segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Búfalas com fome não pode! E gente com fome, não tem problema?

Richard Jakubaszko   

Conforme venho denunciando aqui no blog, as novas gerações parece que imbecilizaram de vez. A revista Veja, em outubro último, publicou matéria de capa, afirmando que a estupidez estava aumentando há 4 ou 5 gerações.

Não sou leitor e nem assinante da revista, e há muito tempo não abria uma. Fotografei a capa numa banca de jornais, e deixei por isso mesmo. Depois, um amigo me mandou um PDF da matéria, li e discordei de vários pontos, até porque mistura inteligência com excesso de informação inútil que as gerações atuais consomem sem reclamar. A imbecilização, em vez de estupidez, seria um termo mais apropriado.

Pois ontem, 28/11/2021, domingo, em São Paulo, Capital, a imbecilização da juventude caiu de paraquedas em São Paulo. Houve protestos com centenas de pessoas no centro velho, próximo ao prédio da Bolsa de Valores, pelo fato de mais de 1.000 búfalos estarem à beira da morte, por absoluta falta de comida e água em uma fazenda na cidade de Brotas, região central do estado. Desconheço as causas dessa tragédia, e porque o fazendeiro a provocou, as matérias feitas em TVs e sites da internet mostram fotos, vídeos, clamam por justiça, denunciam a imbecilidade do pecuarista, mas nenhuma delas sequer arranha ao explicar porque o idiota do pecuarista está tendo essa atitude.

De toda forma, não há como não afirmar que seja um horror o que acontece em Brotas. Mas daí a vermos centenas de pessoas protestando contra isso no centro de São Paulo vai uma enorme distância, especialmente porque é no centro de São Paulo onde encontramos a maior parte das mais de 45 mil pessoas em situação de total abandono na maior cidade do país. Ou seja, gente jogada nas calçadas pode morrer de fome e sede, e búfala não? Há protestos dos imbecis dos coxinhas, do veganos, dos humanistas, dos defensores dos direitos dos animais? 

Por que ninguém protesta contra as gentes que estão nas ruas, morrendo de fome e sede?

Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem. Imbecilizaram, em definitivo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

"São 8h45 da noite, então, nesse momento, é isso o que está valendo..."

Richard Jakubaszko  

No título deste post as últimas palavras de William Bonner hoje, ao encerrar as noticias sobre a nova variante do Covid-19, em que informava que o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, declarou que será publicada amanhã no Diário Oficial determinação governamental orientando o fechamento de fronteiras para cidadãos provenientes de 6 países da África (África do Sul, Botsuna, Eswatini, Lesoto, Namíbia, Zimbábue) ou que lá tenham estado nos últimos 14 dias, inclusive brasileiros. O fechamento foi uma recomendação da Anvisa, para dificultar a entrada da nova variante do coronavírus.

A ironia é que Bolsonaro passou o dia negando fechar fronteiras no Brasil para cidadãos nessas condições de origem, deixando assim as fronteiras do país abertas para receber a nova variante do vírus. De manhã deu essa declaração no cercadinho do Palácio Alvorada, e à tarde no Rio de Janeiro, determinando que não e não, e ponto final.

Bolsonaro continua o mesmo de sempre: atrapalhado, sem noção, autoritário, desinformado, e sempre arrotando poder imperial.

No final do dia o ministro da Casa Civil, e porta-voz nomeado do Centrão mostrou quem manda neste pais que cada vez mais é a casa da mãe Joana...

 

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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

E você tá com medo de engordar com as comemorações de dezembro?

Richard Jakubaszko  
Pois não tenha medo, faça como o meu amigo Delfino Araújo, jornalista lá da DBO, que tem um jeito bem maneiro de não se deixar cair em tentação, ou melhor, ele dá um jeito legal nas tentações...
   



 

 

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sábado, 20 de novembro de 2021

Nobel de Física 2021 teve 3 ganhadores com pesquisas dos anos 1960 e 1980: muito estranho isso...

Richard Jakubaszko   

Parece pombo, mas não é
Foram anunciados em outubro último pela Academia Sueca, em Oslo, os ganhadores do prêmio Nobel de Física relativo a 2021.

Quando li o comunicado e a matéria no Uol / Folha de SP (leia aqui) não conseguia acreditar no texto, de tão rebuscado que foi escrito, explicando e justificando a escolha da premiação.

Diz o Uol que "O prêmio Nobel de Física deste ano foi dedicado ao estudo de sistemas complexos, dentre eles os que permitem a compreensão das mudanças climáticas que afetam nosso planeta. A escolha coloca um carimbo definitivo de consenso sobre a ciência do clima".

O Uol continua: "Os pesquisadores Syukuro Manabe, dos Estados Unidos, e Klaus Hasselmann, da Alemanha, foram premiados especificamente por modelarem o clima terrestre e fazerem predições sobre o aquecimento global. A outra metade (sic) do prêmio foi para Giorgio Parisi, da Itália, que revelou padrões ocultos em materiais complexos desordenados, das escalas atômica à planetária, em uma contribuição essencial à teoria de sistemas complexos, com relevância também para o estudo do clima.
" (grifos do blogueiro)

Ora, a notícia não explica que esses estudos foram feitos nos anos 1960 e 1970 e 1980, e são eles a base "filosofal" e científica para a construção de planilhas preditivas (ou bolas de cristal?) utilizadas pelo IPCC com as previsões apocalípticas do aquecimento, por conta das mudanças climáticas. Ou seja, os ganhadores do Nobel de Física recebem agora, em 2021, um prêmio por estudos realizados há 30 e 40 anos? Antes tarde do que nunca, diria meu falecido avô. E a tempo, completo eu, porque um prêmio Nobel em qualquer categoria nunca é outorgado de forma póstuma, caso contrário a Academia Sueca poderia redimir-se de jamais ter outorgado o Nobel da Paz para Mahatma Gandhi, inegavelmente um não candidato, assim como Obama, que nem indicaram, mas que ganhou o Nobel da Paz em 2009, ao chegar na Casa Branca, por seus "esforços futuros" na paz mundial... Parece piada de mau gosto, né não?

