domingo, 3 de janeiro de 2021

Aquisição de terras por estrangeiros: investimentos e geração de renda

Marcos Jank, André Pessôa e Renato Buranello (*)

O agronegócio brasileiro precisa de capital de longo prazo para crescer, mas o próprio setor o rejeita. Nossos concorrentes vão utilizá-lo e crescer.

Mais uma vez volta à baila a discussão sobre estrangeiros poderem adquirir, ou mesmo simplesmente utilizar (via arrendamento) terras rurais brasileiras. É um tema recorrente, que dá as caras de tempos em tempos, formando uma novela interminável e irracional.

Desta vez o tema ressurge com o PL 2.963/2019, em discussão no Congresso Nacional, que “ameaça” flexibilizar mais uma vez a possibilidade de estrangeiros terem propriedade ou posse das nossas terras.

Essa tem sido uma trajetória de idas e vindas desde o início dos anos 70, inaugurada com a Lei 5.709/71, que impôs restrições aos estrangeiros, depois complementada por outras leis e “reinterpretada” por sucessivos pareceres da Advocacia Geral da União (AGU), ora flexibilizando e ora restringido, sendo que o último deles, de 2010, impôs restrições bastante severas à propriedade e posse de terras por estrangeiros, mesmo quando operando no país mediante empresas nacionais, com CNPJ nacional.

O atual PL em discussão propõe nova flexibilização, basicamente permitindo a propriedade e posse por empresas estrangeiras autorizadas a operar no Brasil ou por empresas nacionais detidas por estrangeiros, mas com as mesmas limitações por município que a lei de 1971 já estipulava (1/4 da área do município, sendo no máximo 10% para pessoas da mesma nacionalidade). Adicionalmente, para certos casos será necessária a aprovação do Conselho de Defesa Nacional (CDN), em especial para a aquisição por certos tipos de ONG, Fundações externas, fundos soberanos e empresas estatais estrangeiras. Há, ainda, restrições quando se tratar de Bioma Amazônico e faixas de fronteira. Em outros casos também se prevê a necessidade de aprovação pelo Congresso Nacional, o que, além de extremamente moroso e complicado, eleva o receio do surgimento de burocracias intermináveis e cartórios.

De toda forma, trata-se de flexibilização não tão radical e, como se vê, cercada de cuidados para com os temas mais sensíveis. Mesmo assim, nota-se, como também já ocorreu no passado, surgir a gritaria dos inconformados com esse projeto fundamentado nos princípios constitucionais da atividade econômica: propriedade privada, livre concorrência, liberdade de mercado e livre iniciativa. As críticas, mais uma vez, vêm sobretudo dos setores à esquerda e – por incrível que pareça – de parte de importantes lideranças ruralistas, que hoje se alinham contra o livre mercado, outrora arduamente defendido pelo setor.

No caso dos setores à esquerda, provavelmente as críticas decorrem do simples fato de que o projeto se fundamenta na liberdade de mercado e iniciativa. Adiciona-se a isso a falsa ideia de que a maior procura por terra (agora por estrangeiros) pode provocar a “expulsão” de inúmeros pequenos produtores, muitos dos quais já vivem em condições precárias e de subsistência. Parece incrível que um processo de entrada de capital no setor para aquisição de terras que jamais sairão de onde estão, e que irão provavelmente valer mais, possa prejudicar o pequeno produtor, que, aliás, tem o livre arbítrio de fazer o que quiser com suas terras.

Também são comuns, nos grupos de esquerda, críticas associadas ao risco de perda de soberania e ao possível desrespeito a exigências ambientais e trabalhistas. Entretanto, essas importantes questões não são determinadas por quem controla o ativo terra, mas sim pela capacidade de impor a quem o detém o ordenamento nacional, amplamente protetivo dos recursos naturais e dos direitos sociais, sem qualquer distinção entre brasileiros e estrangeiros ou benesse a estes.

Já no caso de alguns dos ruralistas, há os que veem a aquisição de terras por estrangeiros como uma ação antipatriótica que afronta a soberania nacional, apesar dos vários mecanismos de controle do projeto. Sobre esse ponto, aliás, vale lembrar a ironia de negar a própria origem do sucesso do agro nacional. Nossos produtores são quase todos filhos, netos e bisnetos de estrangeiros que aqui encontraram terras para trabalhar e ajudaram assim a construir uma história de enorme sucesso. Desde o século XIX, o principal capital estrangeiro do agronegócio brasileiro foram os agricultores “gringos”’ acolhidos no país, que puderam realizar seus sonhos ajudando a transformar o Brasil num celeiro do mundo. Por exemplo, a possibilidade de vender terras no Sul e comprar lotes maiores no Centro-Oeste foi um fator absolutamente determinante para a incrível transformação tecnológica e social da agricultura brasileira, por meio da qual migrantes que chegaram pobres da Europa e da Ásia, para trabalhar como colonos no Sul e Sudeste do País, se transformaram nos grandes produtores que fizeram a revolução tropical agrícola brasileira.

