Richard Jakubaszko
Sem explicar porque condenou Lula no caso do triplex, do qual não é dono e onde que nunca morou, no caso do sítio o juiz Gebran do TRF4 inovou, diz que o dono é de fato quem mora e frequenta o imóvel...
Aí o MST agradeceu... Será que vai haver uma intensificação de invasões?
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Este blog é um espaço de debate onde se pode polemizar sobre política, economia, sociologia, meio ambiente, religião, idiossincrasias, sempre em profundidade e com bom humor. Participe, dê sua opinião. O melhor do blog está em "arquivos do blog", os temas são atemporais. Se for comentar registre nome, NÃO PUBLICO COMENTÁRIOS ANÔNIMOS. Aqui no blog, até mesmo os biodesagradáveis são bem-vindos! ** Aviso: o blog contém doses homeopáticas de ironia, por vezes letais, mas nem sempre.
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
Adubação orgânica
Adubação orgânica
A utilização de matérias-primas para geração de energia, produção animal e indústria alimentícia gera resíduos orgânicos muitas vezes descartados de forma inadequada, com grande risco de contaminação do ambiente. Entretanto, a utilização agronômica desses resíduos para a geração de adubos orgânicos é uma forma adequada de aproveitamento dos materiais, já que eles possuem efeitos benéficos para o solo, fornecem nutrientes para as culturas, aumentam o rendimento das produções e são um destino apropriado para esses rejeitos.
O papel principal dos adubos é atender às necessidades nutricionais das plantas quando o solo não tem essa capacidade. Os adubos são provedores de vários nutrientes, como nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre e micronutrientes. O importante é que eles atendam às necessidades específicas de cada planta, nem muito nem pouco.
Presente no Brasil desde 2016, a Nutrientes Para Vida (NPV) preocupa-se com o manejo adequado e responsável dos adubos. É uma iniciativa que possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life, cujo objetivo é esclarecer e informar a sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes (ou adubos) na produção dos alimentos.
Para manter o solo fértil e a alta produtividade de novos cultivos, os nutrientes precisam ser repostos. Os fertilizantes cumprem o papel de alimentar a planta, o que é essencial para o seu desenvolvimento. Aliás, o principal objetivo de qualquer adubação, seja orgânica ou mineral, é manter ou aumentar a fertilidade do solo e sua atividade biológica. É, de fato, alimentar o solo para melhor alimentar a planta.
O adubo orgânico usa apenas matéria animal ou vegetal, enquanto o fertilizante mineral é extraído do solo, de pedreiras ou é fabricado a partir do nitrogênio do ar (processo Haber-Bosch de obtenção de fertilizantes nitrogenados). Sua composição é toda natural, isto é, vem de materiais derivados de seres vivos, animais ou plantas. Através da transformação dos materiais vivos em húmus e minerais estáveis, são liberados no solo principalmente nitrogênio, fósforo e potássio em quantidades variáveis. A adubação orgânica ajuda a manter e aumentar a fertilidade natural do solo a longo prazo, estimulando frações orgânicas e húmicas do solo.
A adubação orgânica não visa apenas alimentar as plantas, mas melhorar a estrutura do solo, manter seu estado e garantir sua sustentabilidade. O solo é, portanto, uma peça central no ciclo agrícola e não apenas um suporte inerte.
O adubo orgânico tem ação lenta porque os nutrientes que contêm sofrem uma transformação, ou seja, uma degradação antes de ser assimilado pela planta, o que demanda certo tempo. E essa degradação depende das matérias-primas que compõem o fertilizante e da atividade microbiológica do solo.
As transformações envolvem microrganismos do solo, o que implica numa temperatura adequada do solo. O adubo orgânico será, portanto, ineficaz em solo frio. Além disso, os adubos orgânicos são muito menos concentrados em nutrientes que os fertilizantes minerais, por isso é necessário aplicar quantidades maiores.
A adubação mineral, usada na agricultura convencional, fornece os nutrientes de forma rápida para alimentar diretamente a planta e corrigir deficiências. Em contraste, na agricultura biológica, a adubação visa manter e desenvolver a fertilidade do solo em longo prazo antes de alimentar a planta. Esta fertilização é baseada no uso de fertilizantes orgânicos.
A riqueza de nutrientes em um solo depende principalmente da disponibilidade de nutrientes necessários para plantas e microrganismos. Estes elementos representam o resultado de contribuições orgânicas e inorgânicas. A incorporação de matéria orgânica no solo melhora significativamente suas propriedades físicas, químicas e biológicas. De fato, a ausência de qualquer adubo orgânico leva a uma degradação progressiva da estrutura do solo e à diminuição de sua fertilidade química.
A matéria orgânica do solo constitui um componente fundamental do potencial produtivo de solos de ambientes tropicais e subtropicais, uma vez que fornece nutrientes para as culturas, atua na retenção de cátions, na estabilidade da estrutura do solo, na infiltração e retenção de água e na aeração.
O teor de matéria orgânica do solo é função da umidade do solo, da sua temperatura, do tipo de solo, da quantidade de fertilizante orgânico incorporado e do período de sua aplicação. Solos ricos em matéria orgânica são conhecidos por sua fertilidade por meio da liberação gradual de nutrientes durante a decomposição da matéria orgânica. A formação de agregados argila-húmicos, que absorvem os cátions trocáveis mais facilmente, contribui para uma melhor nutrição mineral da planta em potássio, cálcio e magnésio.
Como acontece com qualquer forma de agricultura, o principal objetivo da adubação orgânica é garantir o sucesso da cultura. A agricultura orgânica sempre promoveu a ideia de que as práticas de fertilização deveriam procurar proteger os recursos ambientais do meio ambiente e garantir a sustentabilidade do sistema de produção. Finalmente, todos esses objetivos devem ser alcançados com uma obrigação de rentabilidade econômica, o que não é necessariamente contraditório no manejo orgânico, pelo contrário.
Na agricultura orgânica, as práticas agrícolas adotadas devem maximizar a reciclagem de nutrientes. Por um lado, permitem que os nutrientes sejam mantidos na propriedade e reutilizados na prática de fertilização das culturas. Por outro lado, reduzem perdas ao meio ambiente e a necessidade de recomprar nutrientes que poderiam ser perdidos.
A adubação de plantas envolve necessariamente o manejo de fertilizantes orgânicos e inorgânicos. O desafio da adubação das culturas é assegurar que as intervenções dos agricultores sejam planejadas para que a parcela de terras cultiváveis forneça os nutrientes necessários para o crescimento e produção ideais da cultura durante a safra agrícola.