A teoria do "efeito estufa", que não vingou, foi elaborada por Arrhenius, químico sueco, no fim do século XIX, antes da existência de satélites meteorológicos, e estava baseada em estudos de dissociação de elementos químicos, o que valeu a ele o Nobel de Química de 1902. Dessa teoria o IPCC elaborou em 2007 a hipótese do aquecimento global antropogênico. A teoria climatológica moderna, dos anticiclones móveis polares, foi elaborada pelo cientista Marcel Leroux (1938-2008). Há um resumo da sua teoria na entrevista feita em https://resistir.info/climatologia/leroux_entrevista_2007.html

Mas Arrhenius nunca afirmou que o efeito estufa tinha causa antropogênica, essa é uma dedução moderna dos 240 "cientistas" do IPCC, que antes eram 2.500, e 2.260 discordaram dessa teoria conspiratória e se retiraram de lá. Em meu livro abordo essa mentira de forma mais aprofundada, inclusive com exemplos práticos, desconstruindo essa "teoria" enganadora. De qualquer maneira, estava claro para todos os cientistas sérios, que Arrhenius nos deixou uma hipótese, e não uma teoria para ser validada. Agora, a Academia Sueca, inesperadamente, e 50 anos depois, mas ainda assim tempestivamente, porque os autores estão vivos, avaliza Arrhenius e dá uma força enorme para o IPCC ao premiar Giorgio Parisi, da Itália, que revelou padrões ocultos em materiais complexos desordenados, das escalas atômica à planetária, em uma contribuição essencial à teoria de sistemas complexos, com relevância também para o estudo do clima. Ufa... Viva o consenso científico inserido na teoria de sistemas complexos, a imbecilidade finalmente foi encontrada e definida, chama-se esperteza... Depois, quando a gente ouve falar em "teoria conspiratória" até acredita que estão falando a sério...

Ou seja, as planilhas (programas de computador) do IPCC que fazem previsões climáticas para os anos 2050 e até 2100, de que vai esquentar o planeta, tornam-se avalizadas pelo Nobel sueco, mais uma vez, porque o IPCC e o ex-vice-presidente americano Al Gore já haviam sido premiados antes. Lembro ainda que nenhum meteorologista faz previsões climáticas para mais de 15 dias a frente, pra não cair no ridículo.

De qualquer forma, essas planilhas, as plataformas preditivas, que tiveram a contribuição dos cientistas da Universidade de East Anglia, na Inglaterra (então flagradas em famosa fraude confessada em e-mails, em 2009, e divulgada em escândalo midiático), e ainda por Michael Mann, elaborador do mistificado e mentiroso gráfico chamado "Taco de Hóquei", passam agora, como num passe de mágica, à condição de lei. Melhor dizendo, trocam as bolas da ciência contemporânea, com a complacência e aplausos da mídia, defecam na memória de cientistas sérios da história da humanidade, ao desestruturar os passos e caminhos daquilo que se chama de rota da ciência, pois o que era uma hipótese improvável (de Arrhenius, que falou dos gases de efeito estufa - GEE - no século XIX, ora, ora...), virou lei (na opinião do IPCC e da Academia Sueca), sem nunca ter sido sequer uma teoria mal formulada. Para contextualizar adequadamente, a Lei da Gravidade, de Isaac Newton, foi antes uma hipótese, e depois uma teoria, quando os pares concluíram ser real, sem sombra de dúvida, e a promoveram a Lei. As Teorias da Relatividade (Einstein) e da Evolução das Espécies (Darwin) ainda são teorias, fortes e poderosas, mas não são Leis. Entendido como trabalha a ciência? Ciência não tem consenso, ciência tem debate, tem contraditório. Consenso é para políticos e para reunião de condomínio, para bate-papo de comadres.

Eita mundo moderno, tudo pelo dinheiro... A grande mídia, engajada no milenarismo apocalíptico do aquecimento, bate palmas aos políticos de seus  grupos de apoio, ao "mercado", que ninguém sabe quem é, e dá imagem de credibilidade para o aquecimento global, mais uma vez tentando desmentir o que afirmo em meu livro, de que essa é a maior mentira do século XXI. O desmentido, me apresso a reconhecer, não é para mim, mas aos milhares de cientistas céticos e sérios do mundo inteiro. Em 2007 eram 2.500 cientistas no IPCC, hoje são apenas 240 "cientistas" que ficaram, pois 2.260 pediram demissão e não endossam as mentiras do IPCC. Isso a mídia não divulga e não reconhece.

Na COP26, até parece que era um negócio sério, ficou praticamente acertado um novo mercado global do CO2, os chamados créditos de carbono, que chegam para substituir o velho Protocolo de Kyoto, que apenas financeirizava a putaria. Ou seja, antes o mercado pagava penitência nas Bolsas de Valores, e agora vai pagar (a países do 3º mundo) indulgência para continuar emitindo os GEE. Isso não vai melhorar em nada a poluição do CO2, e muito menos ainda vai resolver o mentiroso e falso aquecimento, mas vai criar uma nova atividade no velho cassino financeiro mundial.

