quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O incrível e o inacreditável

Luis Fernando Veríssimo 
"Incrível" e "inacreditável" querem dizer a mesma coisa - e não querem. "Incrível" é elogio. Você acha incrível o que é difícil de acreditar de tão bom. Já inacreditável é o que você se recusa a acreditar de tão nefasto, nefário e nefando - a linha média do Execrável Futebol Clube.

Incrível é qualquer demonstração de um talento superior, seja o daquela moça por quem ninguém dá nada e abre a boca e canta como um anjo, o do mirrado reserva que entra em campo e sai driblando tudo, inclusive a bandeirinha do corner, o do mágico que tira moedas do nariz e transforma lenços em pombas brancas, o do escritor que torneia frases como se as esculpisse.

Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase "ir de mal a pior".

Incrível é a graça da neta que sai dançando ao som da Bachiana n.º 5 do Villa-Lobos como se não tivesse só cinco anos, é o ator que nos toca e a atriz que nos faz rir ou chorar só com um jeito da boca, é o quadro que encanta e o pôr do sol que enleva.

Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e, mesmo assim, defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.

Incrível, realmente incrível, é o brasileiro que leva uma vida decente mesmo que tudo à sua volta o chame para o desespero e a desforra.

Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.

Incrível é um solo do Yamandu.

Inacreditável é este verão.


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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Morre Paco de Lucía

Richard Jakubaszko 
Os jornais informam hoje que o violonista espanhol Paco de Lucía faleceu no México aos 66 anos. O anuncio foi feito nesta quarta-feira pela prefeitura de Algeciras, sua cidade natal na região sul da Espanha
Paco de Lucía, um dos grandes mestres do violão flamenco, foi vítima de um infarto.
Paco nasceu em 21 de dezembro de 1947 na cidade andaluza, da província de Cádiz.

Durante a carreira se tornou um artista famoso em todo o mundo, que conseguiu modernizar o flamenco tradicional combinando o estilo com o jazz e outros gêneros musicais variados.

A cidade de Algeciras decretou luto oficial pela morte do artista.
Abaixo, um vídeo com Paco tocando "Entre dos aguas", em que mostra seu talento e sua técnica. Aqui no blog tenho outros vídeos publicados desse criativo músico.
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Por que o Brasil é o país das oportunidades?

Richard Jakubaszko  
Se alguém desejar entender as razões de Lula ser o mito que é, e porque o povo lhe dá votos, é só ler o seu artigo, que abaixo tenho a honra e satisfação de reproduzir neste blog. Perceba o leitor que não houve necessidade, uma única vez, de falar em "Bolsa Família", o amplo programa social que ampara milhões de brasileiros carentes de tudo, e com os quais a sociedade tem uma dívida impagável. Mas a oposição incompetente acha que é isso que traz votos a Lula e ao PT. Por não ter propostas e programas de governo, a oposição tenta desqualificar Lula, com todos os tipos de acusações, apoiada por uma mídia comprometida com interesses comerciais e políticos.

Por que o Brasil é o país das oportunidades?
Por Luiz Inácio Lula da Silva

Passados cinco anos do início da crise global, o mundo ainda enfrenta suas consequências, mas já se prepara para um novo ciclo de crescimento. As atenções estão voltadas para mercados emergentes como o Brasil. Nosso modelo de desenvolvimento com inclusão social atraiu e continua atraindo investidores de toda parte. É hora de mostrar as grandes oportunidades que o país oferece, num quadro de estabilidade que poucos podem apresentar.

Nos últimos 11 anos, o Brasil deu um grande salto econômico e social. O PIB em dólares cresceu 4,4 vezes e supera US$ 2,2 trilhões. O comércio externo passou de US$ 108 bilhões para US$ 480 bilhões ao ano. O país tornou-se um dos cinco maiores destinos de investimento externo direto. Hoje somos grandes produtores de automóveis, máquinas agrícolas, celulose, alumínio, aviões; líderes mundiais em carnes, soja, café, açúcar, laranja e etanol.

Reduzimos a inflação, de 12,5% em 2002 para 5,9%, e continuamos trabalhando para trazê-la ao centro da meta. Há dez anos consecutivos a inflação está controlada nas margens estabelecidas, num ambiente de crescimento da economia, do consumo e do emprego. Reduzimos a dívida pública líquida praticamente à metade; de 60,4% do PIB para 33,8%. As despesas com pessoal, juros da dívida e financiamento da previdência caíram em relação ao PIB.

Colocamos os mais pobres no centro das políticas econômicas, dinamizando o mercado e reduzindo a desigualdade. Criamos 21 milhões de empregos; 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza e 42 milhões alcançaram a classe média.

