sábado, 31 de dezembro de 2022

Um Feliz Ano Novo, e que em 2023 você seja menos ansioso...

Richard Jakubaszko    
É isso aí, que essa praga da ansiedade nos abandone... E que sejamos felizes!!!

 

















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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Chega ao fim a era Bolsonaro. Graças a Deus.

Richard Jakubaszko   
Começou o fim da era Bolsonaro hoje, pegou o avião foi-se embora para os braços de seu amor, Donald Trump. Em atitude covarde e mesquinha, além de indigna, Bolsonaro fugiu ao ato de passar formalmente a faixa presidencial ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Quem irá passar a faixa é o menos importante, que coloquem um estafeta, o porteiro do Palácio do Planalto, para representar o povo. Não há necessidade legal e nem formal de que seja uma autoridade pública, como o vice-presidente Hamilton Mourão, ou tampouco algum representante do Legislativo.

Para evitar prestar continência a Lula, o comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, vai protagonizar uma quebra inédita de protocolo nas Forças Armadas. Ele não vai comparecer nem posse e tampouco à solenidade da Marinha marcada para o dia de 5 de janeiro, quando seu sucessor, Marcos Sampaio Olsen, será empossado. O ato de prestar continência, para um militar, é uma atitude de respeito dos militares para com seus superiores, e Lula, como presidente, é o chefe maior das Forças Armadas. Com essa decisão do almirante fica a certeza de que ele era um dos comparsas de Bolsonaro na tentativa de golpe para desestabilizar o país. Deveria pedir aposentadoria, para ir ao lugar que merece.

No Brasil, as instituições que defendem a democracia e o estado de direito venceram a queda de braço, e que isto seja observado por todos, queremos a liberdade, a democracia, e não o estado de exceção.

Espero que Bolsonaro jamais volte ao Brasil. Ele sabe que poderá ser preso se voltar a pisar em solo brasileiro, tamanho o número de inconstitucionalidades e crimes que cometeu. 

A esperança venceu novamente. Mas ainda há que se tomar cuidados, pois apesar de muitos bolsonaristas estarem decepcionados com o comportamento do mito, existe a possibilidade de algum ato terrorista ou a tentativa de alguma violência contra Lula.

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Adeus Pelé, você foi o maior de todos

Richard Jakubaszko     


Há dias eu acompanhava pela internet a agonia de Pelé, que hoje chegou ao fim. Pensei que fosse acontecer o desenlace durante a Copa do Mundo, mas Pelé resistiu bravamente, o câncer principal no intestino não o venceu, nem as metástases no rim e no coração. O fim chegou com a falência múltipla dos órgãos. Seria preciso muita coisa como barreira para a vida, caso contrário Pelé iria driblar todas, como fez com milhares de zagueiros no mundo. Pelé chegou a parar uma guerra entre países africanos, que queriam vê-lo jogar. Foi uma glória, que Pelé sempre encarou com humildade, assim como com todas as suas conquistas.

A mídia no mundo inteiro exibe hoje seus gols e suas brilhantes jogadas, mostrando aos mais jovens quem foi você, Pelé, e como era grande o seu gigantesco e inigualável talento. Por favor, dá um abraço no Garrincha, no Nilton Santos, Maradona, Telê, outro no João Saldanha, Gilmar, e até no Nelson Rodrigues, que achava você um gênio.

RIP, Pelé. 

 

 

 

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domingo, 18 de dezembro de 2022

Argentina, campeã do mundo 2022

Richard Jakubaszko  
Com fé, dedicação, raça e muito talento, Argentina é campeã!
Parabéns hermanos!!!
Por isto, um aviso a todos, do mais querido argentino do mundo:



 

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sábado, 17 de dezembro de 2022

Por que o confronto, às vezes, é necessário?

Richard Jakubaszko  

Ontem um amigo me questionou sobre a minha perigosa necessidade de sempre provocar confrontos. Como ele é inteligente e tem honestidade intelectual, enviei e-mail para explicar os meus confrontos, especialmente sobre o aquecimento, tema do meu livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?". Evidentemente estávamos falando sobre isso, e o amigo me fez uma crítica sobre os confrontos que estabeleço, que é uma estratégia que está na ordem inversa de interesse das grandes empresas, onde predomina o compliance. Após uma profunda reflexão sobre o tema minha resposta foi uma só: estamos em guerra!