Há, ainda, produtores mais capitalizados que buscam expansão “barata”, para a qual é conveniente que haja pouca concorrência na aquisição e arrendamento de terras, mantendo preços mais baixos do que seriam num cenário de demanda (por terras) fortalecida pela competição de capitais estrangeiros.

Enfim, como esses grupos são todos bastantes vocais e organizados, possivelmente a tendência será, mais uma vez, o projeto de flexibilização naufragar. Contudo, vale a pena refletir sobre quem serão os “perdedores” caso este naufrágio venha a ocorrer: é principalmente o próprio país, que abrirá mão de um capital saudável, pois de longo prazo e voltado à produção, gerando empregos, renda e impostos. Isso sem contar a evidente contribuição do capital estrangeiro para a melhoria dos padrões de ESG no agronegócio brasileiro, pois a maioria destes investidores está sujeita, na sua origem, a critérios próprios rígidos de investimento nas áreas ambiental, social e de governança corporativa.

Na impossibilidade de ser investido no Brasil, país onde provavelmente faz mais sentido a alocação, esse capital poderá se direcionar a países que serão futuros concorrentes do Brasil, minando vantagens comparativas que hoje possuímos. Um capital que, na forma de financiamentos - que requerem a possibilidade de constituição de garantias imobiliárias com segurança jurídica -, pode ajudar muitos dos pequenos e médios produtores a expandir e intensificar suas operações. E, ainda, um capital que, ao permitir a operação de seus players nacionais, pode contribuir para a redução do protecionismo viesado imposto por países do primeiro mundo, preocupados com a ameaça que significa nossa produtiva e pujante agropecuária tropical.

Contudo, como de costume, a maioria de agentes econômicos dispersos e desorganizados não têm voz nem capacidade de fazer frente aos interesses de grupos organizados. E assim, mais uma vez, uma boa ideia que ajudaria o setor a crescer e se capitalizar poderá ser descartada.

os autores são:

- Marcos Jank, professor de agronegócio global do Insper.
- André Pessôa, sócio fundador da Agroconsult.
- Renato Buranello, sócio do escritório VBSO Advogados e fundador do Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA).

 

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

A esperança de renascer

Richard Jakubaszko 

Nós, homo sapiens, reconhecemos que somos imprecisos, ignorantes e egoístas, mas sabemos que há em nossa alma a esperança de renascer. Sim, apesar das pandemias, das guerras, mesmo considerando os anticristos presentes entre nós, hoje e no passado distante, a esperança nunca morre. Guardamos entre nós a capacidade e a certeza de que nos renovaremos, recarregaremos as baterias, pois sabemos em nosso  íntimo mais profundo que o tempo resolverá tudo.  

O tempo não é um instrumento ao qual temos controle. É um artifício do Criador para corrigir nossas imperfeições na labuta artesanal de construir a vida. O livre arbítrio continua sendo uma premissa de nossa existência, apenas nos restamos incrédulos de imaginar até quando o Criador nos dará este dom e privilégio.

Sonhemos, pois...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Meus desideratos para 2021

Richard Jakubaszko   

Como faço de forma quase tradicional desde o início da existência deste blog, há 13 anos, aqui estão alguns de meus desideratos para 2021. Pelo menos uns 5 deles são antigos. Se mais da metade desses desejos se realizar estarei muito feliz e satisfeito:

1 - que a vacina chegue rápida para os brasileiros, mesmo que alguns de nós nos tornemos jacarés... Já comprei minhas seringas, pra garantir a vacinação.

2 - que Jair Bolsonaro renuncie, ou seja afastado da presidência por impeachment

3 - que a final da Copa Libertadores 2020 seja entre dois times brasileiros.

4 - que o meu Internacional seja campeão de alguma coisa em 2021. O time "campeão de tudo" está devendo muitas alegrias para sua imensa torcida.

5 - que o STF julgue rápido, e com justiça, o pedido de suspeição do ex-ministro Sérgio Moro.

6 - que a taxa de desemprego no Brasil caia para menos de 4,0%.

7 - que chova no sistema Cantareira (abastecimento de água para a região central de São Paulo, capital), 30 dias sem parar...

8 -  que o Carnaval de 2021 seja cancelado, mas o feriadão seja mantido.

9 – que as águas do rio São Francisco verdejem o Nordeste.

10 - que haja uma reforma política pra valer no Brasil, com redução dos partidos políticos, extinção do Senado, e deputados com representatividade proporcional.

