Richard Jakubaszko
Circulando a Agro DBO de agosto 2015, edição 69, que tem como chamada de capa o "Alerta geral" dado por agricultores do Brasil Central em relação a pragas quarentenárias que andam nas lavouras dos países vizinhos. Todo cuidado é pouco, conforme relata a reportagem da jornalista Marianna Peres.
Outras matérias de destaque eu passo no vídeo abaixo:
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quarta-feira, 19 de agosto de 2015
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
A Lava Jato e o Partido dos Trabalhadores
Wanderley Guilherme
A novidade política da Lava Jato é a revelação de que o
Partido dos Trabalhadores cedeu à tentação de patrocinar e se beneficiar das
relações espúrias entre interesses de grupos privados e iniciativas públicas.
Faz parte da história intestina de todas as sociedades acumulativas o víruS da
predação, do suborno, do saque, da extorsão e da violência em busca de
vantagens além dos méritos competitivos.
O Império inglês foi assim construído,
incluindo associações clandestinas com piratas e corsários, no século XVIII, e
escândalos internos sem fim desde o XIX; a riqueza das cidades hanseáticas e
italianas que financiaram os jardins artísticos do Renascimento, seus pintores,
arquitetos e escultores, essa riqueza foi obtida mediante fraude e corrupção de
bandidos inescrupulosos e violentos, organizados em poderosas companhias de
negócios. A grande arte flamenga e espanhola é rebento da generosa dissipação
de recursos de ladrões e assassinos em versão marqueteira de mecenas. O
extraordinário progresso material norte-americano a partir de meados do XIX
colocou na galeria cívica do país os “robber barons”, sabidos e consabidos
corruptos, genocidas, paradigmas das administrações libertinas e extorsivas das
grandes cidades contemporâneas como Chicago, Nova York, Los Angeles ou Kansas
City, sempre com a cobertura midiática de campanhas moralizadoras. As fraudes
eleitorais são discutidas tão abertamente quanto o financiamento de campanha e
não é segredo que a vitória democrata de John Kennedy contra Richard Nixon nada
teve de católica (acobertada pela patranha midiática de que Nixon perdeu por
causa do último debate na televisão), com os Republicanos dando troco na
roubalheira da Flórida que deu a vitória a Bush Junior sobre Al Gore. Tudo
supervisionado pelas autoridades eleitorais. Ninguém chia, trata-se de assunto
exclusivo entre eles: dos roubos econômicos aos roubos eleitorais. O vírus está
lá, agora protegido nos portfólios do sistema financeiro mundial.
A história recente do Brasil não fica a dever. A começar
pelas obras marcantes da ditadura, de onde brotaram progresso material,
liquidação física dos opositores e mágicos milionários, de sucesso
inexplicável. Da tolerância democrática de José Sarney restou a criminosa
entrega da propriedade pública das comunicações a um prático monopólio de
golpistas centenários, corruptor de jornalistas, escritores, artistas,
políticos. O monopólio das comunicações é atualmente o único poder
irresponsável no País, exercido com brutalidade e a ele se curvam os demais,
inclusive o poder judiciário. Fonte de corrupção permanente, manteve como
assunto inter pares os escândalos financeiros do governo Fernando Henrique
Cardoso, as trapaças das privatizações e a meteórica transformação de bancários
em banqueiros, tendo o BNDES como rampa de lançamento. Assim como guarda no
porão do noticiário a ser mobilizado, caso necessário, os rastilhos da política
tucana em Minas Gerais e em São Paulo. Todos, juízes, ministros, políticos,
procuradores, cantores, atrizes, narradores de futebol, são todos terceirizados
do Sistema Globo de Comunicação.
Neste país, por surpreendentes acasos, todas as
investigações envolvendo os companheiros da boa mesa, pecaram por vícios de
origem e devidamente esquecidas. Menos a Lava Jato, que segue aparentemente de
acordo com as rigorosas regras judiciais, de que dá testemunho o Ministro Teori
Zavaski. Qual é a novidade?
A novidade não é o roubo nem as relações ilegítimas entre
agentes privados e públicos. Todos os consultores, projetistas, jornalistas,
escritórios de advocacia econômica, todos que fingem ultraje ao pudor sempre
foram não só cientes como, no todo ou em parte, beneficiados pelo sistema
virótico da sociedade acumulativa brasileira. Enriqueceram e vivem como
parasitas do sistema nacional de corrupção. A novidade é que o Partido dos
Trabalhadores entrou como sócio, apresentando como cacife os milhões de votos
daqueles que nunca foram objeto de atenção. Candidatou-se ao suicídio.
A caça ao intruso foi imediata. A cada política em benefício
dos miseráveis, mais se acentuava a perseguição ao novo jogador, insistindo em
reclamar parte do botim tradicional da economia brasileira. A penetração do PT
na associação das elites predadoras era encoberta pelo compromisso real de
muitos de seus quadros com o destino dos carentes. E assim como os grandes
capitães de indústria, pelo mundo a fora, os nossos também cobraram uma
exploração extra, uma vantagem desmerecida, uma nova conta na Suíça em troca
dos empregos criados, da produção aumentada, do salário menos vil. Mas assim
também como os operadores tradicionais, os petistas se entregaram à sedução da
sociedade acumulativa: o roubo com perspectiva de impunidade.
A Lava Jato revelou a tragédia da vitória do capitalismo
sobre a liderança dos trabalhadores. Os grandes empresários e as grandes
empresas, ao fim e ao cabo, vão se safar, com os acordos de leniência e as
delações premiadas, reservas que fazem parte de suas mochilas de sobrevivência.
Serão nossos “robber barons” do futuro. Não assim a destroçada elite petista, à
qual não resta senão acrescentar o opróbrio da traição à vergonha da confissão.
A vítima ensanguentada dessa caçada é o eleitorado petista.
Muito além dos militantes, todos aqueles que saudaram e apoiaram a trajetória
de crescimento de um partido que, claramente, era o deles. Os que suportaram os
preconceitos, que resistiram às pressões e difamações e que viam nas políticas
sociais o cumprimento de promessas nunca realizadas. Esses estão hoje expostos
à brutalidade dos reacionários e fascistas, ao escárnio, aos xingamentos e
ofensas. O eleitorado petista não é criminoso, criminosos são os fascistas que
os perseguem nas ruas, nos lugares públicos, sem que as autoridades
responsáveis tenham a decência de garantir-lhes a inocência.
