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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Comparando o Brasil de 2002 ao de 2013…



Hildengard Angel


Comparando o Brasil de 2002 ao de 2013… segundo a OMS, a ONU, o Banco Mundial, o IBGE, o Unicef etc

Leiam e tirem as suas próprias conclusões…



1. Produto Interno Bruto:

2002 – R$ 1,48 trilhões

2013 – R$ 4,84 trilhões


2. PIB per capita:

2002 – R$ 7,6 mil

2013 – R$ 24,1 mil


3. Dívida líquida do setor público:

2002 – 60% do PIB

2013 – 34% do PIB


4. Lucro do BNDES:

2002 – R$ 550 milhões

2013 – R$ 8,15 bilhões


5. Lucro do Banco do Brasil:

2002 – R$ 2 bilhões

2013 – R$ 15,8 bilhões


6. Lucro da Caixa Econômica Federal:

2002 – R$ 1,1 bilhões

2013 – R$ 6,7 bilhões


7. Produção de veículos:

2002 – 1,8 milhões

2013 – 3,7 milhões


8. Safra Agrícola:

2002 – 97 milhões de toneladas

2013 – 188 milhões de toneladas


9. Investimento Estrangeiro Direto:

2002 – 16,6 bilhões de dólares

2013 – 64 bilhões de dólares


10. Reservas Internacionais:

2002 – 37 bilhões de dólares

2013 – 375,8 bilhões de dólares


11. Índice Bovespa:

2002 – 11.268 pontos

2013 – 51.507 pontos


12. Empregos Gerados:

Governo FHC – 627 mil/ano

Governos Lula e Dilma – 1,79 milhões/ano


13. Taxa de Desemprego:

2002 – 12,2%

2013 – 5,4%


14. Valor de Mercado da Petrobras:

2002 – R$ 15,5 bilhões

2014 – R$ 104,9 bilhões


15. Lucro médio da Petrobras:

Governo FHC – R$ 4,2 bilhões/ano

Governos Lula e Dilma – R$ 25,6 bilhões/ano


16. Falências Requeridas em Média/ano:

Governo FHC – 25.587

Governos Lula e Dilma – 5.795


17. Salário Mínimo:

2002 – R$ 200 (1,42 cestas básicas)

2014 – R$ 724 (2,24 cestas básicas)


18. Dívida Externa em Relação às Reservas:

2002 – 557%

2014 – 81%


19. Posição entre as Economias do Mundo:

2002 – 13ª

2014 – 7ª


20. PROUNI – 1,2 milhões de bolsas


21. Salário Mínimo Convertido em Dólares:

2002 – 86,21

2014 – 305,00


22. Passagens Aéreas Vendidas:

2002 – 33 milhões

2013 – 100 milhões


23. Exportações:

2002 – 60,3 bilhões de dólares

2013 – 242 bilhões de dólares


24. Inflação Anual Média:

Governo FHC – 9,1%

Governos Lula e Dilma – 5,8%


25. PRONATEC – 6 Milhões de pessoas


26. Taxa Selic:

2002 – 18,9%

2012 – 8,5%


27. FIES – 1,3 milhões de pessoas com financiamento universitário

28. Minha Casa Minha Vida – 1,5 milhões de famílias beneficiadas

29. Luz Para Todos – 9,5 milhões de pessoas beneficiadas


30. Capacidade Energética:

2001 – 74.800 MW

2013 – 122.900 MW


31. Criação de 6.427 creches

32. Ciência Sem Fronteiras – 100 mil beneficiados

33. Mais Médicos (Aproximadamente 14 mil novos profissionais): 50 milhões de beneficiados


34. Brasil Sem Miséria – Retirou 22 milhões da extrema pobreza


35. Criação de Universidades Federais:

Governos Lula e Dilma – 18

Governo FHC – zero


36. Criação de Escolas Técnicas:

Governos Lula e Dilma – 214

Governo FHC – 0

De 1500 até 1994 – 140



37. Desigualdade Social:

Governo FHC – Queda de 2,2%

Governo PT – Queda de 11,4%


38. Produtividade:

Governo FHC – Aumento de 0,3%

Governos Lula e Dilma – Aumento de 13,2%


39. Taxa de Pobreza:

2002 – 34%

2012 – 15%


40. Taxa de Extrema Pobreza:

2003 – 15%

2012 – 5,2%


41. Índice de Desenvolvimento Humano:

