sábado, 28 de janeiro de 2017

Agora tá provado: Lula é culpado!

Richard Jakubaszko
No vídeo abaixo a comprovação para o mundo e para muitos brasileiros, de que Lula é culpado de muitas coisas.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Os dribles mais desrespeitosos do futebol

Richard Jakubaszko
O vídeo abaixo tem cerca de 1,5 milhão de cliques, e mostra alguns dos mais brilhantes dribles do futebol internacional, alguns de brasileiros, é claro.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Startups podem ser financiadas, basta se ter uma boa ideia

Richard Jakubaszko
Entrevistei para o Portal DBO o administrador de empresas Francisco Jardim, sócio e fundador da SP Ventures, um fundo de investimentos que se especializou em financiar startups com boas ideias e tecnologias inovadoras para o agronegócio.

Vale a pena assistir:

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Trump e o ambientalismo

Richard Jakubaszko 

Tão logo Donald Trump assumiu a presidência dos EUA, em questão de poucos minutos, uma página na internet, dedicada às mudanças climáticas, e que é hospedada no site da Casa Branca, foi retirada do ar. Sintomático...

Ao clicar no www.whitehouse.gov/energy/climate-change  - uma página focada para o tema ambiental e que exibia as políticas de Barack Obama no assunto, o internauta podia ler a seguinte mensagem: “The requested page “/energy/climate-change” could not be found” – ou seja,  "a página requisitada não pode ser encontrada". Hoje, voltei a clicar na página acima, mas abre já com uma sugestão de você se cadastrar, e neca de pitibiriba sobre mudanças climáticas...


Se a atitude de retirar o site do ar envolve promessas (e ameaças) feitas durante campanha eleitoral, os biodesagradáveis americanos e do mundo afora não terão vida fácil daqui pra frente. Foi uma das polêmicas da campanha de Trump, que definiu a questão das mudanças climáticas como "falsa". Eu concordo com ele, mas acho que é a única afinidade que temos.
A conferir... 
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sábado, 21 de janeiro de 2017

Brava gente (Excertos)



Roberto Rodrigues *
Assisti o Brasil sendo construído com duro trabalho incessante. Vi os primeiros gaúchos chegarem a São Gabriel do Oeste em cima de velhos caminhões de mudança deixando para trás tudo o que tinham, inclusive sua história familiar. Abastecia então o carro em postos precários, onde frentistas eram meninos e meninas de olhos azuis, pés descalços e mal vestidos, mas trazendo no rosto a coragem e a determinação de seus pais em plantar o futuro. Eram campos de terra fraca, desprezados pelos tradicionais agricultores do Sudeste. Passo lá agora e vejo centenas de milhares de hectares com a soja bufando, já no "canivete".

Esta gente extraordinária, mulheres e homens que batalham todos os dias, anos a fio, arrostando dificuldades de toda ordem, estão construindo de fato o nosso Brasil.

Esta gente extraordinária, mulheres e homens que batalham todos os dias, anos a fio, arrostando dificuldades de toda ordem, estão construindo de fato o nosso Brasil, ...a todo este imenso sertão brasileiro, não saberá jamais quem faz esse País bombar.

Toda essa brava gente brasileira quer progredir e avançar socialmente, não importando se são pequenos, médios ou grandes. Todos mourejam o dia todo torcendo ora por sol, ora por chuva, e sonham todas as noites com um futuro melhor para seus filhos e netos. E transformam seus sonhos na bela realidade do agronegócio brasileiro pujante e competitivo, sustentável e moderno.

Toda essa gente está preocupada com a brutal crise econômica, social e política em que maus gestores meteram o Brasil. Mas, apesar dessa crise sem precedentes, toda essa gente destemida continuará a plantar, tratar e colher sua soja, seu milho, seu algodão, seu arroz e feijão, seu café, sua cana-de-açúcar, suas frutas e verduras, seu cacau, suas pastagens, sua seringueira, seu tabaco, seu amendoim e seu girassol. Vai transformar grãos em carne de frango, de suínos e em leite e derivados, e pastos em carne bovina. Vai plantar eucaliptos e pinheiros, vai dar mercado para quem produz insumos e serviços, vai fornecer a matéria-prima para a indústria de alimentos e bebidas, de moda, de móveis e de livros. Vai gerar empregos, riqueza e renda. Vai abastecer todos os brasileiros e vai alimentar milhões de estrangeiros. Vai continuar com sua inquebrantável bravura a construir uma grande Nação.

