Richard Jakubaszko
Os números e
quadros estatísticos começam no início de 1997 e vão até agosto de 2012. E
neles não se pode discernir aumento algum nas temperaturas globais!
Em outras
palavras, quadros lisos, quando os correspondentes ao período anterior (1980 a
1996) de igual duração apresentam uma tendência de aumento. Antes desse período
a temperatura média global se manteve estável ou declinou durante 40 anos.
As conclusões
foram tiradas a partir dos dados de 3.000 pontos de mensuração sobre a terra e
os mares. Mas foram publicados com muita discrição na Internet, sem que a mídia
fizesse ouvir sua fanfarra, habitualmente consagrada ao “aquecimento global”.
A revelação
dessas informações – silenciadas no Brasil – provocou um escândalo no mundo de
língua inglesa. Elas foram reveladas, entre outros, pelo jornal “Daily Mail”.
A razão do
escândalo é que elas provêm do Met Office, o Serviço Nacional para o clima
(National Weather Service), órgão altamente reputado na Grã Bretanha e no mundo
inteiro.
Malgrado sua
respeitabilidade, o Met Office esteve no cerne de outro escândalo, conhecido
como Climategate, quando alguns de seus egrégios colaboradores – entre eles o
Professor Phil Jones, diretor da Unidade de Pesquisas Climáticas (Climatic
Research Unit) da Universidade de East Anglia – foram surpreendidos liderando
um esquema de falsificação e supressão de dados para justificar a teoria do
“aquecimento global”.
O atual espanto
não pôde ser maior nem mais explicável. Um órgão deturpado a ponto de servir de
arauto do “aquecimento global” publicava de mansinho as provas que desmentiam o
que ontem afirmava.
A Professora
Judith A. Curry, chefe do Departamento de Ciências Climáticas do prestigioso
Georgia Institute of Technology dos EUA (Georgia Tech), declarou ao jornal
britânico “The Daily Mail” que o fato deixava claro que os modelos
computacionais montados para predizer o futuro do clima estavam “profundamente
errados”.
Também o Prof.
Phil Jones, à guisa de desculpa pelo escândalo do Climategate, havia
reconhecido que ele e seus colegas não haviam conseguido compreender o impacto
da “variabilidade natural”. Algo muitíssimo básico que um cidadão comum
entende, pelos menos nas suas linhas gerais mais evidentes.
Porém, Phil Jones
insistia estar convencido de que a última década foi significativamente mais
quente que as duas anteriores.
Os quadros
revelados agora pelo governamental Met Office tornaram leviana qualquer
suposição aquecimentista.
A publicação dos
dados coincidiu com o anúncio de uma mudança de política energética por parte
do governo inglês.
O novo ministro
da Energia, John Hayes, prometeu que “as teorias altamente distorcidas dos acadêmicos
esquerdistas não passarão por cima dos interesses do povo comum, que precisa de
combustível para se aquecer, para se iluminar e para o transporte”.
A declaração do
ministro encolerizou os ativistas “verdes”, que viram sua ideologia esquerdista
ser desmentida. E temem pela cessação dos grandes subsídios que o trabalhismo
inglês concedia às empresas de energia eólica, ou renováveis, com as quais
esses ativistas mantêm estreita cooperação.
Esse vasto leque
de subsídios custou em média, no ano passado, 100 libras esterlinas a cada lar
inglês. A tendência desse custo era de aumentar em aras da irrealista luta
contra o “aquecimento global” e o CO2.
Lei do Parlamento
britânico fixou como meta reduzir em 80% a emissão de CO2 até o ano 2050. O
projeto teria custado centenas de bilhões de livras esterlinas.
A notícia de que
nos últimos 16 anos o mundo não aqueceu, produziu um choque na proporção dos
subsídios que podem desaparecer.
Hoje, o desafio é
outro, escreveu o “Daily Mail”: reconhecer que as políticas energéticas e
relativas às “mudanças climáticas” baseavam-se em premissas erradas.
Ainda haverá
muita polêmica pela frente.
Mas, os
professores Curry e Jones, embora opostos no debate climático, concordaram que
os atuais modelos computacionais para previsão do clima são imperfeitos.
De imediato, as
revelações podem trazer serenidade ao debate sobre as mudanças climáticas.
Quem quer
questione os cenários alarmistas ou apocalípticos não poderá ser rotulado com
menosprezo de “negacionista” ou de 'vendido' às multinacionais ou, ainda, de
insensível pelo bem-estar das gerações vindouras.
As evidências –
uma tautologia, mas é o fato – agora estão claras: se houve algum aquecimento
do clima no último século e meio, ele aconteceu tão lentamente e com tantas
oscilações que os cenários catastrofistas ficam reservados para a
“science-fiction” ou para a especulação altamente teórica.
Na ordem prática,
as consequências do retorno à realidade serão enormes nas políticas adotadas
pelo governo britânico, concluiu o “Daily Mail”.
Publicado em
18/11/2012:
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Parabéns Richard pelo seu empenho em esclarecer o mundo dos não comprometidos. Tomei boa nota da qualificação de "acadêmicos esquerdistas" formulada pelo ministro inglês.
ResponderExcluirCordial abraço.
Dr. Fernando,
ResponderExcluiré que o site de onde tirei a notícia é um site de extrema direita e eles não perdem uma única oportunidade de espinafrar as esquerdas. Como são céticos, como eu, dou uma "forcinha", mas não estou nem aí com essas coisas de esquerda ou direita, isso é coisa pra intelectual da antiguidade.