sábado, 7 de dezembro de 2013

O mito da caverna de Platão

Richard Jakubaszko
O texto original de Platão indaga sobre a existência humana, ou seja, quem somos e o que fazemos aqui, de onde viemos, para onde vamos. Foi adaptado por Marilena Chauí, e Max Diniz Cruzeiro, da Universidade Católica de Brasília, para promover um curso da UcB. Parte do pensamento filosófico de Platão está neste vídeo de 4 minutos, que compara a vida humana dentro de uma caverna com a vida exterior, o imaginário e as percepções de quem vive lá dentro com o exterior, um lado no escuro e outro na luz, até que alguém sai de lá de dentro e vai conhecer e observar o que há lá fora, para depois retornar e contar aos que ficaram o que havia percebido.

De Platão até nós a essência humana continua quase a mesma.

Faço questão de registrar que o vídeo poderia ter sido realizado com um locutor/ator profissional, permitindo que o texto carregasse a dramaticidade dos questionamentos de Platão. Da forma que foi editado e publicado ficou anódino, insosso e acadêmico. Uma boa ideia que foi mal executada, ou melhor, um coito femural.

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O dog e o baby

Richard Jakubaszko    
Uma americana, Jessica Shyba, registrou fotos em seu blog http://www.mommasgonecity.com/  de um de seus três filhos, o caçula, de 2 anos, em poses com seu cachorro de estimação, um genuíno tomba lata adotado em um abrigo para cães resgatados da rua. No blog tem mais fotos das fofuras.
Fotos: Jessica Shyba

É evidente que a minha neta Bitrica também
 gosta desse esporte, só que ela prefere os preás.
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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O instinto materno sempre prevalece

Richard Jakubaszko     
Um(a) leopardo(a) abate um macaco para o seu jantar. Nada mais natural na cadeia alimentar. Faz parte do dia a dia da natureza. Essa mesma natureza, entretanto, mostra aos humanos que o instinto da maternidade é maior do que a fome. Ao carregar para cima de uma árvore o macaco abatido que lhe serviria de jantar o(a) leopardo(a) percebe o filhote que se grudara ao corpo da mãe. O sentido de proteção ao indefeso bebê macaco, que seria impotente para sobreviver, faz com que o(a) leopardo(a) releve a importância do jantar.
Um vídeo emocionante! Devo dizer que é um vídeo animal, na verdadeira acepção do termo, porque não se pode designar como humano.
Será que o(a) leopardo(a) ficou com sentimento de culpa?

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Lixo de 1º mundo é outra coisa

Richard Jakubaszko    
Barcelona, na Catalunha, Espanha, aproveitou as reformas e modernizações realizadas na cidade por ocasião das Olimpíadas de 1992 e implantou um sistema subterrâneo de transporte de lixo por quase toda a cidade, tornando desnecessária a coleta do lixo por caminhões, antes feitas por 158 caminhões, diariamente. O vídeo abaixo é de uma interessante matéria feita pelo jornalista Marcos Losekann, da TV Globo, alguns meses atrás, e exibida no Jornal Nacional. A quase totalidade dos prédios de Barcelona, construídos a partir dessa época, instalaram coletores internamente. No Brasil, esse sistema deve demorar ainda muito tempo para ser implantado.

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domingo, 1 de dezembro de 2013

Os prédios + malucos e criativos do mundo

Richard Jakubaszko   
Alguns arquitetos demonstram criatividade e bom gosto, outros optam pelo exótico, ou pela funcionalidade, ou só para serem diferentes. Os resultados, no geral, agradam ou surpreendem.
Biblioteca pública, Kansas City, EUA.
Biblioteca, Nice, França.
Casa Batlló, projeto de Gaudi, Barcelona, Espanha.
Casa de ponta-cabeça, na Polônia.