Divulgado em 16.01.2017. O texto foi enviado pelo amigo Fernando Penteado Cardoso, engenheiro agrônomo, turma de 1923 da Esalq.

* o autor é engenheiro agrônomo, ex-ministro da Agricultura.
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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Escolas médicas de má qualidade: estelionato da pior espécie

Antonio Carlos Lopes *A opção por cursar Medicina nasce do desejo genuíno de cuidar das pessoas, bem como de zelar pelo bem-estar do outro; ao menos na maioria dos casos. Porém, esse sonho não raramente vira pesadelo, quando se vence a etapa do vestibular em diversas escolas médicas do Brasil.

Lamentavelmente a má qualidade da formação predomina em nosso País sob as vistas grossas das autoridades responsáveis pelo ensino e a saúde, entre outras. Assim, vemos jovens estudantes com potencial incrível tornarem-se vítimas de um estelionato da pior espécie.

O péssimo nível de docentes, a estrutura inadequada das faculdades, a falta de hospital-escola são flagrantes. Como em medicina praticamente não há reprovação, em curto espaço de tempo colocamos na linha de frente do atendimento milhares de profissionais com formação inadequada e insuficiente.

Há quem diga que as lacunas de conhecimento podem ser corrigidas durante a residência. Falácia. Guardadas as proporções, isso seria como preparar o alicerce depois da casa construída.

Devido à mercantilização da formação e ao descompromisso social de maus empresários do ensino e gestores, o Brasil já é o segundo país do mundo com maior quantidade de cursos de Medicina. Os alunos concluem a graduação despreparados, pois não se leva em conta questões de suma importância para quem lidará com vidas humanas. Alguns possuem até certo nível de escolaridade, mas não a base necessária de educação médica.

Educação médica tem como esteio a ética, a moral, a construção de valores e a cidadania. Investe na construção do conhecimento e no aprendizado à beira do leito. Médico precisa obrigatoriamente ter princípios e gostar de gente. Mas isso não é a regra hoje em dia.

O Exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), já em sua 11ª edição, é uma evidência das distorções que aqui exponho. Em 2016, houve reprovação de 48% dos participantes. Ou seja, quase metade dos recém-formados não conta com a base mínima para passar na prova, que é bem rasa, aliás. Principalmente os que saem das instituições particulares, cujo percentual de inaptos chega a 58%.

Recente levantamento da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas com médicos e acadêmicos da região concluiu que 61% alegam que a faculdade não contribuiu em nada, ou de forma pífia, para atuação frente ao mercado de trabalho, em relação às operadoras de saúde. Além disso, a mesma declaração é utilizada referente à gestão e administração do negócio (57%) e do direito médico (30%). Ou seja, o profissional sai das escolas sem capacidade de lidar com os problemas da sociedade e com a rotina do ambiente de trabalho.

Saúde é coisa séria. Escolas médicas sem estrutura necessária para munir o especialista de conteúdo científico, humano e prático comprometem a segurança da população. Aliás, pensar somente no aspecto monetário desse processo é desconsiderar o fator humano. É, volto a frisar, estelionato.

* o autor é presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Globo festeja presença de meganha-mor do golpe em Davos

Por Miguel do Rosário *

 
Em plena crise econômica, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, meganha-mor do golpe, torra dinheiro do contribuinte brasileiro indo a Davos, um fórum de empresários e governos.

O que ele estava fazendo lá?