Nada estranho, conforme afirmei no título deste post. Estão apenas remexendo na velha e conhecida merda, as moscas é que são novas, cada vez mais espertas.

* Meu livro é o "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", disponível para encomenda aqui no blog ou no site da Amazon.

 

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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Adeus ao vírus - História do combate à febre aftosa é contada em livro

Richard Jakubaszko 
  
Doença de maior impacto econômico da pecuária mobilizou gerações de profissionais e produtores rurais numa cruzada épica

Mato Grosso está às vésperas da retirada da vacinação contra a febre aftosa em todo seu território, depois de 26 anos sem nenhum registro da doença. Não poderia haver, portanto, momento mais oportuno para o lançamento do livro “Adeus ao vírus – Erradicação da febre aftosa: a participação de Mato Grosso na maior epopeia veterinária das Américas”, de autoria dos jornalistas Martha Baptista e Sérgio de Oliveira.

Com base em depoimentos de pesquisadores, médicos-veterinários, pecuaristas e outros representantes da cadeia produtiva, os autores registram em mais de 300 páginas a longa batalha para a erradicação da febre aftosa em Mato Grosso, no Brasil e no continente sul-americano, com destaque para a parceria desenvolvida com a Bolívia.

O livro conta como o vírus da aftosa foi identificado no século XVI, na Itália, chegando às Américas no século XIX, e como foi sua erradicação em países como os Estados Unidos, onde não circula desde 1929. Conta também a traumática experiência de quem lidou com a doença quando ainda não havia disponibilidade de vacinas no país, passando pela fundação de entidades como o Panaftosa, estruturação dos serviços veterinários estaduais, criação dos Fundos Emergenciais privados, produção das primeiras vacinas a serem utilizadas em campanhas e a impressionante evolução desses imunizantes – um dos fatores primordiais para a erradicação da doença em nosso país. O Brasil foi declarado, em 2018, livre de aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

“Adeus ao vírus” traz ainda um panorama da situação atual no continente sul-americano, onde apenas a Venezuela registra casos da doença, e abre espaço para a discussão do momento: se o Brasil está realmente preparado para retirar a vacinação.

O combate à aftosa foi, nas palavras de um dos entrevistados, “a maior epopeia veterinária das Américas”, e é essa história que o leitor encontrará nas páginas de “Adeus ao vírus”, contada por seus protagonistas. A publicação tem o patrocínio do Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa-MT).

“Tendo como referência as dificuldades enfrentadas num passado recente e as lições aprendidas, estamos certos de que continuaremos a trilhar esta estrada, alcançando nossa meta num futuro muito próximo: ter Mato Grosso inteiro livre de febre aftosa sem vacinação – o coroamento desta história de sucesso” - afirma o presidente do Fesa-MT Antonio Carlos Carvalho de Sousa na apresentação do livro, que será lançado no dia 16 de dezembro, no Auditório da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), com as presenças de vários especialistas que contribuíram para a elaboração da obra.

Serviço
O que: Lançamento do livro “Adeus ao vírus – Erradicação da febre aftosa: a participação de Mato Grosso na maior epopeia veterinária das Américas” (Entrelinhas Editora, 2021).

Onde: Auditório da Famato, na Rua Eng. Edgard Prado Arze, s/nº, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá - MT

Quando: 16 de dezembro de 2021 (quinta-feira), às 9h


 

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domingo, 14 de novembro de 2021

O novo normal, no pós pandemia.

Richard Jakubaszko  

Desde que se iniciou a pandemia, lá por março 2020, e depois de uns 2 meses que a gente estava escondido em casa, ouve-se falar no futuro "novo  normal", que seria uma espécie de novo estilo de viver e conviver do ser humano, especialmente o brasileiro. Um novo normal, conforme definido na Wikipédia,  é um estado ao qual uma economia, sociedade etc., se instala após uma crise, quando esta difere da situação que prevalecia antes do início da crise. Em minha opinião ficou capenga, como definição, faltam pernas e braços neste novo normal.

Ao mesmo tempo, emitiram-se nos butecos virtuais e especialmente na web pitacos estilosos de tudo quanto foi jeito e maneira, expressos pelos intelectuais, filósofos, e, como sempre, por "famosos", ricos ou não, fossem jogadores de futebol, atrizes e atores, modelos, empresários, investidores, gente do mercado, e as prostitutas de salto alto do higth society, sobre como seria esse novo normal.

Nas estapafúrdias opiniões registradas, os seres humanos sobreviventes lá no pós pandemia serão adeptos incondicionais da trilogia filosófica-ideológica da liberdade-igualdade-fraternidade. Nada é mais imbecil do que esse aforismo alienígena afrancesado. Precisaria da inversão para dar certo e colocar as coisas em ordem. Essa trilogia é um desiderato de gente otimista, a fraternidade como foi pregada por Cristo deve ser o primeiro degrau, porque a partir daí teríamos a igualdade, e só depois obteríamos a liberdade. Nada a ver, portanto, com ideologias extemporâneas, como se poderia pensar.

 

De toda forma, vem aí o "novo normal", que será mais egoísta e ególatra do que nunca. No novo normal o ser humano estará mais hedonista, vaidoso, ególatra, competitivo, moralista, e cada vez mais agnóstico, e quem não estiver em cima do muro, estará ateu ou fanático religioso. Com máscara ou sem, por causa da epidemia do Covid-19, que demonstra a tendência de que veio para ficar.

