terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Comigo ninguém pode II

Richard Jakubaszko  
Publiquei aqui no blog, em abril/18, as primeiras fotos da "Comigo ninguém pode", a mascote da DBO Editores, mostrando a evolução do crescimento e embelezamento da planta (clique aqui).

Registro abaixo algumas fotos originais, e depois mostro o desempenho e a evolução da nossa mascote até janeiro último, pois tem se mostrado excepcional e incomparável.

Em dezembro/18, num dos vendavais que assolaram a capital paulista, a planta deve ter balançado tanto que tombou lateralmente o tronco na parte superior. Não tirei fotos, pois a parte superior ficou deitada em ângulo de 90 graus, mas coloquei a planta sob a supervisão de dois suportes, ou tutores, para impedir uma queda da planta como um todo. Estão amarrados ao tronco central, sem, no entanto, garrotear a circulação da seiva. Cheguei a temer pela sobrevivência da nossa mascote. Mas a planta reagiu, voltou a crescer, e agora apresenta o nascimento de 3 pendões simultâneos, para mim inéditos e inexplicáveis nessa planta. 

Adoraria ouvir comentários do prof. Paulo Roberto de Castro, fisiologista, mestre da nossa gloriosa Esalq, sobre o que acontece. A planta sofreu um forte estresse? Reage dessa maneira, com o nascimento de pendões, para preservar a espécie? Mandei e-mail para ele. (Veja o comentário recebido, logo abaixo das fotos)
Abril 2017
Fev 2018


Jun 2018 


Nov 2018

Dez 2018


Jan 2019
abril 2019 (atualizado em abril 2019)
Visto de cima
Jan 2019 - pendões

Caro Richard,
Seus vasos de Comigo-Ninguém-Pode são enormes! Deve ser efeito do excesso de dióxido de carbono emitido  pelo tabaco na redação! Certamente que você encontrou o nicho ideal para as plantas - ambiente e solo fertilizado e irrigado de forma adequada. Deve-se ter cuidado com visitantes curiosos atraídos pelo belo vegetal para que não sejam atingidos pelo oxalato de cálcio e saponinas que protegem a planta de intrusos de modo até letal!
Além disso, são extremamente resistentes ao déficit hídrico e ao ponto de compensação lumínico, sendo que no meu caso, são muito mais tolerantes à sombra do que os filodendros do interior da floresta. Mas se houver excesso de sombra podem atingir o ponto de compensação lumínico (a respiração supera a fotossíntese e causa lesões na borda das folhas) ou são atacados pela cochonilha Diaspis boisduvalii que é um predador também muito resistente, inclusive aos inseticidas. Um de meus vasos, muito vigoroso também, emitiu recentemente  o pendão com possíveis sementes atrofiadas. Favor encontrar em anexo o par de Dieffembachia picta que mantenho na minha sala na ESALQ, que você está convidado a visitar quando passar para tomar um café por aqui. 
Abraço,
Prof. Dr. Paulo R. C. Castro
Depto. de Ciências Biológicas
Escola Superior de Agricultura 'Luiz de Queiroz'  Piracicaba, SP

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7 comentários:

  1. Meu querido amigo e professor Paulo Castro deu uma aula de fisiologia vegetal. Parabéns Paulo
    Saudações
    Erasmo

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  2. Erasmo José Paioli Pires27 de fevereiro de 2019 às 14:05

    corrigindo...
    Eng. Agr. Erasmo José Paioli Pires

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  3. Paulo R. C. Castro / Esalq28 de fevereiro de 2019 às 12:15

    Caro Richard,
    Agradeço por postar meu comentário no blog. Agora todo mundo ficou conhecendo suas Dieffenbacchias gigantes. Porém, agora, se cortá-las a Prefeitura pode enquadrá-lo por corte irregular de árvores, e se as mantiver o MAPA vai considerar que está cultivando plantas gigantes venenosas e agrotóxicas!
    Prof. Dr. Paulo R. C. Castro
    Depto. de Ciências Biológicas
    Escola Superior de Agricultura 'Luiz de Queiroz' (ESALQ - USP)

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  4. Olhando a sequencia das fotos e analisando pelo curto prazo de tempo, só tenho uma conclusão: Richard, você está encolhendo!

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  5. Ok, maravilhoso o blog, os esclarecimentos, mas não explicaram o que são esses pendões, pq tenho essa planta só longo de + de 20 anos e essa é a primeira vez que nascem esses pendões. Se esclarecer eu agradeço.

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  6. Bia e Vinnicius,
    conforme expliquei, a planta tombou e foi ao chão em DEZ/2018. Acredito que foi um estresse e a planta "pensou" que estava à morte. Como foi reerguida horas depois, e amparada com suportes, voltou a recuperar seu crescimento (e beleza, saudável) e soltou os pendôes. Os pendões, em verdade são sementes (lembram uma espiga de milho, alongadas, cheias de sementes brancas pequeninas), é o que me parece. Cheguei a consultar fisiologistas, mas não me deram respostas para o fenômeno.
    A comigo-ninguém-pode continua lá, hoje, OUT/20, linda e luminosa, com cerca de 4 metros altura, apesar de ter reduzido a velocidade de crescimento, e nunca mais desenvolveu pendôes.
    Curiosidade: em NOV/19 nasceram dois brotos na superfície do vaso, vieram das raízes, foram replantados em outro vaso e se desenvolveram naturalmente, sem apresentar, no entanto, o esplendor da planta mãe em termos de crescimento.
    Em meados de 2018 quando transplantei a planta de uma jardineira para o vaso grande em que está (vejam fotos) havia uma minhoca solitária de uns 20 cm, e que foi transferida junto.
    A planta é adubada regularmente com fertilizantes foliares e xixi de minhoca proveniente de minha criação.

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