Para a Globo, a presença de Janot em Davos mostra “avanço institucional” do Brasil. O chapa-branquismo da Globo já ultrapassou as raias do ridículo. Parodiando um dos slogans que Carmem Lúcia, presidente do STF, criou de graça para a Globo: primeiro o cinismo venceu a esperança, depois o escárnio superou o cinismo, e agora o patético triunfou sobre o escárnio.

A Globo, como sempre, está na contramão da história.

Não há nada mais patético, mais antidemocrático, mais emblemático da decadência e caos institucional que vive o Brasil, do que termos o procurador-geral representando o país num fórum econômico internacional, e ainda mais um procurador que esteve à frente de um golpe de Estado, e de uma operação que, literalmente, liquidou a economia nacional.

A presença de Janot em Davos é um acinte. Ele sequer vai para lá como representante do Brasil e sim como capitão-do-mato do Departamento de Justiça dos EUA, visto que a Lava Jato agora se gaba de ser uma operação de cooperação internacional, embora sem explicar como uma operação internacional tenha como meta aniquilar única e exclusivamente empresas brasileiras.

Ontem, o blog Divergentes lembrou que a Lava Jato repassou um monte de informações sensíveis de empresas estratégicas do Brasil para o Departamento de Justiça dos EUA, sem receber nada em troca.

A gente fica imaginando se os EUA seriam tão generosos com o Brasil, se repassariam informações sensíveis de suas empresas estratégicas para a nossa Procuradoria-Geral da República.

Não. Não fariam. O governo americano trabalha para suas empresas. Espiona outros países e outras empresas em favor delas. O Pentágono destrói países inteiros, matando milhões de pessoas, para que as empreiteiras americanas ganhem contratos bilionários de reconstrução.

É interessante notar ainda que, nos EUA e no resto do mundo, os governos eleitos exercem um controle absoluto sobre qualquer cooperação de nível internacional. Aqui, não. Aqui no Brasil, a cooperação internacional fica a cargo de meganhas birutas, marajás da burocracia, deslumbrados com a Globo e com as passagens e hotéis de graça que recebem para viajar o mundo, a serviço da destruição de empresas brasileiras.

Ao mesmo tempo, o fato do presidente Michel Temer não ter ido, e o procurador-geral da república sim, desvela muito sobre a conjuntura nacional e sobre quem exerce o poder, de fato, no país. Não é o presidente, que nem eleito é: é a burocracia jurídica, da qual Janot é um dos principais representantes.

Depois do golpe, o Brasil é governado por uma espécie de junta burocrática jurídico-policial. O presidente Temer é apenas um idiota servil, um morto-vivo mantido no cargo sob vigilância estrita (o processo de cassação do TSE + delações da Lava Jato servem para isso) da meganhagem da burocracia e da mídia.

A gente entendeu errado a presença de Gilmar Mendes no avião presidencial que levou Michel Temer a Portugal, para o enterro do Mario Soares.

Quem pegou carona ali foi Michel Temer, não Gilmar, porque o poder está nas mãos das castas jurídicas, não do governo. O absurdo não era a presença de Gilmar no avião, e sim a de Michel Temer! Tanto que agora, em Davos, as coisas se ajeitaram. Temer ficou em casa, Janot foi passear.

O suspense com a “mega delação” de Marcelo Odebrecht serve para isso, para lembrar ao governo quem manda, visto que Marcelo falará exatamente o que a burocracia jurídica quiser que ele fale, porque, em caso contrário, é prisão perpétua.

Não contente em expor sua ridícula presença em Davos, Janot ainda tem o desplante de dar entrevistas. Segundo o Globo, ele teria dito que a “Lava Jato é pró-mercado”.

Pausa para engasgar, rir, chorar e depois ficar pensativo.

Que mercado? O brasileiro é que não é, visto a devastação econômica que a operação provocou no país.

Então, de repente tudo fica tão claro que cega a vista.

Claro, é o mercado internacional. Os ativos brasileiros estão sendo todos vendidos na bacia das almas do mercado internacional, por um governo ilegítimo, a preços vis, sob o olhar cúmplice, complacente, feliz, da burocracia jurídica.