Quem está saindo da pandemia depois de muitas perdas e prejuízos vai querer recuperar em menos de 4 ou 5 semanas os 20 meses perdidos. Ou seja, vai atropelar, vai acelerar nas curvas, sem medo de derrapar, e vai passar por cima de quem estiver na frente.

Teremos alguns safanões sociais, aqui e mundo afora, por conta do desemprego que vai perdurar e piorar, e da inflação, que, como sempre, vai esmagar mais ainda as classes sociais mais baixas. Essas classes desfavorecidas, e despreparadas para enfrentar o mundo moderno, em pontos isolados do planeta, vão protestar, alguns de forma veemente. Serão mais agressivos na pedida de uma esmola, mas outros poderão participar de verdadeiros assaltos coletivos, os chamados arrastões, especialmente em shoppings centers, onde a classe média se esconde da chuva, dos pedintes e dos bandidos, pra poder gastar seu rico dinheirinho. É só verificar que os pobres, com destaque para crianças, cada vez mais estão presentes dentro desses centros de compras, pedindo esmolas ou vendendo balas e quinquilharias. Por enquanto fazem pequenos roubos e furtos, de celulares e bolsas de mulheres, e saem correndo. Dificilmente são pegos. As vicissitudes dos pobres, a continuar do jeito que está, vai provocar os arrastões, é só questão de tempo.

Este é só um aspecto do novo normal a que vamos assistir. Arrastões em cidades do interior, com assaltos altamente profissionais e tecnológicos a bancos, por exemplo, já se tornaram comuns Brasil adentro. Arrastões em prédios de classe média alta também, e olha que isso nem é novo. Claro que, agora temos o ladrão bate-carteira de antigamente, que hoje só leva seu celular, sem causar ferimentos, mas depois zera a sua conta bancária nos créditos positivos da conta corrente, da poupança e demais investimentos, e faz até empréstimos no cheque especial disponível em seu nome, com valores sempre limitados, é claro, ao tamanho de seu potencial de crédito, não importando que, depois, o banco te assalte também com os juros levemente exorbitantes que estarão praticando a partir de agora que a Selic começou a subir de novo, relembrando tempos que os mais velhos nem querem lembrar e os mais jovens nem sabem o que é isso.

Efetivamente, é o que se assiste, e olha que não estou pessimista. Diria que realista, diante do que se pode perceber. E o problema não é exclusivamente brasileiro, é mundial. O mesmo receio que sentimos, de insegurança, e até mesmo medo ao andar a pé no centro velho de São Paulo, no final do dia, quando começa a escurecer, ou nos finais de semana, com gente de todo tipo, famílias inteiras se acomodando nas portas de lojas que encerram o dia de trabalho. Debaixo das marquises dos prédios há depósitos de seres humanos, uns doentes, outros bêbados, muitos com fome e frio, e, como já disse, esse cenário não é exclusivo de São Paulo, observei isso em Roma e Paris, cidades onde fiz escalas de voos recentes, em 2018 e 2019. Lá como cá existem seres humanos rejeitados pela sociedade, excluídos, descartados como lixo por causa das novas tecnologias que causam desemprego, e também pela ganância de empresários. É a imbecilização e a estupidez em andamento, seguindo seu curso natural.

O "novo normal" vai aprofundar uma tendência que já havia se manifestado antes da pandemia, a do "compliance". O compliance, na verdade, é a nova prática da dissimulação, é a ação do politicamente correto, onde se estabelecem leis do que pode e do que não pode. As elites - a mídia, e os pobres também - acreditam que todos somos iguais perante as leis. É um "me engana que eu gosto". Nada mais mentiroso do que isso, pois é aí que o "compliance" entra, e mostra que a lei é para todos, mas que alguns são diferenciados perante as leis, e que estas não se aplicam a eles, e a isso se chama de privilégio, aspectos embutidos nas leis para proteger a elite e a quem tem dinheiro para contratar bons advogados. É por leis assim que permitem ao trabalhador se aposentar, mas só depois dos 68 anos e com "benefícios" de um salário mínimo, enquanto que juízes, procuradores, membros do legislativo e do executivo podem se aposentar com salário integral, o que pode ser algo como 30 ou 50 vezes maior que o salário mínimo.

O "novo normal", entenda o leitor destas bem traçadas linhas, é a hipocrisia da elite em forma de requintes legislatórios, coisa que sempre existiu desde que os tempos são tempos. Há pouco mais de um século havia leis que davam direitos a ricos de possuir escravos. A escravidão era imoral, sempre foi, mas era legalizada pelas legislação... Viu só como a dissimulação funciona? É com a hipocrisia, disfarçada de lei, para proteger as elites. Como rico não tem salário, porque não trabalha, mas faz investimentos e "gera empregos", a lei que é igual para todos e determina que sobre salário o trabalhador tem de pagar imposto de renda, enquanto que o acionista, o patrão do trabalhador, não paga imposto de renda, porque não tem trabalho, pois ele recebe dividendos e sobre isso não se paga impostos, porque a empresa pode ter ou não ter lucros.

Assisto nas TVs, entre divertido e horrorizado, repórteres neoliberais denunciando que os desassistidos estão nas ruas, pobres sem emprego e sem comida, e os apelos dos jovens focas pedindo aos governos para que façam justiça, que abriguem essas multidões, que reduzam o sofrimento dessas pessoas, esquecendo de que para isso os governos precisam de dinheiro, ou melhor, recursos, que são provenientes de impostos que os ricos não querem pagar, e que a classe média nem pode pagar hoje em dia, porque tiraram os degraus que suportavam sua estabilidade. Será assim o novo normal, todo mundo reclamando? Ai, ai, ai, acho que podemos todos afundar.

