Richard Jakubaszko
O texto e as fotos abaixo foram publicados na revista Agro DBO nº 47, de agosto 2013, sobre o 2º Concurso de Fotografias da Pioneer Sementes.
Os fotografados são conhecidíssimos representantes de um poderoso exército com inegável potencial destrutivo das lavouras.
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1º lugar - Ninfas de percevejos, por Marina S. Fujivara. |
Quase tudo é marketing
hoje em dia. Fazemos marketing em
nosso cotidiano, com a família, com os amigos e os parceiros comerciais. Um
concurso de fotografias promovido pela Pioneer Sementes mostra o marketing da empresa com seus clientes, e
revela inesperados e surpreendentes talentos por gente do agro. E ainda mostra
a todos nós que até a natureza faz seu marketing.
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2º lugar - Vaquinha - Diabrótica Speciosa, por José Ferreira dos Santos. |
O 2º Concurso de Fotografias da Pioneer Sementes, cujo
resultado foi conhecido em julho último, recebeu inscrição de centenas de fotos
mostrando como a natureza “se exibe” em suas intimidades, enfim, como essa
natureza faz seu marketing. O
concurso demonstra a inesgotável diversificação da natureza, e, acreditamos
assim, da infinita criatividade Divina, em detalhes raramente percebidos pelos
humanos, distraídos na luta pelo poder no topo da cadeia animal.
Alguns observadores mais atentos, como esses “fotógrafos”
premiados, convivem com essas belezas no dia a dia, eis que nenhum deles é “retratista”
profissional, são todos agricultores ou técnicos da área, mas sensíveis à
percepção dessas manifestações quase invisíveis, que ocorrem à sorrelfa, de
forma silenciosa, quase sorrateira. E esse perceber a natureza é parte do marketing do agricultor.
O tema proposto ao concurso pela DuPont Pioneer foi “Doenças
e Pragas nas Culturas do Milho e Soja”. Os primeiros lugares receberão prêmios como
câmeras fotográficas e tablets, e os demais ganharão prêmios especiais.
Os invasores reproduzem-se de forma incontrolável, como se o mundo lhes
pertencesse.
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3º lugar - Lagarta da maçã Heliothis Virescencis, por Gilson Calixtro da Silva. |
A grande maioria dos exemplares da natural beleza retratada é
de valentes e conhecidíssimos representantes de um poderoso e diversificado exército
com inegável potencial destrutivo das lavouras, fator limitante da produção e
produtividade de alimentos. Na ausência de seus inimigos naturais, quando
chegam às lavouras, encontram segurança, comida farta, sombra e água fresca, e
tornam-se um desequilíbrio ambiental que deve ser combatido. Reproduzem-se de
forma incontrolável, como se o mundo lhes pertencesse. Esse é o marketing segmentado da natureza, de
evolução constante, na projeção e proteção da espécie, na tentativa da
sobrevivência a qualquer custo, para não cair em estágios de pré-extinção.
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4º lugar - Ninfa de percevejo, por Victor Massaru Yamada. |
Ao mesmo tempo, a entomologia nos ensina que existe uma
imensa e inacreditável diversificação de insetos, lepidópteros,
micro-organismos, todos com criativos nomes latinos e de escrita difícil. Mas
que convivem harmoniosamente dentro das lavouras, alguns benéficos, outros
patogênicos, e com os quais temos de compartilhar parte do alimento ainda não
recolhido do campo. Pelo fato de a humanidade também possuir essa inconveniente
e perturbadora progressão geométrica de multiplicação demográfica, eis que já
passamos dos 7 bilhões de bocas no planeta, e porque mais de 1 bilhão ainda
passa fome, necessitamos, cada vez mais, produzir quantidades maiores de
alimentos, competindo com os insetos e doenças das lavouras. Tudo isso,
evidentemente, sem jamais descuidar do direito de controlar o crescimento
populacional desses diminutos e interessantes invasores, através de tecnologias
cada vez mais sofisticadas, mais específicas, e também mais caras. E esse é o marketing das empresas de insumos.
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5º lugar - Tesourinha, inimigo natural, por Sidney Hideo Fujivara. |
A natureza, como sempre foi através dos tempos, com sua incrível
diversificação, nas características e no visual, nos ensina que a humanidade
ainda tem muito a apreender com o que se convencionou denominar de “meio
ambiente”. A natureza nos manda recados de que “não estamos sós”, e nem nunca
poderemos estar sós, como parecem almejar alguns urbanos, seres estranhos e
exóticos que, em sua maioria, parecem detestar qualquer manifestação mais
intensa da natureza, a começar por chuvas. Nós, membros da humanidade, ainda não
entendemos o natural, mas estamos percebendo, aos poucos, em um processo de
aprendizado penoso e complicado, que não sobreviveremos sem que o meio ambiente
esteja em equilíbrio. Já para a natureza tanto faz, ela tem sua própria escala
de princípios e valores, e, com a humanidade presente e dominante, ou sem ela,
a vida e seus ciclos seguem em frente. É assim a natureza, incompreendida, mas
bela e exibida.
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6º lugar - Lagarta da espiga - Helicoverpa zea, por Lucas Bochnia. |
Este blog parabeniza os ganhadores e
também os integrantes da equipe Pioneer, pela realização desse marketing de relacionamento com os seus
clientes e amigos, todos eles observadores, integrados com a natureza.
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7º lugar - Percevejo manchador, Disdercus sp, por Adriano Castro Cruvinel. |
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8º lugar - Lagarta falsa medideira, por André Shimohiro. |
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9º lugar - Nematoide de cisto, por Fernando Cardoso Pereira. |
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10º lugar - Mariposa, Helicoverpa zea, por Elvison Alves Da Cruz. |
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11º lugar - Lagarta do cartucho, por MaC Donald Campos de Almeida. |
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12º lugar - Ferrugem polyssora do milho, por Michel A. Ribeiro Taques. |
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Sensacional Richard! Linda exibição de nossa natureza que está entre nossos maiores bens, de onde extraímos nossas culturas que alimentam esse imenso país e ainda diversos outros... Parabéns pela contribuição ! Grande Abraço ! Roney Honda Margutti - Siamfesp
ResponderExcluirUrge não complicar. Vide e.mail ao Estadão.
Excluir"Parabéns pelo editorial de hoje “Campo, cambio e tecnologia” (OESP, 7/8/13, A3), registrando e louvando o progresso de nossa agropecuária. A frase final poderia ter sido: “Esse vigor é resultado do ingente esforço humano no passado para capitalizar o maior recurso natural do país, seja o clima ensolarado, quente e chuvoso. Após da remoção da vegetação nativa primária, - seja floresta, cerrado ou campo-, para deixar entrar luz, foram plantados milhões de hectares de cana, café, cereais e pastagem iniciais, resultando no sucesso de hoje. Muito diferente das políticas atuas ajustadas aos interesses dos produtores de além-mar que, muito realistas e objetivos, defendem lavouras aqui(país deles) e florestas lá (Brasil e outros)”. Fernando Penteado Cardoso, eng. agr. sênior, USP-ESALQ 1936"
Demais as fotos!
ResponderExcluirabs
Cláudia Santos
CDI Public Relations