domingo, 19 de fevereiro de 2023

Coisas de bêbados

Richard Jakubaszko     
Situações hilariantes acontecem muitas vezes na vida de quem bebe álcool além da conta. As fotos abaixo mostram isso, e o farplay nem sempre amigável dos amigos bêbados que estão sempre juntos comprovam a vexatória situação. Durante o Carnaval essa história é uma rotina constante. 













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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

O que os poderosos querem que você faça

Richard Jakubaszko   
É assim que funciona, e você nem sabe o porque. Eles mandam e você tem de obedecer, simples assim.



 

 

 

Tradução:
Michael Bloomberg tem 6 aviões, 3 helicópteros, 11 casas e 42 carros.
Ele pensa que você deve usar o transporte público.
Para salvar o meio ambiente...

 

 

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sábado, 4 de fevereiro de 2023

Não era dia da onça beber água

Rinaldo Arruda  
Há muitas histórias sobre onças acontecidas com os que vivem nas matas.

Balduíno contou que, de certa feita, caminhando no mato indo da aldeia da Beira Rio para a Aldeia do Tapema, se deparou com rastro de onça atravessando a trilha. Era rastro fresco e como era próximo da aldeia, resolveu seguir o rastro e ver onde ia a onça e até quem sabe, se fosse em direção às proximidades das aldeias, avisar o pessoal.

Saiu da trilha seguindo os rastros, lentamente sem fazer ruídos, caminhou uns cem metros ... o caminho da onça fazia uma curva como que se estivesse voltando na direção oposta... andou mais um pouco seguindo as patas da onça e, de repente, estalou uma pisada nas folhas secas uns 10 metros atrás dele. Quando se voltou, viu que uma onça preta o seguia enquanto ele seguia os rastros dela. Atirou rápido com sua espingarda, conseguiu ferir fatalmente a onça, escapando de um ataque que ela armava contra ele.


Foi assim. A onça percebeu que era seguida, fez a volta e passou a seguir o perseguidor, por isso a trilha da onça fazia aquela curva estranha como se ela voltasse para a direção de onde vinha vindo.


O Vicente, quando morava na aldeia do Barranco Vermelho, quase foi morto por uma onça pintada. De dia ele havia escavado um poço, já com uns 3 metros de fundura, perto de sua maloca. Trabalhou nisso o dia inteiro, de tardezinha banhou-se no rio Juruena, voltou para casa, jantou, papeou com a mulher e os filhos, foram dormir cedo. De madrugada, ainda escuro, saiu para mijar, se afastou um pouco da casa e foi urinar perto do poço. Do nada saltou uma onça pintada sobre ele. Desviou, mas tomou uma patada que rasgou seu braço, esquerdo. Ela veio de novo e, no encontrão, empurrou/socou a onça que, por muita sorte dele, escorregou na beira e caiu no fundo do poço, sem conseguir sair. Foi só ir até em casa pegar a arma e matar a onça ali dentro mesmo.


E depois da história vem as conversas. Mas, era onça mesmo? Como assim? - perguntava eu.


O corpo era da onça mas podia ser um Rikbaktsa falecido querendo se vingar, enciumado e invejoso dos vivos.


Quando alguém desse povo morre, todos seus parentes vem para o funeral, seja os do lado do seu clã, do mesmo sangue do seu pai, seja do lado do clã oposto, o da mãe, que são os parentes por casamento. Assim que uma pessoa morre, vai um emissário para todas as aldeias e chega cantando na frente das casas, anunciando a morte do parente. Logo todos se arrumam, com as pinturas faciais de cada clã, vestindo seus cocares de funeral, levando suas armas e seguem para a aldeia do falecido.


Na aldeia do falecido, seus parentes mais próximos já juntaram comida da roça, carne de caça ou peixe, fizeram chicha para beber, as mulheres já estão chorando ritualmente, e cada comitiva que chega das outras aldeias já sai das canoas em fila (ou do barco com motor de popa) cantando/gritando/chorando, e dirigem-se para onde o corpo está sendo velado.


É bem impressionante aquela onda de emoção das mulheres chorando, som contínuo e ritmado, os homens brandindo as armas falando/gritando. Tudo é posto para fora, as mágoas deixadas pelo morto, as culpas reais ou presumidas de cada um, tudo de bom e ruim que pensavam do morto e depois de umas horas dessa catarse, tudo pisado e repisado, tudo fica limpo. O morto é enterrado com seus pertences pessoais, seus pertences outros são queimados e por um bom tempo não se pronunciará mais seu nome. Sua casa será desmanchada e a mulher e os filhos rasparão a cabeça e mudarão para outra casa ou outra aldeia.


