Como jornalista e blogueiro recebo dezenas de press releases todo santo dia. As assessorias de imprensa contemporâneas são implacáveis. Mentem mais que pescadores.
No texto abaixo reproduzo na íntegra o e-mail que recebi da assessoria de imprensa do Greenpeace. No meio do texto apontei as mentiras, em texto grafado em vermelho, para deixar claro o quanto essas ONGs mentem e deturpam a verdade. Beira ao escândalo a atuação deles, seja pelo lado profissional ou ético, e a questão se deteriora quando colocam profissionais de “pouca prática”, ou inexperientes, para tratar de assunto tão sério como a Amazônia.
Vejam as mentiras (contestadas por mim no texto em vermelho):
Título do release: Amazônia registra recordes de focos de calor em julho
Com falta de fiscalização e inteligência no combate aos danos ambientais, queimadas em Terras Indígenas registraram aumento de 76%.
FOTO
(Legenda do Greenpeace):
Imagem de satélite do estado do MT, queimando no dia 30 de julho
A primeira mentira, e foi isso que me chamou a atenção para o release, é que a foto enviada é de uma lavoura de bom nível tecnológico pegando fogo. É provável que usem até mesmo agricultura de precisão nas diversas lavouras, distribuídas simetricamente em diversos talhões. Melhor ainda, o pessoal do Greenpeace viu uma foto de fogo, qualificou como queimada na Amazônia, e mandou anexa ao release escandaloso. Com certeza essa área de "queimada" não está no bioma amazônico, apesar de ser possível que esteja dentro da "Amazônia Legal", essa uma herança antiga do governo de Getúlio Vargas, uma legislação que tanto atormenta quem vive por lá, até hoje.
Continua o release:
Manaus, 01 de agosto de 2020 - No dia 30 de julho, a Amazônia registrou mais um triste recorde: 1.007 focos de calor em um único dia. Esse é o número mais alto registrado no mês de julho desde 2005. Neste mesmo dia, no ano passado, foram 406 focos. Agora, dados consolidados de julho mostram um aumento expressivo nos focos de calor.
"O fato de ter mais de mil focos de calor em um único dia, recorde dos últimos 15 anos para o mês de julho, mostra que a estratégia do governo de fazer operações midiáticas (quem faz operação midiática é o Greenpeace, a foto é só um exemplo, ficou claro, caro leitor?) não é eficaz no chão da floresta. Somente em julho, foram registrados 6.804 focos de calor na Amazônia, um aumento de 21,8% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. A moratória, que proíbe no papel as queimadas, não funciona se não houver também uma resposta no campo, com mais fiscalizações. Afinal, criminoso não é conhecido por seguir leis. Assim como a GLO (alguém sabe dizer o que significa GLO? O que conheço é Garantia da Lei e da Ordem, mas não se aplica ao caso) aplicada sem estratégia e sem conhecimento de como se combate as queimadas, também não traz os resultados que a Amazônia precisa", comenta Rômulo Batista, porta-voz da campanha de Amazônia do Greenpeace.
Um levantamento feito pelo Greenpeace Brasil aponta que dos focos de calor registrados em julho, 539 foram dentro de Terras Indígenas, um aumento de 76,72% em relação ao ano passado, quando foram mapeados 305 focos. Além disso, 1.018 atingiram Unidades de Conservação, um aumento de 49,92% em relação ao mesmo período do ano passado. (Se os focos de incêndio foram em áreas indígenas, provavelmente foram os índios que fizeram isso, é uma tradição de caça entre eles esse procedimento).
"O desmatamento precisa ser combatido durante todo o ano, principalmente considerando que as queimadas na Amazônia não são resultado de um fenômeno natural, mas da ação humana. (Outra mentira deslavada: 50% dos incêndios na Amazônia são de causa natural, porque é seco e tem muito calor, isso o IPAM - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, já demonstrou em diversos estudos. É no tempo seco que isso acontece, sempre nas mesmas áreas desmatadas, porque na vigorosa floresta o fogo não se propaga, a floresta é úmida!!! Até porque, ninguém, nenhum imbecil queima árvore, porque árvore é dinheiro, é cheque ao vivo pelo alto valor da madeira, que se torna sem valor se for madeira queimada) O fogo é uma das principais ferramentas utilizadas para o desmatamento (Outra mentira, a ferramenta é a motosserra, e ninguém desmata provocando queimada. O desmatamento é feito por madeireiros, ilegais ou legais, que depois exportam a madeira para os hipócritas europeus. Se o Greenpeace quiser reduzir o desmatamento, critique os europeus por importar madeira do Brasil, darei força e divulgação a eles nessa empreitada), especialmente por grileiros e agricultores, que o usam para limpar áreas para uso agropecuário ou especulação (Outra mentira, nas áreas desmatadas é impossível fazer agricultura, porque os tocos remanescentes das gigantescas árvores impedem qualquer tipo de mecanização, especialmente lavouras como a mostrada na foto do release do Greenpeace. Nas áreas de queimada até pode-se fazer pasto de 3ª classe, mas nunca uma lavoura mecanizada. Levará no mínimo 10 anos para se poder destocar, ou seja, tirar os tocos e raízes). A prática se tornou ainda mais comum com a falta de fiscalização (Como fiscalizar? A área brasileira da Amazônia tem 5.033.072 km2, e área total de 5.500.000 km2 = isso é mais do que a metade do território brasileiro, sabiam disso, pessoal do Greenpeace? Cadê tanto fiscal pra fiscalizar a Amazônia do jeito que vocês exigem?) e o desmantelamento dos órgãos ambientais. Estamos observando uma tendência de alta nas queimadas neste ano. (Todo ano é assim, o Greenpeace só faz escândalos midiáticos). Além da ameaça do coronavírus, com a temporada de fogo, os povos indígenas estarão ainda mais vulneráveis, pois a fumaça e a fuligem das queimadas prejudicam ainda mais sua saúde", completa Rômulo.
