terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Imbecilidades ao triplo burro...

Richard Jakubaszko  
Imbecilidades a gente vê, a gente ouve falar, mas quando grava em vídeo vira pegadinha, e quando fotografa vira isso aí, flagrantes indesmentíveis das imbecilidades...










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sábado, 15 de dezembro de 2018

Embatidos e apaniguados

Carlos Eduardo Florence
Era um transversal soberano de arrependimentos, que nem São Pautiválio descarnava nas macegas. Admoestei Sarara, caboclo desprovido de arreceios e sobrossos, que envergava uma catadura des-apaziguada em sustenido, como se fosse frontão de belzebu. Não repinicou nem piou com a cara que ele mesmo possuía para descaber irreverências, antes de desajuntar dos contrafeitos a alma do cadáver. Se amoldou no gemido e se pôs a querer esmiuçar as contrafeitas, mas não deixei prosperar as circunstâncias para não abrir vasa de mau juízo e desfeita. Com estas manhas sanadas amelindrei pelas canhotas com sofregodura e impertinência, pois nem o Trofenço, com aquele pé de andar légua sobre pedra como se estivesse beiçando a sogra, não desmoreceu de empertigar o nariz para os desaforos. Beliscou a ponta da cartucheira, encarnou a destra do indicador na algaravanca do gatilho, mas apreferiu silêncio em vez dos cornos dos perigos. Se ponha se cabia ameaçamento ou desprovérbio entre os que saiam e os que pitavam fumo de rolo repinicado das desforras. Os mais afoitos, nos lampejos, não desvirtuaram, tanto que o sol foi encontrando seu silêncio para desmerecer o dia.

Umas éguas prenhas emparelharam para os lados da lagoa onde o marrequinho se desfez de sabido para amoitar nas taboas. Susteni no provisório, até que a jaratataca desmereceu os rastros que os cachorros alongavam. Surrupiei o destino por uns breves, sem respirar para não dessacramentar os fôlegos com o cheiro catingudo da bicha achando seus destinos e não amortecer ela morta nos dentes da cãozarrada desarrependida de preceitos. E me pus em supetão para um deus-me-livrasse naquela hora dos adjacentes, tanto que a brisa amenizou os trilhados e cachorrada enfeitiçou de seguir os despropósitos da jaratataca só até onde ela sumiu na capoeira fachada. Sina de caçador é esta mesma, não adianta entravar nos prognósticos, pois eles descornam nas desobediências e não estabelecem previsuras.


Ajuntei os restados intermediários para preparar os retornos. A serra era braba, mas o povo de caçador ajagunçado era arrematado de insolente. Desmaldecemos serra abaixo, embicada nos precipitados, contornando a Pedra Grande da Periporá, por onde as aguadas da Cachoeira do Remão do Tucano desalojava tristeza, tanto que o pássaro preto se fazia em cantador. Admoestei o silêncio para o povo ouvir a magnitude. Se puseram de sobreaviso antes da brisa subir mascando os recantos mais remorsados, pois nem assim deu tempestivos de ver a paquinha miúda extravasar na rouquidão do vento querendo enganar a nostalgia. Creia, mas não porfie demasiado, que caçador não conta com o que vê, mas mais desempaca com o que inventa e verba. Apelejei o raciocínio enquanto desmembrava o provérbio, pois a noite prometia.


Foi um Serapião; danou-se o ireré inté. Ninguém entremeou de ir saindo calado enquanto os curiangos não trouxeram a escuridão puxada, enxabida, nos olhos brilhados, como só eles sabem. Me desmoleci de mandar recados e altivezes. Suspendi os provimentos até que a aurora viesse chamar o povaréu, devagarosa e morrinhenta, como tanto, nos igualados, à preguiça gosta de acomodar no cansaço, para eu continuar mentindo e inventando as sanhas de destramar os tempos e as paciências.

* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.

Publicado no https://carloseduardoflorence.blogspot.com.br/
* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.