Quando esse funeral é bem feito, de acordo com a tradição e com sentimentos verdadeiros, o falecido ou falecida encontra o caminho para o paraíso Rikbaktsa e lá reencontra seus ancestrais na aldeia do “céu”, onde há muita fartura, muita mata, água farta e límpida e todos vivem bem.


Mas, quando o falecido era uma pessoa que em vida fez muitos mal feitos e, principalmente, quando a pessoa era sovina, não era solidário, nunca retribuía o que ganhava dos outros seja da roça, caça ou peixes, sem nenhuma generosidade, o funeral nunca era bem sucedido, seja por que as pessoas não conseguiam ter a atitude interna certa, seja por que era tudo feito “mais ou menos”. Sendo assim, o espírito do morto não acha o caminho para o “paraíso” e fica vagando por perto, com raiva e ciúme dos vivos. Nesses casos, o espírito encarna numa onça, ou numa cobra venenosa, em qualquer animal perigoso que ataca os seres humanos. Então, parece onça, mas não é onça...


E aí, em maio de 1988, mais ou menos, eu estava de novo no país dos Rikbaktsa, lá no rio Juruena. Estava hospedado na escola da Aldeia da Primeira Cachoeira mas a festa grande deste ano estava sendo na aldeia Pé de Mutum, uma das primeiras festas grandes na Terra Indígena Japuíra.


Os Rikbaktsa tinha sido transferidos, expulsos, dessa parte de seu território tradicional na época em que morriam das epidemias causadas pelos primeiros contatos com os brancos. Mas, agora, essa terra tinha sido recém reconquistada pelos Rikbaktsa numa luta dura, no terreno e na justiça, sendo reconhecido seu direito à Terra Indígena Japuíra. Pé de Mutum veio a ser a primeira e maior aldeia dessa terra indígena, fundada por Geraldino Matsy, sua parentela e aliados. A festa grande era lá esse ano.


Foi muita gente nessa festa e em outro momento eu conto como ela é. Saímos da aldeia da Primeira Cachoeira numa voadeira bem cheia de gente. Barco para seis pessoas levava onze e mais o rancho e as tranqueiras (rede, armas, roupas etc.) de todos.


Muitas horas de viagem descendo o rio Juruena, passamos pela foz do rio do Sangue e seguimos adiante. Saímos cedo, fomos parando em outras aldeias no caminho para um papo e comer alguma coisa, sempre ofertada em qualquer casa que alguém vá. Já no meio da tarde, ao passar por uma das ilhas do rio, de repente salta para a água uma enorme onça parda. O piloto da voadeira mudou o rumo, indo direto em direção a ela que passou a nadar rapidamente tentando alcançar a margem do rio.


No barco cheio eu estava no proa, bem no bico da voadeira e a única espingarda, uma winchester 22, estava bem ao meu lado. Naquela perseguição bizarra, voadeira chacoalhando nas águas agitadas do rio, caçando a onça que fugia e parecia que ia alcançar a margem, ao ver que a arma estava bem a meu lado, todos passaram a gritar para que eu atirasse, logo!


- Atira Rinaldo! Atira, rápido, ela vai alcançar a margem.

- Atira Rinaldo! Atira! Agora!


Onça linda, majestosa na força de seu nado no grande rio, já há uns 10 metros da margem, rio encachoeirado, barco pulando, onça nadando, encostei a winchester no ombro, mirei e, sem muita esperança, premido pelos gritos, atirei. De imediato, num momento congelado na minha mente, a onça parou de chofre, braços abertos, cabeça mole afundando na água.


Havia acertado na nuca, morte imediata. Nem acreditei. Meio triste por ter acertado bicho tão lindo, e perigoso.


Quando alguém mata um bicho, é o outro que carrega e depois divide com os da aldeia. Então, dei a onça para Salvador, irmão do Geraldino, do clã da Arara Amarela, o mais velho da voadeira.


Sua cabeça foi cortada e depositada no banco da voadeira, ao lado de Salvador, voltada para a frente, de olhos abertos. Companhia surrealista de viagem, aquela face de onça, cabeça grande, como que sentada junto conosco, no resto da viagem. Meio assombroso...


Na chegada causou espanto, e a história foi contada muitas vezes para o pessoal que estava na aldeia.