Casa distorcida, também na Polônia.
Casas cúbicas, em Roterdam, Holanda.
Complexo residencial Habitat 67, Montreal, Canadá.
A maior casa de madeira do mundo, na Rússia









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Museu de arte, em Graz, Áustria.
Teatro nacional, Pequim, China.
Casa de pedra, entre as pedras, Portugal.

Residências do Complexo Mirado, Madri, Espanha.
Projeto Eden, jardim tropical, na Cornualha, Inglaterra.
Igreja Luterana, Islândia.
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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Placas de propaganda no Brasil

Richard Jakubaszko      
Há milhares dessas placas de propaganda e avisos afixadas em todas as ruas do Brasil. Algumas nos chamam a atenção pelo assassinato ao vivo do vernáculo, outras pela argumentação utilizada, realmente convincentes, mais até do que alguns criativos publicitários seriam capazes de criar.
Placa em homenagem à minha mulher, que
não é mineira, mas é pão-de-queijo-dependente.
Ligeira confusão, ato falho que nem Freud explicaria, sobre
se é raça canina ou é ofensa aos cachorros dos agricultores
O cover de Renato é o femonemo dos ésses trocados...
Se a fruta, legume / hortaliça tá feia, vende-se como
legítimo orgânico, e ainda aumenta o preço pra dar
credibilidade na propaganda.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cultura e consumismo

Richard Jakubaszko    
Quino, o caricaturista argentino criador da personagem Mafalda, desiludido com o rumo que o mundo está tomando quanto a valores e educação, expressou seu sentimento a respeito. A genialidade do artista produziu uma das melhores críticas sociais sobre a educação das crianças nos tempos atuais, na forma de criativos cartoons.

Devemos fazer profundas reflexões a respeito das ideias de Quino sobre o consumismo e o egocentrismo.
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Dúvidas sobre fraturamento e xisto

Richard Jakubaszko  
Capturei o texto abaixo, Dúvidas sobre fraturamento e xisto, publicado no site do Greenpeace, ONG que atua no Brasil e no mundo inteiro com interesses econômicos e políticos nunca revelados. Reproduzo o texto, conforme foi publicado, e faço comentários diversos ao longo do mesmo, grafados em vermelho e em itálico, para diferenciar a minha opinião da opinião da Greenpeace, mas que eles publicaram como se fosse uma notícia séria. Que o leitor julgue a tendenciosidade dessa ONG internacional na defesa de seus patéticos postulados.
Ao leitor paraquedista, ou desavisado: este blogueiro, definitivamente, anda cada vez mais sociofóbico, e não aguenta mais tanta hipocrisia, sem contar a incompetência de gente como o pessoal do Greenpeace, que mete o bico em tudo o que vê.

Dúvidas sobre fraturamento e xisto:
ANP permitirá uso da técnica de fraturamento em 12ª Rodada de Licitações sem ter regulamentação ambiental
Legenda da ONG: Estima-se que a construção de gasodutos
dobrou na Pensilvânia, EUA, devido aos
investimentos na exploração do gás de xisto.
Legenda do blogueiro: por que essa ONG é contra
 investimentos, que geram empregos?
Terminou ontem (22/11/2013) a consulta pública (Ao que nos consta a ONG Greenpeace não fez nenhuma intervenção na área da consulta pública, e apenas prefere escandalizar na mídia) realizada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para a resolução que estabelece os critérios para perfuração de poços seguida do emprego do fraturamento hidráulico não convencional. A técnica que consiste na perfuração de rochas de folhelho – mais conhecido como ‘xisto’ – para a extração de gás natural poderá ser utilizada pelas empresas que ganharem a 12ª Rodada de Licitações. Mas o que está sendo pouco discutido (pouco discutido? E o que é uma consulta pública, se não um debate público?) é que esta tecnologia envolve riscos ambientais sem que haja uma regulamentação (regulamentação, não, é mentira, a ONG quer é proibir, né não? É só o que eles sabem fazer. No Brasil a gente devia imitar os russos e mandar prender todos esses ongueiros!) ambiental para o tema.

