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quarta-feira, 15 de novembro de 2017
Fome e injustiça
Crianças da etnia Rohingya esperam por alimentos. Mais de 1 milhão de pessoas estão nessa diáspora, que há meses vem sendo praticada impunemente. São “apenas” pessoas, mas é muita gente, e isso se torna uma estatística banal; são todos pobres, muçulmanos, refugiados, é uma guerra étnica, há fuga, perseguição e expulsão de Myanmar, depois são trancafiados em campos de refugiados, melhor dizendo, campos de concentração em Bangladesh. Todos com fome, inclusive crianças.
É um horror perceber que o mundo contemporâneo e capitalista não fica mais indignado com as injustiças, com o terrorismo de estado praticado por nações ricas, e também por nações pobres.
O mundo moderno não comporta solidariedade. Não se sabe mais o que é isso. Perdeu o sentido. O mundo contemporâneo sente piedade de uma baleia, de um urso, de um macaco ou de um pássaro, mas seres humanos, ou crianças com fome, injustiçadas, perseguidas e massacradas, não despertam qualquer tipo de sentimento, nem das pessoas e nem da mídia.
Liberdade, igualdade, fraternidade. A revolução francesa inverteu a lógica e a espiritualidade da vida. Há que se começar pela fraternidade.
Deus deve saber o que está acontecendo, e por que.
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9 comentários:
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Caro Richard
ResponderExcluirPerfeito e parabéns.
Salvo a sua tradição e competência intelectual, que ainda consegue dividir o mundo em direita e esquerda e capitalismo e socialismo, embora eu, nas minhas limitações, não consigo mais usar estas dicotomias para análises, efetivamente parabéns, repito.
Aproveitando e em tempo deus está vendo, mas ocupado com coisas relevantes.
Mas vamos falando.
Abraço
Florence
Oi Richard, na Bíblia há uma passagem que diz que haveria um tempo em que os corações das pessoas se esfriariam. Parece que chegou este tempo. Infelizmente a comunicação em quaisquer plataformas colaborou porque cenas como a das crianças, assassinatos e outras tantas de violência estão presentes em todos os momentos. Você, eu mesma e mais meia dúzia de pessoas ainda nos condoemos, mas a maioria parece ter congelado os sentimentos. Que Deus nos ajude!!! Um abraço da Marlene Simarelli
ResponderExcluirMeu caro, vc tocou na ferida dessa sociedade insensível. Seu relato me faz lembrar de uma indagação infantil, há muitos anos atrás, lá no Recife.Uma criança,cinco anos, moribunda, no leito da morte, antes de fechar os olhos ainda teve forças para pergunta à sua aflita mãe: mãeinha, no céu tem pão?
ResponderExcluirCaro Richard
ResponderExcluirOnde estão os biodesagradáveis agora? Salvar uma árvore, para essa gente, é mais importante que salvar uma criança.
Um Grande Abraço
Ricardo Augusto Felicio
Richard, também estou embasbacado. Já tinha feito sua pergunta, mais ou menos assim: por que cargas d'água nos enternecemos com os bichos e não nos compadecemos dos humanos que sofrem? Ainda não tenho uma resposta... Abraço do Rogério Furtado
ResponderExcluirCuánta razón tienes, Richard. Qué importante es tener claras la prioridades. Por supuesto que hay que defender que no se produzca maltrato a los animales, pero siempre habrán de estar las personas antes. No es que sean objetivos incompatibles, pero puestos en una balanza, que sea al menos una mayor parte de nuestra ayuda a las personas, y algo menos a las causas animalistas, a quienes algunos dedican toda su atención, olvidándose de niños que lo están pasando muy mal en todo el mundo.
ResponderExcluirRichard, o problema da fome é muito sério também no Brasil. Há muitos anos. Temos de resolvê-lo em nosso país e depois lutar para fazer com que os países com mais recursos e força política internacional interfiram para reduzi/eliminar o problema.
ResponderExcluirA humanidade sofre muito.A situação em que se encontra um povo depende basicamente de dois fatores: Cultura (maneira de pensar e agir do povo)e Governo(comando,condução,lideranças).Estes fatores se interagem,um influi sobre o outro.A precariedade desses dois fatores produz a miséria e a fome.Nos países muito pobres, onde se encontram a miséria e a maldita fome,em sua maioria,os recursos obtidos( no país e contribuições externas)são desviados para manutenção das forças armadas afim de manter o governo corrupto e desumano no poder.Não chega nada para o pobre e faminto povo.No continente africano e em outras regiões do mundo, isto é uma realidade.A fome é uma consequência, enquanto não se eliminarem as causas não acabaremos com ela.Eliminar os governos déspotas,corruptos e educar o povo(alterar a cultura)seria realmente eliminar as causas da miséria e fome.O resto é "resto". Conseguiríamos uma nova ordem mundial e humanista para tal?
ResponderExcluirCaro Richard,
ResponderExcluirÉ realmente forte demais essa realidade que voce humana e profissionalmente nos apresenta, relembra, disperta, alerta. As vezes penso que se fosse viável ou possível, o Governo Brasileiro deveria solicitar que todos os bataticultores, com lotes de tubérculos/batata-semente importado, deveriam fornecer (doar ao Ministério das Relações Exteriores / Embaixada de Myanmar e outros com esse senário de fome) uma cota de brotos (= semente de batata). Seriam pelo menos 100 brotos /saco de 25 Kg (brotos de 3 a 5 cm de altura). Cada saco de tubérculos/batata-semente importada, contém em média 300 tubérculo. Cada tubérculos pode fornecer, facilmente, pelo menos 2 brotos apicais. Portanto, esse procedimento seria uma forma de obrtigar os produtores/importadores de tubérculos/batata-semente a promover a brotação antes do plantio e, com os tubérculos brotados, atenderem a 2 finalidades: (1) à chamada/obrigatoriedade de doação (caridade) e (2) à tecnologia IAC do broto/batata-semente, que é livre, sem royaltes e comprovadamente eficiente e exequivel. Assim sendo, mesmo que seja retirado os brotos para aplicar na tecnologia IAC do Broto/Batata-semente (Revista Agro DBO, Agosto, 2017, ano 14, No. 91: 34-36 ), descontado os 100 brotos para o ato de doação, haveria ainda uns 500 brotos para o plantio e aumento do lote de batata-semente básica, via produção de minitubérculos/batata-semente em telados, conforme descrito na referida tecnologia (http://carambatatasemvirus.blogspot.com.br/2017/11/tecnologia-do-broto-batata-semente-para.html). Abraço e obrigado por mais esse importante documentário.
José Alberto Caram de Souza Dias (Eng Agr. PhD)
Pesquisador Científico - Virologista
Centro de P&D Fitossanidade - Instituto Agronômico de Campinas - IAC - APTA
Av. Barão de Itapura, 1481 (cx. Postal 28),
13020-902 Campinas, SP
e-mail : jcaram@iac.sp.gov.br; jcaramsouzadias@gmail.com
fones: 19-32021767 ou 19-995229669
www.carambatatasemvirus.blogspot.com.br