2000 – 0,669

2005 – 0,699

2012 – 0,730


42. Mortalidade Infantil:

2002 – 25,3 em 1000 nascidos vivos

2012 – 12,9 em 1000 nascidos vivos


43. Gastos Públicos em Saúde:

2002 – R$ 28 bilhões

2013 – R$ 106 bilhões


44. Gastos Públicos em Educação:

2002 – R$ 17 bilhões

2013 – R$ 94 bilhões


45. Estudantes no Ensino Superior:

2003 – 583.800

2012 – 1.087.400


46. Risco Brasil (IPEA):

2002 – 1.446

2013 – 224


47. Operações da Polícia Federal:

Governo FHC – 48

Governo PT – 1.273 (15 mil presos)


48. Varas da Justiça Federal:

2003 – 100

2010 – 513


49. 38 milhões de pessoas ascenderam à Nova Classe Média (Classe C)


50. 42 milhões de pessoas saíram da miséria



FONTES:



42 – OMS, Unicef, Banco Mundial e ONU

37 – índice de GINI: www.ipeadata.gov.br

45 – Ministério da Educação

13 – IBGE

26 – Banco Mundial



Notícias, Informações e Debates sobre o Desenvolvimento do Brasil: www.desenvolvimentistas.com.br
 

Publicado originalmente no blog: http://www.hildegardangel.com.br/?p=41715
. 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Commodities versus valor adicionado

Marcos Sawaya Jank *



Ao tratar das relações Brasil-China na coluna de 16 de maio, fiz a seguinte colocação: "O sucesso do modelo pautado pelo comércio de commodities é evidente, mas tem limites claros à frente. São poucos produtos de baixo valor adicionado, alta volatilidade, margens apertadas e transporte ineficiente". Recebi comentários antagônicos e achei que deveria hoje retomar o assunto, sempre polêmico e atual.



O primeiro comentário foi: "Nossa pauta de exportações para a China é paupérrima em produtos de valor agregado, o que faz do nosso comércio bilateral uma reedição canhestra do chamado pacto colonial".



O segundo foi: "Discordo da sua afirmação de que commodities não têm alto valor agregado. Por trás de cada grão – soja, café e até das carnes – há muita tecnologia e valor agregado, que reúne uma cadeia gigantesca de tecnologias de Primeiro Mundo".



Aproveito os comentários para analisar os desafios do modelo agro exportador brasileiro. De um lado, não tenho a menor dúvida de que agregamos valor em nossas commodities, e muito. Somos um dos países que mais ganharam competitividade e eficiência nesses produtos, graças ao uso de tecnologias tropicais modernas, a ganhos de escala e à presença de produtores capacitados e motivados. As commodities agropecuárias de hoje – intensivas em capital e alta tecnologia – pouco ou nada têm a ver com as commodities intensivas em trabalho do período colonial. Além disso, nossos grandes concorrentes nesse segmento não são países pobres, mas sim Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Argentina.



Contudo, por outro lado, é fato que mais da metade das exportações brasileiras está concentrada em dez commodities básicas com pouca ou nenhuma diferenciação, cujo grande vetor de competitividade é o custo baixo. Exportamos nossas carnes por US$ 2 a US$ 6 por quilo. Recentemente vi carnes locais, altamente diferenciadas, sendo vendidas a até US$ 100 o quilo em supermercados de Seul, na Coreia do Sul.



Creio que a melhor explicação para essa realidade está na sutil diferença entre "valor agregado nas commodities" e "valor adicionado nos alimentos". Somos bons em agregar valor em commodities básicas, cujo diferencial competitivo são altos volumes e baixos custos. Mas ainda estamos engatinhando no processo de adição de valor dos produtos para clientes e consumidores internacionais.



Marcas reconhecidas internacionalmente, variedade de produtos, atendimento a diferentes segmentos de mercado, entrega rápida e segura, domínio de canais de comercialização, certificação e denominação de origem são alguns elementos usados para a diferenciação de produtos, todos ainda pouco explorados pela maioria das empresas brasileiras.



Estamos falando de conceitos básicos que geram diferentes vantagens competitivas no mercado. França e Itália são fortes e competitivas na oferta de alimentos e bebidas de alto valor adicionado, mas fracas em commodities básicas, setor no qual dificilmente serão competitivas no mundo (apenas com pesados subsídios).



