segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Feliz 2019

Richard Jakubaszko  

"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para faze-la doce.

Dificuldades para faze-la forte.
Tristeza para faze-la humana.
E esperança suficiente para faze-la feliz
."
Clarice Lispector
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domingo, 30 de dezembro de 2018

Filmagens inéditas feitas por drones

Richard Jakubaszko  
Imagens belíssimas feitas por drones, desde tubarões nadando ao redor de crianças e banhistas, e até de uma caverna gigantesca no Vietnan. Vale a pena conferir: 

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Bebês lindos em profusão

Richard Jakubaszko   
Tem bebê por aí, mundo afora, que é uma graça, né não? Esses aí embaixo são exemplos do que digo:

















quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Ensaios à solidão

Carlos Eduardo Florence *

Publiquei o romance "Ensaios à solidão" pela Editora Labrador, cujos dados técnicos e referenciais seguem abaixo. 



Qualquer contato com a Labrador poderá ser feito com a Rosângela pelo fone 11 3641.7446
E-mail: adm@editoralabrador.com.br 
351 pg.
Preço de capa: R$ 49,90
REF: 9788587740359 Categoria Romance
 
Mais informações
: https://catavento.livreiros.com.br/produto/romance/ensaios-a-solidao/




* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.

Publicado no https://carloseduardoflorence.blogspot.com.br/* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Conto de Natal – Maria e José na Palestina, anos 2000


por James Petras
Os tempos eram duros para José e Maria. A bolha imobiliária explodira. O desemprego aumentava entre trabalhadores da construção civil. Não havia trabalho, nem mesmo para um carpinteiro qualificado.

Os colonatos ainda estavam a ser construídos, financiados principalmente pelo dinheiro judeu da América, contribuições de especuladores de Wall Street e donos de antros de jogo.

"Bem", pensou José, "temos algumas ovelhas e oliveiras e Maria cria galinhas". Mas José preocupava-se, "queijo e azeitonas não chegam para alimentar um rapaz em crescimento. Maria vai dar à luz o nosso filho um dia destes". Os seus sonhos profetizavam um rapaz robusto a trabalhar ao seu lado… multiplicando pães e peixes.

Os colonos desprezavam José. Este raramente ia à sinagoga, e nas festividades chegava tarde para fugir à dízima. A sua modesta casa estava situada numa ravina próxima, com água duma ribeira que corria o ano inteiro. Era mesmo um local de eleição para a expansão dos colonatos. Por isso quando José se atrasou no pagamento do imposto predial, os colonos apropriaram-se da casa dele, despejaram José e Maria à força e ofereceram-lhes bilhetes só de ida para Jerusalém.

José, nascido e criado naquelas colinas áridas, resistiu e feriu uns tantos colonos com os seus punhos calejados pelo trabalho. Mas acabou abatido sobre a sua cama nupcial, debaixo da oliveira, num desespero total.

Maria, muito mais nova, sentia os movimentos do bebê. A sua hora estava a chegar.

"Temos que encontrar um abrigo, José, temos que sair daqui… não há tempo para vinganças", implorou.

José, que acreditava no "olho por olho" dos profetas do Antigo Testamento, concordou contrariado.

E foi assim que José vendeu as ovelhas, as galinhas e outros pertences a um vizinho árabe e comprou um burro e uma carroça. Carregou o colchão, algumas roupas, queijo, azeitonas e ovos e partiram para a Cidade Santa.

O trilho era pedregoso e cheio de buracos. Maria encolhia-se em cada sacudidela; receava que o bebê se ressentisse. Pior, estavam na estrada para os palestinos, com postos de controlo militares por toda a parte. Ninguém tinha avisado José que, enquanto judeu, podia ter-se metido por uma estrada lisa pavimentada – proibida aos árabes.

Na primeira barragem José viu uma longa fila de árabes à espera. Apontando para a mulher muito grávida, José perguntou aos palestinos, meio em árabe, meio em hebreu, se podiam continuar. Abriram uma clareira e o casal avançou.

Um jovem soldado apontou a espingarda e disse a Maria e a José para se apearem da carroça. José desceu e apontou para a barriga da mulher. O soldado deu meia volta e virou-se para os seus camaradas. "Este árabe velho engravida a rapariga que comprou por meia dúzia de ovelhas e agora quer passar".