Nas guerras reais, como sabemos, a primeira vítima é a verdade. Na guerra de interesses comerciais a verdade também se torna uma vítima, mas é ela, a verdade, em essência, que indicará o vencedor. O confronto direto é minha principal arma para combater a estratégia do inimigo em ignorar, o que sempre é feito com os diferentes. No caso das mudanças climáticas e do aquecimento isso é imperioso, pois o principal “juiz”, que é a opinião pública, está influenciado por quase todo o mainstream midiático. A grande mídia se tornou a maior aliada e defensora da questão climática. Demonstro isso em meu livro. Nele, recorri a Noam Chomsky para mostrar as 10 estratégias de manipulação midiática e do poder estabelecido, e da mídia que trabalha em prol do comando de plantão.

Por quê? Porque não há alternativa Porque sem o confronto, não há debate, e sem o debate as ideias desaparecem. Sem ideias desafiadoras vence a mentira dominante. O livro “1984” demonstrou isso claramente. O Rei está nu, e ninguém contesta a verdade. Vivemos na caverna de Platão.

Conforme o inglês Walter Lipmann, onde todo mundo pensa igual é porque ninguém está pensando. Por isso os detentores do poder se queixam dos confrontos. É confortável a quem está no comando desprezar, desqualificar e deslocar o confronto, porque ele incomoda. Sem o confronto serei omisso.

Tudo o que tenho pedido, implorado até, desde a primeira edição do meu livro, em 2015, e isso está no livro, é que se tenha um debate honesto sobre o aquecimento, dito antropogênico. Um debate científico. Mas não há debate. O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues concordou comigo, e fez o posfácio, onde elegantemente sugere o debate.

Quando se obtém uma resposta do inimigo nesse tema é de desprezo e desqualificação, nos chamam de negacionistas, quando somos céticos, e isso não tem nada a ver com quem não acredita em vacinas ou de que a terra é plana. Mas você leitor pode acreditar que a maioria dos cientistas sérios não acredita na mentira do aquecimento. Richard Lindzen, climatologista, professor emérito do MIT, é um deles, outro é James Lovelock, que se desmentiu sobre o apocalipse, mas a mídia nada noticiou sobre o mea culpa de Lovelock. Muitos cientistas têm medo de se expor, porque são atacados de forma perversa pela mídia. Faz mais de 40 anos que isso está acontecendo. Faz mais de 40 anos que se conta essa mentira do aquecimento que não acontece nunca. Porque não existe, e porque não há nenhuma prova científica do que afirmam.

Portanto, sem o confronto o inimigo não nos reconhece como pedra em seu caminho, e conquista a verdade única, simples assim.

Para comprovar: com raríssimas exceções, nenhum grande órgão de mídia publicou uma única nota sobre o lançamento de meu livro, desde 2015, mesmo tendo sucessivas reedições ampliadas; E que desde maio 2022 está em sua terceira edição. Mas se alguém pedir a opinião de leitores do livro, uma mísera parte da opinião pública, ela está no site da Amazon.com, onde 90% dos leitores do livro atribuem a ele notas de 4 a 5 estrelas, com média de 4,6 num máximo de 5. É pouco, sem dúvida, são apenas 70 leitores que comentaram, mas já é um primeiro passo, e isso me dá incentivos a fazer mais confrontos.


Quem desejar conhecer mais sobre o assunto clique na aba lateral superior do blog para adquirir o livro, custa R$ 50,00 com taxas de correios inclusas, você recebe o livro em casa, autografado pelo autor.

Como vimos, para não empobrecer as ideias, por vezes o confronto é necessário. O debate é sempre enriquecedor e ambos debatedores saem enriquecidos de um bom debate e troca de ideias, é assim que aprendemos.

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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

São Paulo, a fé reflete-se na tecnologia e na modernidade

Richard Jakubaszko 
Via a cena, imaginei como imagem, gostei, e tirei uma foto. São Paulo tem automóveis demais, é dinâmica, pulsante, mas a fé reflete-se nessa modernidade e nas tecnologias arquitetônicas, como se informasse para nós que continua presente e atuante. A fé continua espremida entre as modernidades, e cada vez com menos espaços; pense nisso.
  




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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

De volta pra casa, nas quartas, por pura soberba de querer fazer mais um gol...

Richard Jakubaszko  
Faltavam 5 minutos para acabar o jogo, será que não conseguiríamos segurar os cansados croatas? Parece que não, porque a soberba empurrou o time pra frente pra fazer mais um e "matar" o jogo. Não matou, e permitiu o empate num contra-ataque, e perdemos nos pênaltis para um time medíocre, que pratica o anti-futebol, a velha retranca, dá paulada e joga de forma bruta.