11 – que se descubra a cura dos cânceres, Alzheimer e Parkinson.

12 - que o Tribunal Penal Internacional, a Corte de Haia, avalie com justiça as denúncias contra Bolsonaro, sobre se o presidente deve responder a processo por incitação ao genocídio e sistemáticos ataques aos povos indígenas.

13 - que o imposto sobre grandes fortunas e sobre grandes heranças seja implantado no Brasil.

14 - que a farsa das mudanças climáticas e do falso aquecimento planetário seja finalmente desmontada.

15 - que a fome dos desamparados seja reduzida a zero.

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Este blogueiro deseja a todos os amigos do blog um ano de muita paz, saúde e produtividade.

E quem desejar pode me enviar seus desideratos, na caixa de comentários aí embaixo. Fui, para 2021...

E mais:

"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.

Dificuldades para fazê-la forte.

Tristeza para fazê-la humana.

E esperança suficiente para fazê-la feliz."

Clarice Lispector

 

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Vacina até pode ter, mas vai faltar seringa...

Richard Jakubaszko   

As incompetências do governo Bolsonaro explodem todo dia nas manchetes dos jornais e das TVs.

O mundo inteiro começou a vacinar, mas aqui no Brasil neca de pitibiriba; talvez em fevereiro comecem as vacinações, promete o grupo do Ministério da Doença, êpa, digo, da Saúde. 

Hoje descubro, estupefato, e também horrorizado, mais uma do governo Bolsonaro. Vai faltar seringa...

Das 331 milhões de seringas que o Ministério da Saúde tem a necessidade de adquirir, para cumprir o plano de vacinação contra a covid-19, só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões de unidades no pregão eletrônico realizado na terça-feira, 29.

Esse número corresponde a 2,5% do total de seringas que a pasta pretendia adquirir. Ou seja, poderemos ter vacinas, mas vai faltar seringa, ora vejam só...

O ministro Pazuello dá uma demonstração inequívoca de expertise em logística, razão principal pela qual o militar foi designado para o ministério. Mas já corre a fofoca de que tão logo se comece a vacinação o general Pazuello será demitido...

É isso. Votou no Bolsonaro? Pois você tem o resto da sua vida para se arrepender.

Fora, Bolsonaro! Faz alguma coisa de útil na vida: renuncia!


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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O Brasil está com vergonha, finalmente.

Richard Jakubaszko   

Parece que, em tempo, Bolsonaro vomitou a grande besteira de seu inesgotável repertório, ao pedir o raio x da mandíbula de Dilma Rousseff. O Brasil ficou com vergonha de ter esse tosco elemento como presidente. Estarrecido, o país não entende como as Forças Armadas ainda apoiam esse desumano que se acha um humorista muito engraçado, inteligente e perspicaz ao ironizar ideologias. Ao fazer sarcasmo sobre a dor alheia provocada pelas torturas, mais uma vez o Jair excedeu-se.

Fiquei, mais uma vez, com vergonha de saber que em minha terra natal há um mandatário eleito, e que ainda conta com apoio e aprovação de 37% dos brasileiros. 

Espero que o coisa ruim esfregue eternamente a radiografia na cara deste inominável desumano quando ele for para o inferno.

Enquanto o inferno não chega para ele, pergunto: quem vai fazer alguma coisa contra esse valentão miliciano? Ou Jair tem razão, e os brasileiros são todos uns maricas?

 

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

A fraude do efeito-estufa

Richard Jakubaszko

Terminei de ler o livro "A fraude do efeito estufa", do jornalista alemão Kurt G. Blüchel, edição brasileira de 2008 das editoras Landscape / PHL, 316 p. 

A edição alemã é de 2007, publicada poucos meses depois do Relatório IV do IPCC, este divulgado em fevereiro de 2007, que anunciou o "início do fim do mundo" com a hipótese do propalado aquecimento climático, por causa das supostas emissões de CO2 pelo homo sapiens.

Não há muitas novidades ao longo do livro em relação a outros livros que li, de autoria de céticos climáticos, até porque foi uma obra base entre os pioneiros que se manifestaram contra as "mudanças climáticas", antes chamadas de "aquecimento". Destaca-se no livro uma análise diversificada e em profundidade sobre a importância do CO2 em nossa atmosfera, e demonstrando a utopia de sua redução, que já é ínfima, ou seja, o CO2 é 0,034% do ar que respiramos.

