quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Carta ao professor hariovaldo almeida prado

Richard Jakubaszko
Existem coisas absolutamente hilárias, outras antológicas, algumas simplesmente inteligentes. A carta abaixo é simplesmente tudo isso. Pesquei no blog do Marco Aurélio de Mello:

Carta ao professor Hariovaldo
Caro professor Hariovaldo Almeida Prado,
Considerando que aos três dias de outubro do corrente ano as eleições estarão liquidadas pelos representantes da Novíssima República comuno-sindicalista e que em breve, a disputa política cairá no esquecimento, não poderia me furtar de fazer uma sincera homenagem a quatro importantes famiglias brasileiras, seus jornais e a seus principais colaboradores que, a exemplo da saudosa Tribuna da Imprensa, combateram ao lado da oposição os desmandos dos poderosos de turno. Infelizmente não foram vencedores, mas estou certo de que seguirão adiante denunciando a corrupção, apontando desvios éticos e gritando contra a desmoralização e o esfacelamento da democracia em nosso país. Um dia, no futuro, alguém que queira estudar a força do Quarto Poder poderá encontrar aqui um tributo aos nossos hérois da resistência, cidadãos probos e impolutos, conscientes do seu dever cívico e comprometidos com os direitos fundamentais da pessoa humana, com a justiça social e com o progresso da nação.

Às Organizações Globo, da famiglia Marinho e seus representantes:

Ali Kamel
Arnaldo Jabor
Carlos Alberto Sardemberg
Carlos Henrique Schroeder (por omissão)
Lúcia Hippolito (Ah Lolito...)
Merval Pereira
Miriam Leitão
Ricardo Noblat

À Editora Abril (Revista Veja), da Famiglia Civita e seus representantes:

Augusto Nunes
Eurípedes Alcântara
Diogo Mainardi
Reinaldo Azevedo

Ao Jornal Folha de S. Paulo, da Famiglia Frias e aos seus representantes:

Danusa Leão (ex-mulher do meu arqui-inimigo Samuel Weiner)
Eliane Cantanhêde
Judith Brito (pres. ANJ)
Renata Lo Prete
Suzana Singer

À Famiglia Mesquita:
in memorian
Estou certo de que os brasileiros saberemos recompensá-los com generosidade pelo importante capítulo que escreveram em nossa história!

Att.,
Carlos Lacerda

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

As grandes previsões da história

Richard Jakubaszko
Gosto de algumas "idiossincrasias" humanas. Elas se expressam de forma mais autêntica quando pessoas normais se defrontam com o novo, o inusitado, o inédito. Acontece muito isso no jornalismo e na publicidade, onde tenho trabalhado por toda a minha vida profissional. Já assisti (e enfrentei) críticas e obstaculizações a trabalhos apresentados a chefes e clientes e que, por serem absolutamente inovadores, tiveram enormes dificuldades de serem executados. 
Uma das mais conhecidas foi a aprovação do slogan "o mata-mato" para o herbicida Treflan, da Elanco, lá no início dos anos 1970. Relato isso no livro "Marketing Rural, como se comunicar com o homem que fala com Deus". Enfim, aprovada a ideia, mostrou-se vencedora.  Mas o parto foi dificílimo...
De toda forma, me divirto com as desculpas das pessoas que se defrontam com o novo. Vejam algumas, colecionadas por uma alma gêmea paciente, já que não sou sistemático a esse ponto.

As grandes previsões da história
Por Jorge Furtado
Publicado originalmente em 27/09/2010 no

Nesta semana (de eleições...) quando todos os sábios fazem previsões do futuro, aqui vai parte da minha coleção de "Grandes previsões".

"Rembrandt não pode ser comparado, na pintura de retratos, ao nosso artista extraordinariamente talentoso, o senhor Rippingdale". John Hunt, crítico de arte do século XIX.

"Ele nunca aprendeu nada e não consegue fazer nada que preste". Johann Albrechtsberger, professor de música, a respeito de seu aluno Ludwig von Beethoven

"Tudo o que podia ser inventado já o foi." Charles H. Duell, diretor do Departamento de Patentes dos Estados Unidos, em 1899.

"Ainda faz sentido a alternativa de direita e esquerda?" Raymond Aron, em 1957.

"Não há mal nenhum em tocar guitarra, John, mas você nunca vai ganhar a vida com isso". Tia Mimi, ao seu sobrinho John Lennon.

"Não gostamos do som deles e a música com guitarras vai desaparecer." Editora Decca ao rejeitar contratar os Beatles em 1962.

"A teoria dos germes de Pasteur é uma ficção ridícula." Pierre Pachet, professor de fisiologia em Toulouse, 1872.

"O tal 'telefone' tem muitos problemas que têm que ser resolvidos antes de ter algum valor para nós." Memorando da Western Union, 1876

"Pouco importa o que faça, ele nunca chegará a ser alguém na vida". Professor de Albert Einstein, em bilhete ao pai do menino.

"Papel de parede é mais bem acabado". Louis Leroy, em artigo sobre a primeira exposição de Monet, 5 de abril de 1874.

"Ele já passou da idade de admissão e, com toda certeza, será medíocre" Francesco Basily, diretor do conservatório de Milão, indeferindo o pedido de ingresso de Giuseppe Verdi.

"Prezado amigo; eu posso ser mais tapado que a maioria, mas simplesmente não entendo por que alguém gaste trinta páginas falando das vezes que se vira na cama por não poder dormir". Editora Ollendorff, recusando a publicação de "Em Busca do Tempo Perdido", de Marcel Proust.