Presidente Dilma Rousseff: é de sua responsabilidade e de
seu Ministro da Justiça sair desse palácio de burocratas e meliantes suspeitos
e garantir, e fazer governadores e prefeitos garantirem, por atos enérgicos, a
integridade física e moral dos milhões de brasileiros inocentes que acreditaram
na sinceridade dos membros do seu Partido. Os ladrões estão no seu Partido, não
entre os eleitores que a elegeram.
Publicado no blog Segunda Opinião: http://insightnet.com.br/segundaopiniao/?p=138#more-138
7 de agosto de 2015
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sábado, 15 de agosto de 2015
Boechat manda recado aos que querem impeachment...
Richard Jakubaszko
Tá todo mundo louco, menos eu. O jornalista Ricardo Boechat, da Band, também não tá maluco. Botar quem no lugar da Dilma? O Temer? Faz favor, né? Pela inflação? Por causa de umas pedaladas? Isso não é razão, nem causa e nem justificativa. Por causa da corrupção? Mas tá indo todo mundo preso, e isso eu nunca vi acontecer neste país, corrupto e corruptor indo preso, não importa o quão rico seja, e nem a importância, vai em cana.
Então, assista a bronca que ele mandou ver, pra você não pensar nessa merreca do impeachment, porque isso é golpe:
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Tá todo mundo louco, menos eu. O jornalista Ricardo Boechat, da Band, também não tá maluco. Botar quem no lugar da Dilma? O Temer? Faz favor, né? Pela inflação? Por causa de umas pedaladas? Isso não é razão, nem causa e nem justificativa. Por causa da corrupção? Mas tá indo todo mundo preso, e isso eu nunca vi acontecer neste país, corrupto e corruptor indo preso, não importa o quão rico seja, e nem a importância, vai em cana.
Então, assista a bronca que ele mandou ver, pra você não pensar nessa merreca do impeachment, porque isso é golpe:
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Política e futebol, é tudo igual.
Richard Jakubaszko
E se não fosse assim, seria pior... Quem está louco são os outros, eu sou normal, entendeu? E olha que o baiano Caetano falou que de perto ninguém é normal, mas há divergências...
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quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Alimentando milhões
Como a parceria público-privado pode contribuir para a intensificação sustentável da agropecuária
As questões ambientais sempre foram relevantes, sobretudo no Brasil, lar de biomas fundamentais à conservação da vida no planeta. E cada vez mais ganham força globalmente, diante de desafios consideráveis como o efeito estufa. Em todos os segmentos da sociedade, ser produtivo já não basta: agora o importante é aliar produtividade com alta tecnologia, sem esquecer de cuidar do meio ambiente! A agricultura brasileira, por sua capacidade criativa e diversificada, há muito tempo tem contribuído enormemente para essa discussão. Foi assim, por exemplo, com o plantio direto, técnica de manejo sustentável aplicada pelos brasileiros desde os anos 70. Mais recentemente, a aprovação do Código Florestal, que busca unir os interesses dos produtores rurais e a proteção das florestas nativas.
O Brasil tem mais de 800 milhões de hectares, dos quais pouco mais de 300 milhões com potencial para a produção agropecuária. Isso significa que mais da metade do território nacional ou são áreas urbanas ou são áreas de preservação ambiental. E o restante está destinado às atividades agropecuárias. Mesmo utilizando praticamente apenas um terço do território nacional (arredondando os números), a agricultura brasileira segue batendo recordes de produtividade: acabamos de colher uma safra de 204,5 milhões de toneladas de grãos. Um feito histórico.
Há espaço para melhorias e inovação? Sim. E muito! Por três motivos essenciais: 1) a necessidade de se produzir alimentos para 9 bilhões de habitantes na Terra até 2050, segundo as estimativas, coloca o Brasil sob as luzes dos holofotes no cenário global. Somos o único país em condições de produzir o ano inteiro, sem parar; 2) nesse sentido, é preciso encontrar soluções para produzirmos cada vez mais sem que se aumente as áreas destinadas às atividades agropecuárias; e 3) mesmo produzindo a níveis invejáveis, os brasileiros ainda podem desenvolver técnicas de manejo agrícola recuperando terras degradadas, portanto, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Por ser de interesse de toda a sociedade, entendemos que estes três pilares só seguirão adiante de maneira eficiente e sustentável com o estreitamento de parcerias público-privadas, de forma que as expertises e qualidades destes dois setores somem forças na transferência de conhecimento, tecnologias e investimentos.
Foi com esta leitura que, em 2012, criamos a Rede de Fomento à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), um conceito revolucionário que responde aos anseios dos três motivos essenciais citados anteriormente. A parceria público-privada foi elaborada para aproximar empresas e tecnologias que permitem a efetiva implantação do modelo, pulverizando o conhecimento. Com os esforços somados podemos incentivar para que o conceito iLPF e suas tecnologias cheguem a todos os produtores, acadêmicos e demais elos da cadeia agrícola. Ao longo dos anos, com o desenvolvimento das pesquisas com iLPF, o modelo pôde ser adaptado às diversas realidades nacionais de clima, solo e o tamanho das propriedades – demonstrando sua universalidade e potencial para a produção agrícola brasileira.
Iniciamos o acordo com Embrapa, Cocamar, John Deere e Syngenta e, posteriormente, agregamos esforços com as empresas Schaffler, Parker e Dow AgroSciences. O Governo Federal também fez sua parte e colocou a inserção do modelo iLPF como parte dos esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa gerados pela agropecuária.
Ano a ano alguns resultados do iLPF podem ser conferidos em uma fazenda modelo que a Rede de Fomento mantém em Goiás e que é movida pela inteligência iLPF. A Fazenda Santa Brígida, em Ipameri, abre suas porteiras para mostrar seus resultados ao público, este composto desde especialistas no assunto até público em geral. Todos que tiveram oportunidade de conhecer o local viram que é possível aumentar a renda das propriedades de forma sustentável. E, como afirmou o pesquisador da Embrapa Cerrados José Roberto Rodrigues Peres, se o exemplo da Fazenda Santa Brígida fosse adotado em 100 milhões de hectares, seria evolução tecnológica sem precedentes no País e significaria, pelo menos, três vezes mais a produção de grãos e três vezes mais a produção pecuária, sem a abertura de novas fronteiras.
Além da fazenda modelo, existem ainda cerca de 200 Unidades de Referência Tecnológica (URT) espalhadas pelo o Brasil, que servem para testar a tecnologia e difundi-las no seu entorno.