Há ainda no livro, uma curiosa relação de todos os eventos climáticos ocorridos de 1900 até 1999 e que foram noticiados pela imprensa. São cerca de 700 episódios de ocorrências extremas, como enchentes, secas, ondas de calor e de frio, vendavais, furacões, terremotos etc., que aconteceram ao redor do mundo e que foram listados nas pgs. 220 até a 300 deste livro. Um trabalho de fôlego, que o interessado poderá (apenas no idioma alemão) encontrar em https://www.klimafakten.de/tags/wetter

Qualquer um dos eventos mencionados seria, hoje em dia, demonstrado e qualificado pelos ambientalistas como exemplo típico de "mudanças climáticas", seja excesso de frio ou de calor, enchentes, terremotos ou secas. Ou seja, eventos climáticos extremos sempre existiram na história do planeta. Eu, por exemplo, só vou acreditar que as mudanças climáticas estão "anormais" quando ocorrer o Dilúvio II.

 

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sábado, 26 de dezembro de 2020

Se tomar vacina vira jacaré maricas

Richard Jakubaszko   

A web não perdoa Bolsonaro com essas histórias mal resolvidas e sem nenhum planejamento sobre a campanha de vacinação. O povo é quem se ferra, como sempre.




 

 

 

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Feliz Natal II

Richard Jakubaszko  

Em tempos de pandemia, incertezas e indefinições, nada melhor do que um texto primoroso de Galeano, que nos alivia o peso, é como um Feliz Natal:



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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Feliz Natal

Richard Jakubaszko    

Feliz Natal a todos, que ninguém é de ferro, a gente merece, né não?. Este Natal que vamos todos passar juntos com poucos familiares e quase nenhum amigo, será inesquecível. Mesmo assim, não se esqueça do aniversariante.


 

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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Papagaios cantam música gospel

Richard Jakubaszko  

Quem não gosta de papagaios falantes, ou cantadores? Lá em casa, minha mulher e eu adoramos essas comunicativas e adoráveis aves. Ainda não tivemos coragem de levar um para casa, quem sabe um dia.

Descobri na internet uns papagaios cantadores de música gospel, vale a pena assistir, são campeões em ritmo e afinação.



 

 

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Molion: história do clima mostra a farsa do aquecimento global antropogênico

Luis Dufaur *

Não precisamos apresentar o Prof. Luiz Carlos Baldicero Molion, tamanha é sua autoridade em matéria de clima no Brasil e no Exterior.

Para aqueles que desejam aprofundar mais em suas avalizadas posições sobre o clima, aquecimento global, meteorologia, ecologia, ambientalismo e temas conexos, oferecemos as publicadas em nosso modesto blog, no link: Molion.

Também oferecemos a página Prof. Luiz Carlos Baldicero Molion, da Universidade Federal de Alagoas, com uma coleção de vídeos que temos podido coletar com brilhantes intervenções do Professor.

Na continuação apresentamos mais uma intervenção do prof. Molion que também se destaca pela sua oportunidade, sapiência e ponderação científica, difundida pela Agência Boa Imprensa – ABIM, em dezembro de 2020.

Com matéria traduzida de Riscaldamento Globale Antropico: Realtà o Truffa em “Ambientalismo e Globalismo”: Nueve Ideologie Politiche, XII Rapporto sulla Dottrina Sociale della Chiesa nel Mondo, Oservatorio Cardinale Van Thuan, p.47-61, Edizioni Cantagalli S.r.l., Siena, Itália, 2020.

1. Breve história do Clima
O clima da Terra varia naturalmente, devido a mutações em sua órbita em torno do Sol, além de fatores internos e externos, e, no passado, sua temperatura já esteve mais alta que a atual.

Com efeito, neste último milhão de anos o Planeta Terra passou por nove glaciações.
 
Contando que cada glaciação dura cerca de 100 mil anos segundo registros geológicos e é interrompida por períodos quentes denominados interglaciais de 10 mil anos aproximadamente, nove glaciações perfazem um total de 900 mil anos.

Esse total representa, portanto, 90% desse último milhão de anos, quando as temperaturas da Terra foram inferiores às atuais.

Ou seja, o clima da Terra tem sido, em quase sua totalidade, mais frio que o atual!

Em 2009, os paleoclimatologistas Louise C. Sime e colegas conseguiram, por meio dos testemunhos de gelo [ice cores] da Estação de Vostok, Antártica, reconstruir qualitativamente o clima nos últimos 420 mil anos, tendo concluído que as temperaturas dos três últimos interglaciais, os de 130 mil, 240 mil e 320 mil anos atrás, foram entre 6°C e 10°C superiores às de hoje.

Isto é, o clima da Terra já esteve bem mais quente que o atual, e o homo sapiens, cuja existência é estimada em 150 mil anos, já sobreviveu ao pico de duas eras glaciais e a um interglacial, sem dispor das tecnologias que possuímos hoje.

