terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
No TED, a desertificação no mundo, conforme Allan Savory.
Richard Jakubaszko
A palestra abaixo, do biólogo americano Allan Savory, desmistifica a culpabilidade da pecuária pela desertificação de imensas áreas no planeta afora, conforme acusam os ambientalistas, e que, conforme Savory afirma, ele mesmo errou ao analisar emocionalmente essa questão alguns anos atrás.
Conforme destaco já na foto da capa do livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", a desertificação é um dos maiores problemas da humanidade, pois provoca mudanças climáticas em um microclima, e que depois crescem no entorno, provocando na sequência imensas áreas desérticas.
O vídeo abaixo mostra esse debate de forma clara, me foi enviado pelo meu amigo, pecuarista Carlos Viacava, que não leu o meu livro, deu apenas uma passadinha d'olhos pelo mesmo, mas assistiu a palestra doSavory, e sentiu-se perdoado por estar fazendo ILP (Integração Lavoura Pecuária) no oeste do estado de São Paulo, onde tem conquistado resultados fantásticos na recuperação da fertilidade do solo. O trabalho de implantação de ILP na fazenda de Viacava foi publicado em diversas reportagens da jornalista Maristela Franco, nas revistas Agro DBO e DBO, desde o início do projeto, dois anos atrás, e durante esse tempo todo. Foi um trabalho planejado e liderado pelo pesquisador João Klutcousky, o João K, da Embrapa. Foi minha a ideia de acompanhar jornalisticamente esse trabalho, por acreditar nas propostas da ILP, e também da ILPf (Integração Lavoura Pecuária e Floresta).
De outro lado, Viacava não atentou para o fato de que, se está fazendo certo a parte dele, está equivocado na sua posição de líder do setor de pecuária, ao ignorar as denúncias que faço no livro, e que tenho enfatizado pessoalmente, em relação às posições políticas e econômicas das agendas ambientalistas. Não basta defender a pecuária para se livrar dos problemas que virão no futuro breve, em consequência das ações dos ambientalistas a partir do acordo pré-firmado na COP21, em dezembro último, em Paris. Virão novas acusações, e, com elas, agora virão os julgamentos e condenações aos pecuaristas.
No livro, abri uma legenda na página 16, de mais de 1/2 página, sobre a foto da capa, que afirma o seguinte:
Nota sobre a foto da capa
Trata-se de um mapa feito pela Nasa (2007), a Agência Espacial Americana, e mostra nas regiões marcadas em amarelo que a temperatura média do solo é superior a 45ºC. Destacam-se, com a predominância do amarelo, a Califórnia (EUA), o deserto do Saara (África), além de países como a Espanha, Arábia Saudita e China, onde os desertos são demarcados.
Nas demais regiões, aparecem com leves tons amarelados o Nordeste do Brasil, na Caatinga, bem como o Norte da Austrália e alguns pontos na África.
Conforme a fisiologia vegetal, todo engenheiro agrônomo sabe que plantas anuais não suportam temperaturas no solo superiores a 33ºC, elas murcham e tendem a morrer. Apenas as perenes suportam esse calor por algum tempo.
Outra conclusão evidente é que as áreas amarelas mostram desertos consolidados, cujas causas de formação são milenares e desconhecidas, mas podem-se descartar culpas antropogênicas, sem nenhuma sombra de dúvida.
Se há, de fato, conforme Odo Primavesi, um aquecimento do planeta, poder-se-ia indicar essas regiões (áreas de deserto, degradadas e aridizadas) como principais responsáveis pela emissão do calor, pois nesses locais são normais temperaturas superiores a 60ºC, e a ausência de nuvens, pela inexistência de vegetação vaporizadora. À noite os desertos apresentam temperaturas próximas do 0ºC.
Enfim, assistam a palestra de Savory, no vídeo abaixo. Depois, leiam o livro, e aí, pelo amor de Deus, escutem as minhas previsões sobre o futuro da pecuária, no Brasil e no mundo. Enquanto é tempo.
.
A palestra abaixo, do biólogo americano Allan Savory, desmistifica a culpabilidade da pecuária pela desertificação de imensas áreas no planeta afora, conforme acusam os ambientalistas, e que, conforme Savory afirma, ele mesmo errou ao analisar emocionalmente essa questão alguns anos atrás.
Conforme destaco já na foto da capa do livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", a desertificação é um dos maiores problemas da humanidade, pois provoca mudanças climáticas em um microclima, e que depois crescem no entorno, provocando na sequência imensas áreas desérticas.