Os adubos orgânicos oriundos de fontes vegetais e animais reduzem a poluição por destinação incorreta dos resíduos. Os resíduos orgânicos com maior potencial de fornecimento de nutrientes são os estercos animais, compostos de lixo urbano, subprodutos da indústria do álcool e açúcar e restos vegetais das culturas.
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A utilização de matérias-primas para geração de energia, produção animal e indústria alimentícia gera resíduos orgânicos muitas vezes descartados de forma inadequada, com grande risco de contaminação do ambiente. Entretanto, a utilização agronômica desses resíduos para a geração de adubos orgânicos é uma forma adequada de aproveitamento dos materiais, já que eles possuem efeitos benéficos para o solo, fornecem nutrientes para as culturas, aumentam o rendimento das produções e são um destino apropriado para esses rejeitos.
O papel principal dos adubos é atender às necessidades nutricionais das plantas quando o solo não tem essa capacidade. Os adubos são provedores de vários nutrientes, como nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre e micronutrientes. O importante é que eles atendam às necessidades específicas de cada planta, nem muito nem pouco.
Presente no Brasil desde 2016, a Nutrientes Para Vida (NPV) preocupa-se com o manejo adequado e responsável dos adubos. É uma iniciativa que possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life, cujo objetivo é esclarecer e informar a sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes (ou adubos) na produção dos alimentos.
Para manter o solo fértil e a alta produtividade de novos cultivos, os nutrientes precisam ser repostos. Os fertilizantes cumprem o papel de alimentar a planta, o que é essencial para o seu desenvolvimento. Aliás, o principal objetivo de qualquer adubação, seja orgânica ou mineral, é manter ou aumentar a fertilidade do solo e sua atividade biológica. É, de fato, alimentar o solo para melhor alimentar a planta.
O adubo orgânico usa apenas matéria animal ou vegetal, enquanto o fertilizante mineral é extraído do solo, de pedreiras ou é fabricado a partir do nitrogênio do ar (processo Haber-Bosch de obtenção de fertilizantes nitrogenados). Sua composição é toda natural, isto é, vem de materiais derivados de seres vivos, animais ou plantas. Através da transformação dos materiais vivos em húmus e minerais estáveis, são liberados no solo principalmente nitrogênio, fósforo e potássio em quantidades variáveis. A adubação orgânica ajuda a manter e aumentar a fertilidade natural do solo a longo prazo, estimulando frações orgânicas e húmicas do solo.
A adubação orgânica não visa apenas alimentar as plantas, mas melhorar a estrutura do solo, manter seu estado e garantir sua sustentabilidade. O solo é, portanto, uma peça central no ciclo agrícola e não apenas um suporte inerte.
O adubo orgânico tem ação lenta porque os nutrientes que contêm sofrem uma transformação, ou seja, uma degradação antes de ser assimilado pela planta, o que demanda certo tempo. E essa degradação depende das matérias-primas que compõem o fertilizante e da atividade microbiológica do solo.
As transformações envolvem microrganismos do solo, o que implica numa temperatura adequada do solo. O adubo orgânico será, portanto, ineficaz em solo frio. Além disso, os adubos orgânicos são muito menos concentrados em nutrientes que os fertilizantes minerais, por isso é necessário aplicar quantidades maiores.
A adubação mineral, usada na agricultura convencional, fornece os nutrientes de forma rápida para alimentar diretamente a planta e corrigir deficiências. Em contraste, na agricultura biológica, a adubação visa manter e desenvolver a fertilidade do solo em longo prazo antes de alimentar a planta. Esta fertilização é baseada no uso de fertilizantes orgânicos.
A riqueza de nutrientes em um solo depende principalmente da disponibilidade de nutrientes necessários para plantas e microrganismos. Estes elementos representam o resultado de contribuições orgânicas e inorgânicas. A incorporação de matéria orgânica no solo melhora significativamente suas propriedades físicas, químicas e biológicas. De fato, a ausência de qualquer adubo orgânico leva a uma degradação progressiva da estrutura do solo e à diminuição de sua fertilidade química.
A matéria orgânica do solo constitui um componente fundamental do potencial produtivo de solos de ambientes tropicais e subtropicais, uma vez que fornece nutrientes para as culturas, atua na retenção de cátions, na estabilidade da estrutura do solo, na infiltração e retenção de água e na aeração.
O teor de matéria orgânica do solo é função da umidade do solo, da sua temperatura, do tipo de solo, da quantidade de fertilizante orgânico incorporado e do período de sua aplicação. Solos ricos em matéria orgânica são conhecidos por sua fertilidade por meio da liberação gradual de nutrientes durante a decomposição da matéria orgânica. A formação de agregados argila-húmicos, que absorvem os cátions trocáveis mais facilmente, contribui para uma melhor nutrição mineral da planta em potássio, cálcio e magnésio.
Como acontece com qualquer forma de agricultura, o principal objetivo da adubação orgânica é garantir o sucesso da cultura. A agricultura orgânica sempre promoveu a ideia de que as práticas de fertilização deveriam procurar proteger os recursos ambientais do meio ambiente e garantir a sustentabilidade do sistema de produção. Finalmente, todos esses objetivos devem ser alcançados com uma obrigação de rentabilidade econômica, o que não é necessariamente contraditório no manejo orgânico, pelo contrário.
Na agricultura orgânica, as práticas agrícolas adotadas devem maximizar a reciclagem de nutrientes. Por um lado, permitem que os nutrientes sejam mantidos na propriedade e reutilizados na prática de fertilização das culturas. Por outro lado, reduzem perdas ao meio ambiente e a necessidade de recomprar nutrientes que poderiam ser perdidos.
A adubação de plantas envolve necessariamente o manejo de fertilizantes orgânicos e inorgânicos. O desafio da adubação das culturas é assegurar que as intervenções dos agricultores sejam planejadas para que a parcela de terras cultiváveis forneça os nutrientes necessários para o crescimento e produção ideais da cultura durante a safra agrícola.
Os adubos orgânicos oriundos de fontes vegetais e animais reduzem a poluição por destinação incorreta dos resíduos. Os resíduos orgânicos com maior potencial de fornecimento de nutrientes são os estercos animais, compostos de lixo urbano, subprodutos da indústria do álcool e açúcar e restos vegetais das culturas.
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quarta-feira, 27 de novembro de 2019
Fundação Nishimura, 40 anos: "ninguém cresce sozinho".
Richard Jakubaszko
O vídeo abaixo mostra a essência do pensamento do imigrante japonês Shunji Nishimura ao criar a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, em Pompeia, SP, há 40 anos, através de um legado que se eterniza aos brasileiros, concretizado na frase "Ninguém cresce sozinho", em que a filosofia básica está a de transferir e divulgar o conhecimento para as gerações de jovens brasileiros, e que foi expressa nas palavras "Obrigado, Brasil".