A pátria das chuteiras, enlutada, agora vai enterrar os que até ontem eram os futuros heróis. A começar por Tite.

 

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sábado, 3 de dezembro de 2022

A Copa de Futebol 2022 e o mundo que nos aflige

Richard Jakubaszko
Tristes e ao mesmo tempo curiosos estes momentos contemporâneos que vivemos, e isso não é saudosismo de quem já se aposentou como eu. É que as notícias, as fake news e os eventos, do jeito que chegam se vão numa rapidez estúpida, a ponto de não permitir uma reflexão sobre a importância em si do que acabamos de ver e ouvir, e que já amanhã ninguém mais vai lembrar. A profusão, o excesso de coisas sem importância que se acumulam diante de nós nas manchetes na internet nos dão a certeza desse mundo passageiro e efêmero que vivemos e sem nos dar tempo de apreciar aquilo que é mais importante.

Me pego pensando sobre o que é este mundo digital que vivenciamos. Quase tudo é manchete na web e ao mesmo tempo será deletado, seja dos “famosos” digitalmente fabricados, das personalidades reais, até ao mundo que se nos apresenta corrente ao fluxo de expectativas que respiramos, seja na copa de futebol do Catar, seja no país que habitamos.

Dito assim, de forma genérica, a questão fica clara para o nosso desejo maior de conquistar o hexa, que parece cada vez mais distante, não apenas por conta de uma derrota exótica da seleção brasileira para a fraca seleção de Camarões, mas até porque outras seleções já perderam a invencibilidade precocemente ainda na fase de grupos, como França, Espanha, Portugal, sem contar Argentina, mas as poderosas desclassificadas Alemanha e Bélgica que já tomaram avião de volta. Umas perderam por conveniência pragmática, outras porque apenas arriscaram a sorte de jogar com reservas para manter os titulares descansados, porque o mata-mata vem aí a partir de hoje, sábado. Sim, isso já se foi, Holanda e Argentina passaram...

Outras perderam por pura soberba e inconfessável incompetência, ao não perceberem as mudanças que estão ocorrendo nesse mundo cada vez mais maluco (e Japão, Marrocos, Arábia Saudita, Coreia do Sul, ou Austrália nas oitavas não é maluquice?), onde nos é possível verificar se houve ou não o gol, o impedimento, a falta, se a bola saiu ou não, através de múltiplas câmeras espalhadas por todos os ambientes. Uma delas, num instante fugaz, terá gravado a realidade, seja o gol verdadeiro, seja o imbecil impedimento do cotovelo do atacante, alguns milímetros adiante do calcanhar do zagueiro, tecnicalidades conforme registra o implacável VAR, instrumento de tortura dos torcedores e sobre o qual nenhum juiz filho da puta como sempre foram todos os juízes de futebol, terá a coragem de contrariar.

Mal comparando, precisamos de um VAR no dia a dia da nossa vida política e no país, porque a bruxa anda solta faz um tempo danado e ninguém entende mais nada. Vejam que o filho 03, o deputado federal Eduardo Bolsonaro voou para o Catar, com mulher, família e amigos, para distribuir a rodo pendrives, estranhos artefatos muito utilizados até os anos 2010, contendo informações agudas sobre o comunismo presente no Brasil e denunciando aos donos dos camelos saarianos outros arbítrios inconfessáveis aos brasileiros. Ao mesmo tempo, seu papai anda desalentado, meio distraído e abobado da vida, talvez tenha broxado depois de se autoafirmar imbroxável, o que era só uma mentirinha, mas preocupa seus amigos e correligionários, e ele já deixou claro que não irá à transmissão de posse do cargo ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, e nem irá entregar a faixa presidencial, ato que deve ser cumprido pelo vice-presidente, general Hamilton Mourão. Este, eleito senador pelo Rio Grande do Sul, já avisou que essa história não é com ele, e tirou o corpo fora. Ou seja, cadê o VAR? Tá certo que passar a faixa é um ato simbólico, mas pôrra, nem isso o Jair respeita? E o filho 03, alguém gravou ele pra conferir no VAR depois? O que é que tem nos pendrives, gente?