Por experiência, sabemos que os produtores brasileiros são responsáveis e estão abertos a formas sustentáveis de produção. Hoje não podemos viver somente baseados em modelos antigos, que muitas vezes foram desenvolvidos para condições diferentes das atuais, sejam elas ambientais, econômicas, sociais e agronômicas.
O modelo iLPF é um importante diferencial do agronegócio brasileiro frente aos demais países produtores do mundo. No entanto, temos que acelerar cada vez mais a curva de adoção dessas novas tecnologias. É aí que a Rede de Fomento ganha importância, pois coloca de um mesmo lado a experiência do setor privado com a do setor público. Técnicas como o iLPF são de suma importância para que o Brasil possa se firmar como referência para a agricultura mundial e produzir, de maneira sustentável, ainda mais alimentos.
* o autor é presidente da John Deere Brasil
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As questões ambientais sempre foram relevantes, sobretudo no Brasil, lar de biomas fundamentais à conservação da vida no planeta. E cada vez mais ganham força globalmente, diante de desafios consideráveis como o efeito estufa. Em todos os segmentos da sociedade, ser produtivo já não basta: agora o importante é aliar produtividade com alta tecnologia, sem esquecer de cuidar do meio ambiente! A agricultura brasileira, por sua capacidade criativa e diversificada, há muito tempo tem contribuído enormemente para essa discussão. Foi assim, por exemplo, com o plantio direto, técnica de manejo sustentável aplicada pelos brasileiros desde os anos 70. Mais recentemente, a aprovação do Código Florestal, que busca unir os interesses dos produtores rurais e a proteção das florestas nativas.
O Brasil tem mais de 800 milhões de hectares, dos quais pouco mais de 300 milhões com potencial para a produção agropecuária. Isso significa que mais da metade do território nacional ou são áreas urbanas ou são áreas de preservação ambiental. E o restante está destinado às atividades agropecuárias. Mesmo utilizando praticamente apenas um terço do território nacional (arredondando os números), a agricultura brasileira segue batendo recordes de produtividade: acabamos de colher uma safra de 204,5 milhões de toneladas de grãos. Um feito histórico.
Há espaço para melhorias e inovação? Sim. E muito! Por três motivos essenciais: 1) a necessidade de se produzir alimentos para 9 bilhões de habitantes na Terra até 2050, segundo as estimativas, coloca o Brasil sob as luzes dos holofotes no cenário global. Somos o único país em condições de produzir o ano inteiro, sem parar; 2) nesse sentido, é preciso encontrar soluções para produzirmos cada vez mais sem que se aumente as áreas destinadas às atividades agropecuárias; e 3) mesmo produzindo a níveis invejáveis, os brasileiros ainda podem desenvolver técnicas de manejo agrícola recuperando terras degradadas, portanto, contribuindo para a preservação do meio ambiente. Por ser de interesse de toda a sociedade, entendemos que estes três pilares só seguirão adiante de maneira eficiente e sustentável com o estreitamento de parcerias público-privadas, de forma que as expertises e qualidades destes dois setores somem forças na transferência de conhecimento, tecnologias e investimentos.
Foi com esta leitura que, em 2012, criamos a Rede de Fomento à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), um conceito revolucionário que responde aos anseios dos três motivos essenciais citados anteriormente. A parceria público-privada foi elaborada para aproximar empresas e tecnologias que permitem a efetiva implantação do modelo, pulverizando o conhecimento. Com os esforços somados podemos incentivar para que o conceito iLPF e suas tecnologias cheguem a todos os produtores, acadêmicos e demais elos da cadeia agrícola. Ao longo dos anos, com o desenvolvimento das pesquisas com iLPF, o modelo pôde ser adaptado às diversas realidades nacionais de clima, solo e o tamanho das propriedades – demonstrando sua universalidade e potencial para a produção agrícola brasileira.
Iniciamos o acordo com Embrapa, Cocamar, John Deere e Syngenta e, posteriormente, agregamos esforços com as empresas Schaffler, Parker e Dow AgroSciences. O Governo Federal também fez sua parte e colocou a inserção do modelo iLPF como parte dos esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa gerados pela agropecuária.
Ano a ano alguns resultados do iLPF podem ser conferidos em uma fazenda modelo que a Rede de Fomento mantém em Goiás e que é movida pela inteligência iLPF. A Fazenda Santa Brígida, em Ipameri, abre suas porteiras para mostrar seus resultados ao público, este composto desde especialistas no assunto até público em geral. Todos que tiveram oportunidade de conhecer o local viram que é possível aumentar a renda das propriedades de forma sustentável. E, como afirmou o pesquisador da Embrapa Cerrados José Roberto Rodrigues Peres, se o exemplo da Fazenda Santa Brígida fosse adotado em 100 milhões de hectares, seria evolução tecnológica sem precedentes no País e significaria, pelo menos, três vezes mais a produção de grãos e três vezes mais a produção pecuária, sem a abertura de novas fronteiras.
Além da fazenda modelo, existem ainda cerca de 200 Unidades de Referência Tecnológica (URT) espalhadas pelo o Brasil, que servem para testar a tecnologia e difundi-las no seu entorno.
Por experiência, sabemos que os produtores brasileiros são responsáveis e estão abertos a formas sustentáveis de produção. Hoje não podemos viver somente baseados em modelos antigos, que muitas vezes foram desenvolvidos para condições diferentes das atuais, sejam elas ambientais, econômicas, sociais e agronômicas.
O modelo iLPF é um importante diferencial do agronegócio brasileiro frente aos demais países produtores do mundo. No entanto, temos que acelerar cada vez mais a curva de adoção dessas novas tecnologias. É aí que a Rede de Fomento ganha importância, pois coloca de um mesmo lado a experiência do setor privado com a do setor público. Técnicas como o iLPF são de suma importância para que o Brasil possa se firmar como referência para a agricultura mundial e produzir, de maneira sustentável, ainda mais alimentos.
* o autor é presidente da John Deere Brasil
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Os vencedores e seus aliados
Janio de Freitas *
Eduardo Cunha e Renan Calheiros venceram. E venceram andando no fio da navalha. Ambos merecem o reconhecimento de que se impuseram às adversidades e aos adversários. Se amanhã caírem, não será uma negação de sua vitória atual. Nem será surpresa para eles.