É muito interessante essa transformação da Lava Jato numa espécie de “ser político”. A Lava Jato agora tem ideias políticas próprias: é pró-mercado, por exemplo.

Ontem ficamos sabendo que até mesmo a rede de comunicação do espaço aéreo brasileiro será privatizada. Se houver um problema no espaço aéreo brasileiro, o procedimento não será mais contatar a Aeronáutica e sim ligar o SAC da empresa que houver vencido a… (tosses) licitação.

A Lava Jato é pró-mercado…

Essa frase de Janot tem reverberações quase poéticas.

No sentido dantesco de poesia, claro.


* Extraído do blog O Cafezinho: http://www.ocafezinho.com/2017/01/19/globo-festeja-presenca-de-meganha-mor-do-golpe-em-davos/ 
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Ameaça aos fumantes

Richard Jakubaszko
As ameaças são contínuas e permanentes aos fumantes, cada vez mais excluídos. A decoração em salas de fumantes é sugestiva... Foto enviada pelo leitor do blog Gerson Machado, mineiro que a gente nunca sabe onde ele anda, pois ele pode estar nas Minas Gerais, ou Londres, ou...




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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Testes confirmam que máquina de fusão nuclear alemã funciona

Por Ana Carolina Leonardi

Ao contrário das usinas nucleares tradicionais, o equipamento promete gerar energia por bilhões de anos usando o mesmo mecanismo do Sol

Energia nuclear pode dar arrepios quando pensamos em Chernobyl e Fukushima. Mas existe uma forma de gerar energia limpa, sem radiação e quase ilimitada. Duvida? É só olhar o céu do meio dia. O Sol produz quantidades imensas de energia por meio da fusão nuclear – um processo muito diferente da fissão nuclear, usados nas usinas. Agora, um reator na Alemanha promete imitar as reações solares – e os primeiros testes têm apresentado resultados promissores.
O Wendelstein 7-X é um grande donut de 16 metros de extensão, um reator de fusão chamado de “stellerator”, porque tenta imitar as condições das estrelas para fundir átomos e produzir energia. Esse tipo de aparelho começou a ser pensado nos anos 1950, mas a versão alemã saiu do papel em 2015.


Os primeiros resultados de seu funcionamento saíram agora e revelam que o equipamento superou um dos maiores desafios da fusão nuclear: manter o plasma sobre controle.
Isso porque, para fundir átomos de gás, é necessário construir um grande forno, um mini-sol. O calor forçaria átomos a se aproximarem – apesar da rejeição que eles apresentam naturalmente, por terem carga elétrica do mesmo sinal. A mistura resultante é o plasma, um estado da matéria nem sólido nem líquido.
O problema é que as condições para produzir esse plasma são tão absurdamente quentes que nenhum “donut metálico” aguenta a pressão sozinho. A solução, pensada décadas atrás, seria manter o gás e, depois, o plasma, contidos por campos magnéticos, a uma distância segura das superfícies metálicas dos stellerators.
O que o W-7X conseguiu comprovar é que seus campos magnéticos de aprisionamento do plasma estão funcionando bem. Os testes, publicados na revista Nature, mostram que a máquina está gerando campos magnéticos muito fortes e seguindo com uma precisão impressionante as expectativas dos engenheiros da parafernália. A taxa de erro, segundo o artigo, é menor que 0,001%.
O W-7X é diferente de outros reatores de fusão já inventados porque gera campo magnético em três dimensões, em vez de duas, como faz o modelo inventado na União Soviética, chamado tokamak. Com os campos em 3D, o W-7X não precisa de corrente elétrica, é mais estável que outros modelos e já provou controlar tanto o plasma de hélio quanto o de hidrogênio.

Os testes foram feitos pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, junto com o Instituto Max Planck de Física do Plasma, na Alemanha. Eles usaram um elétron para percorrer o campo e delinearam seu trajeto com luz fluorescente, mostrando o formato de “jaula” do campo magnético do reator alemão.


