a emissão de GEE, de tal maneira que a economia na emissão de GEE nos motores a combustão seria ridícula diante do aumento das emissões dos fósseis, como carvão ou diesel, e até mesmo gás natural.
Ou as montadoras estariam apostando em energia nuclear, para gerar energia elétrica que terá de abastecer as baterias?
Pode ser, então só desejo lembrar que Angra II ainda está em construção, faz mais de 30 anos. Angra III só deverá estar pronta em 2026. Mesmo assim, teríamos a necessidade de instalar pelo menos umas 4 ou 5 novas usinas nucleares Brasil adentro. Acho que não há dinheiro para tanto.
O fato de as montadoras, inclusive a Volvo, se encaminharem para a produção de carros elétricos e híbridos, mostra preocupação apenas com o lado ambiental urbano, e esquece que energia elétrica é o principal problema do planeta, é o maior gargalo a impedir o crescimento das atividades produtivas, especialmente no Hemisfério Norte. Foi a guerra entre os detentores dessas fontes de energia, de um lado energia nuclear, eólica e solar, e de outro o carvão, gás natural, atualmente o xisto, as hidrelétricas, mais a indústria petrolífera, que provocou essa polêmica mentira do aquecimento e das mudanças climáticas, uma guerra emocional que praticamente conseguiu demonizar o CO2, um autêntico assassinato de reputação com esse gás, que é o gás da vida, e sem o qual não haveria vida no planeta. Sem CO2 não há plantas, porque não há como elas fazerem fotossíntese, e sem plantas não temos gado, e sem plantas e gado a humanidade não tem alimento. Aliás, nós humanos somos também carbono,
De quebra, a França anunciou na semana passada que proibirá a circulação de carros movidos a diesel e gasolina a partir de 2040. Mas não informou quais as fontes de propulsão que serão permitidas. Etanol não é possível, não existem áreas de terras suficientes no planeta para plantar tanta cana ou milho.
Até o momento, essa futura proibição anunciada na França, que se iniciou ano passado, restringiu o uso de carros com mais de 10 anos de fabricação em grandes cidades, como Paris e Lyon, e outras. Em breve isso vai cair, serão carros de até 7 ou 8 anos de fabricação.
Onde haverá tanta energia elétrica disponível?
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