Eduardo Cunha entrou a semana sobrecarregado de perdas na sua tropa de deputados e danos pessoais. Atingido pela acusação na Lava Jato de extorquir US$ 5 milhões, consumiu as férias parlamentares ilegais esforçando-se para aparentar inteireza, mas o abatimento e certo desespero não se escondiam.
Em 24 horas, seus comandados estavam todos, outra vez, de braços com ele. As vestais do PSDB na Câmara perderam os escrúpulos e se entregaram a Cunha. Que se viu de braço dado ainda com PDT e PTB, até então "governistas". Condições ótimas, portanto, para acionar a pauta-bomba, como foi feito.
O que sobrou de voz adversária a Eduardo Cunha, na semana, foram dois editoriais. Mas não é Eduardo Cunha o alvo adequado de críticas à pauta-bomba e ao boicote da Câmara a medidas do "ajuste fiscal". As bombas são criadas na cabeça dele, é certo. Quem as detona, porém, são os peemedebistas de Cunha com o apoio decisivo do PSDB, secundados pelo restante da oposição. E, em certas ocasiões, também de ditos aliados do governo e até do PT.
Em artigo na Folha ("Somos todos Câmara", 7.ago), diz Eduardo Cunha: "Não sou ativador de pautas-bomba". E joga uma pequena bomba no colo dos seus companheiros de bombardeio: "As pautas são elaboradas pelo colégio de líderes". Mas também é verdade que a maioria dos líderes, a começar pelos líderes de bancadas oposicionistas, é dominada por ele. E estende a sujeição às bancadas.
Eduardo Cunha entrou a semana sobrecarregado de perdas na sua tropa de deputados e danos pessoais. Atingido pela acusação na Lava Jato de extorquir US$ 5 milhões, consumiu as férias parlamentares ilegais esforçando-se para aparentar inteireza, mas o abatimento e certo desespero não se escondiam.
Em 24 horas, seus comandados estavam todos, outra vez, de braços com ele. As vestais do PSDB na Câmara perderam os escrúpulos e se entregaram a Cunha. Que se viu de braço dado ainda com PDT e PTB, até então "governistas". Condições ótimas, portanto, para acionar a pauta-bomba, como foi feito.
O que sobrou de voz adversária a Eduardo Cunha, na semana, foram dois editoriais. Mas não é Eduardo Cunha o alvo adequado de críticas à pauta-bomba e ao boicote da Câmara a medidas do "ajuste fiscal". As bombas são criadas na cabeça dele, é certo. Quem as detona, porém, são os peemedebistas de Cunha com o apoio decisivo do PSDB, secundados pelo restante da oposição. E, em certas ocasiões, também de ditos aliados do governo e até do PT.
Em artigo na Folha ("Somos todos Câmara", 7.ago), diz Eduardo Cunha: "Não sou ativador de pautas-bomba". E joga uma pequena bomba no colo dos seus companheiros de bombardeio: "As pautas são elaboradas pelo colégio de líderes". Mas também é verdade que a maioria dos líderes, a começar pelos líderes de bancadas oposicionistas, é dominada por ele. E estende a sujeição às bancadas.
Aí está a usina da crise, nesse conluio de oportunismos mesquinhos, entre aproveitadores e ambiciosos levianos. O que foi feito da crítica moral à eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara, já como personagem de suspeitas e acusações graves? Onde foi parar a grande reação moral às explicações fraudulentas de Renan Calheiros, quando revelada sua dependência ao cofre da empreiteira Mendes Jr. e mais ilegalidades? Dos dois casos para cá, não sobrou nada de caráter nos deputados indignados e em seus dirigentes partidários para manter um pouco de dignidade na relação com seus ex-criticados?
Não. Logo, merecem estar sob o comando de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, beneficiários, porém nenhum dos dois culpado da baixeza alheia. Mas muito menos culpado é o país. E está pagando, no presente e em comprometimentos do futuro, pelo estado ensandecido que a Câmara esparge no país, e se tem chamado apenas de crise.
Pode-se perceber essa origem com clareza, se não houver o propósito preliminar de acobertar oposicionistas e a obsessão de atingir o governo. Nos últimos dias, por exemplo, a situação caótica agravou-se e a pregação de impeachment recrudesceu, com a arrogância de Aécio & cia. querendo derrubar, além da presidente, a própria Constituição em suas regras sucessórias.
O governo errou muito, em política e em economia (vale a pena: para afinal entender o que levou à crise econômica, recupere o artigo fácil e inteligente da professora Laura Carvalho na Folha de sexta 7.ago, pág. A24). Mas o que fez o governo na semana passada que agravou a situação crítica? Nada. Humildemente nada.
Houve o agravamento, no entanto. Todo ele produzido na Câmara e no Senado. Com votações antigoverno, que incluíram o exame de contas de governos passados para preparar a reprovação das contas de Dilma, caminho para o impeachment. E com a ameaça de reprovação à permanência de Rodrigo Janot, como punição à decência do seu atual mandato.
Eduardo Cunha e Renan Calheiros subjugaram parte dos adversários e inutilizaram os demais. Dois vencedores. Apesar de si mesmos.
A propósito, ou quase: antes de discutir a delação premiada, Fernando Soares, ou Fernando Baiano, dado como elo de grandes lances de corrupção envolvendo figuras do PMDB, decidiu providenciar a ida da mulher e dos filhos para os Estados Unidos. Sinal de que alguém perigoso está sob risco de revelações.
Não. Logo, merecem estar sob o comando de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, beneficiários, porém nenhum dos dois culpado da baixeza alheia. Mas muito menos culpado é o país. E está pagando, no presente e em comprometimentos do futuro, pelo estado ensandecido que a Câmara esparge no país, e se tem chamado apenas de crise.
Pode-se perceber essa origem com clareza, se não houver o propósito preliminar de acobertar oposicionistas e a obsessão de atingir o governo. Nos últimos dias, por exemplo, a situação caótica agravou-se e a pregação de impeachment recrudesceu, com a arrogância de Aécio & cia. querendo derrubar, além da presidente, a própria Constituição em suas regras sucessórias.
O governo errou muito, em política e em economia (vale a pena: para afinal entender o que levou à crise econômica, recupere o artigo fácil e inteligente da professora Laura Carvalho na Folha de sexta 7.ago, pág. A24). Mas o que fez o governo na semana passada que agravou a situação crítica? Nada. Humildemente nada.
