sábado, 31 de outubro de 2020

Para que o Halloween?

Richard Jakubaszko   

É simples, a blogosfera dá a resposta, na lata! Vejam se não é verdade: 



 

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Emtempodemia de corruptela

Carlos Eduardo Florence *

Doces migalhas e silêncio, ensurdeciam.

Mastigava valsa, falsete, mania.

Vida seguia sonsa, sina, em roda, encima.

Cobriam, os telhados, as casas, as mágoas, águas.

A vila amedrontava-se de em se o tempo não chegasse ou que viesse.

Amarrava-se o paradoxo no abacateiro para alimentar a desconfiança.

Por estar primavera chorava uma garoa triste, modorrenta.

Ao se fazer, fazia, assobiei tico-tico como bolero, mão no bolso.

Subi pela solidão, pelos indefinidos, pelos pensamentos, por mim.

Os caibros velhos dos forros escutaram meu avô, a mim, meu pai, a mais.

Por se darem tempos amortecidos de sinas, melodias ali morriam.

Sendo sino marcava que o depois iria chegar atrasado pontualmente.

Não tinha o que fazer agora e depois repetiria a tarefa.

Um de cada e eu tiramos a preguiça do jacá da nostalgia.

Era-se mesmo assim espontâneo e serviçal para acalantar o nada.

O pássaro preto subiu pelo pretérito para enxergar o futuro.

Trazia o porvir um igual sendo, um certo receio com sabor de jatevi.

Se colocou a esperança à janela para imitar que chegaria.

As arvores sumiam pelas ruas, vielas, vias, para quem as via.

Lembrei do colo da mãe, chorei, sonhei, sorri.

Ajustei minhas rotinas, pedi o cigarro barato.

Os vinténs se puseram enfumaçados, ordinários.

Urinou o poste apagado no cachorro e a menina surgiu.

Viu, se pôs a rir, mais sete passos, mundo seu, seguiu.

Não devia nada a ninguém ou pediu, pisou no seu desaparecer.

Nada mudava antes d’eu ordenar à tristeza ou ao azul.

Sábado, cada brisa trazia melancolia e se debruçava no ausente.

As janelas escutavam a imaginação, o sol, as mentiras para serem tomados com café.

Lavei os trapos, apaguei a vela, chorei no leite derramado, dormi um infinito miúdo.

* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.
Publicado em https://carloseduardoflorence.blogspot.com/2020/10/emtempodemia-de-corruptela-doces.html

 

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

É hoje: encontro de gigantes

Richard Jakubaszko  

Vale a pena assistir a live, para saber como é possível dobrar o PIB agrícola brasileiro na próxima década. Coordenado pelo meu amigo Décio Gazzoni, da Embrapa / Soja:  www.kforte.com.br/encontrocomgigantes 



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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Identificação de 1,8 bilhão de árvores no deserto do Saara espanta alarmistas.

Luis Dufaur *
Na hora de pensar no Saara, habitualmente se imagina um gigantesco deserto de areia que se estende até o infinito.

De fato, é o maior deserto não polar do mundo, mas isso não quer dizer que careça absolutamente de vida e especialmente de vegetação.

Descoberta de 1,8 bilhão de árvores no deserto do Saara espanta alarmistas
E quando os alarmismos comuno-ecologistas inflacionam o espectro de uma extinção da vida no nosso planeta acenam com essa imagem de morte implacável.

Entretanto, os ecologistas que dizem amar o planeta e a natureza mostram um deprimente desconhecimento do mesmo. Recentemente se voltou a achar mais uma   prova disso. Um novo estudo mostrou que o Saara acolhe centenas de milhões de árvores. Mais precisamente 1,8 bilhão deles!

E foram contadas apenas as existentes numa área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados no noroeste da África, ou o equivalente ao 20% do mítico deserto.

Há muitos anos, nosso blog vem denunciando as distorções da propaganda ecologista. Veja aqui:

- Deserto “reverdece” na África e desmente boatos alarmistas

- Mapeados imensos aquíferos de água doce no Saara e em toda África

- A Terra está cada vez mais verde

- A Terra tem 467 milhões de hectares de florestas a mais do que se dizia!


Árvores no Saara
A região onde os pesquisadores conseguiram contar essas árvores, inclui países como Argélia, Mauritânia, Senegal e Mali, partes do Saara Ocidental e também do Sahel, nome do cinturão de savana tropical semiárida ao sul do deserto.

O trabalho, publicado na revista Nature, concluiu com um certo espanto que há “um número inesperadamente grande de árvores” nesta área.