De noite, lua cheia majestosa pairando sobre o rio e a aldeia, deixando tudo claro, fazia até sombra e a água do rio brilhava. O fogo foi aceso na frente da casa de Geraldino, o fundador da aldeia, panelão de água fervendo onde foi colocada a cabeça da onça, por bastante tempo, até amolecer e permitir a retirada dos dentes caninos, enormes e potentes.


O espírito da onça fica ali, no interior dos dentes caninos, dali ela tira sua força e potência. Os dentes foram furados na sua base pelos companheiros do clã oposto, no caso pelos que eram do clã dos Harobiktsa (arara cabeçuda, um tipo de arara vermelha), num trabalho cercado de cuidados para que os dentes não rachassem deixando o espírito escapar. Enquanto isso, outros também do clã Harobiktsa, teciam com tucum os fios para passar pelos furos e constituir o colar. Salvador usou esse colar até seu falecimento, em 2018.


Mas, de tudo isso, ficou até hoje na minha mente o aviso que Salvador me deu, satisfeito com o colar no pescoço e me agradecendo pelo presente:

- De agora em diante tome cuidado ao andar no mato. Você matou a onça, e agora todas elas sabem disso, podem querer se vingar de você. Fica esperto no mato!


- Ô Salvador, podiam ter avisado antes de eu atirar, né, respondi meio na brincadeira.

Mas, levei a sério o aviso, fico sempre esperto ao andar na mata.


Salvador, 1988 Foto Rinaldo Arruda

 

 

 

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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Notícias ou fake news?

Richard Jakubaszko  
A grande mídia combate e critica as fake news, os jornalões e mesmo as TVs exibem seções no jornalismo onde avaliam e criticam as falsidades que circulam nas redes sociais. Esquecem que eles próprios também publicam notícias, engajadas nos interesses políticos e econômicos dos acionistas e de seus anunciantes.

É uma síndrome de causa e efeito. O jornalismo perdeu credibilidade, a sociedade retrocedeu quase um século, não se acredita em mais nada, e de tudo se duvida sobre as barbaridades publicadas, seja na mídia ou nas redes sociais; porque tudo é deturpado, e coloca-se em julgamento por valores morais contemporâneos, especialmente notícias da área política ou que envolvam "famosos", sejam questões polêmicas de gênero ou de interesse sexual. As pessoas parecem ter perdido a humanidade.

O leitor há de concordar que nem sabe onde está a verdade sobre os Yanomamis, o que se vê é um genocídio contra um povo indefeso, mas foi praticado por não se sabe por quem. Da mesma forma o 8 de janeiro de 2023, capítulo vergonhoso de nossa história, onde todo mundo é inocente...
   



 

 

 

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

A sucuri

Rinaldo Arruda

Rio Juruena. Foto Rinaldo Arruda, 2018
Rio Juruena. Foto Rinaldo Arruda, 2018
Saímos para caçar de manhã cedo, Pudata estava com vontade de comer carne de macaco. Beirando o rio a partir da aldeia da Primeira Cachoeira, lá fomos nós pela trilha, desviando depois para o interior da terra indígena, em direção ao rio do Sangue.

- Mais lá pra frente é que eles andam, diz Pudata, as frutas estão maduras.


Íamos em silêncio caminhando, atentos aos ruídos da mata, evitando pisar em galhos caídos ou folhas secas, sem dar
Pudata na frente levando o arco e flechas, eu atrás com a winchester 22. Rastros de porco do mato...

– Passaram por aqui já faz pouco tempo, diz Pudata. Cuidado...


Seguimos, tudo em silêncio, os animais também são prudentes. Vimos casa de jataí, marcamos o lugar para voltar outra hora, melzinho bom, medicinal.


Quando se sai para caçar, quem não conhece acha que vai dar de cara com algum animal e que será surpreendido. Mas, não é bem assim.


Cada bicho tem seu território, suas trilhas próprias, em geral indo de um ponto de alimento a outro (suas frutas preferidas que amadurecem no seu ritmo e estação do ano; ou os caminhos usuais de outros animais que podem ser suas presas).


Se depender só do olhar é muito raro dar de encontro com algum animal. É preciso saber ouvir, decifrar os sons da mata emitidos por uma miríade de seres diferentes. É um pássaro que canta? É filhote? Macho ou fêmea? É canto de acasalamento? É sinal de perigo? É a onça imitando a fêmea de uma ave para atrair seu macho? É o quatá macho que vigia e guarda o bando avisando de alguma coisa? E pelos sons, o mato vai se povoando, o contexto em que estamos vai se desenhando e vai definindo nosso rumo.