Convivi algumas horas com os irmãos Jiro e Shiro Nishimura, além de Alberto Honda, na semana passada, em Pompeia, para resgatar histórias e poder contar um pouco da saga do imigrante e de sua família para dar continuidade ao ideal do patriarca. Estavam comigo Daniel Bilk Costa e Leandro Maciel de Souza, e posso garantir a todos que foi um dos mais belos trabalhos que já realizamos para o Portal DBO, onde o vídeo está ancorado. O vídeo, resultado de um belo trabalho de equipe, teve em sua edição a notável participação do jornalista Delfino Araújo, com pitacos do chefe de todos, Demétrio Costa.
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O vídeo abaixo mostra a essência do pensamento do imigrante japonês Shunji Nishimura ao criar a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, em Pompeia, SP, há 40 anos, através de um legado que se eterniza aos brasileiros, concretizado na frase "Ninguém cresce sozinho", em que a filosofia básica está a de transferir e divulgar o conhecimento para as gerações de jovens brasileiros, e que foi expressa nas palavras "Obrigado, Brasil".
Convivi algumas horas com os irmãos Jiro e Shiro Nishimura, além de Alberto Honda, na semana passada, em Pompeia, para resgatar histórias e poder contar um pouco da saga do imigrante e de sua família para dar continuidade ao ideal do patriarca. Estavam comigo Daniel Bilk Costa e Leandro Maciel de Souza, e posso garantir a todos que foi um dos mais belos trabalhos que já realizamos para o Portal DBO, onde o vídeo está ancorado. O vídeo, resultado de um belo trabalho de equipe, teve em sua edição a notável participação do jornalista Delfino Araújo, com pitacos do chefe de todos, Demétrio Costa.
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terça-feira, 26 de novembro de 2019
O planeta Terra é lindo, e é plano, apesar de ser um círculo
Richard Jakubaszko
Descobri porque existem os terraplanistas! Vejam as fotos abaixo. Foram tiradas pela missão espacial indiana Chadrayan2. Mandaram um fotógrafo profissional com a equipe e ele tirou as fotos... São de tirar o fôlego, como diz a doutorinha lá de casa, a Daniela, que me mandou as fotos por zap.
Sem o tal do fôlego olhei as fotos, e cheguei à conclusão de que os terraplanistas não conseguem perceber perspectiva tridimensional quando olham para fotos desse tipo. Fica tudo num plano só..
Por isso, publico as fotos para dizer a eles que a terra é "plana", sim, concordo plenamente, mas apenas em fotografias, e que é redonda, e não quadrada ou retangular como andam dizendo por aí...
Deliciem-se com o espetáculo...
Descobri porque existem os terraplanistas! Vejam as fotos abaixo. Foram tiradas pela missão espacial indiana Chadrayan2. Mandaram um fotógrafo profissional com a equipe e ele tirou as fotos... São de tirar o fôlego, como diz a doutorinha lá de casa, a Daniela, que me mandou as fotos por zap.
Sem o tal do fôlego olhei as fotos, e cheguei à conclusão de que os terraplanistas não conseguem perceber perspectiva tridimensional quando olham para fotos desse tipo. Fica tudo num plano só..
Por isso, publico as fotos para dizer a eles que a terra é "plana", sim, concordo plenamente, mas apenas em fotografias, e que é redonda, e não quadrada ou retangular como andam dizendo por aí...
Deliciem-se com o espetáculo...
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
O ambientalista simplório
Richard Jakubaszko
O vídeo abaixo me foi enviado por inúmeros amigos, e compartilho seu conteúdo, que é parte de fino humor lusitano.
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O vídeo abaixo me foi enviado por inúmeros amigos, e compartilho seu conteúdo, que é parte de fino humor lusitano.
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domingo, 24 de novembro de 2019
Santos Dumont era mineiro...
Richard Jakubaszko
Há verdades indesmentíveis e incontestáveis... A descoberta abaixo me foi enviada pelo jornalista Delfino de Araújo, lá da DBO.
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Há verdades indesmentíveis e incontestáveis... A descoberta abaixo me foi enviada pelo jornalista Delfino de Araújo, lá da DBO.
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sexta-feira, 22 de novembro de 2019
Eleumérios do Atriscaitãn e outras estrofes da criação
Carlos Eduardo Florence *
Deu-se nos tempos devidos, aberto cerimoniosamente e com consenso o evento ecumênico aguardado, muito discreto, sem arroubos ou pretensões, na grata finalidade de desmistificar pontos obscuros sobre o conflito milenar, na realidade fictícia. Tal não poderia deixar de ser reforçado pelos liberais bem intencionados, sobre os suportes históricos e reais à civilização, da sinergia milenar entre religião e ciência.
A teologia e as teorias científicas, engajadas e articuladas pelos homens de mentes e corações amplos, despidos de preconceitos, tanto como de radicalismos, os quais convergiram sempre no princípio inabalável da criação do universo por Mãos supremas, na coerência das interações indiscutíveis.
Deus, portanto, criou o abstrato e o concreto, antes de impregnar os ungidos existenciais com múltiplas e adequadas composições alternativas de pragmatismo. Calibrou-os com exatas porções de espírito, alma e cérebro, dosagens perfeitas, indispensáveis, com aptidões específicas, dando-lhes plena autonomia nos procedimentos, livre arbítrio, dentro dos seus contextos singulares, como melhor lhes aprouvesse.
Estes detalhes são fundamentais para o entendimento da dimensão da criação sublime. E é neste complexo que a centopeia, mesmo incrédula, recebe discernimento sustentável para movimentar cem minúsculas pernas e não tropeçar, no entanto não consegue calcular o resultado de dois mais dois e nem se preocupar com a necessidade destas excentricidades inúteis. Em contrapartida, Deus gratificou ao homem com o imenso poder de aprender as verdades bíblicas, calcular a velocidade da luz, compor a oitava sinfonia, escrever Grandes Sertões e Veredas, constatar a teoria da relatividade, mas não o agraciou com leveza apropriada para confrontar a gravidade e muito menos despregar-se do solo raso como proveu, aleatoriamente, favorecer ao condor, de forma tão bela e independente.
Estas alternâncias são um só complexo indivisível, mesclando nesta melodia sutil da natureza, simples e lógica, que nos amaina, toda a dimensão incomensurável do Criador, reverenciada pelos verdadeiros sábios. Tais esplendores de integrações não caberiam desunirem-se, nos ritmos e modos como Deus criou o perfeito e o incomensurável. Não assim fosse, a harmonia se esfacelaria entropicamente e o caos prevaleceria sobre a ordem, o destino e o cosmos.