Neste interglacial [Holoceno] no qual estamos vivendo, as temperaturas já estiveram cerca de 4°C mais altas que às atuais há sete/oito mil anos, de acordo com o artigo de Shaun Marcott e colegas em 2013, período conhecido como o Ótimo do Holoceno.

Posteriormente, ocorreram períodos quentes como Minoano [1.500 aC], Romano [400 aC – 300 dC] e o Medieval [900 dC – 1300 dC].

Nesse último, de muita riqueza e abundância de recursos e alimentos, floresceram as artes [Romanesco, Gótico e Árabe] e se iniciaram a construção das grandes catedrais europeias.  
De cerca de 1300 dC até o início do século XX [ca. 1915], o clima esfriou, período conhecido com Pequena Idade do Gelo [PIG], que foi desastroso para a Humanidade.

Doenças e pestes – como a Peste Negra [Yersinia pestis] que, estima-se, tenha matado mais de 70 milhões de pessoas somente na Europa — grassaram pelos continentes, além de constantes frustrações de safras agrícolas, devido aos invernos mais longos, fizeram com que a população ficasse faminta.

Tal situação gerou grandes distúrbios sociais, dos quais um excelente exemplo é a Revolução Francesa de 1789 que, na sua esteira, desencadeou uma série de revoluções, como as independências dos países latino-americanos no início do século XIX.

Depois de 1915, as temperaturas começaram a aumentar novamente.

O aquecimento global entre 1916-1945, em que a concentração e as emissões de dióxido de carbono [CO2] eram baixas, foi natural e causado pela maior atividade solar já registrada nos últimos 400 anos, além de uma possível redução da cobertura de nuvens.

No Hemisfério Norte, as observações indicam que as temperaturas da década dos anos 1930 continuam sendo os maiores valores registrados nos últimos 130 anos.

No entanto, entre 1946-1975 ocorreu um ligeiro resfriamento global, caracterizado por invernos mais rigorosos que os atuais.

Naquela oportunidade, alguns climatologistas e a mídia propalavam que “uma nova era glacial era iminente”.

A partir de 1976, os oceanos, particularmente o Pacífico, começaram a se aquecer novamente, possivelmente devido à redução de 5% na cobertura de nuvens, demonstrada pelo Projeto Internacional de Climatologia de Nuvens por Satélite [ISCCP, sigla em Inglês], que permitiu a entrada de maior fluxo de radiação solar no Planeta.  
Simultaneamente, eventos El Niño fortes — que sabidamente liberam muito calor para a atmosfera — foram mais frequentes.

Oceanos aquecidos aqueceram a atmosfera, tornando o clima global mais quente que o dos 30 anos anteriores.

Porém, em 1988, James E. Hansen, ex-diretor do Goddard Institute for Space Science [GISS/NASA/USA], testemunhou perante o Congresso Americano afirmando que o aquecimento global observado nos últimos anos havia sido provocado pelas emissões de CO2 devido à queima de combustíveis fósseis [carvão mineral, petróleo e gás natural] em decorrência das atividades humanas.

Nesse mesmo ano, foi criado o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas [sigla em Inglês, IPCC] e a histeria do aquecimento global antropogênico [AGA] se alastrou globalmente.

Na realidade, esse movimento teve sua origem em 1972 com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, conhecida como Conferência de Estocolmo [Suécia], que não teve muita relevância na mídia por conta do período frio que persistia desde 1946.

Portanto, dessa breve história, é possível concluir que o clima varia por causas naturais e que períodos quentes são benéficos, enquanto períodos frios são ruins para a Humanidade.

2. O Efeito Estufa
O IPCC foi criado com o fim específico de demonstrar que as atividades humanas exercem influência significativa no clima global e não para determinar, com transparência, as causas físicas naturais do aquecimento entre 1976-2005.

Ou seja, o órgão já nasceu com um viés severo.
 
A irracionalidade do aquecimento global induzido pelo homem leva a absurdos

O pilar principal da teoria do AGA é o efeito-estufa.

Pela definição utilizada pelo IPCC, o efeito-estufa se assemelha ao processo que acontece numa estufa de plantas [casa de vegetação].

Os painéis de vidro da estufa permitem a passagem da radiação solar, que é composta de radiação ultravioleta [UV], radiação visível aos nossos olhos [VIS] e da radiação infravermelha [IV], de pequeno comprimento de onda [até 4 micrômetros].

A radiação solar aquece as superfícies internas da estufa e estas aquecem o ar e emitem IV térmica.

O vidro é opaco à IV térmica e aprisiona comprimentos de onda superiores a 3 micrômetros dentro da estufa.

Muitos acreditavam que esse processo era responsável pela temperatura do ar dentro da estufa ser mais elevada que a temperatura do ar fora da estufa.