Vai ficar que nem a mamadeira de piroca, os estupradores da Damares, o kit gay, as rachadinhas dos filhos, a compra dos 105 imóveis com dinheiro vivo, o US$ 1 dólar por cada vacina, nada disso era jogo ou cena importante, não tinha VAR e amanhã ninguém se lembra de mais nada. 

Triste curioso mundo novo sem memória que não aprende nada de importante, porque vive de "likes", e não consegue iluminar seu próprio futuro.

 

 

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Discurso antológico de Paolinelli na FIESP esta semana

Richard Jakubaszko  
Recebi por zap do amigo Paulo Herrmann o texto abaixo, me avisando que o discurso fora feito pelo maior brasileiro vivo. Leiam, de fato é brilhante a mensagem.
   

Amigos,
Cumprimento inicialmente meu amigo Roberto Rodrigues, nosso anfitrião, o Presidente da FIESP, Josué Gomes da Silva, e através dele nosso caro amigo Jacyr Costa Filho, brilhante coordenador do COSAG e o Vice-Presidente eleito, Geraldo Alckmin, em nome dos quais agradeço a todos os presentes...

Meus amigos e companheiros de vida, muito obrigado pela homenagem que me prestam. Estou comovido. Acompanhei de perto o tremendo esforço feito para que o Brasil fosse laureado com o Prêmio Nobel, que não chegou. Com a Ciência do nosso lado, continuamos a acreditar que podemos transformar o mundo em que vivemos. Vivi fato semelhante quando Norman Borlaug me indicou para o World Food Prize, em 2002. O Conselho de sua Fundação levou 4 anos para entender o significado da criação do Agro Tropical. Só fui laureado em 2006 e, por minha sugestão, indicaram ao mesmo tempo dois cientistas: um embrapiano, outro norte-americano. Mostrava também que nunca fizemos nada sozinhos.

Iniciei muito cedo e antes mesmo de receber o diploma de agrônomo, fui incumbido da missão de lutar pela sobrevivência da ESAL, hoje Universidade Federal de Lavras. Confesso ter sido uma das mais árduas batalhas vencidas, graças à participação de colegas e da sociedade, que percebeu o tesouro que estava sendo jogado fora. Deus nos ajudou. Foram dez anos de luta, mas o sacrifício valeu a pena. Hoje, os milhares de estudantes da UFLA nos enchem de esperança. Eles contribuem para um mundo melhor.

Nunca reivindiquei cargos ou posições. Sempre fui convocado e fazia questão de saber de quem me convocava, se estava certo da minha competência e capacidade de trabalho. Isso possibilitou-me sempre valorizar a competência, seriedade e a capacidade técnica e de trabalho. Por esta razão, sempre tive minhas tarefas facilitadas, pois acima de tudo coloquei a Pátria e os desígnios de Deus. Aprendi com a minha Mãe a só usar o que eu possuía, mesmo que sacrifícios existissem. Respeitar o do alheio e o que não era meu, pois Deus sempre supriria as nossas pessoais necessidades. Daí sempre vivi humildemente para o trabalho que me ensinaram e espero ter falhado o mínimo possível. Muito obrigado minha Mãe. Você foi a base da minha existência.

Sempre respeitei com orgulho os ensinamentos do meu Pai. Suas lições e preceitos. Agora posso avaliar como fui feliz em ouvi-lo. A minha Família, minha esposa e cinco filhos, quatorze netos e já três bisnetos. Vocês constituem a minha única riqueza e felicidade. Meus amigos e verdadeiros irmãos de Fé, Confiança e Trabalho, devo muito a vocês. Que nosso Deus lhes dê a paga que nunca pude fazer. Obrigado, devo meu trabalho a vocês.

Companheiros, este foi o Brasil onde nasci e me criei. Dele me orgulho tanto. Não gostaria que ideias diferentes influenciadas por pitonisas enganosas venham provocar mudanças ideológicas ou políticas que nos nos tire desta direção.

O Brasil está pronto para fazer o futuro chegar novamente. Somos o único País capaz de, em poucos anos, mais do que dobrar a produção de alimentos, sem desmatar uma única árvore, sem destruir um único bioma.
Por isso, é tão urgente depositar um novo olhar, reler o papel do Agro Tropical muito além da sua tradução convencional em bilhões de dólares ou milhões de toneladas.

Temos as respostas rápidas e seguras que o mundo precisa para enfrentar os temas mais críticos, as mais profundas e complexas crises globais da atualidade:

*No combate à fome, a redução do preço dos alimentos, via choque de oferta. Já fizemos uma vez. Não é aventura.