Saímos com intenção de matar quatá ou outro tipo de macaco, e assim Pudata resolveu levar só o arco e flechas. Quando se caça macacos, que andam em bandos e com um vigia enquanto o restante do grupo procura e come frutas pelo caminho, é preciso antes localizar sua rota, pelos barulhos que fazem no seu deslocamento e comunicação. E também, é claro, ter uma noção das fruteiras existentes e das rotas usuais que usam. Encontrado o bando, tem que ficar na espreita, deslocar-se lentamente e sem ruídos, até conseguir se aproximar do bando sem ser percebido.


Se o caçador usa arma de fogo o que acontece? O primeiro macaco ao alcance do tiro será baleado, mas com o barulho da arma todos saem em desabalada carreira pelo dossel das árvores, tornando difícil matar mais de um. A gente tem que sair correndo, varando mato, tentando segui-los até que parem por cansaço e daí conseguir de novo se posicionar próximo de algum deles sem ser percebido. E olha, eles demoram para cansar...


Por outro lado, se a arma é a flecha, silenciosa e mortal, o macaco ferido ou morto dá sinal de sua agonia, mas o bando não sabe o que aconteceu e nem localiza o agressor. Movimenta-se mas não sabe para onde fugir. Possibilita nova aproximação e nova caça.


Bem, mas andamos bastante e nada de localizar algum bando. Voltamos um pouco e resolvemos seguir os rastros dos porcos do mato.


Embora sua caça seja mais perigosa, é mais recompensadora, pela qualidade da carne e por sua maior quantidade. Mas, quando alguma fêmea está com filhotes o bando torna-se muito perigoso. Ao menor sinal atacam rapidamente o caçador que, se não conseguir subir rapidamente em algum tronco ou lugar mais alto, fora de seu alcance, será atacado e morto pelo bando. Mas, quando é bem sucedida, a caçada é recompensadora, é raro não voltar com mais de um porco para a aldeia. O duro é carregar os bichos no caminho de volta. Muitas vezes limpa-se o animal na mata mesmo, tirando seus órgãos internos, corta-se em pedaços menores e improvisa-se um cesto (xiri) com folhas de palmeiras trançadas para carregar para casa.


Pudata ouviu ao longe os sons de um bando de quatás! Fomos seguindo em sua direção e percebendo que eles também se deslocavam lentamente.


- Vamos atalhar por ali, diz Pudata, intencionando dar uma volta e espera-los mais à frente na rota que seguiam e aí surpreende-los já em posição de tiro quando ali chegassem.


Saímos da trilha e fomos varando mato até chegar num brejão, não muito fundo. Água e barro na altura da coxa, seguimos lentamente para não fazer barulho. Um tronco caído. Arlindo levanta a perna direita bem devagar para não chapinhar na água, passa a perna por sobre o tronco e quando a baixa dá um grito de dor e debate-se para livrar a perna. Quando vejo ele está se atracando com a sucuri que mordia sua perna, furando sua cabeça com a ponta das flechas que carregava na mão. Assim que deu retirou a perna e correu para trás, saímos rápido daquele brejo, fugindo da sucuri que, felizmente, ficou por lá.


Puta susto e um belo corte na batata da perna, sangrando. Fizemos uma atadura com a camiseta e fomos voltando, ele com alguma dor e dificuldade para caminhar.


Levamos duas horas para voltar para a aldeia. Lá chegando Maria Isabel, sua mulher, já o esperava preocupada: seu filho recém nascido (um mês) estava vomitando e com diarreia.


Quando sua mulher viu o ferimento e soube da história do ataque da sucuri entendeu tudo. Apesar de preocupada com Pudata ficou muito brava! O ferimento no pai havia agredido seu filho e provocado vômito e diarreia! O mal estar do bebê havia começado justamente por volta do momento em que Pudata foi atacado, ele mesmo reconheceu isso e ficou muito mal por ter provocado esse perigo ao bebê.


Os Rikbaktsa, povo que vive no rio Juruena, no hoje estado de Mato Grosso, sabem que um pai e seu filho compartem uma mesma substância espiritual que permeia seus corpos e mentes e fazem com que o que acontece com um reflete no outro. Por isso Maria Isabel ficou brava. Pudata deveria ficar de resguardo enquanto o bebê ainda é pequeno, idealmente até que ele completasse um ano, evitando certos alimentos considerados muito fortes, evitando o encontro com animais ferozes e situações de muito perigo. Tudo bem, ele pretendia apenas caçar quatás, mas andando no mato estava sujeito a tudo, a encontrar uma onça, uma cobra peçonhenta e até uma sucuri como ocorreu. Na verdade, nem deveria ter saído para caçar.