Como já se sabia que as temperaturas do ar próximas à superfície terrestre são mais elevadas que as que encontram em níveis mais altos da atmosfera, passaram a fazer analogia com o que ocorria na estufa, após o pesquisador britânico John Tyndall, em 1859, ter descoberto que gases como vapor d’água [H2O], dióxido de carbono [CO2] e metano [CH4] absorvem IV térmica.

Ou seja, a superfície terrestre, aquecida pela radiação solar, emite IV térmica que é absorvida pelos constituintes minoritários da atmosfera, como CO2 e CH4, os chamados gases de efeito-estufa [GEE].

Estes reemitiriam IV térmica em todas as direções, inclusive de volta para a superfície e reduziriam a perda de IV térmica para o espaço exterior.

Os GEE, principalmente o CO2, atuariam como os painéis de vidro da casa de vegetação, “aprisionando” a IV térmica.

Essa seria a explicação para manter a temperatura do ar próximo à superfície terrestre mais elevada que nas camadas mais altas da atmosfera.

E a conclusão óbvia que vem dessa definição é que, se as concentrações do CO2 — por meio da queima de combustíveis fósseis — e as de metano — por meio do aumento do número de cabeças de gado ruminante [e.g. vaca, ovelha, cabra] — aumentarem, mais IV térmica é absorvida pelos GEE, menos IV escapa para o espaço exterior, e o clima do Planeta se aquece!

Essa definição de efeito-estufa é altamente questionável e isso pode ser demonstrado por, pelo menos, quatro argumentos.

1º) Robert W. Wood, em 1909 [111 anos atrás], provou que a temperatura do ar dentro da casa de vegetação não dependia do aprisionamento da IV térmica emitida por sua superfície e paredes internas.

Construiu dois modelos de estufa, uma com cobertura de vidro e outra com cobertura de sal de rocha [halita = rock salt]. Contrariamente ao vidro, halita é transparente à radiação IV térmica.

Expôs os dois modelos ao Sol, medindo suas temperaturas internas, e concluiu que as temperaturas finais das duas estufas foram praticamente iguais, com uma pequena diferença de cerca de 1°C entre elas.

Sua conclusão foi que a temperatura do ar dentro da estufa era maior que a do ar fora da estufa não por conta do aprisionamento da IV térmica pela cobertura de vidro, mas porque o ar estava confinado dentro da estufa.

Na atmosfera livre, quando o ar é aquecido, ele se torna menos denso, adquire flutuabilidade e sobe [convecção = transporte de calor por transporte de massa], sendo reposto por ar mais frio vindo das redondezas e/ou de camadas atmosféricas superiores.

Portanto, não se pode comparar o efeito da casa de vegetação com o que ocorre na atmosfera terrestre.

2º) Ocorreu um aquecimento global entre 1916 e 1945, observado e bem documentado, e não é possível usar a definição de efeito-estufa do IPCC para explicar esse aquecimento, pois a concentração e as emissões humanas de CO2 eram pequenas naquela época quando comparadas com as atuais.

As temperaturas da década de 1930 ainda são as mais elevadas já registradas nos últimos 130 anos no Hemisfério Norte e na Austrália.

É bem mais provável, como foi dito, que o aquecimento de 1916-1945 tenha sido natural, causado pelo aumento da atividade solar e redução da cobertura de nuvens.

Topos de nuvens refletem radiação solar de volta para o espaço exterior.

Quando a cobertura de nuvens é reduzida globalmente, como ocorreu entre 1976 e 2000 de acordo com os resultados do ISCCP, entra mais radiação solar no sistema climático e o Planeta se aquece.

Torna-se, também, difícil explicar o resfriamento ocorrido entre 1946-1975, pois as emissões de CO2 e sua concentração aumentaram pós-guerra devido à expansão industrial.

3º) A lei de Beer-Bouguer-Lambert afirma que a absorção de radiação por um gás diminui logaritmicamente com aumento de sua concentração.

Esse conhecimento científico é de maneira conveniente ignorado pelos IPCC e apoiadores do AGA.

Com a atual concentração de 400 partes por milhão por volume [ppmv], o CO2 já absorve 87% da IV térmica em sua principal linha espectral ou banda de absorção centrada no comprimento de onda 15 micrômetros.

Ou seja, a contribuição restante na absorção de IV térmica por essa banda seria de, no máximo, 13% mesmo se a concentração de CO2 passar dos 1200 ppmv, o pior dos cenários futuros de concentração de GEE produzidos pelo IPCC, o RCP 8.5 [Representative Concentration Pathway 8.5], que muitos concordam ser impossível de ser atingido com a atual taxa de crescimento de sua concentração.

Em 2013, Murry L. Salby estimou que, aumentando as emissões de CO2, digamos para 1.000 ppmv, i.e. 2,5 vezes a atual, o efeito na temperatura global seria de apenas 0,14°C.