O Brasil é o contrário, forte em commodities, fraco em valor adicionado. Mas tem todas as condições para atuar nos dois segmentos com eficiência. Só que o país e as empresas têm de sair da zona de conforto e se globalizarem, de verdade.



* o autor é especialista em questões globais do agronegócio.

COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO:
Já que o segundo comentário destacado por Marcos Jank no artigo acima é deste blogueiro, e por discordar em gênero, grau e número dessa questão de que commodities não têm valor agregado, então vejamos:


1 - é pura semântica essa discussão, além de um desiderato inútil. Na medida em que soja, milho, algodão (OGMs, especialmente), café, açúcar e etanol, carnes bovinas e de aves e suínos - principais itens de nossa pauta de exportação - usam altíssima tecnologia para sua produção, e por serem renováveis, portanto com "sustentabilidade", elas têm valor agregado, sim, dão lucros ao país e aos produtores, geram muitos empregos em toda a cadeia. Não é por acaso que Sorriso e Lucas do Rio Verde, ambas no Mato Grosso, são duas cidades com o mais alto IDH no Brasil.

2 - As críticas da falta de valor agregado parecem comparar nossas commodities com as commodities europeias, onde o leite tem valor altamente agregado ao ser transformado em queijos, ou a uva em vinho. Aí sim, é alto valor agregado, nisso concordo, mas se fizéssemos tal marketing para quem exportaríamos? Para a Europa e EUA? Somente eles teriam poder aquisitivo para remunerar o valor agregado. A escolha brasileira pelas commodities é natural diante das nossas imensas áreas de produção ao privilegiar altos volumes de exportação, e não baixos volumes com alto valor agregado. Para desmistificar isso basta comparar os valores de exportação de queijos e vinhos da França e Itália, cujas somas não chegam a 20% das nossas exportações de commodities em termos de valores. Portanto, essa história de valor agregado a commodities é retórica de economistas.

3 - Há, sim, caminhos alternativos para agregar valor às nossas commodities, por exemplo: exportar apenas farelo ou óleo refinado de soja, café torrado e moído, açúcar, cachaça (o que já fazemos, com muita competência), artigos de couro, carnes processadas ou com cortes especiais, mas quem compraria nossos altíssimos volumes produzidos? Não esqueçamos que a China importa soja, milho e algodão, apenas porque são culturas altamente mecanizadas e não exigem grandes volumes de mão de obra, fator que contraria a política chinesa de gerar empregos.

4 - Os EUA, sim, cometeram a burrice estratégica do século ao exportar suas indústrias para a China, na expectativa de que iriam gerar alto valor agregado em produtos industriais com alta tecnologia embutida. As commodities industriais chinesas, hoje em dia, dominam o mundo no comércio internacional, como artigos do vestuário, brinquedos, automóveis, aparelhos de TVs, produtos químicos, eletrodomésticos em geral, e toda a parafernália da informática, como monitores, mouses, teclados e demais peças dos computadores, exceto os processadores. Os EUA, com isso, geraram desemprego em casa e proporcionaram emprego e riqueza na China e Índia. Ou seja, se é fabricado na China, é commoditie!

5 - A Europa continua encalacrada, e sem saída. Os produtos são de altíssimo valor agregado, como Marcos Jank registra no artigo, não têm chances de produzir em escala como nós, e, por isso, têm poucos clientes mundo afora. O marketing é uma ferramenta de "dois legumes", agrega valor as produtos de um lado, torna-os exclusivos, mas reduz o tamanho do mercado na outra ponta. E precisa de muita propaganda para isso funcionar.

6 - Ainda sobre valor agregado a commodities agrícolas, o que nos falta no Brasil, conforme registrei em meu livro "Marketing da Terra" (Editora UFV -  Viçosa-MG, 2005), é o processamento fabril de produtos da terra (frutas, grãos, leite e derivados, carnes, algodão), porém com a participação de cooperativas agrícolas no processo, ou em indústrias regionais, agregando valor à produção dos pequenos e médios produtores rurais, para fixar população na área rural, gerando empregos e riquezas. Foi assim que nasceram empresas internacionais como Parmalat, Nestlé, Batavo, Sadia, Perdigão (hoje BR Foods) etc., e muitas outras. O que me leva a concordar com Marcos Jank de que temos de sair da zona de conforto, nisso sim, estamos atrasados, pois podemos trabalhar nas duas vertentes, com muita categoria.
Espero ter contribuído ao debate.
 .