José, vermelho de raiva, gritou num hebreu grosseiro, "Eu sou judeu. Mas ao contrário de vocês… respeito as mulheres grávidas".

O soldado empurrou José com a espingarda e mandou-o recuar: "És pior do que um árabe – és um velho judeu que violas raparigas árabes".

Maria, assustada com o caminho que as coisas estavam a tomar, virou-se para o marido e gritou, "Pare, José, ou ele dispara e o nosso bebê vai nascer órfão".

Com grande dificuldade, Maria desceu da carroça. Apareceu um oficial do posto da guarda, a chamar por uma colega, "Oh Judi, apalpa-a por baixo do vestido, ela pode ter bombas escondidas".

"Que se passa? Já não gostas de ser tu a apalpá-las?" respondeu Judith num hebreu com sotaque de Brooklyn. Enquanto os soldados discutiam, Maria apoiou-se no ombro de José. Por fim, os soldados chegaram a um acordo.

"Levanta o vestido e o que tens por baixo", ordenou Judith. Maria ficou branca de vergonha. José olhava para a espingarda desmoralizado. Os soldados riam-se e apontavam para os peitos inchados de Maria, gracejando sobre um terrorista ainda não nascido com mãos árabes e cérebro judeu.

José e Maria continuaram a caminho da Cidade Santa. Foram frequentes vezes detidos nos postos de controlo durante a caminhada. Sofriam sempre mais um atraso, mais indignidades e mais insultos gratuitos proferidos por sefarditas e asquenazes, homens e mulheres, leigos e religiosos – todos soldados do povo Eleito.

Já era quase noite quando Maria e José chegaram finalmente ao Muro. Os portões já estavam fechados. Maria chorava em pânico, "José, sinto que o bebê está a chegar. Por favor, arranja qualquer coisa depressa".

José entrou em pânico. Viu as luzes duma pequena aldeia ali ao pé e, deixando Maria na carroça, correu para a casa mais próxima e bateu à porta com força. Uma mulher palestina entreabriu a porta e espreitou para a cara escura e agitada de José. "Quem és tu? O que é que queres?"

"Sou José, carpinteiro das colinas do Hebron. A minha mulher está quase a dar à luz e preciso de um abrigo para proteger Maria e o bebê". Apontando para Maria na carroça do burro, José implorava na sua estranha mistura de hebreu e árabe.

"Bem, falas como um judeu, mas pareces mesmo um árabe", disse a mulher palestina a rir enquanto o acompanhava até à carroça.

A cara de Maria estava contorcida de dores e de medo; as contrações estavam a ser mais frequentes e intensas.

A mulher disse a José que levasse a carroça de volta para um estábulo onde se guardavam as ovelhas e as galinhas. Logo que entraram, Maria gritou de dor e a palestina, a que, entretanto, se juntara uma parteira vizinha, ajudou rapidamente a jovem mãe a deitar-se numa cama de palha.

E assim nasceu a criança, enquanto José assistia cheio de temor.

Aconteceu que passavam por ali alguns pastores, que regressavam do campo, e ouviram uma mistura de choro de bebê e de gritos de alegria e se apressaram a ir até ao estábulo levando as suas espingardas e leite fresco de cabra, sem saber se iam encontrar amigos ou inimigos, judeus ou árabes. Quando entraram no estábulo e depararam com a mãe e o menino, puseram de lado as armas e ofereceram o leite a Maria que lhes agradeceu tanto em hebreu como em árabe.

E os pastores ficaram estupefatos e pensaram: Quem seria aquela gente estranha, um pobre casal judeu, que chegara em paz com uma carroça com inscrições árabes?

As novas espalharam-se rapidamente sobre o estranho nascimento duma criança judia mesmo junto ao Muro, num estábulo palestino. Apareceram muitos vizinhos que contemplavam Maria, o menino e José.

Entretanto, soldados israelenses, equipados com óculos de visão noturna, reportaram das suas torres de vigia que cobriam a vizinhança palestina: "Os árabes estão a reunir-se mesmo junto ao Muro, num estábulo, à luz das velas".