A média do aumento da temperatura estimados por alguns outros pesquisadores, como Richard Lindzen, Ian Plimer, Robert Carter, Timothy Ball e David Archibald, não passa de 0,5°C.

Uma analogia para se entender a redução da absorção da radiação IV térmica com o aumento da concentração de CO2 seria a pintura de uma janela de vidro com sucessivas demãos de tinta branca.

Após a aplicação da primeira demão de tinta, o vidro ainda permite a passagem da luz.

Uma nova demão sobre a primeira reduz ainda mais a passagem da luz e, assim, sucessivamente até que o vidro fique opaco e demãos de tinta adicionais não terão efeito algum, pois o vidro já não permite a passagem da luz.

Finalmente, é a explicação que a Mecânica Quântica apresenta com relação à absorção de IV térmica pelo CO2.

A atmosfera terrestre é composta de Nitrogênio [N2 = 78%], Oxigênio [O2 = 21%] e Argônio [Ar = 0,9%, um gás nobre], esses três gases constituem 99,9% do ar, enquanto o CO2 apenas 0,04%.

Existem, portanto, cerca de 2.500 moléculas desses gases para cada molécula de CO2.

A molécula de CO2 é poliatômica [mais de 2 átomos] e sem polaridade.

Ela absorve radiação IV por meio de sua rotação ou por vibração de seus átomos.

Ao absorver um quantum de radiação IV térmica, a molécula de CO2 passa de seu estado básico para um estado energético mais elevado, vibra/roda e se choca com algumas das 2.500 moléculas a sua volta, transferindo a energia IV absorvida por meio da colisão e retornando ao seu estado básico.

A Mecânica Quântica afirma que colisões inelásticas são 10 mil vezes mais eficientes para trazer a molécula de CO2 de volta a seu estado básico do que sua emissão de IV.

Portanto, se a molécula de CO2 normalmente perde a energia absorvida por meio de colisões, ela não pode emitir radiação IV térmica e aquecer a superfície terrestre como explica a teoria do AGA defendida pelo IPCC.

Não há dúvida de que o CO2 aquece a atmosfera.

Mas, a sua concentração atual é tão minúscula, muito pouca massa, 400 ppmv [= 0,04%], que é impossível medir sua contribuição para o aquecimento do ar.

É o ar [mistura gasosa, principalmente N2 + O2 + Ar] que se aquece como um todo e irradia IV térmica em direção à superfície terrestre.
Como dito acima, se a concentração de CO2 dobrar até o final deste século como apregoa o IPCC [cenário RCP8.5], ainda assim seu efeito será insignificante.

Em outras palavras, na hipótese [ridícula] de se retirar todo CO2 da atmosfera, as temperaturas do ar na superfície terrestre seriam semelhantes às de hoje.

Em adição, CO2 não é um gás tóxico ou venenoso, CO2 é o gás da vida.

Plantas fazem fotossíntese com CO2 e, com concentrações abaixo de 200 ppmv, a maioria das plantas não conseguem fazer a fotossíntese e morrem e, com elas o ser humano e os animais.

Portanto, quanto maior for a concentração de CO2, maior será o benefício para a Terra e seus habitantes.

A frase ouvida com frequência da boca de políticos, burocratas e pretensos ambientalistas “temos de reduzir as emissões de CO2 para evitar que o mundo se aqueça acima de 2°C até o ano 2030”, não faz sentido algum.

O “limite de 2°C” foi inventado por Hans “John” Schellenhuber, diretor do Instituto de Impactos Climáticos [IPK], Potsdam, Alemanha, sem comprovação científica alguma.

Tirou esse valor da “cartola”! Conforme comentado acima, o clima global já esteve mais aquecido que isso no passado e nada de catastrófico aconteceu.

Lamentavelmente, esse mesmo pesquisador foi o assessor do Papa Francisco para assuntos de clima na elaboração da Encíclica Laudato Si, que contém vários parágrafos com afirmações que o homem está aquecendo o mundo com suas emissões de CO2, resultando em aumento do nível dos mares, degelo dos polos, aumento de eventos atmosféricos extremos, todas sem comprovação científica [ver Laudato Si, Cap 1 “Clima como bem comum”, itens 23 a 26].

Afirmações semelhantes também são encontradas no Instrumentum Laboris — publicado outubro de 2019 por ocasião do Sínodo da Amazônia — em particular nos itens 9, 16 e 54.

Esses documentos dão mais munição para alarmistas do clima e para ambientalistas doutrinados.

Em resumo, a concentração de CO2 na atmosfera não controla o clima global.