É o primeiro passo, mas ainda não chegamos ao ponto de ter o primeiro reator de fusão realmente funcional. Isso só deve começar em 2019, quando o W-7X vai começar a usar deutério, um isótopo do hidrogênio, muito abundante nos oceanos terrestres. No início, porém, só vai gerar energia suficiente para se manter funcionando.
Aumentar a eficiência energética dos reatores é o próximo desafio, assim que eles estiverem fazendo fusão nuclear de forma satisfatória.


Se der certo, podemos ter conseguido a solução energética para a Terra por todo o futuro previsível. Afinal, juntar átomos de hidrogênio é o que o Sol faz há 4 bilhões de anos – e deve continuar fazendo pelos próximos 4 bilhões.
Enviado ao blog por Rafael Regiani

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A venda do patrimônio da Petrobras, a preço de banana.

Mauro Santayana *
O governo Dilma caiu, a economia está cada vez pior, mas a manipulação midiática continua canalha, mendaz, descarada e imparável.

Não bastasse a manipulação de dados e prazos em recentes mensagens publicitárias – sem contestação, principalmente jurídica, da oposição, que prova que, no quesito estratégico, é tão incompetente fora como dentro do poder – a última manobra de alguns jornais e emissoras particularmente hipócritas está voltada para convencer os desinformados que compõem seu público que a recuperação do preço das ações da Petrobras neste ano se deu por causa da mudança de diretoria e da “venda” de 13.6 bilhões de dólares em ativos e não graças à recuperação da cotação do petróleo nos mercados internacionais, além da compra de bilhões de reais em ações quando elas estavam no fundo do poço, por parte de “investidores” estrangeiros, que nunca deram bola para o discurso catastrófico e derrotista dos inimigos da empresa.

Os últimos três “negócios”, feitos na derradeira semana de 2016, foram a transferência de uma usina de biocombustíveis para os franceses e de duas empresas (petroquímica e têxtil) para mexicanos.

Como há que dar uma no cravo e outra na ferradura e água mole em pedra dura tanto bate até que fura, os mesmos meios de comunicação lembram que, apesar da valorização de suas ações em mais de 100% neste ano, a Petrobras deve, ainda, quatro centenas de bilhões de reais.

Ora, independentemente da questão do endividamento da Petrobras, constantemente exagerada para justificar seu desmonte, se uma empresa deve 400 bilhões, 13.6 bilhões de dólares, que não chegam a 10% desse montante pela cotação atual da moeda, arrecadados com a apressada venda de ativos estratégicos, longe de serem decisivos, são praticamente irrisórios em termos contábeis.

Sendo assim, nesse contexto, sua citação triunfal a todo momento só pode ser compreendida como mais um esforço – patético – de enganação da opinião pública, para justificar a entrega, nos próximos meses e anos, de uma fatia ainda maior do patrimônio de nossa maior empresa a concorrentes estrangeiros, sem nenhum critério estratégico e a preço de banana.

O discurso entreguista é tão contraditório, que, por um lado critica-se a “incompetência estatizante” da Petrobras, a mais premiada empresa do mundo no desenvolvimento de tecnologia para a exploração de petróleo em águas profundas, e, por outro, se transfere seus poços e empresas a estatais estrangeiras como a Statoil e para fundos de pensão também estatais como o da província de British Columbia, no Canadá, um dos novos donos dos Gasodutos do Sudeste.

A “imprensa” cita como objetivo, nesse quesito, para 2017, a “negociação”, pela Petrobras, de pouco mais de 23 bilhões de dólares em ativos.

Uma quantia que equivale a cerca de 7% das reservas internacionais brasileiras, que poderiam perfeitamente ser usados pelo governo para capitalizar a empresa sem depená-la, como a uma ave natalina, para servi-la, a preço de restaurante popular, para as multinacionais, como está sendo feito agora.

