Richard Jakubaszko
O exegeta do clima, mais uma vez ataca. Agora, como colunista do UOL, Carlos Nobre publicou dia 13 de setembro último no site jornalístico o texto abaixo, em que aproveito para, como de costume, retrucar algumas das opiniões desse climatologista adepto do IPCC, ao qual permanece engajado desde o início. Como sempre, faço observações no meio do texto do autor, grafados em vermelho para ficar bem claro. Vamos a elas, portanto:
Crise climática: mundo pode não ter mais volta e isso me apavora
Carlos Nobre
A ciência climática do mundo inteiro não previa uma
aceleração tão intensa das mudanças climáticas (Mudanças climáticas demoram séculos para se consolidar, cadê as provas dessa aceleração?) como temos visto recentemente (???).
No começo de 2023, os cientistas previram um El Niño (O El Niño não é mudança climática, quando muito é um fenômeno geológico) de grande intensidade, com
temperaturas chegando a 1,3ºC acima dos níveis pré-industriais. Mas ninguém
esperava que as temperaturas globais fossem explodir e ficar 1,5°C mais
quentes.
Com exceção de julho de 2024, estamos desde junho de 2023
vivendo temperaturas acima de 1,5ºC. O último mês de agosto foi o mais quente
já registrado. A Terra só viu algo parecido no último período do interglacial,
120 mil anos atrás.
A consequência desses 14 meses de temperatura alta,
incluindo os recordes de temperatura dos oceanos, é o aumento dos eventos
climáticos extremos (Evento extremo é um furacão, e estes, desde o Katrina, em 2005, não acontecem). Mas eles não cresceram devagarzinho ou de uma forma
linear. Eles cresceram exponencialmente, como a ciência previu. E é isso que
está acontecendo no Brasil e no mundo inteiro, com ondas de calor, seca, chuvas
intensas e incêndios florestais.
O Acordo de Paris e as COPs estabeleceram metas para reduzir
as emissões de gases de efeito estufa de 28% a 42% até 2030, o que já é um
enorme desafio (Reduzir emissões é impossível, a natureza emite 97% do CO2, enquanto as atividades humanas são responsáveis por apenas 3%. Então, como reduzir os GEE em 28% a 42%???). Mas as emissões continuam aumentando. Tudo isso foi definido
para não passarmos de 1,5ºC em 2050. Mas se no ano que vem continuarmos com
temperaturas 1,5ºC acima do período pré-industrial, serão três anos com
temperaturas acima da meta do Acordo de Paris. Pode ser tarde demais e isso me
apavora. (Tome um chá de camomila, Carlos Nobre, como diria o venezuelano Maduro)
Estou apavorado porque, com 2,5ºC, nós vamos criar (o ser humano não é tão poderoso, Carlos Nobre) uma
mudança climática nunca vista. Com 2,5ºC, os eventos extremos vão aumentar
muito exponencialmente e o mais preocupante é que atingiremos os chamados
pontos de não retorno.
Se passarmos de 2ºC, todos os recifes de coral do mundo
serão extintos (Mas né não Carlos Nobre? - como vc gosta de um alarmismo). Se passarmos de 2,5ºC, vamos perder de 50% a 70% da Amazônia e
grande quantidade do solo congelado da Sibéria, do Canadá e do Alasca, o
chamado permafrost, será descongelado. Com isso, vamos jogar uma gigantesca
quantidade de gases de efeito estufa que estão ali aprisionados.
Na semana passada, a ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, afirmou que o Brasil pode perder o Pantanal por completo até o fim deste
século se o mundo não for capaz de reverter o cenário de aquecimento global.
Como isso aconteceria? Grande parte da água que abastece o
Pantanal vem da bacia amazônica e do Cerrado. Se ultrapassarmos 2,5ºC de
aquecimento, a Amazônia será devastada, o que reduzirá significativamente as
chuvas na região do Pantanal. Sem essa umidade, o bioma pode se transformar em
uma caatinga. E isso já vem acontecendo. O prolongamento das estações secas já
resultou em 35% do Pantanal deixando de ficar coberto por água nos últimos 40
anos.
Quando analisamos alguns países, especialmente na Ásia e em
partes da Europa, vemos que eles estão adotando medidas eficazes para lidar com
as mudanças climáticas (Quais são essas neddidas, Nobre? Não vi nenhuma. Reduzir rebanho bovino de leite? Proibir fertilizantes nitrogenados?). Um exemplo notável é Singapura, que implementou o
conceito de "esponja urbana", que envolve a restauração florestal nas
áreas urbanas e periféricas, que reduz a temperatura e ajuda a mitigar
desastres climáticos. O Brasil também tem potencial para implementar essas
medidas.
Em São Paulo, por exemplo, a área urbana, com muito concreto
e asfalto, pode ser de 6ºC a 10,5ºC mais quente do que áreas cobertas pela Mata
Atlântica próximas, como o Parque Zoológico. (Sempre foi assim, Nobre, essa diferença existe há mais de 1 século, para de querer assustar as crianças...)
Estudos da USP mostram que a restauração da vegetação urbana
pode reduzir as temperaturas em até 5ºC, reter água no solo, diminuir
enxurradas e remover de 20% a 30% dos poluentes. (Isso é verdade, reconheço). Além disso, melhora o
microclima e, consequentemente, a saúde, já que ondas de calor são um dos
maiores riscos climáticos.
No entanto, se falharmos em reduzir drasticamente as
emissões, poderemos enfrentar um cenário extremo. Se a temperatura global
aumentar em 4ºC até 2100, grande parte do planeta, incluindo o Brasil, pode se
tornar inabitável, especialmente as regiões tropicais e equatoriais. Isso
incluiria vastas regiões do Brasil, especialmente as áreas tropicais e
equatoriais. No Sudeste, os verões seriam tão extremos que viver ali seria
insustentável. (Não exagera no alarmismo, Nobre. Essa insistência é neurótica)
A situação seria tão drástica que, no século 21, as únicas
áreas habitáveis no mundo seriam regiões como o Ártico, a Antártica e as
grandes cadeias montanhosas, como os Alpes e o Himalaia. Esse cenário nos
mostra a gravidade da crise climática e o quanto é urgente zerar as emissões de
carbono rapidamente, para evitar esse futuro quase inacreditável.
Ações mais rigorosas para combater as mudanças climáticas (A expressão "mudanças climáticas" é o termo preferido pelo IPCC, para não entrar na questão da mentira do aquecimento, já que este não pode ser provado, como quer agora esse autor) são urgentes. Sem medidas imediatas e eficazes, estamos caminhando para um
futuro em que vastas regiões do planeta poderão se tornar inabitáveis, com
impactos profundos para a vida. Não podemos em hipótese alguma aceitar passar
de 2ºC e chegar a 2,5ºC. As metas de redução das emissões têm que ser muito
mais rigorosas e abrangentes. Não podemos esperar até 2050. (Se o leitor ficou com dúvidas, leia meu livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?")
Veja mais em https://www.uol.com.br/ecoa/
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