A ASIBAMA (Associação dos Servidores do Ibama), SINDIPETRO (Sindicato dos Petroleiros) e FIST (Frente Internacional dos Sem-Teto) denunciaram os impactos da fraturação, cobraram mais transparência (querem mais transparência do que a existente numa consulta pública? Mas o que é isso que desejam? Transparência translúcida?) da ANP e pediram diálogo (e a consulta pública o que é, não é diálogo com a sociedade? Ora, cáspita, reclamam de que?) sobre o tema com a sociedade civil. A audiência (onde houve mais debate...) aconteceu às vésperas da 12ª Rodada que acontecerá nos dias 28 e 29 de novembro.

Serão ofertados 240 blocos exploratórios localizados em 13 bacias sedimentares diferentes que poderão ter seus recursos naturais convencionais e não convencionais explorados. Segundo a própria ANP, a resolução “tem como objetivo permitir que a atividade seja realizada de forma segura, resguardando o meio ambiente, sobretudo as formações hídricas.”

No entanto (aqui começam as contrariedades dessa ONG...), diversas organizações ambientais, entre elas o Greenpeace (até parece que são sérios...), identificaram problemas tanto no processo do leilão (que problemas serão esses, ó caras pálidas do Greenpeace?, vocês não dizem, só insinuam, e de forma maledicente...) quanto no uso da tecnologia que será utilizada. “Embora as primeiras experiências com fracking datem da década de 1940, o uso em larga escala desta tecnologia ocorreu apenas nos anos 2000 e seus impactos ainda foram pouco estudados”, afirmou Ricardo Baitelo, coordenadora (sic) da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. (agora começa a ficar claro, eles são contra o fracking; não sabem o que é, mas "suspeitam" que seja algo ruim... Bom, até pode ser, mas é uma tecnologia dos anos 40, né? Deve ter envelhecido...).

As técnicas utilizadas têm resultado na contaminação de lençóis freáticos (mentira! Até agora se desconhece qualquer contaminação, são apenas suspeitas de que "pode" contaminar; então proíba-se, seguindo o dogma da maledeta da precaução?) devido às substâncias químicas utilizadas – mais de 600 produtos químicos, (quem contou todos esses produtos? Que exagero!) areia (e areia é ruim? Essa é boa...) e outros elementos pouco testados – como bário e arsênio. Além do uso intensivo de água, há também questões relacionadas à proximidade dos blocos exploratórios a conjuntos significativos de territórios tradicionais, indígenas, quilombolas e campesinos (outra mentirinha inocente... É isso que incomoda? Ah! E quem são esses campesinos? No Brasil não existe isso, gente do Greenpeace, aqui é Agricultura Familiar).

“Estas populações não foram consultadas (e a consulta pública é o quê? Nem o Greenpeace e nem essas "populações" foram lá opinar, não é? Agora querem manchetes, criticam e escandalizam. Que vitimosidade é essa?) sobre a instalação destes empreendimentos em seus territórios, agravando os conflitos socioambientais (conflitos que o Greenpeace cria, todo dia inventam uma novidade...) que já existem devido à cadeia de petróleo e gás”, disse Baitelo. Há que se considerar também que a exploração do gás de xisto permite vazamento do gás metano (metano não é gás poluente, é da natureza, existe em vulcões, em lixões, nas florestas tropicais, em arrozais, na flatulência bovina e humana...), colaborando para o aumento das emissões de gases estufa e contribuindo para o aquecimento global (essa é  maior mentira, não há aquecimento global, o ambientalista James Lovelock já admitiu que exagerou, mas o Greenpeace não deu bola e continua mentindo. Qual é o interesse? É que eles só são a favor da energia nuclear, sabia disso leitor?).