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Meu orgulho com o Brasil (II): o nosso IDH

Richard Jakubaszko
Fala a verdade, caro leitor, ver o nosso IDH melhorar esse tanto que melhorou, nos últimos 12 anos, não traz orgulho a todos nós brasileiros? Perceba que os dados são de1991 a 2010, de lá pra cá melhorou um tiquinho mais...
Só não vê quem não quer ver.
Pode crer, vai melhorar mais ainda.
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Porque votei em Dilma Rousseff


Rogério Cezar de Cerqueira Leite *
Votar em Aécio seria optar pela prevalência do princípio da desigualdade, da contenção da ascensão social e pela manutenção do "status quo". Sociedades, tanto as primitivas como as modernas, adotam um de dois possíveis princípios organizacionais, paradoxalmente antagônicos: ou o preceito da igualdade ou o da desigualdade.

Nas sociedades modernas e em algumas ditas primitivas, o princípio da igualdade prevalece, se não na prática, pelo menos como utopia. Exceção clamorosa é a Índia, onde castas estabelecem desigualdades intransponíveis.

Os dois princípios organizacionais buscam reduzir conflitos entre membros individuais ou grupos no seio da própria sociedade. E ambos podem ser eficientes, embora divirjam decisivamente quanto à compatibilidade com um valor também essencial, tal seja, a justiça social.

Enquanto o princípio da desigualdade privilegia a busca da eficiência e da meritocracia, o seu antagônico, o da igualdade, rejeita esses objetivos. Apesar disso, esses dois princípios fundamentalmente irreconciliáveis convivem na sociedade moderna, encontrando em diferentes países ou regiões diferentes pontos de equilíbrio.

A chamada igualdade de oportunidades é um exemplo desse compromisso. A busca de um contrato social aceitável é frequentemente não mais que a construção de uma conciliação entre esses dois princípios, embora Jean-Jacques Rousseau não tenha percebido isso.

Escolher PSDB-Aécio Neves para a Presidência da República seria, consciente ou inconscientemente, uma opção pela prevalência do princípio da desigualdade, pela manutenção da imensa disparidade de renda, pela contenção da ascensão social, enfim, pela manutenção do "status quo". É a história de Aécio Neves, a sua ascendência, a sua cultura e a daqueles que o circundam, a do PSDB. Ninguém foge à própria natureza.

Não há comentarista ou estudioso da sociedade brasileira, seja de esquerda ou de direita, que não reconheça que o grande mal social brasileiro é a disparidade de renda (uma Bélgica inserida em uma Índia, dizem).

Votei no projeto PT-Dilma Rousseff porque reconheço, como todo cidadão pensante, que essa era a opção capaz de melhor equilibrar os dois princípios antagônicos, reservando espaço adequado para a justiça social.

O contraste entre as administrações PSDB nacional (Fernando Henrique Cardoso) e de Minas Gerais (Aécio Neves, Antonio Anastasia) e a nacional do PT (Lula-Dilma) é revelador, tanto com relação ao esforço para dirimir diferenças de renda como à criação de oportunidades de ascensão social.

Enquanto nos governos do PSDB não houve qualquer esforço para reduzir a disparidade de renda nem o nível de pobreza, durante a administração do PT não somente houve um aumento do salário mínimo de 80% em seu valor real como também foram criados e expandidos inúmeros programas sociais.

O que melhor revela a importância dada pelos governos Lula-Dilma à justiça social, todavia, foi a absoluta prioridade dada à oportunidade de ascensão social que só é legitimamente conquistada por meio da educação e, principalmente, do ensino superior. Pois foi quadruplicado o número de alunos nesse nível durante estes últimos 12 anos.

Portanto, votei em Dilma porque é degradante a condição nacional de país com uma das mais injustas disparidades de renda de toda a Terra. Porque ela, Dilma, e somente ela, me traz a esperança de ser cidadão de um país civilizado.

* ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, 83, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha.


Publicado na Folha de SP:  http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/197429-por-que-votei-em-dilma-rousseff.shtml
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