Acesse imagens de queimadas da Amazônia em 2020 aqui. (Neste link em página do Greenpeace, eles exibem 3 dezenas de fotos de incêndios, nenhum desses incêndios é na floresta, é sempre em áreas já desmatadas, onde viceja uma capoeira vigorosa, e até mesmo em área colhida, com palhada de plantio direto, em fotos que também não são no bioma da Amazônia)
Assessoria de imprensa:
Rebecca Cesar, (11) 95640-0443, rebecca.cesar@greenpeace.org
ET. O site Uol (Folha SP), reportou alguns dos dados acima divulgados pelo Greenpeace, veja no link: https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2020/08/amazonia-registra-novo-aumento-de-queimadas-em-julho.shtml
Escrevi o livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", em 2ª edição desde agosto/2019, onde desmistifico essas e outras mentiras sobre a Amazônia e sobre o "aquecimento" falacioso propalado pelas ONGS e por diversos governos, que possuem interesses econômicos, políticos e geopolíticos sobre a região.
Recomendo a leitura do livro, para quem deseja saber o quanto se mente, mundo afora: para encomendar o livro envie e-mail para o endereço co2clima@gmail.com onde daremos instruções de como fazer o pagamento e para você receber o livro em casa, autografado, ao custo de R$ 40,00 já incluso a tarifa postal
Atente o leitor que não estou negando o desmatamento, ele existe e deve ser reprimido, especialmente os ilegais, e também aqueles que extrapolam a liberação de 20% do uso da área de floresta aos que residem na Amazônia, conforme o Código Florestal. Mas as queimadas, pelo efeito pirotécnico e psicológico, são as manchetes das ONGs e dos governos interessados, com apoio incondicional da grande mídia, que, na impossibilidade de enviar jornalistas à grande floresta, preferem reportar press releases de ONGs como o Greenpeace.
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Muito bom Amigo!
ResponderExcluirEstamos com vc.
Abraços,
Odilon Silva
Leiam artigo do Dr Evaristo de Miranda, em resposta a post acima, publicado aqui no blog em https://richardjakubaszko.blogspot.com/2020/08/como-vai-o-fogo-pelo-mundo-e-na-amazonia.html
ResponderExcluirRichard Jakubaszko
Richard, mas se as reservas indígenas são blindadas, impenetráveis a cidadãos brasileiros, os incêndios são responsabilidade dos próprios indígenas, então não há com que se preocupar. Outro tema: "falta de fiscalização". Foram retirados todo sos fiscais da Amazônia, todo o staff do Ibama e do ICMBio (urghhh, nome dum invasor de terras num instituto de abrangência nacional)?
ResponderExcluirCE/ITA - Antonio Monge
ResponderExcluirCaro Richard,
Muito bom e oportuno suas colocações e esclarecimentos.
De minha parte já compartilhei o link do seu blog para os diversos grupos em que participo.
Abraços
Antonio Monge
Obrigado Richard por nos esclarecer. Somente quem estuda esta questão tem condições de avaliar a veracidade do que é publicado. Você estuda isto faz mais de 30 anos. Nas questões que eu conheço também verifico muita notícia sem fundamento. Estudar um assunto requer tempo, dedicação, conhecimento e experiência e vários jornalistas não possuem estes atributos e acabam publicando bobagens junto com informações verídicas. Esta mistura, de informação verídica em questões que ganham popularidade faz estrago, prejudica a informação jornalística e desinforma a população.
ResponderExcluirVocê devia se envergonhar e rasgar o seu diploma, com tamanho achismo e desinformação. A serviço do agronegócio e desse governo que pouco se importa com o meio ambiente, você segue criando alienados como você. Vergonha pra classe!
ResponderExcluirVocê é quem deveria rasgar seu diploma, e não apenas ele, mas seu principal diploma de cidadão, o título de eleitor, pq é incapaz de perceber a lógica e o bom senso dos argumentos apresentados.
ExcluirTenho mais de 50 anos de jornalismo, já visitei mais de uma dezena de vezes diversas regiões da Amazônia, posso, portanto, falar e escrever com conhecimento de causa.
Não defendo os pontos de vista do desgoverno que temos em Brasília, provas disso vc encontra neste blog, através de posts altamente críticos e ácidos sobre os desmandos do governo Bolsonaro, inclusive ambientais.
O que não consigo é perceber gente como vc, que ainda acredita nas ONGs multinacionais, que defendem interesses econômicos, políticos e geopolíticos prejudiciais ao Brasil.
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