Martin Brandt, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, principal autor do estudo disse à BBC Mundo que, embora “a maioria esteja no Sahel, há centenas de milhões no próprio Saara”.

O cerca de 1,8 bilhão de árvores registradas constitui um número muito maior do que o esperado.

Mas não formam florestas e crescem como árvores solitárias.
 
Árvores do deserto no Saara em Marrocos
“É em média uma árvore por hectare no hiperárido Saara. Não parece muito, mas acho que é mais do que se poderia imaginar”, disse Martin Brandt.

Ele esclareceu que a área investigada representa apenas 20% do Saara e do Sahel, “então a contagem total de árvores deve ser muito maior”.

O grupo de cientistas incluiu especialistas da NASA dos EUA, do National Center for Scientific Research (CNRS) da França e do Dakar Ecological Monitoring Centre do Senegal, entre outros.

Ele analisou 11 mil imagens de satélite de alta resolução normalmente reservados para uso militar ou industrial.

Quatro satélites são da empresa Digital Globe, que pertence à Agência Nacional de Inteligência dos EUA, do Departamento de Defesa.
 
 
Árvores no deserto ajudam gado e homens
Eles usaram um tipo de inteligência artificial conhecido como aprendizado profundo, em que um computador é ensinado a fazer algo. Nesse caso, identificar árvores.

Para não confundir árvore com arbusto, os especialistas contaram apenas as copas com área superior a três metros quadrados.

Os pesquisadores estimaram que, se as árvores com copas menores de três metros quadrados ou arbustos forem incluídas, a vegetação total nesta área desértica será 20% maior.

Brandt disse à BBC Mundo que ele rotulou manualmente quase 90.000 árvores.

“Eu rotulei muitos porque o nível de detalhe nas imagens é muito alto e as árvores não parecem as mesmas, e queríamos uma medição relativamente precisa das áreas de suas copas”, explicou.

Ele enfatizou que em áreas semi-áridas e subúmidas, eles "constituem um considerável sumidouro de carbono".
Vegetação também cresce em locais inóspitos
Além disso, ele destacou a importância dessas árvores de sequeiro para as pessoas que vivem nessas áreas.

“Eles são fundamentais para a subsistência, fertilizam o solo, proporcionam maior produtividade e fornecem sombra e abrigo para humanos e animais. Geram renda e são fundamentais para a nutrição”, listou.

Os especialistas acreditam que seu sistema de rastreamento pode servir de base para encontrar árvores em outros ecossistemas.

No entanto, eles alertam que ainda não estão reunidas as condições para poder contar todas as árvores do planeta. Por certo, se conseguirem será um número astronômico.

* o autor é escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs
Publicado em https://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com/2020/10/descoberta-de-18-bilhao-de-arvores-no.html

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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Lute como um boleto...

Richard Jakubaszko  

E o Brasil continua continua o mesmo de sempre, concordam? Tinham esquecido? A inflação está aí de volta, e os boletos continuam os mesmos, muito vorazes. Enviado pelo jornalista Delfino Araújo, sempre atento com o que se passa na conjuntura social.



 

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domingo, 25 de outubro de 2020

2021 vem aí...

Richard Jakubaszko   

O que é que você acha? Tá junto na ideia ou vai pagar pra ver? Concordamos que 2020 foi um filme muito ruim, né não?


 

 

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sábado, 24 de outubro de 2020

Vai ter Natal em 2020?

Richard Jakubaszko 

É isso que a blogosfera anda se perguntando, ainda sem respostas definitivas. Quem manifestou essa inquietação foi o jornalista Delfino Araújo, lá da DBO. Mas o Noel mandou um recado, olha só:



 

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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Taxímetros de antigamente

Richard Jakubaszko 

A constatação é óbvia, se você reconhece a peça de museu aí embaixo, é porque você está véio... 



 

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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Receita de nostalgia com alienação caramelada e delírio.

Carlos Eduardo Florence *

Que amanheça em bemol, se escute o então, silêncio, o desistir de viver, o entretanto.

Sequer lave a alma com esperança, presente do subjuntivo, resignação ou premonição.

Salpique medo ou sonho. Adjetivos, crianças brincando de amarelinha, agregue logo.

Ponha as ansiedades, sem precaução, e o sol entardecido para desidratarem brandos.

Adicione pitada de fantasia, mais manteiga de garrafa, enquanto atina alterne a nota.

Pela janela entreaberta escute dois cavalos pastando na solidão, sua, com as manias.

O tempo chegou, esparrame entropias pela soleira, descortine o impossível, descreia.