Não é por outra razão, apesar de o ano de 2016 ter sido o mais fraco das últimas décadas em exploração – a descoberta de novos poços caiu, segundo a Agência Nacional do Petróleo, em mais de 70% no ano passado, para apenas dois, devido, principalmente, à retração de atividades da Petrobras, diuturnamente atacada, vilipendiada e sabotada em várias frentes – que a parcela estrangeira na produção de petróleo no Brasil, devido, entre outras razões, à transferência de campos como Carcará a empresas multinacionais - cresceu em 14% no último ano, para 457.000 barris diários, e deve atingir em 2017, perto de 900.000 barris, ou quase a metade do que a Petrobras produz em território nacional.

Isso ocorrerá não apenas pela continuação da venda – se não houver contestação jurídica – de ativos da Petróleo Brasileiro S.A a estrangeiros, mas também pela queda intencional e programada de investimentos em exploração por parte da empresa, cuja produção crescerá – segundo prevê o “mercado” - em apenas 2% este ano.

Enquanto isso, graças à tentativa suicida – para não dizer imbecil – de repassar, imediatamente, as cotações internacionais para o consumidor brasileiro, o preço dos combustíveis continua subindo nos postos, a quase toda semana, mesmo quando o custo do barril desce no exterior.

1 - Ou alguém já viu – sem tabelamento, eventual promoção, “batismo” ou falsificação – gasolina baixar de preço nas bombas, no Brasil?

* o autor é jornalista

Publicado originalmente no blog do autor: http://www.maurosantayana.com/2017/01/como-anda-entrega-do-petroleo.html

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Capitalismo pelo mundo

Richard Jakubaszko

A noção de capitalismo tem variações interessantes, mundo afora, e transmuta-se de acordo com a cultura e tradição de cada país. Vejamos que, pelas regras clássicas da teoria, você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. O rebanho se multiplica e a economia cresce... Você vende o rebanho e aposenta-se... rico!

CAPITALISMO AMERICANO
Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre.

CAPITALISMO FRANCÊS
Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três.

CAPITALISMO CANADENSE
Você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.


CAPITALISMO JAPONÊS
Você tem duas vacas, né?
Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois, cria desenhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.

CAPITALISMO ITALIANO
Você tem duas vacas. Uma delas é sua mãe, a outra é sua sogra, maledetto!!!

CAPITALISMO BRITÂNICO
Você tem duas vacas.
As duas são loucas.

CAPITALISMO HOLANDÊS
Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.

CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem duas vacas. Elas produzem leite pontual e regularmente, segundo padrões de quantidade, horário estudado, elaborado e previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa.
Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

CAPITALISMO RUSSO
Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas.
Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.

CAPITALISMO SUÍÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua.
Você cobra para guardar a vaca dos outros.

CAPITALISMO ESPANHOL
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem duas vacas... E reclama porque seu rebanho não cresce...

CAPITALISMO CHINÊS
Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas...
Você se gaba muito de ter pleno emprego e uma alta produtividade. E prende o ativista que divulgou os números.


CAPITALISMO HINDU
Você tem duas vacas.
Ai, de quem tocar nelas.

CAPITALISMO ARGENTINO
Você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas a mugirem em inglês...
As vacas morrem. Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano do FMI.

CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem duas vacas. Uma delas é roubada.. O governo cria a CCPV - Contribuição Compulsória pela posse de Vaca...

Um fiscal vem e lhe autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais.

A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas e, para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo... 

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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Wikileaks - Assange herói, o povo contra a nova ordem mundial FED(CIA)

Richard Jakubaszko
Saiu o filme: Wikileaks O quinto poder, filme completo - Assange herói, o povo contra a nova ordem mundial FED(CIA).

A história que abalou o mundo, especialmente os EUA, e que mantém Julian Assange até hoje encurralado numa embaixada (do Equador) em Londres, com pedido de repatriação. Há informações sobre vazamentos do Brasil, e da subserviência de políticos brasileiros aos interesses americanos. O que explica a venda do pré-sal do Brasil aos americanos, aprovado pelo nosso Congresso? Somos o único caso do mundo de país que vende fonte de petróleo já descoberto, a preço de banana...