"Esta invenção não tem o menor futuro". Loius Lumiére, sobre o cinema.

"Quem é que vai querer ouvir os atores a falar?" H.M. Warner, da Warner Brothers, 1927.

"Não sabe representar. Não sabe dançar. Ligeiramente careca. Dança um pouco". Comentário de um produtor de Hollywood sobre teste de Fred Astaire.

"Nenhum filme sobre a Guerra da Secessão jamais rendeu um níquel." Irving Thalberg, recusando o roteiro de "E o Vento Levou".

"Você é um rapaz inteligente. Por que não se dedica a algo útil? Você não é velho. Ainda poderia se tornar um negociante, um médico, ou talvez um advogado. Isso não seria melhor do que ficar se fazendo de bobo na frente de milhares de estranhos?" Leonard Dobbin, advogado, ao seu colega de infância Grouxo Marx.

"Existe um mercado mundial para talvez cinco computadores." Thomas Watson, administrador da IBM, 1943.

"No futuro, os computadores não deverão pesar mais de 1,5 toneladas" Revista Popular Mechanics, 1949.

"Mas afinal, para que serve isso?" Pesquisador da IBM em 1968 referindo-se ao microchip.

"Não existe nenhuma razão para alguém querer um computador em casa." Ken Olson, presidente e fundador da Digital em 1977.

"640KB deve chegar para todos." Bill Gates, 1981.
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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Los secretos de Brasil

Richard Jakubaszko
Há que se ler e observar a imprensa internacional. Sabem mais do que os brasileiros, talvez porque não se encontre essas informações em certos jornais, revistas e TVs.

Do jornal argentino La Nación de ontem:
http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1308088


De Cardoso a Lula

Los secretos de Brasil: la receta de una potencia.
En los últimos ocho años, mientras la Argentina se recuperaba de la crisis, su socio redujo la pobreza, aumentó el salario real de su población, consolidó un crecimiento sostenido y se transformó en un líder global, con poder exportador y empresas que se hicieron multinacionales

Domingo 26 de setiembre de 2010
Carlos Manzoni
LA NACION


Publicado en edición impresa la receta de una potencia.

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tropeçando nas ideias e palavras...

Richard Jakubaszko
Encontrei um vídeo que chega a ser patético, mas muito engraçado, retirei lá do blog do CloacaNews e disponibilizo aos leitores do blog: o Zé Serra tropeça nas ideias e nas palavras ao falar de energias alternativas. Assista, tem menos de 1 minuto, pois depois disso o Serra vai extinguir o sol e o vento: http://cloacanews.blogspot.com/2010/09/depois-da-gripe-dos-porquinhos-serra.html 


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Hoje, o Brasil tem orgulho do Brasil.

Richard Jakubaszko 
Mais do que nunca, hoje os brasileiros podem ter imenso orgulho do Brasil. A Petrobrás se torna a segunda maior petrolífera do mundo. A BM&F Bovespa foi a segunda maior bolsa de valores do planeta. Hoje houve a maior operação capitalista e financeira da história mundial. Liderada por um metalúrgico apedeuta do agreste pernambucano a quem Deus iluminou e conduziu pela mão a concretizar essas conquistas.
Para quem acreditava e dizia que nunca iríamos tirar o petróleo do pré-sal, para quem afirmava que não se iria conseguir tanto dinheiro para extrair das profundezas o petróleo que trará a alforria aos brasileiros, hoje o cala-boca. O ato que não admite o "mas...".  
Ainda bem que não conseguiram vender a Petrobrax. Deus não permitiu...
O orgulho deste presidente, ao fazer seu discurso, contagia qualquer brasileiro.
Abaixo o vídeo sobre o ato na BM&F Bovespa, onde Lula afirma, logo no início, que "o Brasil tem orgulho do Brasil".

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tenso? Relaxe, faltam 9 dias...

Richard Jakubaszko
Se você anda muito tenso nos últimos dias, relaxa, vai. Faltam só 9 dias...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ridículo, o manifesto da "democracia".

Richard Jakubaszko
Saiu somente agora (16:45 hs) no site do Estadão a notícia sobre o manifesto dos oposicionistas em prol da democracia.

Ridículo, como manifesto, pela leitura de um texto que é uma autêntica piada anti-democrática, e que o Estadão está publicando e republicando desde ontem.

Conforme o jornal O Estado de São Paulo, 150 pessoas estiveram presentes (é a turma da kombi...). E ainda houve a manifestação contrária dos estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, no centro de São Paulo, no mal organizado "Manifesto em Defesa da Democracia".
Vejam detalhes:

A oposição não tem nada a dizer, somente registra acusações e mais acusações, medos, receios, e aponta "tendências" de um futuro regime totalitário se a candidata Dilma Rousseff, imagine, "ganhar as eleições e ainda tiver 3/5 do congresso, ela vai aprovar o que quiser...". 

Os signatários do documento no "protestaço" não tinham nada a dizer. Mas querem ganhar as eleições, sem ter qualquer plataforma, sem ter propostas que sejam aplaudidas pelo povo. Só fazem acusações, insinuações, e ainda levantam suspeitas.
Confesso que cheguei a ter receios, ontem, de que há um cheiro ruim no ar, diante também da manifestação prevista para amanhã, em São Paulo, de blogueiros, sindicalistas e jornalistas, a se realizar no Sindicato dos Jornalistas.