Houve o agravamento, no entanto. Todo ele produzido na Câmara e no Senado. Com votações antigoverno, que incluíram o exame de contas de governos passados para preparar a reprovação das contas de Dilma, caminho para o impeachment. E com a ameaça de reprovação à permanência de Rodrigo Janot, como punição à decência do seu atual mandato.
Eduardo Cunha e Renan Calheiros subjugaram parte dos adversários e inutilizaram os demais. Dois vencedores. Apesar de si mesmos.
A propósito, ou quase: antes de discutir a delação premiada, Fernando Soares, ou Fernando Baiano, dado como elo de grandes lances de corrupção envolvendo figuras do PMDB, decidiu providenciar a ida da mulher e dos filhos para os Estados Unidos. Sinal de que alguém perigoso está sob risco de revelações.
* o autor é jornalista. Publicado na Folha de S.
Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/228890-os-vencedores-e-seus-aliados.shtml
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terça-feira, 11 de agosto de 2015
Pronta a 1ª fase de transposição do rio São Francisco
Richard Jakubaszko
Contra quase tudo, exceto os nordestinos, a transposição das águas do Velho Chico vai avançar. Sexta-feira, dia 7 de agosto, conforme vídeo abaixo, as primeiras águas foram liberadas no teste dos engenheiros da construtora Mendes Júnior. É emocionante assistir ao milagre da engenharia, proporcionado por decisões políticas determinantes, que vão dar, enfim, qualidade de vida a alguns estados do Nordeste, especialmente Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, pela chegada da água, sem a qual, a vida fica muito difícil.
Desde o período imperial as promessas políticas eram feitas, e nunca cumpridas. FHC até que tentou, mas não foi adiante. Nas primeiras dificuldades desistiu do projeto. Os políticos locais faziam a já conhecida "indústria da seca", uma política de buscar dinheiro do governo federal, e nunca aplicar em soluções paliativas, como cisternas, por exemplo, pois embolsavam as verbas. Lula abraçou a ideia para dar solução definitiva, e foi em frente com o projeto da transposição. Quase foi travado depois, houve muitas críticas na mídia, gente graúda contra o projeto, de artistas globais, teve até bispo que andou fazendo greve de fome. Os ambientalistas, nem se fala, travaram o que foi possível através de procuradores e promotores. Mas depois de Lula, havia Dilma, e o projeto foi em frente.
Ainda em agosto deste 2015 a presidente Dilma vai inaugurar a 1ª fase da transposição das águas do rio São Francisco, o glorioso Velho Chico, fazendo-as chegar até a Barragem de Tucutu, em Cabrobó, já no sertão pernambucano. Dali, em outras fases, num total de 6 fases, as águas serão distribuídas aos demais estados. A agricultura do Nordeste vai mostrar a sua força, porque só com terra e sol não se produz alimentos, precisava de água, e agora vai ter.
O que a mídia informou sobre isso? Ainda nadica de nada... Não importa, os nordestinos sabem, e a água só é importante para eles.
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Contra quase tudo, exceto os nordestinos, a transposição das águas do Velho Chico vai avançar. Sexta-feira, dia 7 de agosto, conforme vídeo abaixo, as primeiras águas foram liberadas no teste dos engenheiros da construtora Mendes Júnior. É emocionante assistir ao milagre da engenharia, proporcionado por decisões políticas determinantes, que vão dar, enfim, qualidade de vida a alguns estados do Nordeste, especialmente Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, pela chegada da água, sem a qual, a vida fica muito difícil.
Desde o período imperial as promessas políticas eram feitas, e nunca cumpridas. FHC até que tentou, mas não foi adiante. Nas primeiras dificuldades desistiu do projeto. Os políticos locais faziam a já conhecida "indústria da seca", uma política de buscar dinheiro do governo federal, e nunca aplicar em soluções paliativas, como cisternas, por exemplo, pois embolsavam as verbas. Lula abraçou a ideia para dar solução definitiva, e foi em frente com o projeto da transposição. Quase foi travado depois, houve muitas críticas na mídia, gente graúda contra o projeto, de artistas globais, teve até bispo que andou fazendo greve de fome. Os ambientalistas, nem se fala, travaram o que foi possível através de procuradores e promotores. Mas depois de Lula, havia Dilma, e o projeto foi em frente.
Ainda em agosto deste 2015 a presidente Dilma vai inaugurar a 1ª fase da transposição das águas do rio São Francisco, o glorioso Velho Chico, fazendo-as chegar até a Barragem de Tucutu, em Cabrobó, já no sertão pernambucano. Dali, em outras fases, num total de 6 fases, as águas serão distribuídas aos demais estados. A agricultura do Nordeste vai mostrar a sua força, porque só com terra e sol não se produz alimentos, precisava de água, e agora vai ter.
O que a mídia informou sobre isso? Ainda nadica de nada... Não importa, os nordestinos sabem, e a água só é importante para eles.
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segunda-feira, 10 de agosto de 2015
O pré-sal brasileiro bate novo recorde: 811 mil barris de petróleo por dia
Richard Jakubaszko
A verdade é só essa, o pré-sal brasileiro vai acumulando recordes, desde junho 2015 já está produzindo mais de 811 mil barris de petróleo por dia. Mas tem político, como o senador José Serra (PSDB/SP), que deseja entregar o pré-sal para ser compartilhado pelas petrolíferas estrangeiras. Quem será que ele pensa que é, né? Alega que a Petrobras não tem capacidade tecnológica pra isso... Pensa que é brincadeira minha? É nada, tem até projeto de lei no Senado obrigando a Petrobras a "compartilhar" o pré-sal...
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A verdade é só essa, o pré-sal brasileiro vai acumulando recordes, desde junho 2015 já está produzindo mais de 811 mil barris de petróleo por dia. Mas tem político, como o senador José Serra (PSDB/SP), que deseja entregar o pré-sal para ser compartilhado pelas petrolíferas estrangeiras. Quem será que ele pensa que é, né? Alega que a Petrobras não tem capacidade tecnológica pra isso... Pensa que é brincadeira minha? É nada, tem até projeto de lei no Senado obrigando a Petrobras a "compartilhar" o pré-sal...
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sábado, 8 de agosto de 2015
As pessoas felizes
Richard Jakubaszko
Shakespeare foi uma figura ímpar, definitivamente, um gênio... Seus personagens nos falam, até hoje, passados muitos séculos, com um vigor contemporâneo que chega a arrepiar, tudo isso porque o ser humano não muda sua essência...