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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Placas e avisos

Richard Jakubaszko
Sempre informativas, as placas mostram verdades bem-humoradas, em qualquer lugar do mundo:




 
  


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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Agro no carnaval: gera riqueza, alegria e emprego

Dirceu Gassen *

  A agricultura, a riqueza, o carnaval e a alegria. A agricultura brasileira experimentou evolução extraordinária nos últimos 40 anos, com base na tecnologia e na eficiência do agricultor. A produção mundial de alimentos contrariou as teorias de Thomas Malthus, que em 1789, previa o colapso da população humana por falta de alimentos.

A importância da agricultura foi destacada na hierarquia das necessidades do ser humano, por Abraham Maslow, que posicionou a alimentação e o conforto pessoal como a base da pirâmide que sustenta a autorrealização das pessoas.

Em 2017 ouvimos com tristeza, a proposta de uma escola de samba, no carnaval do Rio de Janeiro, anunciando tema relacionado com a “demonização do agricultor” que “explora indígenas” e “usa agrotóxicos”.

Estudiosos da economia demonstram que devemos ter respeito aos elementos capazes de gerar alimentos, emprego e riqueza. A agricultura no Brasil é a principal propulsora da economia, da geração de renda, de empregos e de paz (alimentos).

O carnaval tem origem na alimentação farta, na bebida, na diversão, na alegria e nos prazeres que precedem a fase de jejum. Para os que apreciam a cerveja no carnaval, lembrem que a bebida tem origem na cevada, produzida por um agricultor, que cultivou a semente, manejou a planta, protegeu contra pragas e doenças e garantiu a sanidade e a qualidade do produto final.

Um hectare de cevada, conduzido pelo agricultor, produz três toneladas de grãos. Na indústria, esses grãos produzem 2.100 kg de malte, que geram 18.600 litros de cerveja.

O que equivale a mais de 50 mil latas de 350 ml de cerveja.

O agricultor receberá R$ 1.800,00 pelos grãos de cevada produzidos por hectare. Ele teve desembolso aproximado de 1.500 reais para produzir, sem considerar os riscos de clima, mercado, preços. Gerou R$ 300,00 de lucro.

O consumidor pagará R$ 5,00 por lata de 350 ml de cerveja, o que equivale a R$ 250.000,00, gerado com base em R$ 1.800,00 de grãos de cevada. O agricultor, que produz a cevada, participará com 0,72% do valor dessa cerveja consumida no carnaval com base no preço de R$ 5,00 por lata de 350 ml.

Não há “almoço de graça” e todos os segmentos da economia necessitam gerar renda, ocupação digna de mão de obra e de autoestima. Devemos, no mínimo, exigir respeito de segmentos da sociedade que consomem alimentos todos os dias, que se beneficiam da geração de riqueza impulsionada pelo agricultor.

* o autor é engenheiro agrônomo e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS).

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domingo, 8 de janeiro de 2017

O fim do sonho americano (por Noam Chomsky)

Richard Jakubaszko 
O vídeo abaixo é de uma clareza que beira a genialidade. Não poderia ser diferente, vindo de Noam Chomsky, um dos mais respeitados intelectuais vivos em todo o planeta. Professor do MIT, Chomsky tem emitido opiniões que fazer tremer os poderosos, mas é uma voz que não pode ser calada.


O documentário mostra através de um embasamento lógico de Chomsky, de como se mantém a estrutura de poder e corrupção pelo mundo. Como uma pequena oligarquia mundial, através de seu poderio, consegue sabotar qualquer sonho de democracia e bem-estar.

O filme relaciona OS DEZ PRINCÍPIOS DA CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA E PODER: 1. Reduzir a Democracia 2. Moldar a ideologia 3. Redesenhar a economia 4. Deslocar o fardo de sustentar a sociedade para os pobres e classe média 5. Atacar a solidariedade 6. Controlar os reguladores 7. Controlar as eleições 8. Manter a ralé na linha 9. Fabricar consensos e criar consumidores 10. Marginalizar a população.

Enviado pelo amigo Odo Primavesi.
Vale a pena assistir ao documentário (60 minutos, legendado).

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