Com a manifestação de hoje, fiquei alerta. Mas ainda acho que os dois lados, cada um com seus "aloprados", tenta buscar uma vítima. Espero que não ocorra, já vi esse filme.
Medíocre a manifestação.
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Jornal mexicano implora a traficantes que poupem jornalistas

Richard Jakubaszko
Em editorial, conforme notícia abaixo da Agência de Notícias Reuters, divulgada ontem pelos jornais do mundo inteiro, e também pela internet, é possível ler, estarrecido, a que ponto chegou o domínio do narcotráfico. Tenho lá minhas dúvidas e questionamentos a respeito da praticidade do editorial, e faço um comentário ao final da notícia abaixo:
Jornal mexicano implora a traficantes que poupem jornalistas
20/09/2010
Por Julian Cardona
CIUDAD JUÁREZ, México (Reuters) - Um jornal mexicano publicou no domingo um editorial em que pede orientações aos traficantes sobre como acompanhar as notícias sem que seus repórteres sejam assassinados por causa disso.
"Vocês são a autoridade 'de fato' na cidade agora", afirmou o El Diario, que circula em Ciudad Juárez (fronteira com os EUA), dirigindo-se aos cartéis que já mataram mais de 6.400 pessoas na cidade desde 2008.
"Expliquem o que vocês querem de nós, o que vocês querem que publiquemos ou paremos de publicar", dizia o editorial.


Entidades especializadas dizem que o México é um dos países mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo. Mais de 30 profissionais da imprensa já desapareceram ou foram mortos desde que o presidente Felipe Calderón iniciou sua "guerra às drogas", no final de 2006, segundo um relatório lançado neste mês pelo Comitê para a Proteção de Jornalistas, com sede nos EUA.

Os jornais mexicanos cada vez mais praticam a autocensura na cobertura da "guerra às drogas" e o El Diario não citou nenhum dos traficantes que disputam o controle das rotas das drogas na cidade.


Alguns veículos de comunicação pararam de citar o nome dos cartéis e de noticiar tiroteios. Jornalistas em Ciudad Juárez especulam que colegas seus foram mortos apenas por terem escrito reportagens citando os nomes de certos traficantes ou de seus rivais.

O El Diario, cuja redação funciona em El Paso, no Texas, disse que um fotógrafo seu foi assassinado por pistoleiros do tráfico na semana passada, e outro profissional havia sido morto dois anos atrás. "Não queremos mais mortes", disse o jornal. "Digam o que vocês querem de nós."

O governo mexicano mobiliza milhares de policiais e soldados para o combate aos traficantes, mas as autoridades não conseguem conter a brutal ofensiva promovida em Ciudad Juárez por Joaquin "El Chapo" Guzman, o traficante mais procurado do país.

"El Chapo" (ou "Baixinho") tenta tomar o controle da cidade das mãos de Vicente Carrillo Fuentes, líder histórico do Cartel de Juárez que, segundo especialistas, domina cerca de um quinto do narcotráfico, atividade que, conforme estimativas, rende 40 bilhões de dólares por ano aos cartéis.


Comentário do blogueiro:
Afinal, o que deseja o jornal?
Há, de imediato, três alternativas, as três são ruins:

1 - o editorial é emocional e verdadeiro, pede por vidas humanas de colegas assassinados; inútil, na minha modesta opinião. Quem mata ou manda matar não está nem aí pelos aspectos humanos e pela cidadania.


2 - o editorial foi uma forma de autopromover o jornal. Conseguiu, a blogosfera e a imprensa do mundo inteiro repercutiram o inusitado editorial.


3 - aproveitaram para, através do editorial, mostrar as fragilidades do governo e da sociedade em combater o narcotráfico, mas tiveram coragem de "enfrentar" os narcotraficantes, e com isso aumentar as vendas do jornal, e em paralelo a publicidade. Difícil de avaliar os resultados práticos.


Na minha opinião, a qual já debati com diversos amigos, e nunca ninguém me convenceu do contrário, o narcotráfico somente será vencido se se demonstrar aos jovens, desde pequenos, que, se eles forem consumidores destas drogas estarão financiando a guerrilha urbana mantida pelo narcotráfico. O idealismo dos jovens, com o perfeito entendimento dessa questão, poderá, em poucos anos, exterminar com essa praga do planeta por absoluta falta de consumidores.


A única alternativa viável, feita pela Holanda, a de legalizar as drogas, apenas oficializa o consumo, não impede as guerrilhas e matanças que se formam nos países produtores e em outros países consumidores, que nunca conseguirão vencer os narcotraficantes usando os mesmos métodos, até porque possuem muito poder e dinheiro.


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terça-feira, 21 de setembro de 2010

A carta dos blogueiros progressistas

Richard Jakubaszko
Eu assino embaixo e onde mais preciso for.
A carta dos blogueiros progressistas
A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa”.  
Ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF)

Em 20, 21 e 22 de agosto de 2010, mulheres e homens de várias partes do país se reuniram em São Paulo para materializar uma entidade, inicialmente abstrata, dita blogosfera, que vem ganhando importância no decorrer desta década devido à influência progressiva na comunicação e nos grandes debates públicos.

A blogosfera é produto dos esforços de pessoas independentes das corporações de mídia, os blogueiros progressistas, designação que se refere àqueles que, além de seus ideais humanistas, ousaram produzir uma comunicação compartilhada, democrática e autônoma. Contudo, produzir um blog independente, no Brasil, ainda é um gesto de ativismo e cidadania que não conta com os meios adequados para exercer a atividade.