Abriram-se os portões por baixo das torres de vigia e de lá saíram caminhões blindados com luzes brilhantes, seguidos por soldados armados até aos dentes que cercaram o estábulo, os aldeões reunidos e a casa da mulher palestina. Um alto-falante disparou, "Saiam cá para fora com as mãos no ar ou disparamos". Saíram todos do estábulo, juntamente com José, que deu um passo em frente de braços virados para o céu e falou, "A minha mulher Maria não pode obedecer às vossas ordens. Está a amamentar o menino Jesus".

O original encontra-se em http://petras.lahaine.org/articulo.php?p=1831&more=1&c=1
Tradução de Margarida Ferreira.
 

Este texto (traduzido) encontra-se em http://resistir.info/
Adaptações ao português brasileiro foram feitas pelo blogueiro. 
Este conto foi enviado para o blog pelo amigo lusitano Luís Amorim, lá de além mar.

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domingo, 23 de dezembro de 2018

Essa é do Queiroz

Richard Jakubaszko 
Meme circulando afoito como busca-pé embriagado e sem rumo pelas redes sociais, especialmente no WhatsApp, a galera não perdoa... 
A grande mídia vai esquecendo o assunto.


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sábado, 22 de dezembro de 2018

Fotos de bichos cada vez mais lindos

Richard Jakubaszko  
Espontâneos, os bichos flagrados em fotos são lindos, normais. Chego à conclusão que, apesar de sofrerem, com a fome, é óbvio, ou por ferimentos, os bichos são felizes. As fotos são ótimas, confira:
Exibição de marcha...
Ô macacão, que cara feia é essa?
Exibicionista, né?
Essa onça aí bebe água, mas tá desconfiada...
Golfinhos, sempre simpáticos...
Gatos, sempre misteriosos...

Leão, a majestade dos reis.
 
Outro exibido, este pavão... Cadê a pavoa?
Frágil e lindinho...
 
Qual foi a piada, papagaio azulado, que cara de malandro, hein?
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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Os causos de Ariano Suassuna

Richard Jakubaszko
Verdadeiro patrimônio nacional, Suassuna conta causos engraçadíssimos em diversas palestras proferidas. Revela, a quem não o conhecia, ou que nunca leu seus livros, uma elevada capacidade de percepção do ser humano e dos ambientes por onde transitou, entre a política, meio acadêmico e em atividades culturais.

As histórias são impagáveis, a começar por uma enciclopédia que grafava o nome do escritor com c de cedilha, por entender ser de origem indígena ignorando a etnia paterna...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

STF legisla sobre uma cláusula pétrea.

Richard Jakubaszko   
Depois não querem admitir ou aceitar, no STF, quando acusados, de que há uma lawfare sobre Lula. Se o ministro Marco Aurélio Mello expediu liminar monocrática determinando a soltura dos presos que recorrem de decisões condenatórias de segunda instância, portanto com pendências de decisões nas instâncias superiores, conforme a Constituição Federal de 1988, que se cumpra a ordem.
Não, o ministro Dias Toffoli, atual presidente do STF, cassou a liminar de Mello, e tudo volta à estaca zero. Lula continua um preso político.

A decisão fica postergada para o próximo dia 10 de abril, quando o plenário (pleno) do STF vai decidir se cumpre ou não o que determina a cláusula pétrea da CF.

Na minha ótica como cidadão o STF está "legislando", e de forma política, com a mais pura e absoluta transparência conforme determinam ordens da mídia, de alguns militares, mais alguns políticos invejosos e os eternos patrocinadores da nossa elite, para a manutenção da nossa atual "democracia".

Estive em novembro último na Itália, a convite do governo italiano, para a cobertura da feira de Bolonha, portanto, antes de acontecer mais esse episódio burlesco de nossa justiça, e o contato com dezenas de jornalistas do mundo inteiro, presentes na feira, foi normal, mas inevitável para a maioria deles em me perguntar, quando me descobriam ser do Brasil, o que acontecia por aqui com a nossa democracia e com a nossa justiça. A maioria das definições e conclusões que ouvi de meus colegas, são de nos deixar enrubescidos de vergonha.
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