Por sorte o bebê logo se recuperou e Pudata também, a mordida não chegou a infeccionar embora o tenha incomodado ainda por alguns dias.


E assim, aprendi mais um pouco da vida e do mundo com o Arlindo e com os Rikbaktsa.


ARLINDO PUDATA. Foto Rinaldo Arruda, 1987.





 

 

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Carícias de Deus

Richard Jakubaszko   
Recebi da amiga Marlene Orlovas, lá da DBO, o pungente texto a seguir, que é de autoria anônima, se é que isso existe, ou então (a) o responsável simplesmente esqueceu de assinar.

Carícias de Deus 

Difícil resumir aquelas rápidas alegrias que temos durante a vida.

Alegrias fugazes a que muitas vezes não damos a devida importância… Chama-se a esses momentos de “Carícias de Deus”.

Não são frutos do acaso, são pequenas carícias que Deus nos faz, mesmo sabendo que quase sempre as atribuímos à sorte.

* Carinho inesperado de filho.

* Dinheiro esquecido na roupa.

* Cheiro de comida antes de abrir a porta de casa.

* Sono que vem quando se precisa.

* Uma solução que surge de repente.

* Alguém elogiando você, sem saber que você escuta.

* Alguém elogiando seu filho.

* A febre que baixa.

* Um guichê sem fila.

* Vaga na porta.

* Um voo tranquilo.

* Passarinhos cantando ao alvorecer.

* Quando nasce o que plantamos.

* A brisa do mar.

* Quando o pai chega.

* Quando a dor passa.

* Quando rola um beijo.

* Quando assinam o contrato.

* Quando o abraço aperta.

* Quando o amor floresce no outono/inverno da vida.

* Quando o amigo se cura.

* Quando a foto sai boa.

* Quando a mesa é posta para o almoço de família no domingo.

* Quando o depósito entra.

* Quando dá praia.

* Quando alguém especial liga.

* Quando o livro é bom.

* Quando a companhia é boa.

* Quando sobra grana.

* Quando o bebê ri.

* Quando falam o seu nome com carinho.

* Quando a poltrona é na janela.

* Quando chega a primavera.

* Quando o médico diz: “Foi só um susto”.

* Quando o sol se põe.

* Quando o pão está quentinho.

* Quando é música suave.

* Quando alguém querido passa a mão nos seus cabelos.

* Quando você achava que era tarde, mas descobre que ainda dá tempo!


Procure ver ou perceber as pequenas felicidades. Elas existem todos os dias.
Meu desejo a você são muitas Carícias de Deus!!!

 

 

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Jornal The Guardian revela: mais de 90% das compensações de carbono da floresta tropical são inúteis

Richard Jakubaszko  

Agrofloresta
Em ampla e profunda reportagem o jornal The Guardian mostrou a farsa dos créditos de carbono. No link a seguir o leitor tem a reportagem original, e logo abaixo mostro alguns excertos da matéria, cuja autoria é de um jornalista inglês, cujo nome, ironicamente, é Patrick Greenfield.

https://www.theguardian.com/environment/2023/jan/18/revealed-forest-carbon-offsets-biggest-provider-worthless-verra-aoe


A investigação constatou que:
Mais de 90% das compensações de carbono da floresta tropical pelo maior fornecedor são inúteis, mostra a análise
do jornal;

A investigação sobre o padrão de carbono Verra descobre que a maioria são 'créditos fantasmas' e podem piorar o aquecimento global

Apenas um punhado de projetos florestais de Verra mostrou evidências de reduções de desmatamento, de acordo com dois estudos, com uma análise mais aprofundada indicando que 94% dos créditos não tiveram nenhum benefício para o clima.


A ameaça às florestas foi superestimada em cerca de 400%, em média, para os projetos Verra, de acordo com a análise de um estudo de 2022 da Universidade de Cambridge.


Gucci, Salesforce, BHP, Shell, easyJet, Leon e a banda Pearl Jam estavam entre as dezenas de empresas e organizações que compraram compensações de florestas tropicais aprovadas pela Verra para reivindicações ambientais.


Os jornalistas puderam fazer uma análise mais aprofundada desses projetos, comparando as estimativas feitas pelos projetos de compensação com os resultados obtidos pelos cientistas. A análise indicou que cerca de 94% dos créditos produzidos pelos projetos não deveriam ter sido aprovados.