Solvido este mero introito das composições indiscutíveis e apaziguadas acima, passa a ser nosso objetivo recuperar dados antropológicos e teológicos obtidos em escavações nas áreas centrais desérticas do Atriscaitãn. Os reduzidos e quase exterminados nativos desta região extremamente árida, os Eleumérios, oriundos de Eva e Adão após o casal ter sido desalojado de um paraíso fantástico, do qual não sobrou referência ou detalhe e inclusive os descendentes evitam memorar detalhes desconfortáveis, por motivos morais, éticos e atávicos. Constatou-se serem os herdeiros detentores únicos destes fatos indiscutíveis, após a transformação divina do nada em ser.
Portanto, é o primeiro clã eleito, escolhido pelo criador. Estes conhecimentos confirmados, respeitados e seguidos pela religião e ciência são irrefutáveis, pois nascem dos legados do primevo casal. Deus deu, a saber, a estes privilegiados, que antes de lapidar os contornos e acabamentos caprichosos nas criaturas e nos relevos todos dos aléns e escolher a terra como fruto simbólico do seu imenso amor por ela e seus ocupantes de todas as naturezas, experimentou várias formas, anteriores, primitivas e diferentes de complexidades alternadas, primárias, embrionárias e provisórias.
Apesar de toda a onisciência, Deus no início, ainda principiante na arte criativa, entrelaçou varias substâncias, embora imaginadas e criadas sós por ele, etéreas e desuniformes, cujos resultados pragmáticos não o agradavam. Com tenacidade eterna e divina recomeçava outra vez sempre e sistematicamente.
Estes detalhes, levantados, ocorreram muito antes daqueles quinze bilhões de anos humanoides do referido Big-Bang, com os quais o Criador não comunga nas fantasias descritivas dos conceitos atuais. Tanto assim que as desaprova, a bem da verdade, sorrindo benevolente, pois milenares medidas perdidas em tempos divinos são completamente diferenciadas das astrologias temporais arbitrárias, pagãs e primitivas dos homens, que mal se suportam em razão das deturpações tópicas, com suas ficções barrocas ou rococós, mistificações tempestivas desmerecendo os astros, buracos negros, anos luzes, galáxias, os sois, estrelas e coisas que tais.
Imaginações ingênuas dos mortais medíocres, descrentes, limítrofes, que não possuem alternativas mais criativas. Os sete dias da criação do cosmos, modestamente admitidos como espaço e dilação suficiente para a criação do incomensurável existir, jamais refletem, pela complexidade criativa divina, o banal acender e apagar do sol que delimita o transcorrer do dia pobre e antropológico. O proceder de esta epopeia ímpar e suprema é meticulosamente medido em espaços de milagrosas luzes atemporais, tanto que cada micro de átimo tempestivo Divino se respalda em concentrações inconstantes de metamorfoses, fruto de reflexos-reflexivos irrequietos organicamente, resistentes a tridimensionalidade e aos movimentos estacionados. São padrões impraticáveis de constatação dos mortais dada as limitações a estes impostas, mas confirmadas empiricamente pelo simples fato de existirem e se contemplarem em todos os seres, inclusive o homem.
Estas metamorfoses atemporais são subdivididas em desejos próprios da sensibilidade momentânea do Criador, que se estendem, aleatoriamente entre o nada, partindo do invisível, juntamente com o inimaginável, respaldado no pretérito e sem nenhum conflito com o porvir. Fundamental estes conceitos, pois partem desde os milionésimos de milagretes insipientes, subdivisão de nanoelocubrações concretas, mas sempre instáveis divinamente, até infinitesimais super-escalas inatingíveis pelos cógitos mentais convencionais.
Os Eleumérios, escolhidos descendentes de Eva e Adão, detiveram, por muito curto período, o privilégio de decodificar estes calendários e tomar ciência das combinações com as quais Deus dosava e media as matérias primas produzidas para suas experiências pré-cosmológicas. Mas, por precaução e receio, os Eleumérios esconderam estes tesouros dos conhecimentos sagrados ontológicos em profundas cavernas nos rincões dos Inconcebíveis, ao fundo inacabado do deserto de Atriscaitãn, para não caírem em mãos desconhecidas e indefinidas. Estes estranhos usurpadores intentavam, ao que se colheu dos imemoriais, com as argamassas e amalgamas extemporâneas divinas, criar outro evento existencial paralelo, competitivo e materialista. O Senhor inventou, habilidosamente como sempre, o esquecimento e impregnou-o sabiamente na mente ingênua dos Eleumérios, como precaução.
Os fatos acima não são detalhes, nem questões de somenos. Como se acompanhou, infelizmente, destes ensaios anteriores restou micro sinais e muitas desinformações esparsas. A bem da verdade muito mais se especula sobre os mesmos do que se pode constatar. A maior dificuldade de restauração dos fatos, concretudes ou abstrações, destas comunicações pretéritas dos seres de Artochoi Orum, como Deus denominou o seu complexo anterior experimental, são os conflitos de então entre o paradoxo, o subjetivo e a fantasia desconhecidos pelos videntes, clérigos e cientistas atuais. Mas algo diminuto sobreviveu e outro tanto é suposto.
Deus não consolidara ainda o termo universo e nem o homem então, portanto, não se permitiu denominar a provisória Artochoi e seus atributos com estes substantivos próprios. Nesta experiência divina, extinta, a comunicação dos entes era intelectiva. Realmente se interligavam estes seres pré-universo, então criados com partes espirituais e outros tantos complementos materiais, proporcionais a cada criatura, desde as mais primitivas, até as mais desenvolvidas e sofisticadas, através de ondas cerebrinas.
Os inanimados, neste complexo anterior e experimental, emitiam por mini-sensores mentais mensagens objetivas, capazes de descodificarem as subjetividades e os concretos, intercalados dos signos dos seus propósitos corpóreos para afetarem os correspondentes usuários. Não correspondiam, estas oscilações comunicantes, aos limitados efeitos ofertados aos seres vivos em nosso universo como o calor, fala, visão, cor, cheiro, paladar, sabor, perspectiva, olfato, reflexo, mas agiam diretamente no imaginário dos cógitos dos seres para os atraírem, repelirem, agradarem, subsidiarem, imantarem ou convencê-los.
Os próprios inanimados, neste contexto, possuíam a capacidade reprodutiva (como uma convencional pedra, por exemplo, parir pedregulhos sutis e delicados que cresciam e se ofereciam, reprodutivamente, aos consumidores ou uma amêndoa que devidamente devorada, multiplicava-se em várias castanhas mimosas).