O Plano Decenal de Energia publicado prevê o aumento em 40% do gás natural na matriz energética para abastecer as termelétricas. “O gás convencional seria mais do que suficiente (Essa é mais uma opinião do Greenpeace, e ninguém pediu a opinião furada deles) para abastecer a matriz nacional e não há a necessidade de investir em fraturamento, uma tecnologia insegura, desconhecida (ué, mas não é tecnologia velha, existente desde 1940, e ninguém conhece?) e que não conta com regulamentação”, concluiu Baitelo. (ó Baitelo: vai encher o saco dos americanos, quero ver se vocês tem coragem disso.)

No link a seguir o leitor encontrará o post “Desconfie sempre das ONGs” publicado neste blog em 16/4/2011: http://richardjakubaszko.blogspot.com.br/2011/04/desconfie-sempre-das-ongs.html
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domingo, 24 de novembro de 2013

Rita Pavone, símbolo dos anos 1960

Richard Jakubaszko    
Existem raros símbolos vivos dos agitados anos 1960, e Rita Pavone é um deles. Cada um dos mitos que se poderia citar, seja a guerra fria, The Beatles, João XXIII, Pelé, James Bond, Brigitte Bardot e Marilyn Monroe, John Kennedy, Fidel Castro e Che Guevara, Mao Tsé Tung, não encarnaria nem de longe o espírito de rebeldia juvenil vividos naqueles anos, como era o clima da representatividade contestatória de Rita Pavone, ao lado da pílula anticoncepcional, da minissaia, do movimento da contracultura hippie (lá fora), ou do tropicalismo e da jovem guarda aqui no Brasil, além dos protestos de maio 68 em Paris. Foram tempos agitados...

Rita Pavone representou e encarnou o estilo da juventude daqueles tempos, depois sossegou, casou, teve filhos, viveu uma vida de dona de casa típica da classe média alta italiana, com raras aparições na TV.

Rita Pavone andou pelo Brasil, nos anos 1980, numa tentativa da indústria fonográfica de reativar sua carreira. Não deu certo, seus fãs já haviam envelhecido, e o mito havia superado a artista. Abaixo 2 vídeos de Rita: primeiro, no clássico e inesquecível "Datemi un martello" e depois numa apresentação mais recente na tv italiana; para recordação de seus fãs, e para conhecimento dos mais jovens.

Interessante registrar que, naqueles tempos, os jovens não eram chamados de "aborrescentes".


sábado, 23 de novembro de 2013

O capitão do mato enlouqueceu

Richard Jakubaszko
Alguém precisa ter a coragem de pedir o impeachment do capitão do mato, dito ministro Joaquim Barbosa do STF. Não precisa de razão especial, afora ler os blogs políticos brasileiros dos últimos dois anos e, especialmente, a notícia de hoje (23/11/2013) publicada na primeira página online do Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,barbosa-faz-pressoes-contra-juiz-responsavel-por-execucao-de-penas-,1099828,0.htm

Joaquim Capitão do Mato Barbosa considera o juiz de execuções penais de Brasília um benevolente e talvez quem sabe venha a avocar para si as atribuições desse juiz de terceiro escalão. Ou colocar no lugar do juiz atual um outro de linha, digamos, mais dura.


O que era o capitão do mato - história. 
Wikipédia - O capitão do mato era na origem um empregado público (homem branco) da última categoria, o mais rastaquera, encarregado de reprimir ele mesmo os pequenos delitos ocorridos no campo com os escravos. Na sociedade escravocrata do Brasil, a tarefa principal ficou a de capturar os escravos fugitivos.

Capitão do mato - Rugendas, 1823.

O termo capitão do mato passou a incluir aqueles que, moradores da cidade ou dos interiores das províncias, capturavam fugitivos para depois entregá-los aos seus amos mediante prêmio.