Em busca de soluções para as dificuldades que persistem para que a blogosfera progressista siga crescendo e ganhando influência em uma comunicação dominada por oligopólios poderosos, influentes e, muitas vezes, antidemocráticos, os blogueiros progressistas se unem para formular propostas de políticas públicas e pelo estabelecimento de um marco legal regulatório que contemple as transformações pelas quais a comunicação passa no Brasil e no mundo.

Com base nesse espírito que permeou o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, os participantes deliberaram em favor dos seguintes pontos:

1. Apoiamos o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), de iniciativa do governo federal, como forma de inclusão digital de expressiva parcela do povo brasileiro alijada da internet no limiar da segunda década do século XXI. Esta exclusão é inaceitável e incompatível com os direitos fundamentais do homem à comunicação em um momento histórico em que os avanços tecnológicos na área já são acessíveis em diversos países.

Apesar do apoio ao PNBL, os blogueiros progressistas julgam que esta iniciativa positiva ainda precisa de aprimoramento. Da forma como está, o plano ainda oferece pouco para que a internet possa ser explorada em todas as suas potencialidades. Reivindicamos a universalização deste direito, que deve ser encarado com um bem público. A velocidade de conexão a ser oferecida à sociedade sem cobrança dos custos exorbitantes da iniciativa privada, por exemplo, precisa ser ampliada.

2. Defendemos a regulamentação dos Artigos 220, 221 e 223 da Constituição Federal, que legislam sobre a comunicação no Brasil. Entre outras coisas, eles proíbem a concentração abusiva dos meios de comunicação, estimulam a produção independente e regional e dispõem sobre os sistemas público, estatal e privado. Por omissão do Poder Legislativo e sob sugestão do eminente professor Fabio Konder Comparato, os blogueiros progressistas decidem apoiar o ingresso na Justiça brasileira de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) com vistas à regulamentação dos preceitos constitucionais citados.

3. Combatemos iniciativas que visam limitar o uso da internet, como o projeto de lei proposto pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o “AI-5 digital”, que impõe restrições policialescas à liberdade de expressão. Defendemos o princípio da neutralidade na rede, contra a proposta do chamado “pedágio na rede”, que daria aos grandes grupos de mídia o poder de veicular seus conteúdos na internet com vantagens tecnológicas, como capacidade e velocidade de conexão, em detrimento do que é produzido por cidadãos comuns e pequenas empresas de comunicação.

4. Reivindicamos a elaboração de políticas públicas que incentivem a blogosfera e estimulem a diversidade informativa e a democratização da comunicação. Os recursos governamentais não devem servir para reforçar a concentração midiática no país.

5. Cobramos do Executivo e do Legislativo que garantam a implantação das deliberações da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em especial a da criação do imprescindível Conselho Nacional de Comunicação.

6. Deliberamos pela instituição do encontro anual dos blogueiros progressistas, como um fórum plural, suprapartidário e amplo. Ele deve ocorrer, sempre que possível, em diferentes capitais para que um número maior de unidades da Federação tenha contato com esse evento e com o universo da blogosfera.

7. Lutaremos para instituir núcleos de apoio jurídico aos blogueiros progressistas, no âmbito das tentativas de censura que vêm sofrendo, sobretudo por parte de setores políticos conservadores e de grandes meios de comunicação de massas.


São Paulo, 22 de agosto de 2010.
Para ler o relatório dos grupos, as moções e a prestação de contas do 1º Encontro Nacional, realizado na capital paulista, vá diretamente ao Viomundohttp://www.viomundo.com.br/voce-escreve/1%c2%ba-encontro-nacional-de-blogueiros-progressistas-os-documentos-finais.html 
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mora na filosofia: o frasco de maionese

Richard Jakubaszko
Quando as coisas na vida parecem explodir, quando 24 horas por dia não são suficientes... Lembre-se do frasco de maionese e do café.

É paradigmática a aula de um professor de filosofia: sem dizer uma palavra ele pegou um frasco de vidro de maionese e o esvaziou. Depois encheu-o com bolas de vidro.
A seguir perguntou aos alunos se o frasco estava cheio. Os estudantes responderam que sim.

Então o professor pegou uma caixa cheia de pedrinhas pequenas e colocou-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de vidro.

O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim.

Depois, o professor pegou uma caixa com areia fina e esvaziou-a para dentro do vidro de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios entre as bolas e as pedrinhas, e uma vez mais o professor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Os estudantes responderam de forma unânime: "Sim!"

Na sequência, o professor acrescentou 2 xícaras de café no vidro e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes desta vez começaram a rir... Mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes:

“Quero que se conscientizem de que este frasco representa a vida”.

As bolas de vidro são as coisas mais importantes: como a família, a saúde, os amigos, tudo o que você ama de verdade, são coisas que, mesmo se perdêssemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias.

As pedrinhas são as outras coisas que importam, como o trabalho, a casa, o carro, etc. A areia é tudo o mais, são as pequenas coisas da vida...

Aí o professor explicou que: “Se puséssemos primeiro a areia no frasco não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de vidro. O mesmo acontece com a vida. Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes.”

Prestem atenção às coisas que são cruciais para a sua felicidade.
Brinque, ensinando os seus filhos, arranje tempo para ir ao médico, namore e vá com a sua/seu namorado (a) / marido / mulher jantar fora.

Dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos.
Pratique o seu esporte ou hobby favorito.
Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro...
Ocupe-se sempre das bolas de vidro, em primeiro lugar, que representam as coisas que realmente importam na sua vida.

Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...

Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café.

O professor sorriu e disse:
"...o café é só para demonstrar que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo."
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Se é Bayer é bom

Richard Jakubaszko
Um grupo de mais de 200 jornalistas literalmente invadiu a cidade de Colônia (Köln) na Alemanha, de 7 a 11 de setembro último, a convite da Bayer CropScience, para assistir e participar da Annual Press Conference 2010 na belíssima sede mundial da empresa, na cidade vizinha de Monheim.
Juntamente com mais 8 jornalistas brasileiros participei dessa profissional e agradável viagem, ciceroneados que fomos pelo profissionalismo e simpatia de Claudia David e Fabiana Pinho. Éramos cerca de 40 jornalistas da América Latina, mas a maioria dos profissionais era da própria Europa, além de locais distantes como Ásia, Oriente Médio, África e até mesmo Austrália e Nova Zelândia.

O Prof. Dr. Dr. h.c. Friedrich Berschauer, Presidente do Conselho de Administração da Bayer CropScience desde 2004, e que se aposentará em 1º de outubro, mostrou que o Brasil está no mapa das nações mais importantes do planeta em termos de produção de alimento, fibras e biocombustíveis. O Brasil teve pelo menos cinco citações no discurso do Prof. Berschauer, seja reconhecendo o notável crescimento do país em termos de produção agrícola, seja na previsão de que o país ainda tem muito espaço para crescer em termos de importância nessa área, seja mostrando o potencial de mercado que isso representa para o uso dos competitivos produtos desenvolvidos pela empresa que dirige. Na perspectiva daquilo que a Bayer CropScience irá fazer nos próximos anos o Prof. Berschauer apontou inclusive parcerias feitas com institutos de pesquisas brasileiros, entre os quais o CTC, Centro de Tecnologia da Cana-de-açúcar.

Descobri apenas quando retornei ao Brasil, o que significam os dois títulos de doutor usados na qualificação do Prof. Berschauer, ou seja, ele é professor com licenciatura máxima, é doutor e pós-doutor, e ainda tem o título h.c., que representa um doutorado honorífico, as letras significam "honoris causa". Efetivamente, não é pouca coisa, não.

O slogan "Se é Bayer é bom", usado apenas no Brasil e alguns outros poucos países, conforme a assessoria de imprensa da Bayer CropScience Brasil, será honrado pelo futuro e breve lançamento de uma série de novos produtos pesquisados em Monheim. Considerando apenas os novos produtos para proteção de cultivos, estes têm potencial de faturamento acima de EUR 1 bilhão anualmente. Entre os novos produtos com ingredientes ativos inovadores estarão três fungicidas de uma nova geração de inibidores da cadeia respiratória de fungos: Aviator Xpro (bixafen), Luna (fluopyram) e Emesto, respectivamente Emerion (penflufen). Este será lançado no mercado em 2012 na forma de tratamento de semente, um método de proteção de cultivos considerado amigável ao meio ambiente. Outro ingrediente ativo exemplar e inovador, derivado da pesquisa da Bayer CropScience, é o novo fungicida Routine (isotianil) para controle da brusone, a doença do arroz mais importante em todo o mundo, tanto em termos agronômicos como economicamente.

As vendas da Bayer CropScience atingiram uma alta histórica de EUR 6,5 bilhões em 2009. A aquisição e depois a integração da Aventis CropScience, em 2002, fizeram da Bayer CropScience uma das empresas mais bem-sucedidas no segmento de ciências agrícolas do mundo nos anos seguintes. Pode-se afirmar que a Bayer CropScience é hoje, senão a mais inovadora, uma das mais inovadoras na área de agroquímicos.








Na foto ao lado, na mesa que presidiu a conferência para a imprensa,  aparecem, da direita para a esquerda, a futura presidente do Conselho de Administração da Bayer CropScience, Sandra E. Paterson, que é norte-americana e fazia parte do Comitê Executivo da Bayer HealthCare desde maio de 2005. Ao lado dela está o Prof. Berschauer e na sequência os demais membros do Conselho de Administração da Bayer CropScience.

A presença de Sandra Paterson como futura presidente engloba duas enormes e significativas mudanças na Bayer CropScience, pois será a primeira vez que a empresa terá um não alemão no cargo mais alto da hierarquia. Ao mesmo tempo a empresa terá, pela primeira vez, uma mulher como leader team, num grupo com forte presença e ação masculina.

O setor agrícola está enfrentando condições cada vez mais difíceis em consequência da mudança climática. Berschauer chamou a atenção para as crescentes flutuações de oferta e demanda e para o clima cada vez mais imprevisível.

De tudo, o que de mais importante ocorreu na viagem, conforme minha visão de repórter, foi ouvir o Prof. Berschauer reiterar seus apelos para a urgente necessidade de se deflagrar uma segunda revolução verde: "Não apenas pesquisas agrícolas e inovações tecnológicas, mas também aspectos relacionados à infraestrutura, ao mercado e aspectos econômicos, além de fatores políticos e sociais, devem ser interligados e coordenados. Só então o abastecimento global de alimentos e outros produtos agrícolas, por preços acessíveis e em qualidade suficientemente elevada, poderão ser salvaguardados".
Na foto aérea a sede mundial da Bayer CropScience, em Monheim, Germany.