Assim se invertia a dialética, quanto mais eram absorvidos pelos seres animados, os inanimados se proliferavam e os primeiros se volatilizavam pelo além para se transformarem em contemplativos adoradores. Passavam em júbilos desmaterializados a contemplarem o esplendor infinito do nada ao lado do Criador. Os espíritos mais adiantados e soberbos se postavam orgulhosamente a montante do Silêncio Soberano e mais próximos da Paixão infinita, em contrapartida, quanto mais primitivo, maior a distância do Eterno. Este privilégio de ladear o Senhor se estendia por graúdos nacos enormes existenciais de átimos milagrosos enrolados em faixas enormes de nada delicadas.
Aqueles seres então possuíam sua dimensão material e o respectivo e adequado complemento espiritual, alma ou mente expressiva comunicante. O original da espécie apresentava a habilidade de as matrizes sólidas, o corpo, liberar a substância volátil, a alma, para esta ao bel prazer tresandar alhures como bem lhe aprouvesse. Seria como atualmente o intelecto ou espirito humano passear pelos arredores deixando o corpo entretido em outros detalhes existenciais.
Um dos problemas recorrentes neste contexto moto-tresandante, articulado por Deus aos indivíduos, era que em certas circunstâncias acidentais, elas se desorientavam nos espaços desconexos ao intentarem regressar a sua própria matriz corpórea deixada ao dará. Não era incomum se confundirem as almas espirituais circulando pelos aleatórios e, desorientadas e perdidas, as vagantes desajustadas ocuparem espaços físicos alheios vazios.
Estes desatinos provocavam atritos de locação, além de problemas sérios de sexualidade, transexualidade, ciúmes, anseios e infiltrações conflitivas. Também ocorriam acidentes, não incomuns, de uma única matéria corporativa receber dois afetos espirituais simultaneamente e disputando a mesma vaga. Ou outra ficar, neste contexto, carente de vivência espiritual. Foi quando Deus, observador e atento, descobriu a esquizofrenia, achou este propósito material didático, interessante, e deteve restolhos apropriados para encarnar em um futuro indefinido.
Outra experiência desta antologia cosmológica primeira, que frustrou o Senhor nesta sua fase experimental foi a irrelevância atribuída por Ele à gravidade naquele contexto anterior. O aforismo atual que: “matéria atrai matéria na razão direta proporcional à massa e inversamente proporcional ao quadrado das distâncias que os separa”, considerou o Criador desnecessário e preferiu não introduzir em Ortochoi Orum.
Depois de lançar os compostos todos criados no contexto de então e passar a observá-los como agiam sob o despautério da ausência de gravidade, pasmou-se dos detalhes paradoxais. O que poderia parecer facilitar a locomoção e transporte se tornava exaustivo, pois se imaginara que poderiam ser utilizados contrapesos específicos para os objetos se atraírem e se movimentarem. Mas também estes se espargiam aleatoriamente ao sabor da densidade do nada, não tinham como retornar aos destinos e passaram todas as espécies, desde os mais evoluídos seres aos mais primitivos, a sofrer de depressão e agorafobia.
Exausto, pensativo, contrariado, Deus, por último, se pôs em meditações divinas profundas, por uma série interminável de átimos milagrosos indeterminados e contemplativos. Muitos infindáveis milagretes posteriores, sem mais devaneios, desmantelou os restolhos de Ortochoi, desfez peça por peça, anotando os resquícios do evento, na maioria das vezes, em sua memória privilegiada somente. Com parcimônia, retrocedeu tudo cuidadosamente ao nada, tomando a decisão divina de salvaguardar somente algumas mudas de substâncias esquisitas e raras em Ortochoi para, eventualmente, em algum além-desconhecido usá-las para enxerto, semente ou procriação.
Conta-se, portanto, nos alfarrábios escondidos dos Eleumérios na caverna dos Inconcebíveis, que escapou no cesto divinal do infinito atemporal, resíduos de migalhas de amor, mínimos desejos em botão, uma cunha cheia de mentiras, pitadas de desafetos em bons estados de conservação, um chorrilho de ciúmes para contrabalançar amor excessivo, inveja em doses razoáveis, ambição pouca para não se tornar desmedida, duas cabaças rasas de preguiça e meia de sono, um desafeto urinando ainda em suas fraldas e outras malvadezas de pouca utilidade, mas em bons estados de uso, para, com estes restados, se O aprazasse, praticar novas experiências em algum talvez esquecido e distante, após infinitesimais átimos de milagres quaisquer de futuros imprevistos e incertos.
Derradeiro e magnífico, desiludido pelos conflitivos paradoxos de Ortochoi, embora muito antes de elucubrar seu próximo e último arrependimento, o universo atual, sem trauma algum, recostou-se sobre uma extensão serena e confortável do mais macio nada. Escolhera este além entre as indefinições aleatórias, onde se sentia tranquilo, e atentou os ouvidos eternos para espairecer, merecidamente, com o choro angelical, distante, de trompetes e flautas que o repousava tanto.
Enquanto isto lançava, Ele, aos horizontes ocultos suas profecias, prevendo achegarem cansados pelos caminhos desconhecidos o futuro e a incerteza para recompô-los em atualidades presentes e realidades concretas. Tudo se dava pelos cantos dos infindáveis ruídos dos silêncios, pois só Deus poderia antever que a angústia seria criada por Ele próprio e assim transmudar o imenso nada abundante em céu, terra e, caprichosamente, inventar o homem para aprender a sofrer e merecer, no fim, a usufruir da extrema alegria angustiante da morte.
* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.
Publicado em: http://carloseduardoflorence.blogspot.com/2019/11/eleumerios-doatriscaitan-e-outras.html
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Deu-se nos tempos devidos, aberto cerimoniosamente e com consenso o evento ecumênico aguardado, muito discreto, sem arroubos ou pretensões, na grata finalidade de desmistificar pontos obscuros sobre o conflito milenar, na realidade fictícia. Tal não poderia deixar de ser reforçado pelos liberais bem intencionados, sobre os suportes históricos e reais à civilização, da sinergia milenar entre religião e ciência.
A teologia e as teorias científicas, engajadas e articuladas pelos homens de mentes e corações amplos, despidos de preconceitos, tanto como de radicalismos, os quais convergiram sempre no princípio inabalável da criação do universo por Mãos supremas, na coerência das interações indiscutíveis.
Deus, portanto, criou o abstrato e o concreto, antes de impregnar os ungidos existenciais com múltiplas e adequadas composições alternativas de pragmatismo. Calibrou-os com exatas porções de espírito, alma e cérebro, dosagens perfeitas, indispensáveis, com aptidões específicas, dando-lhes plena autonomia nos procedimentos, livre arbítrio, dentro dos seus contextos singulares, como melhor lhes aprouvesse.