A atmosfera não “cria” energia para aquecer o planeta, ela apenas retarda a perda de IV térmica, emitida pela superfície, para o espaço exterior.

Reduzir as emissões humanas de CO2 seria inútil, pois não teria algum efeito sobre o clima.

A COVID-19 é um exemplo disso.
Houve uma redução significativa das atividades industriais e nos transportes devido à redução de mobilidade das pessoas durante a pandemia que resultou na redução das emissões e ainda não se vê impacto algum na concentração de CO2.

Concomitantemente, protocolos que visam a redução de emissões humanas de CO2, como o Protocolo de Kyoto [1997] e o Acordo Climático de Paris [2015] não surtirão efeito algum, pois o CO2 não controla o clima global.

Logo após a promulgação do Acordo, Bjorn Lomborg afirmou que se todas contribuições nacionais prometidas forem cumpridas fielmente até 2030, e continuarem a mantê-las por mais 70 anos depois de 2030, a redução total na temperatura global obtida pelo Acordo de Paris será de 0,17°C em 2100.

Por outro lado, os combustíveis fósseis [petróleo, carvão mineral, gás natural] são responsáveis por 85% da geração de energia elétrica mundial.

Reduzir as emissões humanas de CO2 significa gerar menos energia elétrica e obstruir o desenvolvimento de países subdesenvolvidos, aumentado a miséria e a desigualdade social no mundo.

Continua no próximo post: Prof. Molion: “Não podemos comandar a Natureza, apenas obedecê-la”

* o autor é escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs.

Publicado no blog https://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com/2020/12/prof-molion-historia-do-clima-mostra.html



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domingo, 20 de dezembro de 2020

Para que a pressa com a vacina?

Richard Jakubaszko   

Eu respondo pra você, Bolsonaro. A pressa não é só dos brasileiros, é de todos os líderes do mundo. Como você não é líder, não consegue entender isso. Não tem empatia nem com as pessoas e nem com os brasileiros, e lança mais uma suspeita sobre quem está tentando resolver o problema, pois a vacina, no curto prazo, é a única solução para que as pessoas voltem a viver, a respirar um ar mais puro. Somente com a vacina vamos conseguir fazer o Brasil ir em frente, conseguir empregos, ganhar o dim-dim necessário pra comprar carne, leite, feijão com arroz, e reduzir a fome de quase 70 milhões de brasileiros.

Você é vaso ruim, Bolsonaro, vaso ruim não quebra, já teve até o Covid-19, que teve pena de você, e que os médicos mais caros do Brasil te ajudaram a vencer o problema, por isso você não entende a pressa.

Eu também tenho pressa, sim, não apenas da vacina, mas de fazer com que o seu tempo na presidência seja o mais breve possível. Eu tenho pressa, sim, de acabar com esse tempo que atravessamos de ouvir e ler tantas asneiras e imbecilidades que você inventa todos os dias, porque você não tem a mínima sensibilidade para com seres humanos, muito menos com os brasileiros. Seu tempo na presidência indica apenas um trabalho árduo para defender seus filhos de tantas encrencas, tantas rachadinhas, tanto dinheiro achocolatado entrando pelos bolsos bolsonarianos.

O que eu não entendo, Bolsonaro: por que os brasileiros não têm pressa de evacuar você da presidência? A única coisa que você conseguiu fazer em seu governo foi acabar com o direito dos brasileiros de se aposentarem com um mínimo decente para sobreviver na velhice. Acho que você queria aliviar o caixa do INSS, não é? Claro, porque você já tem aposentadoria de R$ 11 mil como capitão aposentado no exército, afora os R$ 28 mil como deputado federal, e agora na expectativa de ter outra aposentadoria como ex-presidente, quem sabe mais uns R$ 35 mil por mês. Tá bom, não é ilegal, mas é imoral, presidente sem pressa de vacina, mas com pressa de matar mais velhinhos para aliviar ainda mais o caixa do INSS, né não?

Vai te embora pro quinto dos infernos, cara, mais vai com pressa, tá bom? A gente não suporta ver mais a tua cara na TV e nos jornais, você parece um jacaré...

 

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Quantas imbecilidades acontecem neste nosso Brasil

Richard Jakubaszko   

Todo dia tem uma imbecilidade nas manchetes dos jornais. Seja do tosco bolso, seja de ministros ou governadores. Parece haver um campeonato para ver quem diz a maior barbaridade, especialmente sobre a pandemia, com variáveis que vão das vacinas ("não vou tomar", "não vamos usar a vacina chinesa"), às proibições de vender bebida alcoólica depois das 20h00 - e se a cerveja chegar na mesa às 19h45, vai poder consumir depois da 20h00?

Troféu kimbecil neles! Cloroquina em todos eles!!! Olha o campeão aí embaixo:



 

 

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