Richard Jakubaszko
Na época da ditadura (1964-1985) as delações eram premiadas com a morte, ou eventualmente se poderia parar com a tortura física. Era esse o prêmio. Acabava o sofrimento. Hoje em dia a delação é premiada com a liberdade, o delator e corrupto vai para casa, mesmo que tenha sido condenado a 20 anos de prisão. São sinais indicadores de cada um dos tempos. Na ditadura os torturadores decidiam se pegavam o delatado. Hoje em dia, os juízes, da mesma forma, decidem se "pegam" ou não os delatados, mas há situações específicas em que um delator relata uma denúncia, mas essa "não vem ao caso". Porque o juiz tem convicção...
Na ditadura (aqueles que sobreviveram), os dedos-duros podiam depois rever na justiça as delações, porque feitas sob tortura física. Nas delações premiadas contemporâneas, apesar das evidentes torturas psicológicas a que são submetidos, os delatores, se fizerem revisões do relatado, voltam à prisão para cumprir a pena a que foram condenados, conforme cláusulas dos "contratos de delação". Delações premiadas? Ai, ai, ai...
A música brasileira retrata um pouco da época. Com humor, na composição de Jorge Veiga, a gente conhece um pouco da nossa história. Mas essa coisa de delator começou muito antes, Judas foi um delator que entrou para a história, por trinta dinheiros.
Ontem, sábado de Aleluia, também foi o dia do delator, né não? Você malhou o seu Judas, com toda a vontade?
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