Estes detalhes são fundamentais para o entendimento da dimensão da criação sublime. E é neste complexo que a centopeia, mesmo incrédula, recebe discernimento sustentável para movimentar cem minúsculas pernas e não tropeçar, no entanto não consegue calcular o resultado de dois mais dois e nem se preocupar com a necessidade destas excentricidades inúteis. Em contrapartida, Deus gratificou ao homem com o imenso poder de aprender as verdades bíblicas, calcular a velocidade da luz, compor a oitava sinfonia, escrever Grandes Sertões e Veredas, constatar a teoria da relatividade, mas não o agraciou com leveza apropriada para confrontar a gravidade e muito menos despregar-se do solo raso como proveu, aleatoriamente, favorecer ao condor, de forma tão bela e independente.
Estas alternâncias são um só complexo indivisível, mesclando nesta melodia sutil da natureza, simples e lógica, que nos amaina, toda a dimensão incomensurável do Criador, reverenciada pelos verdadeiros sábios. Tais esplendores de integrações não caberiam desunirem-se, nos ritmos e modos como Deus criou o perfeito e o incomensurável. Não assim fosse, a harmonia se esfacelaria entropicamente e o caos prevaleceria sobre a ordem, o destino e o cosmos.
Solvido este mero introito das composições indiscutíveis e apaziguadas acima, passa a ser nosso objetivo recuperar dados antropológicos e teológicos obtidos em escavações nas áreas centrais desérticas do Atriscaitãn. Os reduzidos e quase exterminados nativos desta região extremamente árida, os Eleumérios, oriundos de Eva e Adão após o casal ter sido desalojado de um paraíso fantástico, do qual não sobrou referência ou detalhe e inclusive os descendentes evitam memorar detalhes desconfortáveis, por motivos morais, éticos e atávicos. Constatou-se serem os herdeiros detentores únicos destes fatos indiscutíveis, após a transformação divina do nada em ser.
Portanto, é o primeiro clã eleito, escolhido pelo criador. Estes conhecimentos confirmados, respeitados e seguidos pela religião e ciência são irrefutáveis, pois nascem dos legados do primevo casal. Deus deu, a saber, a estes privilegiados, que antes de lapidar os contornos e acabamentos caprichosos nas criaturas e nos relevos todos dos aléns e escolher a terra como fruto simbólico do seu imenso amor por ela e seus ocupantes de todas as naturezas, experimentou várias formas, anteriores, primitivas e diferentes de complexidades alternadas, primárias, embrionárias e provisórias.
Apesar de toda a onisciência, Deus no início, ainda principiante na arte criativa, entrelaçou varias substâncias, embora imaginadas e criadas sós por ele, etéreas e desuniformes, cujos resultados pragmáticos não o agradavam. Com tenacidade eterna e divina recomeçava outra vez sempre e sistematicamente.
Estes detalhes, levantados, ocorreram muito antes daqueles quinze bilhões de anos humanoides do referido Big-Bang, com os quais o Criador não comunga nas fantasias descritivas dos conceitos atuais. Tanto assim que as desaprova, a bem da verdade, sorrindo benevolente, pois milenares medidas perdidas em tempos divinos são completamente diferenciadas das astrologias temporais arbitrárias, pagãs e primitivas dos homens, que mal se suportam em razão das deturpações tópicas, com suas ficções barrocas ou rococós, mistificações tempestivas desmerecendo os astros, buracos negros, anos luzes, galáxias, os sois, estrelas e coisas que tais.
Imaginações ingênuas dos mortais medíocres, descrentes, limítrofes, que não possuem alternativas mais criativas. Os sete dias da criação do cosmos, modestamente admitidos como espaço e dilação suficiente para a criação do incomensurável existir, jamais refletem, pela complexidade criativa divina, o banal acender e apagar do sol que delimita o transcorrer do dia pobre e antropológico. O proceder de esta epopeia ímpar e suprema é meticulosamente medido em espaços de milagrosas luzes atemporais, tanto que cada micro de átimo tempestivo Divino se respalda em concentrações inconstantes de metamorfoses, fruto de reflexos-reflexivos irrequietos organicamente, resistentes a tridimensionalidade e aos movimentos estacionados. São padrões impraticáveis de constatação dos mortais dada as limitações a estes impostas, mas confirmadas empiricamente pelo simples fato de existirem e se contemplarem em todos os seres, inclusive o homem.
Estas metamorfoses atemporais são subdivididas em desejos próprios da sensibilidade momentânea do Criador, que se estendem, aleatoriamente entre o nada, partindo do invisível, juntamente com o inimaginável, respaldado no pretérito e sem nenhum conflito com o porvir. Fundamental estes conceitos, pois partem desde os milionésimos de milagretes insipientes, subdivisão de nanoelocubrações concretas, mas sempre instáveis divinamente, até infinitesimais super-escalas inatingíveis pelos cógitos mentais convencionais.
Os Eleumérios, escolhidos descendentes de Eva e Adão, detiveram, por muito curto período, o privilégio de decodificar estes calendários e tomar ciência das combinações com as quais Deus dosava e media as matérias primas produzidas para suas experiências pré-cosmológicas. Mas, por precaução e receio, os Eleumérios esconderam estes tesouros dos conhecimentos sagrados ontológicos em profundas cavernas nos rincões dos Inconcebíveis, ao fundo inacabado do deserto de Atriscaitãn, para não caírem em mãos desconhecidas e indefinidas. Estes estranhos usurpadores intentavam, ao que se colheu dos imemoriais, com as argamassas e amalgamas extemporâneas divinas, criar outro evento existencial paralelo, competitivo e materialista. O Senhor inventou, habilidosamente como sempre, o esquecimento e impregnou-o sabiamente na mente ingênua dos Eleumérios, como precaução.
Os fatos acima não são detalhes, nem questões de somenos. Como se acompanhou, infelizmente, destes ensaios anteriores restou micro sinais e muitas desinformações esparsas. A bem da verdade muito mais se especula sobre os mesmos do que se pode constatar. A maior dificuldade de restauração dos fatos, concretudes ou abstrações, destas comunicações pretéritas dos seres de Artochoi Orum, como Deus denominou o seu complexo anterior experimental, são os conflitos de então entre o paradoxo, o subjetivo e a fantasia desconhecidos pelos videntes, clérigos e cientistas atuais. Mas algo diminuto sobreviveu e outro tanto é suposto.
Deus não consolidara ainda o termo universo e nem o homem então, portanto, não se permitiu denominar a provisória Artochoi e seus atributos com estes substantivos próprios. Nesta experiência divina, extinta, a comunicação dos entes era intelectiva. Realmente se interligavam estes seres pré-universo, então criados com partes espirituais e outros tantos complementos materiais, proporcionais a cada criatura, desde as mais primitivas, até as mais desenvolvidas e sofisticadas, através de ondas cerebrinas.