Vejam o que Leandro Karnal, historiador e professor da Unicamp, nos conta sobre Hamlet e faz uma comparação ao momento político brasileiro atual, sobre as pessoas felizes...
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Shakespeare foi uma figura ímpar, definitivamente, um gênio... Seus personagens nos falam, até hoje, passados muitos séculos, com um vigor contemporâneo que chega a arrepiar, tudo isso porque o ser humano não muda sua essência...
Vejam o que Leandro Karnal, historiador e professor da Unicamp, nos conta sobre Hamlet e faz uma comparação ao momento político brasileiro atual, sobre as pessoas felizes...
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quarta-feira, 5 de agosto de 2015
60 anos da República Jacarepaguá (Esalq/USP)
Richard Jakubaszko
Entrevistei dois jacarepaguanos no Portal DBO, os jovens Xavier e Egito, para falar do evento Desafios do Agronegócio, que vai acontecer dia 14 de agosto próximo (sexta-feira) no anfiteatro da Esalq, em Piracicaba/SP.
Aos esalqueanos fica o convite: participem do evento, vai ser divertido e produtivo. Até o ex-ministro Roberto Rodrigues (esalqueano da turma de 1965) estará presente: vai fazer a palestra de abertura, e vai encerrar o evento.
Veja a programação no link, onde você poderá se inscrever:
Inscrições e mais informações em www.desafiosagronegocio.com
Abaixo a entrevista, onde o Xavier, apesar de ser a primeira vez que enfrenta uma câmera, saiu-se muito bem como entrevistado.
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Entrevistei dois jacarepaguanos no Portal DBO, os jovens Xavier e Egito, para falar do evento Desafios do Agronegócio, que vai acontecer dia 14 de agosto próximo (sexta-feira) no anfiteatro da Esalq, em Piracicaba/SP.
Aos esalqueanos fica o convite: participem do evento, vai ser divertido e produtivo. Até o ex-ministro Roberto Rodrigues (esalqueano da turma de 1965) estará presente: vai fazer a palestra de abertura, e vai encerrar o evento.
Veja a programação no link, onde você poderá se inscrever:
Inscrições e mais informações em www.desafiosagronegocio.com
Abaixo a entrevista, onde o Xavier, apesar de ser a primeira vez que enfrenta uma câmera, saiu-se muito bem como entrevistado.
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terça-feira, 4 de agosto de 2015
É fundamental treinar os aplicadores de agroquímicos
Richard Jakubaszko
O programa de educação e treinamento da Andef existe há 25 anos e assume agora uma nova postura para atender também as necessidades do consumidor final, além de mostrar aos agricultores que se pode ser mais eficiente na aplicação de agroquímicos e de qualificar os aplicadores.
O engenheiro agrônomo Fábio Kagi é o gerente da área, e nessa entrevista ao Portal DBO ele esclarece alguns pontos muito interessantes, inclusive de como os produtores podem solicitar à Andef um programa de treinamento.
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O programa de educação e treinamento da Andef existe há 25 anos e assume agora uma nova postura para atender também as necessidades do consumidor final, além de mostrar aos agricultores que se pode ser mais eficiente na aplicação de agroquímicos e de qualificar os aplicadores.
O engenheiro agrônomo Fábio Kagi é o gerente da área, e nessa entrevista ao Portal DBO ele esclarece alguns pontos muito interessantes, inclusive de como os produtores podem solicitar à Andef um programa de treinamento.
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domingo, 2 de agosto de 2015
Aquecimento: a maior mentira do século XXI
Richard Jakubaszko
Na entrevista para o Portal DBO, no vídeo abaixo, encontram-se, em resumo, alguns dos principais pontos focados no livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?" de minha autoria e coautoria dos físicos Luiz Carlos Baldicero Molion e José Carlos Parente, com capítulos escritos por inúmeros técnicos e personalidades, como Fernando Penteado Cardoso, Evaristo de Miranda, Odo Primavesi, Geraldo Luís Lino, Ângelo Paes de Camargo (in memoriam), entre outros.
O livro é uma biografia não autorizada do clima.
Dentre os temas abordados na entrevista estão:
- a emissão real de CO2 e as fraudes dos dados primários
- a utopia de reduzir a emissão de CO, metano e óxido nitroso
- debater as agendas econômicas e políticas e seus responsáveis
- a falsa emissão de metano pelos bovinos e outros ruminantes
- a verdade sobre os interesses inconfessáveis em difundir o alarmismo
- a necessidade do debate entre os cientistas, a mídia e a sociedade
- as consequências geopolíticas de um acordo ambiental, pós COP21
- no livro o conteúdo é em profundidade, mas em linguagem acessível
- como ficará o mundo se ocorrer um acordo na COP21
- entenda porque Donald Trump não acredita no aquecimento
- saiba porque países como EUA, Índia, Rússia e Japão não assinaram o acordo da COP21
Para participar desse debate leia o livro. Não se deixe enganar pelo proselitismo ambientalista de interesses escusos. Abaixo do vídeo a ficha técnica e de como comprar o livro.
Ficha técnica:
DBO Editores Associados Ltda. – São Paulo - SP
ISBN: 978-85-69495-00-0
Edição 2015 – 288 págs.
O livro não está à venda em livrarias, mas somente na editora:
Preço promocional: R$ 25,00 inclusas as taxas de correios
Envie e-mail: co2clima@gmail.com que daremos instruções para pagamento.
Fone: 11 3879.7099
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Na entrevista para o Portal DBO, no vídeo abaixo, encontram-se, em resumo, alguns dos principais pontos focados no livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?" de minha autoria e coautoria dos físicos Luiz Carlos Baldicero Molion e José Carlos Parente, com capítulos escritos por inúmeros técnicos e personalidades, como Fernando Penteado Cardoso, Evaristo de Miranda, Odo Primavesi, Geraldo Luís Lino, Ângelo Paes de Camargo (in memoriam), entre outros.
O livro é uma biografia não autorizada do clima.
Dentre os temas abordados na entrevista estão:
- a emissão real de CO2 e as fraudes dos dados primários
- a utopia de reduzir a emissão de CO, metano e óxido nitroso
- debater as agendas econômicas e políticas e seus responsáveis
- a falsa emissão de metano pelos bovinos e outros ruminantes
- a verdade sobre os interesses inconfessáveis em difundir o alarmismo
- a necessidade do debate entre os cientistas, a mídia e a sociedade
- as consequências geopolíticas de um acordo ambiental, pós COP21
- no livro o conteúdo é em profundidade, mas em linguagem acessível
- como ficará o mundo se ocorrer um acordo na COP21
- entenda porque Donald Trump não acredita no aquecimento
- saiba porque países como EUA, Índia, Rússia e Japão não assinaram o acordo da COP21
Para participar desse debate leia o livro. Não se deixe enganar pelo proselitismo ambientalista de interesses escusos. Abaixo do vídeo a ficha técnica e de como comprar o livro.