Os créditos de 21 projetos não tiveram benefício climático, sete tiveram entre 98% e 52% menos do que o reivindicado usando o sistema de Verra e um teve 80% a mais de impacto, segundo a investigação.


Separadamente, o estudo da equipe da Universidade de Cambridge de 40 projetos Verra descobriu que, embora alguns tenham interrompido o desmatamento, as áreas eram extremamente pequenas. Apenas quatro projetos foram responsáveis ​​por três quartos do total de florestas protegidas.


Os estudos usaram diferentes métodos e períodos de tempo, analisaram diferentes gamas de projetos, e os pesquisadores disseram que nenhuma abordagem de modelagem é perfeita, reconhecendo as limitações de cada estudo. No entanto, os dados mostraram amplo consenso sobre a falta de eficácia dos projetos em comparação com as previsões aprovadas pela Verra.


Dois dos estudos passaram no processo de revisão por pares e outro foi lançado como uma pré-impressão.


No entanto, Verra contestou veementemente as conclusões dos estudos sobre seus projetos florestais e disse que os métodos usados ​​pelos cientistas não conseguem captar o verdadeiro impacto no solo, o que explica a diferença entre os créditos que aprova e as reduções de emissões estimadas pelos cientistas.


O padrão de carbono disse que seus projetos enfrentaram ameaças locais únicas que uma abordagem padronizada não pode medir, e trabalha com os principais especialistas para atualizar continuamente suas metodologias e garantir que reflitam o consenso científico. Encurtou o período de tempo em que os projetos devem atualizar as ameaças que enfrentam para capturar melhor os fatores imprevistos, como a eleição de Jair Bolsonaro no Brasil. A Verra disse que já utilizou alguns dos métodos implantados pelos pesquisadores em seus próprios padrões, mas não acredita que sejam adequados para esse tipo de projeto.


Yadvinder Singh Malhi, professor de ciência do ecossistema na Universidade de Oxford e pesquisador sênior de Jackson no Oriel College, Oxford, que não esteve envolvido no estudo, disse que dois de seus alunos de doutorado passaram pela análise sem detectar nenhum erro.


“Este trabalho destaca o principal desafio de perceber os benefícios de mitigação das mudanças climáticas do Redd+. O desafio não é medir os estoques de carbono; trata-se de prever com segurança o futuro, o que teria acontecido na ausência da atividade do Redd+. E olhar para o futuro é uma arte sombria e confusa em um mundo de sociedades, políticas e economias complexas. O relatório mostra que essas previsões futuras foram excessivamente pessimistas em termos de taxas básicas de desmatamento e, portanto, superestimaram amplamente seus benefícios climáticos do Redd+. Muitos desses projetos podem ter trazido muitos benefícios em termos de capacidade de conservação da biodiversidade e das comunidades locais, mas os impactos nas mudanças climáticas em que se baseiam são, lamentavelmente, muito mais fracos do que o esperado. Eu gostaria que fosse diferente, mas este relatório é bastante convincente.”

No livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?" mostro outros detalhes da gigantesca farsa ambiental internacional, tanto do ponto de vista de ações para salvar a Amazônia como a inexistência de provas científicas para comprovar que existe o aquecimento global, seja antropogênico ou não.

 

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Luciano, das lojas Havan, agora é lulista desde criancinha

Richard Jakubaszko  

Que delícia de guerra (política)! A boa notícia da semana é a declaração do véio da Havan, de que agora ele é fã do Lula, de que não apoia as depredações feitas pelos bolsonaristas, e que, sendo Lula o comandante do avião Brasil, e ele Hang um simples passageiro, vai fazer todo o possível para ter um bom voo.

Objetivo e pragmático? Ou mero oportunista e homem de visão como puxa-saco?

domingo, 8 de janeiro de 2023

Lula decreta intervenção federal no DF

Richard Jakubaszko    
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal no DF hoje (8), diante das invasões e depredações feitas por grupos bolsonaristas em Brasília., em prédios como o do STF, Palácio do Planalto e no Congresso Federal. Mais de uma centena de ônibus chegaram a Brasília entre ontem e hoje, dispostos a exigirem com seus protestos uma intervenção militar por parte das Forças Armadas.

É flagrante a ilegalidade dos protestos através das ações perpetradas pelos diversos grupos bolsonaristas, especialmente por serem antidemocráticas. além de ultrajante ao povo brasileiro. A inação da PM do DF facilitou e incentivou a depredação do patrimônio público feita pelos grupos de extrema direita como se pode observar em diversos vídeos divulgados pelas TVs. Nesse sentido, o governo federal deve urgentemente investigar e punir os responsáveis pelo apoio aos manifestantes, bem como apontar os grupos que financiaram a baderna em Brasília.