Os capitães do mato gozavam de pouquíssimo ou nenhum prestígio social, seja entre os escravos, que tinham neles os seu inimigos naturais, seja na sociedade escravocrata, que os considerava inferiores até mesmo aos praças de polícia, ou garis, segundo jornalistas contemporâneos, e os suspeitava de sequestrar escravos apanhados ao acaso, esperando vê-los declarados em fuga para depois devolvê-los contra recompensa.


O artista alemão Rugendas, viajando pelo Brasil em 1822-1825, retratou um capitão do mato, porém negro, montado a cavalo e puxando um cativo (também negro) com uma corda. Mas os capitães do mato, em sua esmagadora maioria eram brancos ou mestiços de índios, e não eram escravos.



Nos últimos dias do regime da escravidão, em 1887-88, quando os escravos fugiam em massa das fazendas da Província de São Paulo, os chefes do Exército, ainda gozando do prestígio de combatentes da guerra do Paraguai, recusaram-se a assumir a desprezada função.

Esse ministro, que ocupa hoje o mais alto cargo do judiciário brasileiro, é um autêntico "capitão do mato contemporâneo". Ainda não percebeu que a grande mídia já iniciou o processo de desconstruir a bela imagem que ele projeta de si mesmo. Ainda não caiu a ficha dele de que, se fosse branco, mesmo que falasse uns 10 idiomas, jamais teria sido nomeado, por qualquer outro presidente, um ministro do STF pelo currículo que tem. Ele só é ministro porque Lula fez politicalha "politicamente correta" e desejava provar à sociedade que praticava um governo com justiça e inclusão social, e sem perseguições étnicas ou de gênero. Lula, ao que se sabe, já se arrependeu faz tempo, reconheceu o enorme erro que praticou, mas agora é tarde.

O capitão do mato de Brasília não se enxerga, como diz o povo, ele não tem noção, não percebe os exageros que está cometendo em nome da raivosa elite midiática e do jogo sujo da política partidária, da qual a história brasileira é pródiga. Enlouqueceu, definitivamente. Ou, até mesmo, como diz um colega seu do STF, "o homem é malvado, mesmo!".

Joaquim Barbosa colocou o STF, nesses últimos meses, no rol das instituições brasileiras mais desacreditadas, e olha que não são poucas.

Alguém de bom senso, se é que existe bom senso no Brasil de hoje, precisa colocar um freio nisso. Em momentos como esse sinto vergonha de ser brasileiro e de ser honesto. Mas luto por justiça, e exerço aqui no blog o meu direito de cidadão livre, conforme me permite a Constituição Brasileira, e expresso a minha opinião sobre esse assunto, que revolta o meu normalmente equilibrado sistema digestivo.
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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Plantio direto em xeque

Richard Jakubaszko     
Clique na capa da revista
para ler o conteúdo.
Carta ao leitor / editorial:
Desde sempre, entendemos que os produtores rurais estão no negócio de produzir alimentos para ganhar dinheiro. Assim, deixemos de lado ilusões politicamente corretas ou fantasias idílicas sobre a suposta e santíssima atividade missionária de agricultores para salvar o mundo da fome.

O reconhecimento dessa assertiva por parte dos produtores rurais brasileiros é necessário para que se possa desmistificar uma verdade intangível aos olhos da sociedade urbana e do próprio governo quanto à importância e ao notável nível de profissionalização e competência técnica dos ruralistas brasileiros, diante da próxima safra de grãos, que ameaça atingir 195 milhões de toneladas.

Entretanto, reconheçamos que agricultores – e também pesquisadores, bem como todos os seres humanos, erram sim, no individual e no coletivo. Erram feio ao se distrair com questões mundanas e ao não prestar a devida atenção ao seu próprio negócio, ao não dar importância ao maior valor de qualquer atividade produtiva, que é a informação. Informação pertinente e relevante como vimos publicando na Agro DBO pode anular o maior perigo para a sobrevivência dos produtores rurais, por tirá-los da distração e da desinformação.