Ficha técnica:
DBO Editores Associados Ltda. – São Paulo - SP
ISBN: 978-85-69495-00-0
Edição 2015 – 288 págs.
O livro não está à venda em livrarias, mas somente na editora:
Preço promocional: R$ 25,00 inclusas as taxas de correios
Envie e-mail: co2clima@gmail.com que daremos instruções para pagamento.
Fone: 11 3879.7099
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sábado, 1 de agosto de 2015
O Itamaraty e as multinacionais brasileiras
Marcos Sawaya Jank *
Além de cuidar da política externa e de representar o Brasil, um dos papéis mais importantes do Itamaraty é a promoção comercial e a facilitação de investimentos no exterior. Durante muito tempo, o papel do Itamaraty se limitava à promoção comercial "strictu sensu", apoiando a solução de problemas enfrentados por exportadores, viagens de empresários, missões, feiras etc.
Nas duas últimas décadas, no entanto, a presença física das empresas brasileiras se intensificou, com a abertura de plantas industriais e estruturas de armazenagem e distribuição de produtos no exterior. Cresceram também os investimentos internacionais das empresas brasileiras do setor de serviços – bancos, tecnologia de informação, construtoras e outros.
Cerca de 50 multinacionais brasileiras atuam hoje no exterior, a maioria oriunda de setores em que o Brasil acumulou notórias vantagens competitivas, globais ou ao menos regionais. Contudo, o movimento ainda é incipiente e tímido, seja pelo reduzido número de empresas, seja pela pequena presença de produtos diferenciados e marcas globais.
É óbvio que a maior parte do esforço de internacionalização das empresas brasileiras deve vir das próprias empresas. No entanto, o êxito do processo também depende de uma intensa coordenação do setor privado com o governo brasileiro, em particular com o Itamaraty e os ministérios que cuidam das áreas envolvidas.
Todos os grandes governos do mundo defendem o interesse de suas empresas no exterior com a faca nos dentes. As representações diplomáticas brasileiras têm realizado esse trabalho com eficiência e admirável esforço, apesar das dificuldades. Vivendo hoje em Cingapura, sou testemunha da carência de recursos humanos e materiais que esses postos têm na Ásia.
Um bom exemplo é o agronegócio, um dos únicos setores em que o Brasil tem presença global. Os Estados Unidos são o nosso maior concorrente na China. O Departamento de Agricultura (USDA) conta com 5 escritórios no país, 8 adidos agrícolas e 23 técnicos locais de suporte. As entidades que representam os principais produtos exportados pelos Estados Unidos também estão presentes na China, inclusive com programas custeados pelo governo norte-americano. A Nova Zelândia tem cinco adidos, a Austrália e o Canadá, quatro adidos cada um, a Europa tem mais de dez, se considerarmos a comunidade e os países-membros. Enquanto isso, o Brasil tem um adido agrícola no país mais populoso do mundo, nosso maior parceiro comercial.
Achei importante escrever sobre esse tema num momento em que se questiona o papel do governo e da diplomacia no apoio à internacionalização das empresas brasileiras, tema tratado com precisão por Marcos Troyjo em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo no dia 22 de julho último.
Nos países em desenvolvimento, é muito difícil as empresas crescerem sem um trabalho coordenado entre o setor privado e o governo brasileiro. Essa parceria deve ser sólida, transparente e horizontal, sem privilégios a setores ou empresas. As representações brasileiras no exterior têm atuado com competência e poucos recursos. O esforço precisa ser ampliado, e não reduzido.
* Marcos S. Jank é especialista em questões globais do agronegócio.
Além de cuidar da política externa e de representar o Brasil, um dos papéis mais importantes do Itamaraty é a promoção comercial e a facilitação de investimentos no exterior. Durante muito tempo, o papel do Itamaraty se limitava à promoção comercial "strictu sensu", apoiando a solução de problemas enfrentados por exportadores, viagens de empresários, missões, feiras etc.
Nas duas últimas décadas, no entanto, a presença física das empresas brasileiras se intensificou, com a abertura de plantas industriais e estruturas de armazenagem e distribuição de produtos no exterior. Cresceram também os investimentos internacionais das empresas brasileiras do setor de serviços – bancos, tecnologia de informação, construtoras e outros.
Cerca de 50 multinacionais brasileiras atuam hoje no exterior, a maioria oriunda de setores em que o Brasil acumulou notórias vantagens competitivas, globais ou ao menos regionais. Contudo, o movimento ainda é incipiente e tímido, seja pelo reduzido número de empresas, seja pela pequena presença de produtos diferenciados e marcas globais.
É óbvio que a maior parte do esforço de internacionalização das empresas brasileiras deve vir das próprias empresas. No entanto, o êxito do processo também depende de uma intensa coordenação do setor privado com o governo brasileiro, em particular com o Itamaraty e os ministérios que cuidam das áreas envolvidas.
Todos os grandes governos do mundo defendem o interesse de suas empresas no exterior com a faca nos dentes. As representações diplomáticas brasileiras têm realizado esse trabalho com eficiência e admirável esforço, apesar das dificuldades. Vivendo hoje em Cingapura, sou testemunha da carência de recursos humanos e materiais que esses postos têm na Ásia.
Um bom exemplo é o agronegócio, um dos únicos setores em que o Brasil tem presença global. Os Estados Unidos são o nosso maior concorrente na China. O Departamento de Agricultura (USDA) conta com 5 escritórios no país, 8 adidos agrícolas e 23 técnicos locais de suporte. As entidades que representam os principais produtos exportados pelos Estados Unidos também estão presentes na China, inclusive com programas custeados pelo governo norte-americano. A Nova Zelândia tem cinco adidos, a Austrália e o Canadá, quatro adidos cada um, a Europa tem mais de dez, se considerarmos a comunidade e os países-membros. Enquanto isso, o Brasil tem um adido agrícola no país mais populoso do mundo, nosso maior parceiro comercial.