Que se cumpra a lei, que os líderes culpados sejam presos e julgados por essas barbaridades, uma ação coordenada, planejada e irresponsável, de interesses políticos inaceitáveis.

 

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terça-feira, 3 de janeiro de 2023

As velocidades Divinas e cósmicas são inacreditáveis.

Richard Jakubaszko    
Recebi uma mensagem de whatsapp do meu amigo Evaristo Eduardo de Miranda, engenheiro agrônomo da Embrapa Territorial e meu parceiro no livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", onde ele fala das velocidades do planeta Terra, do Sol, da Galáxia, e cujos dados divido com os leitores deste blog, por serem muito interessantes, dada a grandiosidade desses números. Depois que vocês lerem a mensagem farei comentários sobre o tema:

Richard,
Começa um ano cheio de promessas... muita coisa pode acontecer.

Sejamos colocatários reconhecidos do Planeta Terra. Ele gira sobre seu eixo a 1.600 km/h e nos oferece dias e noites. Ele gira em volta do Sol a 107.000 km/h, e nos oferece quatro estações. E em volta do centro da Via Láctea, se move a 850.000 km/h. E nossa galáxia inteira se desloca a 2.300.000 km/h.

Não ficaremos parados em 2023.
Imagine Nosso Senhor!

Abs. cósmicos, Evaristo
_eppur si muove_

Caro Evaristo,
dias atrás, conversando com um milenarista e ambientalista, desses que acreditam que o mundo vai esquentar, e de que as mudanças climáticas estão absolutamente fora de controle, além de caóticas, expliquei então que nada no mundo ou no universo está parado, muito menos o clima. Todos os seres vegetais, animais e minerais estão em movimento, aparentemente de forma caótica, mas incompreensível para nós humanos, porque nada sabemos. Diante desse caos, perguntei ao pessimista por que ele achava que o clima deveria ser estático e permanentemente igual?

O sujeito ficou calado, de olhos esbugalhados, quase estático, e me deixou falando sozinho... As velocidades impressionantes que você nos revela, mostram números que estão absolutamente fora de nossa compreensão. Imagina, a Terra gira sobre si mesma a 1.600 km/hora, e acompanha o Sol com 107.000 km/hora... São velocidades divinas ou cósmicas.
Obrigado, e um abraço!

 

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domingo, 1 de janeiro de 2023

Meus desideratos (desejos) para 2023

Richard Jakubaszko 

Como faço quase tradicionalmente desde o início da existência deste blog, há 15 anos, abaixo estão alguns de meus desideratos para 2023. Pelo menos a metade deles são antigos. Se metade desses desejos se realizar estarei muito feliz e satisfeito.

Ano passado alguns dos meus desideratos se concretizaram, como (1) a eleição de alguém democrático para presidente do Brasil com preocupações sobre as necessidades do povo brasileiro. Acertei ainda (2) a saída da 3ª edição do meu livro, CO2 - aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?  Pedi, em desiderato mais antigo, aos anjos e arcanjos também (3) que o STF julgasse rápido, e com justiça, o pedido de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro. Fiquei nisso, por isso mantive alguns desideratos e adicionei novos.

1 - Que Lula consiga atingir seus propósitos como presidente, a maioria deles em promessas feitas durante a campanha eleitoral.

2 - que o meu Internacional seja campeão de alguma coisa em 2021. O time "campeão de tudo" está devendo muitas alegrias para sua imensa torcida.

3 - que a taxa de desemprego no Brasil caia para menos de 4,0%.

4 - Que a "Revisão da vida toda" seja cumprida pelo INSS, para o bem estar de todos os aposentados que recebem benefícios muito abaixo do que os merecidos.

5 - que o Carnaval de 2023 seja cancelado, mas que o feriadão seja mantido.

6 – que as águas do rio São Francisco verdejem o Nordeste.

7 - que haja uma reforma política pra valer no Brasil, com redução dos partidos políticos, extinção do Senado, e que possam ser eleitos deputados com representatividade proporcional.

8 – que se descubra a cura dos cânceres, Alzheimer, diabetes e Parkinson.

9 - que a Covid nos deixe em paz, sem precisar usar máscaras.

10 - que o imposto sobre grandes fortunas e sobre grandes heranças seja implantado no Brasil, assim como o imposto sobre dividendos seja reiniciado.