O "novo normal" será tão igual como sempre foi a hipocrisia e dissimulação das elites, que escolhem os candidatos a deputado federal e senador, para que votem leis que beneficiem as elites, e os pobres, iludidos com a democracia vigente, votam nos candidatos que conhecem, escolhidos pelas elites para serem eleitos, os chamados artistas, alguns famosos, e ou jogadores de futebol, os tiriricas e os romários da vida, para que votem leis que favoreçam a população pobre, mas isso nunca acontece, porque esses famosos já foram seduzidos pelas elites, e só aprovam leis que favoreçam as elites. Até parece o Centrão em época de trabalho... Eita mundo marvado, né não? 

As zelites voltaram com tudo no "novo normal", comendo seus apetitosos brioches. Fico pensando em como seria se o povão descesse dos morros e provocasse uma nova queda da bastilha, seria traumatizante como foi a queda da bastilha original?




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terça-feira, 9 de novembro de 2021

Ora, ora, ora, os preços da gasolina...

Richard Jakubaszko 
Alguém aí se lembra da pressão política pra fazer a Dilma aumentar os preços da gasolina, lá em 2014 e 2015, pois isso iria salvar as usinas e os usineiros?
 



 

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sábado, 6 de novembro de 2021

Os bilionários do clima vão salvar o planeta e a humanidade

Luís Amorim *

Majken Jorgensen, diretora da maior empresa de aluguel de limusines da Europa, informa que só possui 12 viaturas, mas que para este evento terá 200. "Não tínhamos carros suficientes na Dinamarca, tivemos de mandar vir viaturas da Alemanha e da Suécia, e estas tiveram que percorrer centenas de quilômetros de estrada". Ao todo, o número desses carros para aluguel disponibilizados durante a semana da Conferência de Copenhagen, deve ser de cerca de 1.200.

Em Copenhagen foi assim. Em Glasgow continua o mesmo. Nem adianta a Greta Thunberg viajar só de trem bala, bicicleta ou carro elétrico.

Serão 400 jatos particulares para transportar os senhores que nos estão exigindo sacrifícios para "salvarmos o planeta".

Só o presidente americano Joe Biden levou 4 jatos, um helicóptero Marine One. A limusine blindada "a besta" e vários SUVs.

Também o príncipe Charles foi de jato privado.

Mas se querem reduzir o CO2, por que não extinguem a OTAN (Organização do Tratado Norte) e encerram as 800 bases militares que os EUA possuem espalhadas pelo mundo? Por que continuam a roubar petróleo na Síria e no Iraque? Por que as guerras do Afeganistão, do Iraque, da Líbia, da Síria e muitas outras?

E onde está o movimento ambientalista, tão preocupado com o planeta, na luta pela paz? 

As espartanas demonstrações de poder, riqueza, luxo, egolatria e prazeres exclusivos a que assistimos durante a COP26 parecem um festival de velhos roqueiros onde cada um dos exibicionistas atores presentes faz mais jogo de luz e tonitruante barulho do que mostrar reais talentos, uma espécie de teatro sem ideologia ou filosofia, para deleite da plateia embevecida, e que a mídia engajada repercute, incentivada por seus desinteressados patrocinadores, mas requerendo urgência em soluções.

* o autor é de Lisboa, Portugal. 

 

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sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Egolatria ou imbecilidade?

Richard Jakubaszko 

A pergunta no título deste post é binária mesmo, não há como adicionar alternativas. Vejam que o presidente que no desgoverna Jair Bolsonaro editou um decreto ontem em que condecora a si mesmo e a alguns ministros de Estado com o título da Ordem Nacional do Mérito Científico. Os ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Paulo Guedes (Economia), Carlos França (Relações Exteriores) e Milton Ribeiro (Educação), receberão a Ordem Nacional do Mérito Científico. E ele Jair Bolsonaro também. Que gracinha.

Benza Deus, Jair Bolsonaro conquistou fama internacional por negar evidências científicas na existência da pandemia no Brasil, que já matou mais de 600 mil pessoas. Ele defendeu - e ainda defende - o uso de medicamentos sem a mínima comprovação científica no tratamento da Covid-19. Pior, Bolsonaro divulga fake news escandalosas sobre a pandemia e mentiu dizendo que muitas pessoas vacinadas contra a Covid-19 foram contaminadas com Aids. 

Nas redes sociais, internautas reagiram à condecoração. Nas TVs, comentaristas os mais diversos, entre críticas exacerbadas, o que é normal, mas até mesmo entre bolsonaristas, o que se viu foram comentários irônicos sobre a impropriedade da autocondecoração.

Da minha parte, só vejo o que já registrei no título deste post, que egolatria ou imbecilidade permearam a decisão presidencial. Em tempo, acho mesmo que nem ambiguidade existe, são as duas coisas, tamanha a sem cerimônia do auto elogio. Extrapolou a antiga deformidade mental do "eu me amo", que foi ultrapassada pelo "eu meu invejo", e agora atingimos os píncaros do insuperável ególatra-imbecil. Parabéns Jair, além de ególatra e imbecil, você é imbroxável (outro auto elogio), e sem noção.

PS. Ouvi por aí na web fofoqueira, que a Presidência da República contratou uma consultoria especializada em imagem, e que esta, por R$ 60 milhões de reais vai trabalhar para reposicionar a imagem de Bolsonaro no cenário internacional. Não carece disso não, Jair, como especialista em comunicação há mais de 50 anos dou conselho de graça nesse caso, economize a grana dos impostos do povo, porque há uma lei que garante que "a melhor comunicação do mundo não vende um mau produto". Na verdade pode até vender uma vez, mas o consumidor não é burro, ele não compra uma segunda vez. Garanto, Jair, vai ser uma enorme perda de tempo, porque você é um mau produto.