*No enfrentamento da agenda climática, um extraordinário arsenal tecnológico e a visão de que a inclusão social transforma desmatadores em agentes do impacto mínimo da produção de alimentos sobre a natureza.

*Na contenção dos fluxos migratórios forçados, pela geração de renda, emprego e qualidade de vida, em bases sustentáveis, aqui mesmo, na região tropical, de onde ninguém deveria ser forçado a sair se pudesse aqui viver com dignidade.

Essa causa central é a mesma dos jovens, os verdadeiros donos do futuro, com os quais o diálogo passa muito menos pela informação e muito mais pela comunhão de valores. E os valores vêm junto com as entregas reais que fazemos à sociedade. É a causa do Planeta: a natureza é nosso ambiente de trabalho, conservá-lo é uma obrigação. É a causa humanitária, das pessoas, objeto maior do processo civilizatório que nos une a todos. É a causa dos investidores, que buscam a segurança da governança ESG.

Parece um sonho, é verdade. Mas, no Brasil, estamos acostumados a realizar sonhos.
A participação dos jovens nas Reformas é o elemento chave deste sonho. Sem eles, vamos reproduzir o modelo gastador, socialmente injusto, administrativamente desorganizado e economicamente ineficiente que impedem o Brasil de ser um País Desenvolvido.

A primeira reforma tem que ser a Política. Partido tem que ter carta de princípios, respeitá-la, ser alvo da fiscalização pelo eleitor. O partido político não pode se transformar em grupos de assalto ao erário público. A honestidade terá de ser a sua base e o amor a pátria acima de tudo.

A Reforma Administrativa é urgentíssima. A boa gestão eficiente dos recursos humanos já produziria recursos para atender os mais necessitados. Pasmem, sequer fixamos um teto efetivo para os salários de setor público.

A honestidade de um governo começa por aí.
Aqui que precisa ser revisto o papel da Embrapa. Antes, uma empresa com missão definida, autonomia técnica e financeira, hoje, prisioneira de relatórios, de uma burocracia interminável, e tendo pela frente os mais inquietantes desafios globais para resolver, sem recursos financeiros pra executar.

Uma reforma tributária só faz sentido pautada pelas duas primeiras.
Os Países Desenvolvidos descobriram isto há cem anos. Não se tributa em vão. Nenhuma Nação séria, com moeda forte, faz planejamento econômico como se conserta relógio suíço com bigorna e marreta. Definir o quanto o Estado custa é preliminar. O avanço tributarista em cima de quem produz é inaceitável. Ousam imaginar tributar alimentos em meio à crise que vivemos.

Os governantes precisam ser obrigados a comprovar a eficiência no uso do que arrecadam.

Juntas, Natureza e Ciência têm todas as respostas.
Preservar a floresta úmida é essencial. Mas, sem considerar a geração de emprego e renda pela Bioeconomia Tropical, continuarão excluídas da pauta civilizatória 29 milhões de pessoas, só na Amazônia brasileira.

Devemos sim, preservar, regenerar, mas podemos também converter a Amazônia no maior celeiro de produtos naturais do Planeta.

O grande desafio é transferir a força revolucionária do saber do ambiente científico para a realidade, para o “chão de fábrica”, lá onde atuam os produtores rurais.
Conhecer o potencial das nossas tecnologias é uma obrigação. Evita que lideranças, principalmente as que nos governam, façam coro com os que nos criticam por desinformação.

Por isto fizemos o livro “AS TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS QUE VÊM DOS TRÓPICOS – DESENVOLVER SEM DESMATAR”, organizado pelo Fórum do Futuro, com 64 artigos assinados por uma nata de pesquisadores e gestores que exibem nossa capacidade de enfrentar os principais desafios globais. Com prefácio do Banco Mundial e introdução da FAO, a obra demonstra como a Bioeconomia pode levar o Brasil à liderança da oferta global de alimentos.

A humanidade já assistiu a dois grandes saltos na história do aumento da oferta. Estamos preparados para realizar o terceiro, mas isto só será plausível se fizer parte do projeto brasileiro de sociedade; se ingressarmos no imaginário global pelas soluções que podemos construir.

Há 50 anos, os brasileiros pagavam pela comida mais cara do mundo. O choque de oferta decretado pelo ingresso do Brasil no mercado internacional de alimentos, em 1980, baixou fortemente os preços. A família brasileira média que gastava cerca da metade da sua renda só em alimentação. E, os preços de índice 100 começaram a desabar; em 2000, vinte anos depois tinham caído para o mundo em 50%, mas para a família média brasileira para até 30%.
Aqui se pagava a alimentação mais barata do mundo.