Posto isto, como um alerta, é fundamental a leitura da matéria de capa desta edição, “Plantio direto em xeque”, do jornalista José Maria Tomazela, e ainda da reportagem “A crise anunciada”, do jornalista Ariosto Mesquita, sobre os erros cometidos com a Helicoverpa, para que os produtores deixem “cair a ficha”, como se diz no jargão popular, daquilo que estão fazendo de errado em prejuízo do seu próprio negócio e da atividade de produzir alimentos. As duas matérias exibem a crueza das péssimas consequências do que se está fazendo de errado com a agricultura brasileira, desvirtuadas pelo objetivo humano de ter lucros, apesar de justos. Erros que comprometem as gerações futuras ao atropelar a sobrevivência econômica dos produtores de hoje.

Negligenciar informação é uma espécie de suicídio empresarial. Portanto, agricultor, leia Agro DBO, revista editada para ser a sua referência na agricultura e na produção de alimentos, pois quem precisa ser sustentável é o produtor. O resto é consequência: www.agrodbo.com.br
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A ingenuidade petista e o fator Márcio Thomaz Bastos

Por Motta Araújo 
Nenhum governo pode se escusar por ingenuidade no poder. O PT cometeu erros em sequência, a fatura desses erros chegou agora no martírio desse processo digno de um Kafka, uma catarse para os réus e uma tragicomédia felliniana pelo absurdo do conjunto da obra, exaltada pela transmissão ao vivo, algo inédito no mundo jurídico do planeta.
1 - Nomear um "amigo" sem ideal político para o Ministério da Justiça, uma pessoa "nefasta", vocacionada apenas pelo ego, pela vaidade e pela ambição de ter ligações para inflar seu papel de advogado criminalista mais caro do País.

Quando chegou a Ministro disse que "estava adorando ser Ministro", frase vulgar e frívola, ninguém é Ministro para "adorar" o usufruto do cargo e sim para prestar serviços ao País. Depois disse que estava aposentado e não iria mais advogar, revelou publicamente. Mal deixou o cargo voltou a advogar até para o Carlinhos Cachoeira e para quem mais lhe pagasse. Depois do estrago que legou para o PT continua desfilando por festas, coquetéis etc. como se nada houvesse acontecido e como se o mensalão não fosse com ele, que já faturou direta ou indiretamente seus honorários que são estratosféricos.

2 - Por ter um Ministro da Justiça sem visão e muito menos estratégia política, esse personagem essencialmente negativo para o projeto do PT deixou passar frangos inacreditáveis para cargos chaves da governabilidade, como dois Procuradores Gerais e três Ministros do STF que só agiram contra o PT, nunca a favor, nem para disfarçar.

Um dos Ministros, sem vida pregressa conhecida, cheio de cursos no exterior, mas sem experiência de juiz, de perfil incógnito e sem que alguém conhecesse mesmo superficialmente sua personalidade nebulosa.

Roosevelt nomeou 7  juízes da Suprema Corte de sua absoluta confiança, frequentadores de sua casa de campo em Hyde Park, como Félix Frankfurter. Foi inacreditável Lula nomear Ministros do STF sem que ele nunca tivesse conversado com eles, quer dizer, sem ao menos vê-los face a face, algo que uma patroa faz até antes de contratar uma cozinheira.

Pior ainda foram os Procuradores Gerais, os maiores carrascos do PT, a manobra de juntar 37 sem foro privilegiado a 3 com foro foi uma rasteira que o PT (a partir do Ministro da Justiça) deixou passar batido. É esse o DNA da condenação. Naquele momento o "Deus" (só se for de confraria de vinhos) tinha força política para impedir essa loucura e não o fez. Mais ainda, depois do Procurador Geral montar a arapuca ainda foi reconduzido ao cargo.