 

 

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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Finados

Evaristo de Miranda *

Feno de Luz

No Finados celebra-se a memória dos falecidos. Eles chegaram ao fim do seu tempo. É dia solene, consagrado à lembrança de antepassados, ascendentes e de todos os mortos. Neste feriado, amplamente celebrado no mundo, não se trabalha. O país se consagra a meditar, a lembrar. E você?

Alguns não respeitam este feriado. Não lhes diz nada. Não corresponde a evento ou personagem de seu interesse. Profanadores desta data esquecem seus ascendentes, seus antepassados. Perdem a memória e, sem querer, profanam a si mesmos. Tiveram pai, mãe, avós, bisavós... e imaginam-se começando em si mesmos. Os filhos do nada são sementes do caos.

Finar evoca o findar. Os finados foram ceifados no seu tempo. O feno é a erva ceifada. Alimenta os animais em períodos difíceis de inverno ou seca. Na Bíblia, o homem é comparado à erva do campo. Finar e fenar são semelhantes. Feno vem do grego phaíno: brilhar, aparecer. A reluzente lâmina da morte não apagou os finados, apenas os igualizou diante das leis da natureza. A foice simboliza os ciclos de colheita e renovação. Na colheita se corta o caule. Como cordão umbilical, ele liga o fruto à dependência da terra alimentadora. Na colheita, o grão é condenado à morte para servir de alimento, sustentar a vida ou germinar como semente.

Os mortos não se apagam, se durante a vida cortaram com a foice da consciência as ilusões do mundo e de seu próprio egoísmo. Seus exemplos os fazem brilhar na lembrança dos que amaram e os amaram. A claridade de seus exemplos brilha como estrelas. Ajuda os vivos a atravessar períodos desfavoráveis, alimentando-os de sua luz. Mesmo se foi trêmula, como a da vela, com hesitação e beleza. Não viveram apagados. Fizeram um trabalho de luz. Sua memória é facho e feixe de luz. Finados é dia de acender velas e de harmonia. A harmonia é a tensão da luz ao vencer trevas e escuridão.

Finados é dia de visitar cemitérios, limpar e ajeitar os túmulos, acender uma vela na igreja ou em casa, pronunciar uma oração, fazer pelo menos um minuto de silêncio e meditar. Crianças órfãs crescem com a memória viva dos pais falecidos. Adultos, com o passar dos anos, colecionam seus mortos. E na velhice, todos se tornam órfãos. Ritualizar a lembrança dos mortos é terapêutico. Os mortos são a presença de uma ausência e não ausência de uma presença. Os ritos profanos e sagrados dão uma outra perspectiva ao tempo (kairós). Existe um tempo para tudo.
 

* o autor é engenheiro agrônomo e doutor em ecologia, Chefe Geral da Embrapa Territorial – Campinas – SP.

 

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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

As hipocrisias científicas e midiáticas na COP26

Richard Jakubaszko  

Entre divertido e razoavelmente irritado e contrariado tenho assistido aos noticiários das TVs, especialmente os canais jornalísticos, onde os meus caros colegas jornalistas tornam-se defensores incondicionais da natureza e do clima e, como se fossem engajados defensores divinos autorizados do meio ambiente, vomitam saber "científico" antes divulgado por outros jornalistas de países desenvolvidos e por interessados dirigentes de ONGs ambientais, durante a COP26 que se encontra em curso na Glasgow escocesa. É a chamada Torre de Babel em curso, todo mundo fala e ninguém se entende. Por isso a ilustração do diálogo entre Einstein e Chaplin ao lado, representativa dessa errática comunicação da humanidade.

Tenho a pretensão de participar desse debate, e apresento abaixo 10 respostas aos cientistas do IPCC sobre a falácia e os erros científicos sobre a hipótese do aquecimento e das mudanças climáticas, que jamais foram explicadas ou comentadas por esses representantes do apocalipse:

1 – Não há provas científicas de que o CO2, antropogênico ou natural, seja o provocador do aquecimento do planeta, muito menos das chamadas mudanças climáticas. A água é um fator causador do aquecimento muito maior do que o CO2. Este, na verdade, é o gás da vida, e sua presença na atmosfera terrestre é vital para a existência da vida no planeta, como, por exemplo, na fotossíntese das plantas. A chamada descarbonização das atividades humanas, como querem os adeptos do IPCC, é uma utopia, pois 97% das emissões de CO2 na nossa atmosfera são feitas pela natureza (florestas, mares, vulcões), e apenas 3% são realizadas pelo ser humano e suas atividades, como fábricas, automóveis, criação de gado, produção de energia elétrica por usinas térmicas usando carvão etc. Se confrontados com esses dados alguns cientistas mais engajados respondem que "é a sua opinião".


2 – Há evidentes interesses econômicos, políticos e geopolíticos na demonização do CO2, aspecto que facilitaria a produção e venda de energia elétrica de eficiência inferior, como solar e eólica, a preços muito superiores. É o antigo aforismo americano "follow the money". desnecessário traduzir, não é?

