Luis Dufaur *
Certas ilhas de baixo nível de altura são os territórios mais vulneráveis ao crescimento do nível do mar.
Se o mar em volta delas está subindo, como trombeteia o alarmismo ecológico, elas estariam condenadas a desaparecer, se é que já não sumiram do mapa.
A ilha de Jeh está crescendo. Limites de 1943 em vermelho. Fonte. USDA
Mas, para surpresa do alarmismo e para alegria de todas as pessoas de bem, muitas ilhas da Terra que atendem aos requisitos fatais da propaganda verde, no entanto, nos últimos 100 anos experimentaram um notável crescimento.
Crescimento que é inexplicável segundo os boatos, mas que está sendo estudado e explicado pelos cientistas.
De extremo mal gosto, aliás, foi induzir injustificado apavoramento nos islenhos de Tuvalu, Kiribati e da Micronésia. Cfr.: Ilhas do Pacífico crescem em altura e extensão e desmentem alarmismo climático
Essas ilhas em crescimento estão localizadas principalmente no Pacífico e desafiam todas as “lógicas” das mudanças climáticas, ou melhor dito, desmentem os enganosos alarmismos climáticos.
Por exemplo, a ilha Jeh, localizada no Atol Ailinglaplap, um dos 29 atóis de recife de coral que compõem a República das Ilhas Marshall, e fica a meio caminho entre o Havaí e a Austrália, descrita por “Clarín”.
Em vermelho, atuais limites da ilha de Jeh. Em cinza como era em 1943. Fonte: USDA
Jeh estava entre as mais ameaçadas do mundo pelo fantasma verde de uma elevação do nível do mar atribuída à atividade humana.
Mas, felizmente, Jeh não para de crescer.
Um novo estudo liderado pelo geomorfologista costeiro Murray Ford, da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, e publicado na Geophysical Research Letters, diz que:
“ao contrário das previsões, da cobertura da mídia populista e reivindicações políticas, estudos recentes têm mostrado que a maioria das ilhas de recife estudadas se mantiveram estáveis ou aumentaram de tamanho desde meados do século XX”.
As ilhas de atol, como as Ilhas Marshall, se apoiam em sedimentos derivados de recifes depositados nos últimos 5.000 anos ou menos.
Apesar do aumento do nível do mar, os cientistas observaram um crescimento na área terrestre da maioria dos atóis desde meados do século XX, sugerindo que eles podem acumular os sedimentos necessários para se expandir.
Até agora, estudos sobre esse processo de agregação de sedimentos eram escassos e não se sabia se esses sedimentos eram resultado de depósitos recentes ou acumulações ao longo de décadas.
Em termos nossos, a propaganda ambientalista vem alarmando sem saber do que fala.
O especialista Murray Ford, junto com o professor Paul Kench da Simon Fraser University, no Canadá, comparou fotografias aéreas de 1943 e usou imagens de satélite e datação por radiocarbono dos depósitos de sedimentos na Ilha Jeh. Sabe, portanto, do que fala.
Ilhas de Tuvalu cresceram de 1971 a 2014
As fotografias e imagens de satélite mostram que a ilha, pouco povoada com cerca de 40 residências, aumentou sua área territorial em 13% desde 1943.
Ela cresceu de 2,02 quilômetros quadrados para 2,26 quilômetros quadrados, chegando a 2,28 quilômetros quadrados em 2015.
Também Jeh resultou de uma fusão de pelo menos duas ilhas anteriormente separadas onde o sedimento se acumulou o suficiente para formar uma área de terra contínua maior.
Além disso, imagens de satélite de 2010, 2015 e 2019 revelam que uma língua na ponta oeste continua a se espalhar, aumentando a área total da terra acima do nível do mar.
Na tentativa de rastrear de onde veio o sedimento e há quanto tempo ele foi se acumulando na ilha, as amostras foram datadas por radiocarbono.
A equipe testou fragmentos de corais, conchas de moluscos e organismos marinhos microscópicos chamados foraminíferos na ponta oeste da ilha.
No total, 28 datas de radiocarbono de sedimentos insulares foram analisadas, mostrando que a acumulação de depósitos de sedimentos veio de material mais recente, geralmente após 1950.
“Esse estudo descobriu que a expansão das ilhas é possível por meio da geração de sedimentos em condições de elevação do nível do mar”, disse o especialista. Kiribati, outra ilha que o alarmismo
condena ao desaparecimento, mas cres
“Os recifes de coral que circundam essas ilhas são a casa das máquinas para o crescimento das ilhas, produzindo sedimentos que são arrastados pela costa da ilha. Recifes de coral saudáveis são essenciais para que esse processo continue no futuro”, explicam os pesquisadores.
Num estudo publicado na revista científica WIREs em outubro de 2018, de 30 atóis de coral nos oceanos Pacífico e Índico, totalizando 709 ilhas no total, verificou-se que 88,6% das ilhas permaneceram estáveis ou aumentaram de área nas últimas décadas.
Melhor ainda: em geral nenhum dos atóis perdeu superfície terrestre.
“Neste trabalho e em estudos anteriores, descobrimos que as ilhas são resistentes ao aumento do nível do mar e que o fornecimento de sedimentos para alguns atóis está ultrapassando o aumento do nível do mar”.
“Não sabemos como isso vai se desenrolar nas próximas décadas, mas os estudos da formação de ilhas de recife de baixa altitude devem levar essas descobertas em consideração”, concluem os especialistas, acenando a parcialidade do terrorismo midiático.
* o autor é escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, e webmaster de diversos blogs.
Publicado em https://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com/2021/01/crescem-ilhas-que-o-mar-deveria-ter.html
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