Na bissecular democracia americana o Procurador Geral é de ABSOLUTA confiança do Presidente, que pode demiti-lo a qualquer instante, não só ele como qualquer um dos 75 Procuradores Federais. Bush demitiu 8 em um só dia e quando lhe perguntaram porque, respondeu "Porque eu quis. Posso nomeá-los e demiti-los". E ninguém contesta que os EUA são uma democracia, de tal forma sólida que elegeu um fulano filho de muçulmano do Quênia e não branco.

3 - O PT chegou ao poder em 2003 sem conexões ou relações do meio jurídico. Se tivesse não teria feito essas nomeações sem lógica, fiou-se exclusivamente nesse MTB que levou os melhores lideres do PT para um alçapão.

O PT tinha que nomear Procuradores Gerais e Ministros do STF alinhados com o PT, como fazem todos os Presidentes dos Estados Unidos e da França. É prerrogativa de governos preencherem esses cargos com nomes de sua confiança, MAS o inefável homem das meias de seda suíças, sua marca registrada (e que recomendou a Lula) inventou uma bobageira de que ele se orgulhava "o republicanismo" para nomear titulares de cargos-chaves como Diretor da PF, Procuradores e Ministros de Tribunais Superiores, "ah, eu sou republicano" se gabava enquanto preparava a corda para o PT com o tal republicanismo fajuto de surfadores da "Democracia da Constituição de 88", aquela que impede o Brasil de ter governabilidade e que saiu dos corredores da OAB (que ele presidiu)  em combinação com o MDB.

Banksy - ratagirl
NÃO EXISTE REPUBLICANISMO, isso é uma falácia. Governo existe para governar, não para escolher gente sem compromisso algum com quem o nomeou, em homenagem de um teórico REPUBLICANISMO, de que se orgulhava esse Zé Colmeia sem noção e que inventou os personagens que crucificaram o PT com prisão de seus maiores lideres.

4 - A conta dos erros chegou, com um julgamento-show de péssimo gosto onde poucos se salvam, alguns por papéis de carrascos, outros por omissão e falta de coragem para enfrentar aberrações jurídicas... E o show vai continuar mesmo na execução das penas, a Globo passando horas a fio sobre o embarque dos presos em um avião, uma coisa de virar o estômago pela estupidez e mau gosto, convocando "professores de direito", sempre os mesmos dois para falar obviedades, a linha-merval é de sempre demonizar o PT e nunca contestar o absurdo das penas e da destruição de pessoas laterais como Simone Vasconcelos e Katia Rabelo, esta uma frágil bailarina condenada a pena muito maior do que o assassino Pimenta Neves. Mas será que ninguém vê o absurdo disso? Qual o imenso perigo que Simone Vasconcellos e Katia Rabelo representam para a sociedade? Katia passou a dirigir o banco pela morte trágica da irmã Júnia, que foi estraçalhada pelas pás de um helicóptero, precedida pela morte do pai, Sabino Rabelo, um respeitado empresário. Qual imenso erro ela praticou? Dirigentes dos bancos que provocaram a crise de 2008 não tiveram esse tipo de pena.

Simone é uma funcionaria da agência, nem sócia menor é, condenada a uma pena que nem Stalin daria a um personagem secundário. Como isso passou batido por 11 sumidades do Direito? Traficantes, estupradores, contrabandistas, receptadores de carga, assaltantes a mão armada, não têm penas tão longas, como isso não ressalta aos olhos? Ou será que o medo de enfrentar o bullying forense foi maior? Quando TODOS foram chamados de chicaneiros, porque não individualizado o xingamento, por que ficaram todos quietos? Essa questão é muito maior e muito mais grave do que o próprio julgamento do mensalão, em que mãos o PT nos colocou?

E o processo-símbolo vai servir como exemplo para ACABAR COM A CORRUPÇÃO? Aonde? Na Índia? Ora, francamente.