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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

O papel da mídia na divulgação das Mudanças Climáticas

Richard Jakubaszko  
O biólogo e professor Igor Maquieira fez mais um hangout ao vivo pelo Youtube, desta feita comigo e com o geólogo Geraldo Lino, eis que ambos somos céticos da questão do aquecimento global antropogênico. Neste vídeo Geraldo e eu demonstramos a ação malévola da grande mídia em torno dessa mentira ambientalista, e os argumentos apresentados podem ser vistos no vídeo abaixo:
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Receita Federal determina que Augusto Nardes, do TCU, pague impostos e multa por suspeita de propina

Richard Jakubaszko

A Receita Federal notificou esta semana (10/novembro) o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU). A determinação impõe que ele pague impostos e multa pela suspeita de receber R$ 2,5 milhões, sem recolher tributos. De acordo com a Operação Zelotes, o dinheiro faz parte de um esquema de propina de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O ministro teria recebido o dinheiro para recrutar um grupo de lobistas, que foi responsável por comprar decisões favoráveis ao Grupo RBS, conglomerado de comunicação investigado por sonegação de impostos. As decisões favoráveis fraudadas teriam anulado um débito da empresa de cerca de R$ 1,2 bilhão.

No último dia 30 de novembro, o Ministério Público Federal no Distrito Federal enviou à Justiça mais uma ação penal da Operação Zelotes. Ao todo, 14 pessoas respondem pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. A denúncia envolvia as negociações ilícitas que beneficiaram o grupo RBS, “cancelando” a dívida de mais de meio bilhão de reais, e a atuação irregular de empresas de consultoria, como a SGR e N&P. A nova denúncia, portanto, denuncia o envolvimento do ministro na movimentação do esquema.

* grifos em negrito do blogueiro

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
O Brasil é surreal mesmo, pois um ministro do TCU pode até receber propina, mesmo no exercício de suas insuspeitas funções, desde que pague o Imposto de Renda. Estamos mais perto da imbecilidade burocrática ou dos EUA? Será que é por isso que se fala que "a justiça é cega"?


Enquanto isso, lá em Portugal, os lusitanos fazem a festa, contando piadas de brasileiros...
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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Ministros chegam para completar livro de regras de Paris (e, quem sabe, salvar o IPCC)

Richard Jakubaszko
Mais uma COP, desta feita a de nº 24, em Katowice (Polônia). Abaixo, publico o relatório de um ambientalista brasileiro, presente no evento, e, ao final, faço alguns comentários técnicos sobre as observações do ambientalista.

(Publicado no site Envolverde: http://envolverde.cartacapital.com.br/ministros-chegam-para-completar-livro-de-regras-de-paris-e-quem-sabe-salvar-o-ipcc/

 
Do Observatório do Clima, em Katowice

 
Negociações técnicas na COP24 empacam em temas espinhosos, como a diferenciação entre países ricos e pobres e a menção a 1,5ºC no documento, vetada pelos sauditas; chefes de delegação tentarão acordo nesta semana.


Dante Alighieri não viveu para conhecer a diplomacia moderna, caso contrário teria acrescentado mais uma modalidade de tortura à sua Divina Comédia. Ela consiste no seguinte: diplomatas de 196 nações passam uma semana inteira tentando negociar questões fundamentais para o futuro da humanidade, sabendo que fracassarão ao final do sétimo dia e precisarão chamar ministros de Estado para resolver tudo na semana seguinte. Todas as conferências do clima da ONU repetem o mesmo ritual, e a COP24, em Katowice, na Polônia, não é diferente.


Nesta segunda-feira, ministros de Meio Ambiente do mundo inteiro desembarcam na capital europeia do carvão para tentar finalmente fechar o chamado Programa de Trabalho do Acordo de Paris, ou “PAWP”, na sigla em inglês. Esse documento, por enquanto com cem páginas, contém instruções detalhadas de como botar o acordo do clima para funcionar na prática a partir de 2020.


É o resultado mais importante da COP24, e provavelmente o manual de operações mais importante já publicado na história, porque definirá como o mundo deverá proceder para manter o aquecimento global no limite mais ou menos seguro de 1,5oC neste século. Os ministros têm até sábado para deixá-lo pronto. O problema dantesco que eles terão de enfrentar ao longo desta semana é que a negociação técnica, para variar, empacou em pontos cruciais, que dependerão de negociações políticas e muitas concessões de todas as partes. A começar, por incrível que pareça, da própria menção ao limite de 1,5oC no documento.


No sábado, a Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo, os EUA, a Rússia e o Kuwait vetaram a menção no livro de regras ao relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) que trata do aquecimento global de 1,5oC. O documento havia sido encomendado pela própria Convenção do Clima em 2015, para avaliar se e como seria viável manter o limite de 1,5oC ao aquecimento da Terra. Sua principal mensagem, apresentada à COP24 pelo painel na última terça-feira, é de que o mundo tem apenas 12 anos para reduzir emissões em 45% se quiser ter alguma chance de ficar nesse limite. Como as decisões na ONU se tomam por consenso, basta um país dizer não para alguma coisa não sair.