Agro brasileiro transborda, vai muito além. Quando assumi o Ministério da Agricultura, 1974, o frango era uma proteína reservada à elite. Consumo per capita nacional; 3,5 kg por ano. O melhoramento genético (Ciência, da Tecnologia e Inovação tropicais), foi então a base de um dos mais vibrantes processos de democratização alimentar da trajetória humana. Hoje, os brasileiros, em média, comem 45 kg de carne de frango a cada ano.

Democratizar o uso de saberes e tecnologias sustentáveis é condição sine qua non. Vamos precisar de uma ferramenta institucional que sistematize o conhecimento existente: crie mecanismos de efetiva transferência e capacitação de produtos e atores na ponta; que promova a “Pesquisa por Missão”. O SIBRATER é hoje uma nova necessidade, seja ele promovido pelo governo e pela iniciativa privada que seja capaz de motivar esses jovens que entram na produção realizem ou se organizam para fazer aquilo que é necessário e que governos populistas rejeitaram.

A ignorância do produtor extrativista (seja ele pequeno, médio ou grande), faz a sua miséria. Isto passa pela melhoria da Educação, com a ajuda da iniciativa privada. Se só o Brasil são 4,5 milhões de famílias de excluídos tecnológicos, e, no mundo tropical, centenas de milhões de pessoas.

É esse EXÉRCITO DOS SEM FUTURO que engrossa as intermináveis colunas de migrantes forçados a deixar a sua casa, a sua gente.

Um país com essa História com a capacidade de reescrever o futuro das Nações, não tem o direito ao desalento. Não obstante, acreditar e ser otimista, não quer dizer subestimar o cenário inquietante, uma inédita coincidência de crises diversas, complexas e profundas.

O mundo volta à geopolítica bipolar, onde o Brasil é prisioneiro de uma encruzilhada diplomática e comercial. Somos parte do mundo ocidental, do seu ambiente de negócios, praticamos os seus valores; ao mesmo tempo, dependemos comercialmente do mercado asiático.

Esse quadro desafiante pode ser também uma gigantesca janela de oportunidades para o Agro empreendedor, tecnológico, inteligente, sustentável, organizado, cooperativado, inclusivo, obediente aos termos da Constituição da República e contrário a todas as ilegalidades.

Estas são as balizas da visão de País que precisamos pacificar para instruir a construção de um Novo Pacto Global, com base na governança dos nexos Alimento, Águas e Energia.

Estamos prontos a fornecer a contrapartida social e ambiental que o mundo espera, mas precisamos de ajuda. Hoje, ninguém faz mais nada sozinho.
O Pacto Global do Alimento é um processo ganha-ganha. Os países ricos precisam parar de focar nas consequências e passar a operar a solução dos problemas, lá onde eles se encontram.

No lugar de muros e barreiras, vamos construir pontes do conhecimento, promover a inclusão tecnológica e social de pequenos e médios produtores.
É uma oportunidade histórica para o Brasil, para os povos tropicais, para o mundo. Nossa tarefa é conciliar uma narrativa comum, que seja a expressão da proposta que a sociedade brasileira oferece à comunidade global.

Somar agendas comuns (Estado, Ciência, Iniciativa Privada e Sociedade) acende um novo ciclo de expansão econômica no Brasil – depois de 40 anos – e no mundo.

Insegurança alimentar é uma grave ameaça à Paz. Garantir comida para 200 mil novas bocas que a cada dia se somarão à demanda global, até 2050, e cumprir a agenda da sustentabilidade, não é ofício simples.

Vamos precisar de um diálogo franco com a sociedade. Comunicar de uma maneira contemporânea é negociar, é compartilhar causas com os eventuais adversários de hoje que queremos converter em parceiros de jornada. É oferecer produção social de sentido, materializar significados perante formadores de opinião.

Os jovens, os agricultores, os cidadãos que trabalham a favor da racionalidade econômica, precisam estar unidos para evitar que se jogue fora mais uma oportunidade do Brasil.

Esta mobilização é um sinal de que a classe política não pode mais tergiversar. A nossa Nação honesta e realista está nascendo agora perante o mundo. Vamos em frente, meus jovens. 

Esta é a hora.

Allysson Paolinelli

 

 

 

 

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