Quantos países conseguiram tanto, em tão pouco tempo, com democracia plena e instituições estáveis?

A novidade é que o Brasil deixou de ser um país vulnerável e tornou-se um competidor global. E isso incomoda; contraria interesses. Não é por outra razão que as contas do país e as ações do governo tornaram-se objeto de avaliações cada vez mais rigorosas e, em certos casos, claramente especulativas. Mas um país robusto não se intimida com as críticas; aprende com elas.

A dívida pública bruta, por exemplo, ganhou relevância nessas análises. Mas em quantos países a dívida bruta se mantém estável em relação ao PIB, com perfil adequado de vencimentos, como ocorre no Brasil? Desde 2008, o país fez superávit primário médio anual de 2,58%, o melhor desempenho entre as grandes economias. E o governo da presidenta Dilma Rousseff acaba de anunciar o esforço fiscal necessário para manter a trajetória de redução da dívida em 2014.

Acumulamos US$ 376 bilhões em reservas: dez vezes mais do que em 2002 e dez vezes maiores que a dívida de curto prazo. Que outro grande país, além da China, tem reservas superiores a 18 meses de importações? Diferentemente do passado, hoje o Brasil pode lidar com flutuações externas, ajustando o câmbio sem artifícios e sem turbulência. Esse ajuste, que é necessário, contribui para fortalecer nosso setor produtivo e vai melhorar o desempenho das contas externas.

O Brasil tem um sistema financeiro sólido e expandiu a oferta de crédito com medidas prudenciais para ampliar a segurança dos empréstimos e o universo de tomadores. Em 11 anos o crédito passou de R$ 380 bilhões para R$ 2,7 trilhões; ou seja, de 24% para 56,5% do PIB. Quantos países fizeram expansão dessa ordem reduzindo a inadimplência?

O investimento do setor público passou de 2,6% do PIB para 4,4%. A taxa de investimento no país cresceu em média 5,7% ao ano. Os depósitos em poupança crescem há 22 meses. É preciso fazer mais: simplificar e desburocratizar a estrutura fiscal, aumentar a competitividade da economia, continuar reduzindo aportes aos bancos públicos, aprofundar a inclusão social que está na base do crescimento. Mas não se pode duvidar de um país que fez tanto em apenas 11 anos.

Que país duplicou a safra e tornou-se uma das economias agrícolas mais modernas e dinâmicas do mundo? Que país duplicou sua produção de veículos? Que país reergueu do zero uma indústria naval que emprega 78 mil pessoas e já é a terceira maior do mundo?

Que país ampliou a capacidade instalada de eletricidade de 80 mil para 126 mil MW, e constrói três das maiores hidrelétricas do mundo? Levou eletricidade a 15 milhões de pessoas no campo? Contratou a construção de 3 milhões de moradias populares e já entregou a metade?

Qual o país no mundo, segundo a OCDE, que mais aumentou o investimento em educação? Que triplicou o orçamento federal do setor; ampliou e financiou o acesso ao ensino superior, com o Prouni, o FIES e as cotas, e duplicou para 7 milhões as matrículas nas universidades? Que levou 60 mil jovens a estudar nas melhores universidades do mundo? Abrimos mais escolas técnicas em 11 anos do que se fez em todo o Século XX. O Pronatec qualificou mais de 5 milhões de trabalhadores. Destinamos 75% dos royalties do petróleo para a educação.

E que país é apontado pela ONU e outros organismos internacionais como exemplo de combate à desigualdade?

O Brasil e outros países poderiam ter alcançado mais, não fossem os impactos da crise sobre o crédito, o câmbio e o comércio global, que se mantém estagnado. A recuperação dos Estados Unidos é uma excelente notícia, mas neste momento a economia mundial reflete a retirada dos estímulos do Fed. E, mesmo nessa conjuntura adversa, o Brasil está entre os oito países do G-20 que tiveram crescimento do PIB maior que 2% em 2013.

O mais notável é que, desde 2008, enquanto o mundo destruía 62 milhões de empregos, segundo a Organização Internacional do Trabalho, o Brasil criava 10,5 milhões de empregos. O desemprego é o menor da nossa história. Não vejo indicador mais robusto da saúde de uma economia.

Que país atravessou a pior crise de todos os tempos promovendo o pleno emprego e aumentando a renda da população?

Cometemos erros, naturalmente, mas a boa notícia é que os reconhecemos e trabalhamos para corrigi-los. O governo ouviu, por exemplo, as críticas ao modelo de concessões e o tornou mais equilibrado. Resultado: concedemos 4,2 mil quilômetros de rodovias com deságio muito acima do esperado. Houve sucesso nos leilões de petróleo, de seis aeroportos e de 2.100 quilômetros de linhas de transmissão de energia.