11 - que a farsa das mudanças climáticas e do falso aquecimento planetário seja finalmente desmontada.

12 - que eu consiga concretizar a publicação da edição em inglês do meu livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?". A tradução já foi iniciada desde meados de dezembro último. Procuro agora uma editora ou distribuidora de livros impressos, com tráfego internacional. A edição e-book e a que prevê impressão on demand já estão asseguradas.

13 - que Bolsonaro seja julgado honestamente e com justiça pelos crimes que cometeu, especialmente o genocídio.

14 - que a imbecilidade de metade dos brasileiros seja abolida, que prevaleça o bom senso, sem revanchismos, e sem ódios.

15 - que os brasileiros leiam mais livros.

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Este blogueiro deseja a todos os amigos do blog um ano de muita paz, saúde e serenidade. 

 

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sábado, 31 de dezembro de 2022

Um Feliz Ano Novo, e que em 2023 você seja menos ansioso...

Richard Jakubaszko    
É isso aí, que essa praga da ansiedade nos abandone... E que sejamos felizes!!!

 

















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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Chega ao fim a era Bolsonaro. Graças a Deus.

Richard Jakubaszko   
Começou o fim da era Bolsonaro hoje, pegou o avião foi-se embora para os braços de seu amor, Donald Trump. Em atitude covarde e mesquinha, além de indigna, Bolsonaro fugiu ao ato de passar formalmente a faixa presidencial ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Quem irá passar a faixa é o menos importante, que coloquem um estafeta, o porteiro do Palácio do Planalto, para representar o povo. Não há necessidade legal e nem formal de que seja uma autoridade pública, como o vice-presidente Hamilton Mourão, ou tampouco algum representante do Legislativo.

Para evitar prestar continência a Lula, o comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, vai protagonizar uma quebra inédita de protocolo nas Forças Armadas. Ele não vai comparecer nem posse e tampouco à solenidade da Marinha marcada para o dia de 5 de janeiro, quando seu sucessor, Marcos Sampaio Olsen, será empossado. O ato de prestar continência, para um militar, é uma atitude de respeito dos militares para com seus superiores, e Lula, como presidente, é o chefe maior das Forças Armadas. Com essa decisão do almirante fica a certeza de que ele era um dos comparsas de Bolsonaro na tentativa de golpe para desestabilizar o país. Deveria pedir aposentadoria, para ir ao lugar que merece.

No Brasil, as instituições que defendem a democracia e o estado de direito venceram a queda de braço, e que isto seja observado por todos, queremos a liberdade, a democracia, e não o estado de exceção.

Espero que Bolsonaro jamais volte ao Brasil. Ele sabe que poderá ser preso se voltar a pisar em solo brasileiro, tamanho o número de inconstitucionalidades e crimes que cometeu. 

A esperança venceu novamente. Mas ainda há que se tomar cuidados, pois apesar de muitos bolsonaristas estarem decepcionados com o comportamento do mito, existe a possibilidade de algum ato terrorista ou a tentativa de alguma violência contra Lula.

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Adeus Pelé, você foi o maior de todos

Richard Jakubaszko     


Há dias eu acompanhava pela internet a agonia de Pelé, que hoje chegou ao fim. Pensei que fosse acontecer o desenlace durante a Copa do Mundo, mas Pelé resistiu bravamente, o câncer principal no intestino não o venceu, nem as metástases no rim e no coração. O fim chegou com a falência múltipla dos órgãos. Seria preciso muita coisa como barreira para a vida, caso contrário Pelé iria driblar todas, como fez com milhares de zagueiros no mundo. Pelé chegou a parar uma guerra entre países africanos, que queriam vê-lo jogar. Foi uma glória, que Pelé sempre encarou com humildade, assim como com todas as suas conquistas.

A mídia no mundo inteiro exibe hoje seus gols e suas brilhantes jogadas, mostrando aos mais jovens quem foi você, Pelé, e como era grande o seu gigantesco e inigualável talento. Por favor, dá um abraço no Garrincha, no Nilton Santos, Maradona, Telê, outro no João Saldanha, Gilmar, e até no Nelson Rodrigues, que achava você um gênio.

RIP, Pelé. 

 

 

 

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domingo, 18 de dezembro de 2022

Argentina, campeã do mundo 2022

Richard Jakubaszko  
Com fé, dedicação, raça e muito talento, Argentina é campeã!
Parabéns hermanos!!!
Por isto, um aviso a todos, do mais querido argentino do mundo:



 

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