Achei importante escrever sobre esse tema num momento em que se questiona o papel do governo e da diplomacia no apoio à internacionalização das empresas brasileiras, tema tratado com precisão por Marcos Troyjo em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo no dia 22 de julho último.
Nos países em desenvolvimento, é muito difícil as empresas crescerem sem um trabalho coordenado entre o setor privado e o governo brasileiro. Essa parceria deve ser sólida, transparente e horizontal, sem privilégios a setores ou empresas. As representações brasileiras no exterior têm atuado com competência e poucos recursos. O esforço precisa ser ampliado, e não reduzido.
* Marcos S. Jank é especialista em questões globais do agronegócio.
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sexta-feira, 31 de julho de 2015
Sabedoria milenar do mestre
Richard Jakubaszko
Pergunta:
Mestre, por que antes do sexo, cada um ajuda o outro a ficar
nu e, depois do sexo, cada um se veste sozinho?
Resposta:
Pequeno gafanhoto, na vida ninguém te ajuda depois que você
está fodido!
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quarta-feira, 29 de julho de 2015
CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?
Richard Jakubaszko
Finalmente, saiu hoje de gráfica o livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", depois de 8 anos de estudos, pesquisas e análises, e depois de 4 anos escrevendo, compilando, revisando...
A DBO Editores lançou o livro “CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?”, autoria deste blogueiro, jornalista Richard Jakubaszko, e que tem coautoria de cientistas como o físico e climatologista Luiz Carlos Baldicero Molion, professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas, e de José Carlos Parente de Oliveira, também físico, professor da Universidade Federal do Ceará. Os autores são céticos em relação às propaladas questões do aquecimento global e das mudanças climáticas. No livro, apresentam inúmeras respostas e contestações aos problemas e acusações formuladas pelos ambientalistas, muitas delas criminalizando os produtores rurais. Jakubaszko diz que “o CO2 é o gás da vida, sem ele a agricultura e as florestas não existiriam, e não haveria vida, pois a fotossíntese não seria possível”.
Outros técnicos estão presentes no livro, onde se destacam o geólogo Geraldo Luís Lino, os engenheiros agrônomos Odo Primavesi, Fernando Penteado Cardoso, Evaristo de Miranda, e o agrometeorologista Ângelo Paes de Camargo (in memoriam). Eles demonstram, conforme Jakubaszko, que “o enunciado ambientalista carece de provas científicas e não está comprovado, mas os governos e a sociedade comportam-se de forma emocional nesse tema, e se está construindo uma legislação restritiva que engessará as gerações futuras, tudo isso para cumprir uma agenda política, patrocinada por interesses econômicos, conforme denunciamos no livro”.
“A obra tem leitura acessível e pretende abrir debates sobre o assunto, atualmente inexistente, e que já virou um quase dogma do pensamento único”, enfatiza Molion.
De acordo com Jakubaszko, o livro é "Uma biografia não autorizada do clima, e contesta através dos autores a questão do CO2, das mudanças climáticas, a emissão de metano pelos bovinos, e a utopia de se pretender emissão zero de carbono, apenas para atingir propostas políticas e objetivos econômicos inconfessáveis, mas que são detalhados um a um no livro, ou seja, damos nomes aos bois".
Entre os objetivos da obra, registra Jakubaszko, "está o de abrir um debate público, pois não existe debate, e tampouco nenhuma prova científica do aquecimento, e muito menos de que o CO2 antropogênico seja o responsável por esse pré-apocalipse com que os ambientalistas nos ameaçam".
O livro não está à venda em livrarias, mas apenas em sites especializados e na DBO Editores (com Cristiane: fone 11 3879.7099), ou ainda pelo e-mail co2clima@gmail.com
Ficha técnica:
CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?
ISBN: 978-85-69495-00-0
2015 - 284 p., R$ 40,00 mais despesas postais.
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Finalmente, saiu hoje de gráfica o livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", depois de 8 anos de estudos, pesquisas e análises, e depois de 4 anos escrevendo, compilando, revisando...
A DBO Editores lançou o livro “CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?”, autoria deste blogueiro, jornalista Richard Jakubaszko, e que tem coautoria de cientistas como o físico e climatologista Luiz Carlos Baldicero Molion, professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas, e de José Carlos Parente de Oliveira, também físico, professor da Universidade Federal do Ceará. Os autores são céticos em relação às propaladas questões do aquecimento global e das mudanças climáticas. No livro, apresentam inúmeras respostas e contestações aos problemas e acusações formuladas pelos ambientalistas, muitas delas criminalizando os produtores rurais. Jakubaszko diz que “o CO2 é o gás da vida, sem ele a agricultura e as florestas não existiriam, e não haveria vida, pois a fotossíntese não seria possível”.
Outros técnicos estão presentes no livro, onde se destacam o geólogo Geraldo Luís Lino, os engenheiros agrônomos Odo Primavesi, Fernando Penteado Cardoso, Evaristo de Miranda, e o agrometeorologista Ângelo Paes de Camargo (in memoriam). Eles demonstram, conforme Jakubaszko, que “o enunciado ambientalista carece de provas científicas e não está comprovado, mas os governos e a sociedade comportam-se de forma emocional nesse tema, e se está construindo uma legislação restritiva que engessará as gerações futuras, tudo isso para cumprir uma agenda política, patrocinada por interesses econômicos, conforme denunciamos no livro”.
“A obra tem leitura acessível e pretende abrir debates sobre o assunto, atualmente inexistente, e que já virou um quase dogma do pensamento único”, enfatiza Molion.
De acordo com Jakubaszko, o livro é "Uma biografia não autorizada do clima, e contesta através dos autores a questão do CO2, das mudanças climáticas, a emissão de metano pelos bovinos, e a utopia de se pretender emissão zero de carbono, apenas para atingir propostas políticas e objetivos econômicos inconfessáveis, mas que são detalhados um a um no livro, ou seja, damos nomes aos bois".
Entre os objetivos da obra, registra Jakubaszko, "está o de abrir um debate público, pois não existe debate, e tampouco nenhuma prova científica do aquecimento, e muito menos de que o CO2 antropogênico seja o responsável por esse pré-apocalipse com que os ambientalistas nos ameaçam".
O livro não está à venda em livrarias, mas apenas em sites especializados e na DBO Editores (com Cristiane: fone 11 3879.7099), ou ainda pelo e-mail co2clima@gmail.com
Ficha técnica:
CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?
ISBN: 978-85-69495-00-0
2015 - 284 p., R$ 40,00 mais despesas postais.
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