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O júbilo e a hipocrisia

Mauro Santayana
(JB) - O Ministro Joaquim Barbosa escolheu a data de 15 de novembro, Proclamação da República, para ordenar a prisão e a transferência para Brasília, em pleno feriado, e sem carta de sentença, de parte dos réus condenados pela Ação-470.

O simples fato de saber que os “mensaleiros” - como foram batizados pela grande mídia - viajaram algemados e em silêncio; que estão presos em regime fechado, tomando banho com água gelada, e comendo de marmita, encheu de regozijo parte das redes sociais.É notável o ensandecido júbilo, principalmente nos sites e portais frequentados por certa minoria que se intitula genericamente de “classe média”, e se abriga nas colunas de comentários da mídia mais conservadora.
Parte da população, a menos informada, é levada a comemorar a prisão do grupo detido neste fim de semana como se se tratasse de uma verdadeira Queda da Bastilha, com a ida de “políticos” “corruptos” para a cadeia.

Outros, menos ingênuos e mais solertes, saboreiam seu ódio e tripudiam sobre cidadãos condenados sob as sombras do “domínio do fato”, quando sabem muito bem que dezenas, centenas de corruptos de outros matizes políticos - alguns comprovadamente envolvidos com crimes cometidos anos antes desse processo – continuam soltos, sem nenhuma perspectiva de julgamento.

Esses, para enganar os incautos, já anteveem a queda da democracia. Propõem a formação de grupos de “caça aos corruptos”, desde que esses tenham alguma ligação com o governo. Sugerem que cidadãos se armem. Apelam para intervenções golpistas. Torcem para que os presos de ontem, que estejam doentes morram, ou que sejam agredidos por outros presos.

Ora, não existe justiça sem isonomia. Já que não se pode exigir equilíbrio e isenção de quem vive de manipular a opinião pública, espera-se que a própria população se manifeste, para que, na pior das hipóteses, o furor condenatório e punitivo de certos juízes caía, com a sutileza de um raio lançado por Zeus, sobre a cabeça de outros pecadores.

Há casos dez, vinte vezes maiores, que precisam ser investigados e julgados. Escândalos que envolvem inclusive a justiça de outros países, milionários e recentes ou que se arrastam desde a época da aprovação do instituto da reeleição - sempre ao abrigo de gavetas amigas, ou sucessivas manobras e protelações, destinadas a distorcer o tempo e a razão, como se estivéssemos em órbita de um buraco negro.

Seria bom, no entanto, que tudo isso se fizesse garantindo o mais amplo direito de defesa, no exclusivo interesse da Justiça. Ou a justiça se faz de forma equânime, desinteressada, equilibrada, justa, digna e contida, ou não pode ser chamada de Justiça
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Publicado no site http://www.maurosantayana.com/2013/11/o-jubilo-e-hipocrisia.html
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terça-feira, 19 de novembro de 2013

O Plebiscito de 1963 e o "não" do povo.

Richard Jakubaszko   
Faz mais de 50 anos (6 de janeiro de 1963) que se realizou o Plebiscito que disse "Não" ao parlamentarismo. Os maiores nomes artísticos da época, como Bibi Ferreira, Elizeth Cardoso, Ivon Cury, Isaurinha Garcia, Jorge Goulart, e outros, foram contratados para apresentar uma das principais peças publicitárias do presidencialismo. O rádio era a maior força de comunicação com o povo, a TV engatinhava no Brasil.

Diferentemente de 1963, vive-se hoje no Brasil um clima de Plebiscito. Na plena democracia que usufruímos há um clima de ódio e revolta no ar. Prevalece o desinteresse pelo bem público, estabeleceu-se um clima de revanche, impróprio das democracias, digno apenas de ditaduras (de esquerda ou direita), pois não há oposição representativa do povo. Há confrontos, que antecedem estágios beligerantes, o que é muito ruim para o pleno exercício da democracia, do estado de direito e justiça igualitária.
Para pensar, nada mais do que isso.
 

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