O vídeo abaixo mostra esse debate de forma clara, me foi enviado pelo meu amigo, pecuarista Carlos Viacava, que não leu o meu livro, deu apenas uma passadinha d'olhos pelo mesmo, mas assistiu a palestra doSavory, e sentiu-se perdoado por estar fazendo ILP (Integração Lavoura Pecuária) no oeste do estado de São Paulo, onde tem conquistado resultados fantásticos na recuperação da fertilidade do solo. O trabalho de implantação de ILP na fazenda de Viacava foi publicado em diversas reportagens da jornalista Maristela Franco, nas revistas Agro DBO e DBO, desde o início do projeto, dois anos atrás, e durante esse tempo todo. Foi um trabalho planejado e liderado pelo pesquisador João Klutcousky, o João K, da Embrapa. Foi minha a ideia de acompanhar jornalisticamente esse trabalho, por acreditar nas propostas da ILP, e também da ILPf (Integração Lavoura Pecuária e Floresta).
De outro lado, Viacava não atentou para o fato de que, se está fazendo certo a parte dele, está equivocado na sua posição de líder do setor de pecuária, ao ignorar as denúncias que faço no livro, e que tenho enfatizado pessoalmente, em relação às posições políticas e econômicas das agendas ambientalistas. Não basta defender a pecuária para se livrar dos problemas que virão no futuro breve, em consequência das ações dos ambientalistas a partir do acordo pré-firmado na COP21, em dezembro último, em Paris. Virão novas acusações, e, com elas, agora virão os julgamentos e condenações aos pecuaristas.
No livro, abri uma legenda na página 16, de mais de 1/2 página, sobre a foto da capa, que afirma o seguinte:
Nota sobre a foto da capa
Trata-se de um mapa feito pela Nasa (2007), a Agência Espacial Americana, e mostra nas regiões marcadas em amarelo que a temperatura média do solo é superior a 45ºC. Destacam-se, com a predominância do amarelo, a Califórnia (EUA), o deserto do Saara (África), além de países como a Espanha, Arábia Saudita e China, onde os desertos são demarcados.
Nas demais regiões, aparecem com leves tons amarelados o Nordeste do Brasil, na Caatinga, bem como o Norte da Austrália e alguns pontos na África.
Conforme a fisiologia vegetal, todo engenheiro agrônomo sabe que plantas anuais não suportam temperaturas no solo superiores a 33ºC, elas murcham e tendem a morrer. Apenas as perenes suportam esse calor por algum tempo.
Outra conclusão evidente é que as áreas amarelas mostram desertos consolidados, cujas causas de formação são milenares e desconhecidas, mas podem-se descartar culpas antropogênicas, sem nenhuma sombra de dúvida.
Se há, de fato, conforme Odo Primavesi, um aquecimento do planeta, poder-se-ia indicar essas regiões (áreas de deserto, degradadas e aridizadas) como principais responsáveis pela emissão do calor, pois nesses locais são normais temperaturas superiores a 60ºC, e a ausência de nuvens, pela inexistência de vegetação vaporizadora. À noite os desertos apresentam temperaturas próximas do 0ºC.
Enfim, assistam a palestra de Savory, no vídeo abaixo. Depois, leiam o livro, e aí, pelo amor de Deus, escutem as minhas previsões sobre o futuro da pecuária, no Brasil e no mundo. Enquanto é tempo.
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3 comentários:
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Richard, sou teu fã e não abro mão. Tuas denúncias são sérias e precisamos enfrenta-las. Acho que estou fazendo minha parte, mas sempre é possível melhorar. abraços
ResponderExcluirSimplesmente espetacular esse papo.
ResponderExcluirObrigado por mais essa.
Casale
Richard. O relato da experiência de Allan Savory confirma as recomendações que técnicos brasileiros fazem sobre o que seria o manejo sustentável dos solos tropicais. A forma de imitar a natureza preconizadas por Allan são as mesmas que encontramos quando falamos sobre os alicerces ou princípios do Sistema Plantio Direto de Agricultura Conservacionista (Zero Tillage Conservation Agriculture) de onde derivou a Integração lavoura-pecuária-floresta. A experiência de agricultores brasileiros, exaustivamente relatadas pelo consultor internacional John Landers, com nossa participação, confirmam as ideias colocadas na apresentação do ecólogo do Zimbábue. Obrigado Richard por trazer ao nosso conhecimento essa apresentação. Lembramos que, o fato de termos um ano com chuvas abundantes, não significa que teremos água disponível nos meses de seca que estão por vir. Não fizemos nossa lição de casa e a água que precipitou sobre as terras degradadas de nossas bacias hidrográficas, rapidamente vazaram para o mar, depois de inundar as suas margens. Reservação, barreamento, terraceamento, cobertura do solo, rotação de culturas, não revolvimento do solo, e outras práticas conservacionistas ainda permanecem esquecidas e a água que poderia ser aproveitada já está no Río de la Plata. Pedro Freitas, Engenheiro Agrônomo, Pesquisador Sênior, Embrapa Solos
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