Os inanimados, neste complexo anterior e experimental, emitiam por mini-sensores mentais mensagens objetivas, capazes de descodificarem as subjetividades e os concretos, intercalados dos signos dos seus propósitos corpóreos para afetarem os correspondentes usuários. Não correspondiam, estas oscilações comunicantes, aos limitados efeitos ofertados aos seres vivos em nosso universo como o calor, fala, visão, cor, cheiro, paladar, sabor, perspectiva, olfato, reflexo, mas agiam diretamente no imaginário dos cógitos dos seres para os atraírem, repelirem, agradarem, subsidiarem, imantarem ou convencê-los.
Os próprios inanimados, neste contexto, possuíam a capacidade reprodutiva (como uma convencional pedra, por exemplo, parir pedregulhos sutis e delicados que cresciam e se ofereciam, reprodutivamente, aos consumidores ou uma amêndoa que devidamente devorada, multiplicava-se em várias castanhas mimosas).
Assim se invertia a dialética, quanto mais eram absorvidos pelos seres animados, os inanimados se proliferavam e os primeiros se volatilizavam pelo além para se transformarem em contemplativos adoradores. Passavam em júbilos desmaterializados a contemplarem o esplendor infinito do nada ao lado do Criador. Os espíritos mais adiantados e soberbos se postavam orgulhosamente a montante do Silêncio Soberano e mais próximos da Paixão infinita, em contrapartida, quanto mais primitivo, maior a distância do Eterno. Este privilégio de ladear o Senhor se estendia por graúdos nacos enormes existenciais de átimos milagrosos enrolados em faixas enormes de nada delicadas.
Aqueles seres então possuíam sua dimensão material e o respectivo e adequado complemento espiritual, alma ou mente expressiva comunicante. O original da espécie apresentava a habilidade de as matrizes sólidas, o corpo, liberar a substância volátil, a alma, para esta ao bel prazer tresandar alhures como bem lhe aprouvesse. Seria como atualmente o intelecto ou espirito humano passear pelos arredores deixando o corpo entretido em outros detalhes existenciais.
Um dos problemas recorrentes neste contexto moto-tresandante, articulado por Deus aos indivíduos, era que em certas circunstâncias acidentais, elas se desorientavam nos espaços desconexos ao intentarem regressar a sua própria matriz corpórea deixada ao dará. Não era incomum se confundirem as almas espirituais circulando pelos aleatórios e, desorientadas e perdidas, as vagantes desajustadas ocuparem espaços físicos alheios vazios.
Estes desatinos provocavam atritos de locação, além de problemas sérios de sexualidade, transexualidade, ciúmes, anseios e infiltrações conflitivas. Também ocorriam acidentes, não incomuns, de uma única matéria corporativa receber dois afetos espirituais simultaneamente e disputando a mesma vaga. Ou outra ficar, neste contexto, carente de vivência espiritual. Foi quando Deus, observador e atento, descobriu a esquizofrenia, achou este propósito material didático, interessante, e deteve restolhos apropriados para encarnar em um futuro indefinido.
Outra experiência desta antologia cosmológica primeira, que frustrou o Senhor nesta sua fase experimental foi a irrelevância atribuída por Ele à gravidade naquele contexto anterior. O aforismo atual que: “matéria atrai matéria na razão direta proporcional à massa e inversamente proporcional ao quadrado das distâncias que os separa”, considerou o Criador desnecessário e preferiu não introduzir em Ortochoi Orum.
Depois de lançar os compostos todos criados no contexto de então e passar a observá-los como agiam sob o despautério da ausência de gravidade, pasmou-se dos detalhes paradoxais. O que poderia parecer facilitar a locomoção e transporte se tornava exaustivo, pois se imaginara que poderiam ser utilizados contrapesos específicos para os objetos se atraírem e se movimentarem. Mas também estes se espargiam aleatoriamente ao sabor da densidade do nada, não tinham como retornar aos destinos e passaram todas as espécies, desde os mais evoluídos seres aos mais primitivos, a sofrer de depressão e agorafobia.
Exausto, pensativo, contrariado, Deus, por último, se pôs em meditações divinas profundas, por uma série interminável de átimos milagrosos indeterminados e contemplativos. Muitos infindáveis milagretes posteriores, sem mais devaneios, desmantelou os restolhos de Ortochoi, desfez peça por peça, anotando os resquícios do evento, na maioria das vezes, em sua memória privilegiada somente. Com parcimônia, retrocedeu tudo cuidadosamente ao nada, tomando a decisão divina de salvaguardar somente algumas mudas de substâncias esquisitas e raras em Ortochoi para, eventualmente, em algum além-desconhecido usá-las para enxerto, semente ou procriação.
Conta-se, portanto, nos alfarrábios escondidos dos Eleumérios na caverna dos Inconcebíveis, que escapou no cesto divinal do infinito atemporal, resíduos de migalhas de amor, mínimos desejos em botão, uma cunha cheia de mentiras, pitadas de desafetos em bons estados de conservação, um chorrilho de ciúmes para contrabalançar amor excessivo, inveja em doses razoáveis, ambição pouca para não se tornar desmedida, duas cabaças rasas de preguiça e meia de sono, um desafeto urinando ainda em suas fraldas e outras malvadezas de pouca utilidade, mas em bons estados de uso, para, com estes restados, se O aprazasse, praticar novas experiências em algum talvez esquecido e distante, após infinitesimais átimos de milagres quaisquer de futuros imprevistos e incertos.
Derradeiro e magnífico, desiludido pelos conflitivos paradoxos de Ortochoi, embora muito antes de elucubrar seu próximo e último arrependimento, o universo atual, sem trauma algum, recostou-se sobre uma extensão serena e confortável do mais macio nada. Escolhera este além entre as indefinições aleatórias, onde se sentia tranquilo, e atentou os ouvidos eternos para espairecer, merecidamente, com o choro angelical, distante, de trompetes e flautas que o repousava tanto.
Enquanto isto lançava, Ele, aos horizontes ocultos suas profecias, prevendo achegarem cansados pelos caminhos desconhecidos o futuro e a incerteza para recompô-los em atualidades presentes e realidades concretas. Tudo se dava pelos cantos dos infindáveis ruídos dos silêncios, pois só Deus poderia antever que a angústia seria criada por Ele próprio e assim transmudar o imenso nada abundante em céu, terra e, caprichosamente, inventar o homem para aprender a sofrer e merecer, no fim, a usufruir da extrema alegria angustiante da morte.
* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.