Da mesma forma a eliminação do CO2 (carvão) como fonte de produção de energia elétrica, garantiria o uso de outras fontes, inclusive energia nuclear. Ninguém parece dar importância a esse fato, de que descarbonizar a produção de energia elétrica trará alternativas ineficientes, como a solar e a eólica, além de extremamente perigosas como a nuclear, e ambas muito mais caras do que a energia elétrica que tem o carvão como fonte, e mais ainda a hidrelétrica no Brasil. No Brasil temos essa que é a mais eficiente, mais segura e mais barata fonte de energia elétrica do planeta. Entretanto, ONGs engajadas conseguiram fazer da usina de Belo Monte uma quase inutilidade, pois o estoque de água é feito pelo curso normal dos rios, sem alargar as margens, "porque poderia destruir áreas de reprodução importantes de aves, como a ararinha azul, e também os nematoides de solo", comuns na região.

3 – Com o Relatório IV (fev/2007) o IPCC apontou causa antropogênica como responsável pelo aquecimento e mudanças climáticas, aspectos que seriam aprovados por 2.500 cientistas de todo o mundo, signatários desse relatório, com cerca de 4 mil páginas que foram sumarizadas em cerca de 30 páginas, e em cujo teor não se indicava a discordância de muitos dos citados cientistas de todo o mundo convocados pela ONU para ratificar a opinião do IPCC que apontou os GEE – gases de efeito estufa – como responsáveis.


Diante da discordância estabelecida pelos cientistas, hoje (2021) o IPCC possui apenas 240 cientistas integrantes do grupo original. Os dissidentes, que foram 90% do grupo original, pediram demissão como colaboradores, e foram atendidos. Alguns cientistas renomados, como Richard Lindzen, Professor Emérito de Ciências Atmosféricas no MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts, tiveram de recorrer à Justiça para verem seus nomes retirados do Relatório IV.

Lindzen, a exemplo de outros cientistas, foi atendido pela Justiça dos EUA porque fez inúmeras restrições e críticas ao relatório completo, e estas não apareceram no relatório sumarizado. É relevante registrar que menos de 3% dos cientistas signatários do Relatório IV eram de especialistas do clima. Os demais são cientistas das mais variadas áreas do conhecimento humano, inclusive administradores de empresas, economistas, advogados, físicos, engenheiros agrônomos, diplomatas, sociólogos, geógrafos, filósofos, e até mesmo dirigentes burocráticos de empresas e entidades interessadas no assunto, dirigentes de ONGs e de empresas concessionárias de distribuição de água e energia elétrica.


Este fato, relativo à “diáspora” dos cientistas em relação ao IPCC desmonta o argumento de que há “consenso” entre os cientistas sobre o aquecimento e as mudanças climáticas, e de que 97% dos cientistas acreditam não apenas no aquecimento como também no fator antropogênico como causa. Curioso é ressaltar que em ciência não há consenso, quem estabelece consenso são os políticos. A ciência sempre preferiu o debate e a discussão do contraditório. Nesse sentido, o aquecimento é uma hipótese que ainda não conquistou o degrau e status de teoria, e jamais subirá ao pódio como lei, que é quando uma teoria se comprova sem questionamentos. Ressalto que a teoria da Relatividade, de Einstein, e também a teoria da Evolução das Espécies, de Darwin, continuam com o status de teorias, e ainda não são leis. Desse modo, o IPCC e a imprensa promoveram a hipótese do aquecimento ao degrau de teoria, mas tratam a hipótese como se fosse lei.


4 – Mesmo depois da divulgação do Relatório IV, ocorreu a explosão do escândalo que ficou conhecido como Climategate, com episódios referentes à descoberta de e-mails internos entre cientistas, que registravam a confissão das falsificações realizadas por cientistas da Universidade de East Anglia (Inglaterra, 2009) nos números base de temperaturas registradas e que foram computados oficialmente para “comprovar” a tendência do aquecimento planetário.


5 – Sir James Lovelock escreveu o livro Gaia, publicado em 2006, pouco antes da divulgação do Relatório IV do IPCC, e fez prognósticos alarmantes sobre o fim do mundo. O ativista, além de tudo um cientista e médico, tinha experiência com performances midiáticas, pois foi um dos denunciantes da chamada iminência de extinção da camada de Ozônio, nos anos 1980, e dos perigos decorrentes. Em abril de 2012 foi a público para dizer que se arrependia das previsões catastróficas que havia feito, e que elas não aconteceriam. Pediu perdão. Mas a mídia catastrofista não deu espaços para divulgar seus arrependimentos e pedidos de desculpas, e ainda permanecem em vigor os seus devaneios apocalípticos.


Da mesma forma o fundador do Greenpeace, Thomas Moore, seu presidente desde o início, retirou-se da entidade acusando seus dirigentes de apenas se importarem com as receitas proporcionadas por doadores, que ninguém sabe quem são...


O político e ex-presidente americano Al Gore, ganhou o Oscar de documentarista na Academia de Hollywood. Mais do que isso, dividiu o Nobel da Paz de 2007 com o IPCC, e fez num powerpoint a previsão catastrófica do aumento do nível dos mares em 6 a 7 metros, deixando em estado de apoplexia centenas de milhões de jovens. Com os lucros do Nobel da Paz somados aos lucros como acionista de uma empresa de energia elétrica nos EUA (AIE) Al Gore comprou (em 2011) uma casa de US$ 7.5 milhões de dólares em Salsalito, Califórnia, à beira mar, desmentindo suas próprias afirmações climatológicas.