Neste cenário a Bayer CropScience acredita que está bem posicionada, com soluções integradas para a agricultura que vão desde o plantio até a colheita. Ao mesmo tempo o Prof. Berschauer parecia falar diretamente com o Brasil e outros países que crescem com a agricultura, pois só faltou explicitar que os produtos agrícolas precisam agregar valor ao produtor rural.

Outro aspecto muito significativo que observei, entre as diversas visitas aos diversos laboratórios da Bayer CropScience, em Monheim, foi o prédio onde a empresa guarda e manipula cerca de 8,5 milhões de substâncias químicas, todas devidamente colocadas em prateleiras gigantescas, sem contato manual, tudo operado por computadores, robôs, e por apenas 16 pessoas altamente especializadas. Dessas 8,5 milhões de moléculas em testes, conforme projeções, sairão aproximadamente de 40 a 50 novos e promissores produtos da empresa para o setor agrícola nos próximos anos.

Colônia
Cidade milenar, fundada há mais de dois mil anos atrás pelo império romano, Colônia é uma agradável e atípica cidade alemã e européia. Tem uma arquitetura moderna e completamente diferente de outras cidades alemãs, pois foi completamente destruída ao final da II Grande Guerra pelo bombardeio aéreo dos aliados. Um dos poucos prédios que sobreviveram (fato ao qual se atribui sinais de milagre) foi a catedral gótica de Colônia, uma das maiores e mais antigas de toda a Europa, cuja construção iniciou-se no século 11 e foi terminada em 1890. Mostro aqui algumas fotos dessa excepcional obra de arte, inclusive de seu interior, onde se podem vislumbrar lindíssimos vitrais. Devem ser lindíssimos quando iluminados pelo sol, que estava meio pálido quando da nossa visita à Colônia.
Dividida ao meio pelo navegável e caudaloso rio Reno, Colônia é interligada por inúmeras pontes, tem comércio fortíssimo e um eficiente sistema de transporte urbano, que inclui trens e bondes, além de bicicletas, sendo que estas possuem corredores demarcados para seu tráfego nas largas calçadas. Possui cerca de 1 milhão de habitantes, e todos falam no mínimo um segundo idioma, com predominância do inglês, seja uma simples faxineira no hotel ou vendedor de loja e lanchonete. Numa das pontes que tem estação de trens, uma das curiosidades locais: a existência de uma grade ao longo da passagem de pedestres onde os cidadãos enamorados de Colônia afixam cadeados com seus nomes gravados nos mesmos, desejando e pactuando-se com união eterna. A foto transmite uma pálida ideia do que é essa mania local.

Debaixo dessa mesma ponte, como mostra a foto a seguir, encrustrada no muro de arrimo, mais de trezentos metros de homenagens ao cantor, ator, compositor e dançarino Michael Jackson, representadas por fotos, recortes de jornais e revistas, recados e mensagens escritas nos mais inusitados locais e materiais, além de velas sempre acesas.


Com parte do grupo de jornalistas convidados pela Bayer CropScience andei a pé por Colônia, desfrutando do agradável clima do final do verão europeu, com um calor bem brasileiro. Muita cerveja e vinho, comida típica, onde predomina a salsicha com salada de batatas, visita ao extraordinário Museu do Chocolate, e compras, especialmente da água de Colônia, famosíssima em todo o mundo, uma das marcas pioneiras a registrar a hoje conhecida e respeitada IG, Indicação Geográfica, que tem equivalentes europeus como champagne, cognac, presunto de parma, parmesão, vinho do Porto, bacalhau da Noruega etc.

Do grupo de jornalistas recebi fotos enviadas por Claudia David, Gerente de Comunicações da Bayer CropScience para a América Latina, e do colega Fábio Masella, jornalista chileno. Reproduzo abaixo uma foto, e a seguir um esquema numerado, com identificação dos jornalistas, dos quais não tive nem memória nem condições de lembrar o nome completo de todos e de seus países de origem. Identifiquei alguns, e solicito aos que estiverem faltando que façam comentários abaixo com nome, órgão que representam e país de origem, ou que me mandem e-mails identificando-se, para que no futuro não muito longínquo não se diga "este não sei quem é, aquele mudou de profissão, esse outro aposentou...", etc. Foi uma grata satisfação conviver com os colegas brasileiros e latino-americanos, evidentemente um grupo muito heterogêneo, mas cheio de calor humano e de muito profissionalismo. Que um dia seja possível repetir essa experiência, pois se é Bayer é bom.