Publicado em: http://carloseduardoflorence.blogspot.com/2019/11/eleumerios-doatriscaitan-e-outras.html
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quarta-feira, 20 de novembro de 2019
Aquecimento tem mais um culpado, agora é o metano
Richard Jakubaszko
Há uma profusão de interesses dos envolvidos nas mentiras do aquecimento, com os objetivos políticos, científicos, acadêmicos, comerciais e geopolíticos, que o entrechoque desses grupos provoca um tiroteio intenso, proveniente de todas as facções envolvidas. No gráfico abaixo, da Oxford University, a América Latina emite mais metano do que a Ásia.
É apenas mais uma incoerência, porque a maior emissão de metano está nos arrozais asiáticos (irrigados), sem contar que o rebanho bovino indiano está na ordem de 340 milhões de cabeças, enquanto o rebanho brasileiro é de 210 milhões. Só seria possível entender isso se Oxford deixou-se levar pela opinião de que a vaca é sagrada para os indianos, porque zebuíno ou bubalino, já que a ruminação deles é igual, e emite tanto metano quanto o nosso rebanho. Aliás, nosso rebanho, e o indiano também, emite menos que o rebanho americano, pois nos EUA a maioria é criada confinada, enquanto que no Brasil isso é uma minoria insignificante, menos do que 5% da criação, conforme dados coletados na revista DBO.
No gráfico acima, que é uma lustração da 4ª capa de meu livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas, estão nos enganando?", produzido pelo satélite NOA, o leitor deste blog pode ver que as manchas em vermelho representam a maior emissão de metano no planeta, ou seja, os arrozais asiáticos, os mangues em florestas tropicais, como a Amazônia e a floresta subsaariana, afora a emissão antropogênica americana, ou seja, lixões cheios de matéria orgânica descartada pelos ricos cidadãos de Nova York, Washington e Chicago, no Nordeste dos EUA.
Para efeito deste texto, aqui no blog, é uma forma que encontramos de contestar dados publicados por diversas ONGs e universidades, que insistem em afirmar que a criação de bovinos é a maior fonte de emissão de metano do planeta. Não é, trata-se de mais uma falácia, estimulada por associações americanas de pecuaristas, que continuam sua campanha, cujo slogan é "Forest there, food here".
Mesmo assim, em outubro último os EUA informaram a ONU e sua agência para o clima, o IPCC, de que não vão assinar o Acordo de Paris. Foi uma promessa de campanha do atual presidente, o briguento e destemperado Donald Trump, e tudo indica que ele vai cumprir a palavra empenhada com seus eleitores.
Mas o metano é a bola da vez, como gás de efeito estufa, porque os ambientalistas conectados ao IPCC são incansáveis, todo dia tem uma novidade.
Até a semana que vem voltarei ao assunto do clima, contando as peripécias de Greta Thunberg, que pegou condução errada para ir ao EUA e de lá iria participar da COP25, no Chile. Como o Chile cancelou a COP25, por causa das passeatas e protestos que andam ocorrendo por lá, o IPCC transferiu a realização da mesma para Madrid, a partir de 10 de dezembro, Greta, que já está nos EUA, agora deverá voltar para a Europa, rapidamente. Como ela não viaja de avião, porque emite muito CO2, vai ser um problema para ela. Não há veleiros realizando viagens regulares entre os EUA e Europa, e, ou ela volta a nado, ou vai ter de esperar um barco a remo (zero emissões...).
No dia que programei a publicação deste post apareceu na internet a informação de que Greta conseguiu carona num catamarã movido a energia solar...
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Há uma profusão de interesses dos envolvidos nas mentiras do aquecimento, com os objetivos políticos, científicos, acadêmicos, comerciais e geopolíticos, que o entrechoque desses grupos provoca um tiroteio intenso, proveniente de todas as facções envolvidas. No gráfico abaixo, da Oxford University, a América Latina emite mais metano do que a Ásia.
É apenas mais uma incoerência, porque a maior emissão de metano está nos arrozais asiáticos (irrigados), sem contar que o rebanho bovino indiano está na ordem de 340 milhões de cabeças, enquanto o rebanho brasileiro é de 210 milhões. Só seria possível entender isso se Oxford deixou-se levar pela opinião de que a vaca é sagrada para os indianos, porque zebuíno ou bubalino, já que a ruminação deles é igual, e emite tanto metano quanto o nosso rebanho. Aliás, nosso rebanho, e o indiano também, emite menos que o rebanho americano, pois nos EUA a maioria é criada confinada, enquanto que no Brasil isso é uma minoria insignificante, menos do que 5% da criação, conforme dados coletados na revista DBO.
No gráfico acima, que é uma lustração da 4ª capa de meu livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas, estão nos enganando?", produzido pelo satélite NOA, o leitor deste blog pode ver que as manchas em vermelho representam a maior emissão de metano no planeta, ou seja, os arrozais asiáticos, os mangues em florestas tropicais, como a Amazônia e a floresta subsaariana, afora a emissão antropogênica americana, ou seja, lixões cheios de matéria orgânica descartada pelos ricos cidadãos de Nova York, Washington e Chicago, no Nordeste dos EUA.
Para efeito deste texto, aqui no blog, é uma forma que encontramos de contestar dados publicados por diversas ONGs e universidades, que insistem em afirmar que a criação de bovinos é a maior fonte de emissão de metano do planeta. Não é, trata-se de mais uma falácia, estimulada por associações americanas de pecuaristas, que continuam sua campanha, cujo slogan é "Forest there, food here".
Mesmo assim, em outubro último os EUA informaram a ONU e sua agência para o clima, o IPCC, de que não vão assinar o Acordo de Paris. Foi uma promessa de campanha do atual presidente, o briguento e destemperado Donald Trump, e tudo indica que ele vai cumprir a palavra empenhada com seus eleitores.
Mas o metano é a bola da vez, como gás de efeito estufa, porque os ambientalistas conectados ao IPCC são incansáveis, todo dia tem uma novidade.
Até a semana que vem voltarei ao assunto do clima, contando as peripécias de Greta Thunberg, que pegou condução errada para ir ao EUA e de lá iria participar da COP25, no Chile. Como o Chile cancelou a COP25, por causa das passeatas e protestos que andam ocorrendo por lá, o IPCC transferiu a realização da mesma para Madrid, a partir de 10 de dezembro, Greta, que já está nos EUA, agora deverá voltar para a Europa, rapidamente. Como ela não viaja de avião, porque emite muito CO2, vai ser um problema para ela. Não há veleiros realizando viagens regulares entre os EUA e Europa, e, ou ela volta a nado, ou vai ter de esperar um barco a remo (zero emissões...).
No dia que programei a publicação deste post apareceu na internet a informação de que Greta conseguiu carona num catamarã movido a energia solar...
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