6 – O famoso gráfico apelidado de “Taco de Hóquei”, discutido por inúmeros cientistas, cada vez mais vem sendo apresentado como comprovadamente falso. Num dos episódios mais divulgados na mídia americana e canadense, o criador dessa farsa científica, o cientista Michael Mann, assessor do IPCC, processou outro cientista americano,
o professor Tim Ball, e ficaram por mais de 10 anos discutindo na Justiça canadense, até que o Juiz de Colúmbia encerrou o “debate” entre os mesmos, não deu ganho de causa a ninguém, mas mandou o querelante Mann (o acusador) pagar as custas judiciais, que nos EUA não são baratas, como se sabe. O Juiz ainda afirmou que a corte que presidia não era o palco para discussões científicas.
O que Mann pretendia era censurar seu colega, que o acusava de falsificar os dados primários do gráfico. O réu,
Tim Ball,  insistia que retiraria a pecha de falsificador se Mann demonstrasse quais dados primários havia utilizado para construir o gráfico. Mann não revelou os dados (e fez manobras judiciais para isso durante os 10 anos do processo) e ainda afirmou que eram dados "secretos e privados" dele como cientista (os registros de temperatura...), confundindo elementos de uma estatística que é pública, com dados e elementos secretos de uma hipotética patente de produto com fórmula secreta. Se vc deseja saber mais sobre o processo, leia este divertido post aqui no blog: https://richardjakubaszko.blogspot.com/2020/02/estadao-publica-fake-news-o-que-dizem.html

7 – Nestes tempos de COP26, a mídia brasileira surtou porque descobriram o metano como GEE que é 24 vezes mais potente como causador do aquecimento. Conforme registrei no livro “CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?”, há enganos nisso. Na quarta capa da obra mostro um mapa (confeccionado pelo satélite da NOAA - ver abaixo) da emissão de metano no planeta, que é maior na floresta Amazônica e pela floresta subsaariana, pontos em vermelho, em mangues milenares, e mais ainda pelos arrozais irrigados de toda a Ásia. A única emissão antropogênica de metano (além dos arrozais) está nos EUA detectado em gigantescos lixões a céu aberto na confluência de quatro metrópoles americanas, como Nova York, Chicago, Detroit e Washington.

8 Os 220 milhões de bovinos brasileiros não aparecem no mapa, e nem mesmo os 350 milhões de bovinos indianos. Entretanto, na mídia brasileira e americana a conclusão é de que os bovinos brasileiros são os principais emissores de metano, o CH4, sem nenhuma citação aos ruminantes indianos ou aos arrozais irrigados asiáticos. É interessante registrar que a presença de metano em nossa atmosfera permanece a mesma há mais de 200 anos. O CO2 sim, evoluiu de 360 para cerca de 405 ppm (partes por milhão) nesse período. Outra questão é que o metano está presente na composição da nossa atmosfera com insignificantes 0,00015%, ou seja, centenas de vezes menos presente que o CO2 que é 0,035%. Como costumo afirmar, a afirmação da mídia é como procurar pelo em casca de ovo. Ou melhor, é pior que o VAR (Video Assistant Referee), que aponta impedimento do atacante se 1% do nariz do dito cujo estiver além da linha de defensores do time adversário.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisIEK6wS14SFVDi9auMSecWe46XYY96fdxCwxh05Di7yJmn2aqPJZx_QqP97Mjk0cZzdSI_EIbIo57HKaQWLVp-nJtahAM8KOuIYOLqKG0qgE3OE81noKr8pH7FrvTjcaoG8Hgo5Ck-iQ/s1600/co2+em+milhoes+de+anos.png
No período Jurássico o CO2 era 10 vezes mais presente do que é hoje.

9 A presença de CO2 na atmosfera já foi dezenas de vezes mais alta, há milhares de anos, e nem existiam, naquela época, automóveis e fábricas. Se você deseja conhecer outros dados sobre CO2 (% de presença na atmosfera, depósitos de carbono no planeta, curiosidades), leia o artigo "CO2 a unanimidade da mídia é burra!", neste link:  https://richardjakubaszko.blogspot.com/2009/10/co2-unanimidade-da-midia-e-burra.html

10 A teoria do "efeito estufa" e a hipótese do aquecimento global, que não vingou, foi elaborada por Arthenius no fim do século XIX, antes da existência de satélites meteorológicos. A teoria climatológica moderna, dos anticiclones móveis polares, foi elaborada pelo cientista Marcel Leroux (1938-2008). Há um resumo da sua teoria em https://resistir.info/climatologia/impostura.cientifica.html
Mas Arthenius nunca afirmou que o efeito estufa tinha causa antropogênica, essa é uma dedução moderna dos 240 "cientistas" do IPCC, que antes eram 2.500, e 2.260 discordaram dessa teoria conspiratória e se retiraram de lá. Em meu livro abordo essa mentira de forma mais aprofundada, inclusive com exemplos práticos, desconstruindo essa "teoria" enganadora.


No segmento financeiro, a teoria fantasiosa do aquecimento global proporciona bons negócios para o capital financeiro que inventou a venda de direitos de emissão de CO2, o chamado crédito de carbono. Trata-se de algo como as "indulgências para pecar" vendidas pela Igreja Católica, no período da Renascença, contra as quais se revoltou Lutero. Esse negócio dá bons lucros aos banqueiros, mas não beneficia a humanidade. Neste momento já há uma verdadeira indústria do aquecimento global. Mas é um mercado em decadência. Cerca de 5 anos atrás uma tonelada de CO2 "sequestrado" valia mais de US$ 75.00 dólares, e hoje vale US$ 3.00 míseros dólares. Quem emite carbono paga muito menos por essa indulgência. Acredita em efeitos positivos ao meio ambiente quem quiser. As indústrias altamente poluentes de ontem tornaram-se as empresas verdes de hoje.

Para saber mais sobre o meu livro clique aqui.



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