Capte tais inexplicáveis pelo afetivo, esparja com moderação até começarem a sorrir.

Observe o tempo entornar capcioso, triste, como as dúvidas, intrigas e as apreensões.

Do lado do coração há um borralho, da alma, o colibri assiste, da saudade paira névoa.

Mexa os sustenidos, cuidado com o rastro do finito a pedir explicações às suas cismas.

Angustiado amadureça uma penca graúda de imprevisto enquanto nega a melancolia.

Não anote os infinitivos que não rimarem na receita com o tom maior do verbo amar.

São os fortuitos para se começar a desestruturar a sintaxe, o portanto e o tino de será.

Sinta o odor azul das sete andorinhas adentrando pelo amém trazendo a volúpia.

A janela se fecha, os cavalos findam entre os tendo sidos, a noite estrupa o entardecer.

Provoque movimentos pendulares de forma a hipnotizar o nada entre o sim e o ciúme.

É sinal que o desejo intenta parir euforia e a solidão aborta antes da sina magoá-lo.

Não esqueça que a receita de nostalgia embala o ser enquanto o sofrer aguarda o vir.

Procriando, as lamúrias pedem dois caprichos, aplique-as com instigações sensuais.

Confira se as emoções estão exaltadas e deixe fermentar as ilusões de suas fantasias.

Sua metamorfose e transe endoidarão, o subjetivo meandrará às evidências e rimas.

Brotando calmo chega ao ponto, desespero. Grite. Deixe aflorar para que a ânsia seja.

Ponha em fervura até dourar o orgasmo, despreze a censura, avive o imaginário.

Envase no inconsciente, acomode no agora, estraçalhe o passado, acalante no porvir.

Receita de nostalgia com alienação caramelada e delírio, paradoxo de desejo e pecado.

* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.
Publicado em http://carloseduardoflorence.blogspot.com/2020/10/de-nostalgia-com-alienacao-caramelada-e.html

 



terça-feira, 20 de outubro de 2020

E se La Casa de Papel fosse gravada em Minas Gerais?

Richard Jakubaszko  

Hilariante a versão mineira do La Casa de Papel. Vale a pena ver, especialmente aqueles que acompanham a brilhante série espanhola na Netflix: 

 

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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Allan Savory, biólogo, mostra em palestra no TED como recuperar desertos

Richard Jakubaszko

Publiquei o vídeo abaixo em fevereiro 2016, veja aqui, mas a palestra estava legendada em espanhol. Agora está com legendas em português e me foi enviada pelo mestre Carlos Eduardo Florence, diretor da AMA - Associação dos Misturadores de Adubos.

Vale a pena assistir a palestra de Allan Savory, amplamente documentada com vídeos e fotos; mais do que isso, com argumentos lógicos. Mostra que o manejo correto dos ruminantes é a solução para evitar áreas desertificadas ou que se encaminham para isso. E não ao contrário, como acusam espalhafatosamente os ambientalistas de plantão.



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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Acabou a corrupção, talkêi?

Richard Jakubaszko   

É ridícula a postura e mentiroso o discurso do poderoso de plantão, por isso a gente se diverte, né não Delfino Araújo? Ele que mandou o meme abaixo sobre a nova currupção brasileira, parece que a moda pegou mesmo...



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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Monsieur Macron, presta atenção...

Richard Jakubaszko   

Flagrante da vida real mostra o quanto os políticos não percebem o que acontece à volta deles, tão preocupados que estão em se fazer notar e em serem o centro das atenções... Allez Monsieur Macron, proíba a França e a Europa de importarem madeira do Brasil que os desmatamentos e queimadas vão cair mais de 90%, veja só aqui



terça-feira, 13 de outubro de 2020

E aí corintianos, gostaram da série B?

Richard Jakubaszko   

Ai, ai, ai, Corinthians, será que vai acontecer de novo? Olha só o que os "amigos" do coringão estão falando na web...

 



 

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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Ciência pública como "locomotiva limpa-trilhos"

Maurício Antônio Lopes *  

Praticamente todas as nações desenvolvidas são capazes de utilizar a ciência pública à semelhança de uma "locomotiva limpa-trilhos", que vai à frente removendo barreiras e abrindo caminhos, com projetos de maior risco e prazos de maturação longos, que não atraem o setor privado.

A pesquisa apoiada pelo Estado é essencial na remoção de obstáculos para que empresas e indústrias encontrem caminho livre e possam gerar empregos, riqueza e progresso. São inúmeros os avanços experimentados pela sociedade moderna na medicina, na produção de alimentos, na revolução da informação e da comunicação, no desenvolvimento de alternativas energéticas limpas etc., que só se tornaram possíveis graças aos investimentos do Estado em pesquisa científica.