Reconhecer o relatório do IPCC no PAWP é fundamental, já que é ele quem dá substância ao objetivo do Acordo de Paris de “envidar esforços para limitar o aquecimento global a 1,5oC”. Ele baliza a ambição necessária para o corte de emissões nos próximos anos. Em vez de dizer que a convenção “dá as boas vindas” ao relatório, o rascunho que será enviado aos ministros “toma nota” das conclusões do IPCC – uma expressão mais chocha, que amarra menos os países às conclusões do painel científico.

“É importante que este processo se lembre de que o relatório foi encomendado pela COP e para a COP. A COP precisa reconhecer o que saiu e tem de conseguir iniciar um processo de genuína reflexão global sobre ambição”, disse Elina Bardram, representante da União Europeia.


Os ambientalistas esperam que os ministros em Katowice possam devolver o IPCC ao seu devido lugar no texto final do livro de regras, mas é provável que a linguagem sugerida permaneça. Afinal, este ponto está longe de ser o único item conflituoso deixado para a decisão política.


PERDAS E DANOS

Considere o tema das perdas e danos, por exemplo. Cinco anos atrás, nesta mesma bat-Polônia, a COP19 criou o Mecanismo de Varsóvia de Perdas e Danos, pelo qual países pobres poderiam acessar recursos para se recuperar de eventos climáticos extremos aos quais não é mais possível adaptação, como superfuracões. Os países em desenvolvimento conseguiram inserir um texto sobre perdas e danos no Acordo de Paris, mas os desenvolvidos, como a União Europeia (que se vende como “mocinha” das negociações e sempre pressiona por ambição em corte de emissões), não querem saber de dar destaque para isso no livro de regras – para não terem de assumir a responsabilidade pelo aquecimento atual, que é sobretudo dos ricos. Fizeram menção a perdas e danos apenas como uma parte das regras sobre adaptação e tentam borrar a diferença entre financiamento para perdas e danos do financiamento para adaptação. “Assim como há negacionistas do IPCC, existem os negacionistas do impacto nos países pobres”, disse uma observadora das negociações, numa crítica aos ricos.


Falando em financiamento, o debate sobre quem paga a conta e como também está empacado. Este é sempre o tema mais sensível das negociações. Há amplo acordo sobre o Fundo Verde do Clima, que precisa chegar a US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020, mas não há martelo batido sobre a ampliação das finanças climáticas após 2025. Pior ainda, alguns países agora clamam “status especial” para pular fora de obrigações. A Turquia, membro da OCDE, começou a COP causando para sair do chamado Anexo 1, o grupo dos países industrializados (com obrigação de pagar). O debate está em aberto.

CONTABILIDADE “FLEX”

A diferenciação entre países ricos e pobres também atravancou outro ponto essencial do livro de regras, o chamado mecanismo de transparência. Trata-se da alma do PAWP: as instruções para verificar o cumprimento das metas nacionais e comparar as ações dos países. Isso é necessário porque as metas dos países em Paris, as chamadas NDCs, são todas voluntárias (viu, Bolsonaro?) e cada uma foi construída de um jeito. É preciso unificar a linguagem para saber se o esforço de Paris está dando resultado. O mundo emergente pede “flexibilidade” para escolher metodologias menos estritas de contabilidade de carbono, enquanto os desenvolvidos querem regras iguais para todo mundo. Parece um detalhe, mas, como Dante Alighieri bem sabia, é aí que mora o diabo.

Também ficou pendurado na conta para os ministros pagarem o chamado “stocktake global”, ou GST, o “torniquete” do Acordo de Paris. É o mecanismo de ajuste periódico das NDCs de forma a alinhá-las com a necessidade do clima. O escopo dessas reuniões quinquenais ainda não foi definido.

Para além do livro de regras, um sinal sobre aumento de ambição também é um resultado fundamental que a COP24 precisa entregar. O IPCC diz que o corte de 45% das emissões precisa acontecer até 2030, só que a imensa maioria dos países tem NDCs inadequadas que valem até 2030. Ou seja, a ambição precisará ser ampliada no meio do caminho.

Nesta terça-feira (11) ocorre a fase política do Diálogo Talanoa, o primeiro exercício de terapia de grupo na convenção sobre a inadequação das metas de Paris, que deveria orientar o aumento da ambição das NDCs. Organizações ambientalistas, entre as quais o OC, esperam que Katowice produza um sinal concreto – na forma de texto – de que as metas precisam ser ajustadas antes do prazo. E aí volta-se à pedra de Sísifo, a menção a 1,5oC. “Os negociadores estão se dedicando muito ao livro de regras, mas não é só isso o que precisa sair daqui”, diz Yamide Dagnet, da ONG NDC Partnership.


COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO (cético do aquecimento): 
As metas da COP21 nem foram alcançadas. Os EUA não assinaram o acordo, e até mesmo países como o Brasil, que aderiram de bate-pronto ao Acordo Ambiental, agora ameaçam cair fora, conforme anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. A pressão continua forte, e até mesmo o presidente Macron da França, ameaça o Brasil de não concretizar o acordo Mercado Comum Europeu e Mercosul se o Brasil não aderir ao Acordo Ambiental. Briga de cachorro grande, ameaças de todos os lados, a mídia é engajada, e torce pelo acordo da COP21. 

Afinal, o que está errado nisso tudo? Seria imbecilidade ser contra o meio ambiente. Ocorre que, não confesso pelo colunista acima, que foi documentar a COP24 em Katowice, toda essa história do aquecimento e das mudanças climáticas está baseada em cima de uma hipótese lançada no século XIX, de que o CO2 em excesso na atmosfera causaria o aquecimento. A hipótese foi desacreditada pelos cientistas daquele tempo, mas nos anos 1980 o IPCC, órgão da ONU, resolveu fazer com que essa hipótese ressuscitasse já como teoria incontestável e definitiva. Criou-se no planeta, através da mídia, essa pandemia do pensamento único, conforme descrevo no livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?".

A ciência demonstra que 97% das emissões de CO2 são feitas pela natureza, por vulcões, pelos mares e por matéria orgânica em decomposição. Já as emissões antropogênicas, causada pelas atividades humanas, como uso de automóveis, aviões, navios, fábricas, queimadas e criação de gado, respondem por apenas 3% do total das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Se você deseja continuar sendo enganado, fica quieto, sorria, e aguarde, os caras precisam de US$ 100 bilhões por ano para seguir em frente, depois que o Acordo Ambiental for assinado. Daí, para administrar toda essa grana, vão criar mais uma agência internacional, desta feita a Ambiental, porque alguém terá gerir esse dinheiro todo, não é? Depois, nos mesmos moldes da Agência de Energia Nuclear, em regras que eles vão estabelecer, e que prevêm sanções comerciais, multas, sanções morais e soluções até mesmo militares, vão dominar o planeta, com a autorização expressa de nossos governos e legislativos.

Se você deseja saber porque Donald Trump, até mesmo Jair Bolsonaro, e a maioria dos cientistas do mundo são céticos dessa mentira do aquecimento, que eu denomino como a maior mentira do século XXI, leia o livro acima indicado, as razões estão todas lá. Ou conforme-se, caso não queira saber a verdade, porque você é um omisso.

O livro está com preço promocional de R$ 25,00 já inclusa a taxa postal de entrega a domicílio, escreva para o e-mail  co2clima@gmail.com  ou ligue para 11 3879.7099 - fale com Cristiane - que a gente passa instruções de como fazer o pagamento e você recebe o livro em casa, pronto para rebater todos os argumentos dos biodesagradáveis.
 
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O futuro breve da agricultura brasileira

Richard Jakubaszko   
A perspectiva da agricultura brasileira nos próximos 10 a 20 anos, do ponto de vista de se obter ganhos de produtividade e tornar o agro competitivo e sustentável, é o tema central da entrevista com o engenheiro agrônomo Marcelo Batistela, diretor de Marketing da Basf no Brasil.

A clareza de raciocínio de Marcelo, aliada à facilidade de explicar essas questões de forma sintética, tornam essa entrevista uma das melhores que já realizei, e que foi publicada em outubro último no Portal DBO, mas passou de certa forma desapercebida das lideranças do agro, diante do tsunami que foram as nossas últimas eleições.

Por isso, disponibilizo aqui no blog essa entrevista, pois é uma forma de divulgar aos integrantes do agro quais as tendências e o que pensam as grandes multinacionais do setor, da qual a Basf se destaca por ser a maior indústria química do mundo, mas que anda a investir na biologia, dentro do que se conhece hoje como controle biológico de pragas.

Assistam ao vídeo e conheçam um pouco do que é a agricultura brasileira, da qual devemos ter orgulho:

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sábado, 8 de dezembro de 2018

Documentário sobre a Lava Jato: o que causou desemprego?

Richard Jakubaszko  
A Lava Jato não vai acabar com a corrupção, mas acabou com empresas e empregos no Brasil.
 

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