Em pé:
1 - Richard Breum, Bayer CropScience, Monheim
2 - Fábio Masella, revista Mundo Agrícola, Chile
3 - Marianela Ledezma, Bayer, Costa Rica
4 -
5 - Richard Jakubaszko, revista DBO Agrotecnologia, Brasil
6 - Moacir Feldenheimer, revista TerraViva, Brasil
7 - André Luiz Rodrigues, jornal O Popular, Brasil
8 - Charles Ricardo Echer, revista Cultivar, Brasil
9 - José Luis Henriquez, El Diario de Hoy, El Salvador
10 - Carolina Gama e Silva, jornal DCI, Brasil
11 - Fabiana Pinho, Bayer CropScience, Brasil
12 - Rodrigo Neppel, jornal Folha de Londrina, Brasil
13 - Yokebec Soto, revista EKA, Costa Rica
14 - Daniel Díaz, revista Genoma, Argentina
15 - Mónica Calvo, produtor rural, Costa Rica
16 - Rosalía Servín, jornal El Financiero, México
17 - Zacarías Ramirez, El Universal, México
18 - Eréndira Espinosa, Excélsior, México
19 - Luis Carriles, Milenio Diario, México
20 - Emma Lix, periódico Siglo XXI Guatemala
21 - Julieta Sandoval, Periódico Prensa Libre, Guatemala
22 -
23 - 
Agachados:
24 - Hugo Pico, Bayer CropScience, México
25 - Carlos Fajardo - Comunicaciones Bayer Colombia
26 - Claudia David, Bayer CropScience, Brasil
27 - Paulo Brito, revista Isto É Dinheiro, Brasil
28 - Adriana Langon, jornal Zero Hora, Brasil
29 - José Rocher, jornal Gazeta do Povo, Curitiba, Brasil
30 -   
31 - Francisco González, Agrosíntesis, México
32 -
33 -  
Para ver as fotos em tamanho maior clique em cima das mesmas. Se após isso aparecer uma lupa com sinal de + clique outra vez que a imagem aumenta mais um pouco. Para retornar ao blog clique na flecha de "página anterior". As fotos dos vitrôs e cadeados possuem esse recurso.

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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Globo entrevista taróloga

Richard Jakubaszko
Na ausência de balas de prata, na falta de factoides para denunciar, sem a existência de erros crassos na campanha de Dilma Roussef, a oposição segue sem propostas. O fim está próximo, a derrota se aproxima acelerada, a menos de 3 semanas. Os adeptos de Zé Serra andam cabisbaixos e sorumbáticos...

A grande mídia, que apoia a candidatura de Zé Serra, tenta empurrar e apoiar, tal e qual alguns conhecidos e folclóricos aloprados, a candidatura tucano-demista, e ataca pelas bordas... Agora há mais uma tentativa, meio sem nexo, até mesmo engraçada, que revela um aparente raciocínio lógico e cartesiano, porém desfocado, de baixo nível, rasteiro, eis que O Globo entrevista uma taróloga, uma figura conhecida dos cariocas, e serve ao leitor e eleitor uma pérola de notícia, uma "opinião abalizada", uma antevisão futurista, e é como se afirmasse nas entrelinhas: "olha, não vota na Dilma porque ela vai brigar com o Lula um mês depois de eleita, e aí será ela quem vai mandar, não o Lula".
Na minha modesta opinião, jornalismo medíocre de uma imprensa engajada.
Tinha razão Pulitzer, quando disse:  "Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta, formará um público tão vil como ela mesma."

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pesquisas para presidente, por estado.

Richard Jakubaszko
O leitor do blog pode acompanhar as pesquisas de intenção de votos por estado no mapa abaixo. Ao clicar em cada estado aparecem os números de cada instituto de pesquisa e dos principais candidatos, tudo consolidado.
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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A menina que calou o mundo, por 6 minutos.

Richard Jakubaszko
Ninguém se lembra mais de seu nome. Foi na ECO92, no Rio de Janeiro, portanto, 18 anos atrás. Um discurso realista, inteligente e comovente, mas também aterrorizante e assustador. Faz 18 anos, mas pouca coisa ou quase nada mudou de lá para cá. Se vc já viu, assista novamente o discurso da menina diante de uma plateia de cientistas presentes a ECO92. Se não viu, está em tempo de atualizar e reciclar ideias.
(Legendado)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Impostos no Brasil

Richard Jakubaszko
Não precisa ser inteligente ou versado em economia para analisar a tabela abaixo.


Carga Tributária Brasileira – Fonte MF
Base: De 1989 até 2009
Carga Tributária Brasileira - % PIB - Fonte MF
Ano
1989
1992
1994
2002
2009
Federal
16,05
17,00
19,90
22,08
23,45
Estadual
6,71
6,96
6,98
8,90
8,59
Municipal
0,95
1,00
1,02
1,37
1,54
Total
23,71
24,96
27,90
32,35
33,58

1 – Em 1990, o Presidente Collor assumiu o governo com uma carga tributária de 23,71% do PIB, entregando o governo em 1992 com uma carga tributária de 24,96% do PIB. Aumento de 5,27% em relação ao ano de 1989.
2 – Em 1992 o Presidente Itamar Franco assumiu o governo com uma carga tributária de 24,96% do PIB, entregando o governo em 1994 com uma carga tributária de 27,90% do PIB. Aumento de 11,78% em relação ao ano de 1992.
3- Em 1995 o Presidente FHC assumiu o governo com uma carga tributária de 27.90% do PIB, entregando governo em 2002 com uma carga tributária de 32,35% do PIB. Aumento de 15,95% em relação ao ano de 1994.
4 – Em 2003 o Presidente Lula assumiu o governo com uma carga tributária de 32,35% do PIB, em 2009 a carga tributária aumentou para 33,58% do PIB. Aumento de 3,80% em relação ao ano de 2002.
5 – De 1990 até 2009 a carga tributária brasileira teve um aumento de 41,62%.
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

domingo, 5 de setembro de 2010

Tico-Tico no fubá das eleições

Richard Jakubaszko
Surrupiei do CloacaNews, que por sua vez admitiu ter copiado do Blog do Mello, esta deliciosa paródia do Tico-Tico no fubá. 
Na blogosfera é assim, a gente confessa que copiou, cita a fonte do surrupiado, e fica tudo bem. O vídeo tem pouco mais de 1 minuto e meio, e é divertidíssimo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A agricultura que o Brasil almeja

Richard Jakubaszko
Pela relevância do assunto e pertinência da argumentação, reproduzo aqui no blog artigo publicado hoje no jornal Folha de São Paulo, assinado pelo meu amigo Eduardo Daher.
Por ser um profissional, diretor-executivo da Andef, que representa as empresas do segmento de agroquímicos, todas multinacionais, Daher se mostra objetivo e restrito ao tema, sem entrar na discussão do mérito de questões políticas e ideológicas, que permeiam o artigo anterior de Stédile na mesma FSPaulo.