Exemplo emblemático é o smartphone, que resultou de sete tecnologias-chave, desenvolvidas principalmente por institutos públicos e universidades, e habilmente reunidas no setor privado para criar uma inovação que ganhou todos os cantos do planeta. O GPS, a internet e o algoritmo que levou ao sucesso do Google foram todos desenvolvidos a partir de financiamento público à ciência básica nos EUA. Os princípios ativos de novos medicamentos são, na sua maioria, desenvolvidos por universidades e institutos públicos de pesquisa, e transformados em produtos por empresas farmacêuticas.

Momentos de grave crise, como o que vivemos, demonstram quão essencial é o Estado no papel de garantir a infraestrutura e a capacidade científica necessárias para se compreender e superar infortúnios. Estudo recente estimou que em apenas seis meses — entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2020 — cerca de 24 mil artigos científicos relacionados à Covid-19 foram produzidos, a grande maioria resultante de pesquisas na área biomédica financiadas com recursos públicos.  Esse esforço sem precedentes acelerou a geração de conhecimentos e a busca por tratamentos e vacinas para conter a transmissão do novo coronavírus, com vários candidatos promissores produzidos em tempo recorde.

Ainda assim, há governos que insistem em ignorar a importância da ciência, muitos considerando os investimentos em infraestrutura de pesquisa e inovação um luxo de alto custo e não um investimento estratégico, promotor de progresso e de resiliência na sociedade. Até uma das maiores potências tecnológicas, os EUA, tende a perder a hegemonia em financiamento à pesquisa básica, que alavancou a vantagem competitiva da indústria e o crescimento do PIB americano desde a Segunda Guerra Mundial. O contrário ocorre em países como a Coreia do Sul, Emirados Árabes, Índia e China, este último com investimentos massivos em ciência — US $ 280 bilhões em 2017, o que equivaleu a 2,12% do gigantesco PIB do país e a 20% do total das despesas mundiais com pesquisa e desenvolvimento.

O fortalecimento da ciência no ambiente público e a promoção de parcerias público-privadas para recuperação do setor industrial são desafios críticos para o Brasil, que precisa mais do que nunca ampliar a criatividade econômica e a complexidade industrial, transformando seu enorme sucesso na produção de commodities — minério, petróleo e produtos agropecuários — em plataformas de conexão com cadeias produtivas mais nobres, de alto valor agregado. Por exemplo, diversificar, especializar e agregar valor à produção agropecuária nacional é, mais do que uma necessidade, um imperativo para o futuro, e missão possível de se alcançar, considerando que países de alta complexidade industrial, como Canadá, Alemanha, França, China e EUA, conseguem fazê-lo, valorizando e protegendo, com todos os instrumentos possíveis, seus setores agrícolas.

O Brasil pode ir além, levando em conta as vantagens extraordinárias que possui para inserção na emergente bioeconomia, a economia de base biológica, renovável e sustentável. O país já é líder global na produção de energia de biomassa e dá passos robustos na produção de bioinsumos e químicos renováveis. Recentemente os jornais noticiaram que a empresa brasileira Marfrig — uma das maiores processadoras de carnes do mundo — lançou uma inovadora linha de "carnes carbono neutro", a partir de sistemas de produção que integram lavoura, pecuária e floresta e neutralizam as emissões de gases de efeito estufa, de acordo com protocolo desenvolvido pela Embrapa. O projeto, considerado de alto risco no nascedouro, foi bancado com recursos públicos, e agora dá à indústria brasileira a inédita capacidade de responder a mercados ávidos por uma produção pecuária de baixo impacto ambiental, em perfeita sintonia com a economia renovável de baixo carbono.

Esses são apenas exemplos na longa lista de avanços possíveis para inserção do Brasil na economia de base biológica, capaz de alavancar segmentos vitais como a produção de alimentos, a saúde, e as indústrias química, de materiais e de energia. A bioeconomia poderá ainda projetar o nosso patrimônio mais conhecido, a Amazônia, como grande produtora de riqueza, progresso e bem-estar.

No entanto, para que isso aconteça, o Estado precisa empreender e operar na qualidade de um tomador de riscos, mobilizando bancos de desenvolvimento, universidades e institutos de pesquisa como "locomotivas limpa-trilhos" habilitadas a lidar com a incerteza subjacente aos processos de inovação e com a crescente complexidade que marca o nosso tempo e aplaca a ousadia do setor privado.

* o autor é pesquisador da Embrapa

 

 

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