Publiquei no blog http://richardjakubaszko.blogspot.com/2007/12/agricultura-poluio.html o artigo "Agricultura é poluição", em dezembro de 2007, mas pessoas como Stédile não são afeitas à leitura de artigos que contradigam as suas opiniões, até porque possuem interesses inconfessáveis. De tudo isso me resta um consolo, de que Daher, eu, e muitos outros, não estamos sozinhos nesta luta insana para defender a agricultura brasileira de ataques interesseiros, de gente que cospe no próprio prato em que come suas três refeições diárias.

seção Tendências e Debates

A agricultura que o Brasil almeja
Eduardo Daher
As tecnologias genéticas e químicas estão ligadas à competitividade agrícola, por mais que isso tire o humor de seus adversários.

"O feijão colocado à venda nesta manhã acabou rápido nas feiras livres de São Paulo. Com preço tabelado a Cr$ 38,00 pela Coap, Comissão de Abastecimentos e Preços, a venda do produto foi limitada a 2 kg por pessoa. A falta de feijão, e o conseqüente aumento de preços no último mês, obrigaram o governo a expropriar os estoques do produto na Ceagesp e nos armazéns da Companhia Santos-Jundiaí. Instituições de caridade e hospitalares solicitaram prioridade na aquisição do produto."

A notícia acima, publicada em 21 de agosto de 1959, na 'Folha da Noite', remete a um passado sombrio na vida dos brasileiros, mas é apropriada para que se reflita sobre um equívoco que vem se exacerbando: o de certas lideranças tratarem a agricultura competitiva como se fosse 'inimiga' do país. É isso o que sugerem discursos como o de João Pedro Stedile, da direção nacional do MST ('Tendências/Debates', 28/5). Tal visão coloca em xeque o papel do setor estratégico para a economia nacional.

A atividade agropecuária é provedora da extensa cadeia de alimentos que temos em nossas mesas; fornece, ainda, a infinidade de bens imprescindíveis no nosso dia a dia e de bilhões de pessoas em todo o mundo -do papel deste jornal que lemos à roupa que nos veste. Responde por 23,7% do PIB nacional; movimenta 38,5% das exportações e emprega cerca de 40 milhões de pessoas. A pesquisa e a adoção de tecnologias de base genética (sementes) e química (fertilizantes e defensivos) estão diretamente associadas à competitividade agrícola brasileira. Por mais que esse fato tire o humor dos seus adversários.


Na luta contra a ciência genética, que antes já revolucionara a medicina e hoje aprimora os cultivos, tais lideranças renegam até o sucesso dos pequenos produtores que dizem defender. Foi o que narrou a Folha de S. Paulo, em 23/1/2009, em reportagem sobre o assentamento gaúcho Novo Sarandi: agricultores que adotaram a soja geneticamente modificada foram ameaçados de expulsão da área por dirigentes do movimento. 'Não é um assentamento modelo por causa da contradição da soja transgênica', afirmou um líder.

Perdida a batalha contra os organismos geneticamente modificados (OGMs) junto à opinião pública, que, superado o receio inicial, se mostra mais compreensiva em relação aos transgênicos, aqueles líderes se voltam contra os defensivos agrícolas, ou agrotóxicos. Uma luta insensata, já que a defesa fitossanitária é imprescindível no combate às pragas que devoram cerca de 40% dos alimentos nas plantações no Brasil. 'As alterações do clima acarretam modificações na incidência de pragas agrícolas, com sérias consequências econômicas, sociais e ambientais', explica o engenheiro agrônomo Décio Gazzoni, pesquisador da Embrapa.

Na agricultura tropical, como no Brasil, as pragas são ainda muito mais danosas do que nos países de climas frio e temperado. Agricultores que têm suas lavouras dizimadas em poucos dias sabem o drama que isso significa.
A lavoura arcaica, tão apregoada por tais lideranças, não beneficia a agricultura, muito menos o país.

Diferentemente, com o olhar num futuro de paz, o que milhões de produtores rurais e, afinal, toda a sociedade almejam é um novo tempo no campo, que vem já se realizando, aqui e agora, mas capaz de impulsionar ainda mais um virtuoso ciclo de prosperidade para todos os brasileiros.

Eduardo Daher , 60, é economista pela FEA-USP, pós-graduado em administração de empresas pela FGV-SP e diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).


Ah! A minha adega seria assim...

Richard Jakubaszko
Fantástica a criatividade, afora o aspecto prático, logo perto da área de consumo. Afinal, quem não gostaria de uma adega dessas? E não é excentricidade, não. No mundo moderno isso é uma questão de qualidade de vida e de sustentabilidade.










































PS. Não esqueçam de votar para presidente na enquete do blog, aí na aba lateral direita do blog. Tá faltando pouco, menos de um mês.