O Brasil tem um programa de logística de R$ 305 bilhões. A Petrobras investe US$ 236 bilhões para dobrar a produção até 2020, o que vai nos colocar entre os seis maiores produtores mundiais de petróleo. Quantos países oferecem oportunidades como estas?

A classe média brasileira, que consumiu R$ 1,17 trilhão em 2013, de acordo com a Serasa/Data Popular, continuará crescendo. Quantos países têm mercado consumidor em expansão tão vigorosa?

Recentemente estive com investidores globais no Conselho das Américas, em Nova Iorque, para mostrar como o Brasil se prepara para dar saltos ainda maiores na nova etapa da economia global. Voltei convencido de que eles têm uma visão objetiva do país e do nosso potencial, diferente de versões pessimistas. O povo brasileiro está construindo uma nova era – uma era de oportunidades. Quem continuar acreditando e investindo no Brasil vai ganhar ainda mais e vai crescer junto com o nosso país.
Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente da República e presidente de honra do PT
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domingo, 23 de fevereiro de 2014

A proposta Uruguaia

Mauro Santayana
(JB) - Desde sua fundação, com o tratado de Assunção, em 1991, o Mercosul- Mercado Comum do Sul, tem sido vilipendiado e atacado pelos inimigos da integração sul-americana.

Primeiro, por ter sido um dos fatores que mais contribuíram para a derrocada da ALCA – Área de Livre Comércio das Américas - que pretendia que os países latino-americanos abrissem totalmente seu mercado aos Estados Unidos.

Se isso tivesse ocorrido, o Brasil estaria, hoje, na situação em que está o México, que cresceu no ano passado menos da metade do que o fizemos; que se considera um “player” global quando 90% de suas exportações vão para o Canadá e os EUA; que apenas maquia peças de terceiros com destino ao outro lado da fronteira e que, apesar de “exportar” mais que o Brasil, tem históricos déficits em seu comércio exterior, porque o salário de seus trabalhadores custa tão pouco que não basta para agregar valor às mercadorias que envia para outros países.

A baixa proporção do comércio exterior no PIB brasileiro, e no PIB do Mercosul, como um todo, deriva da aposta que por aqui foi feita, de se investir, prioritariamente, em nossa própria gente.

Os carros que fabricamos no Brasil não são feitos para serem vendidos aos norte-americanos, embora tenhamos exportado mais de 500.000 automóveis no ano passado. Um trabalhador brasileiro de linha de montagem pode comprar carros fabricados no Brasil. Os trabalhadores mexicanos de “maquiladoras” não compram os carros que fabricam. Compram carros usados dos EUA e Canadá, até porque no México – ao contrário do Brasil - não há lei alguma que proíba isso.

É importante pensar na diferença entre a situação mexicana e a brasileira, hoje, porque uma das principais linhas de ataque contra o Mercosul se baseia na sua comparação com a Aliança do Pacífico, uma pseudo-organização criada com o beneplácito e o interesse norte-americano e espanhol, para incentivar a divisão dos países sul-americanos, e sabotar a expansão e consolidação do Mercosul em nossa região.

No Brasil, costuma-se comparar os índices de crescimento da economia com os de países como o Peru e Chile, esquecendo-se que sua economia é infinitamente menor e menos complexa, e que fatores como a variação do preço do cobre bastam para alterar o PIB para cima ou para baixo, como é o caso do Chile, por exemplo.

Além disso, os defensores da Aliança do Pacífico como grupo capaz de “enterrar” econômica e politicamente o Mercosul, se esquecem que a maioria dos membros da AP, Colômbia, Peru e Chile, já são estados associados ao Mercado Comum do Sul, pertencendo, portanto, mesmo que não ainda na qualidade de membros plenos, à organização.

O Mercosul, assim como a UNASUL, com o Conselho de Defesa da América do Sul, se insere no projeto maior de aumentar, pela integração, o poder econômico, político e militar da América do Sul, com relação a outros países, blocos, e regiões do mundo.

É nesse contexto, de integrarmos nossos mercados internos, capacidade produtiva, e inserção geopolítica no Século XXI, que se coloca a decisão, anunciada ontem pelo governo uruguaio, de enviar, para aprovação pelo parlamento, projeto assegurando residência automática a cidadãos nascidos em outros países do Mercosul.

Talvez, hoje, o país mais civilizado da América Latina, o Uruguai, para além da qualidade de vida da sua população - que se reflete em seus índices de saúde, expectativa de vida e educação - tem tomado corajosas decisões nos últimos tempos, dando exemplo e abrindo caminho para a quebra de paradigmas que mantêm muitos de nossos países atados a um conservadorismo obscurantista e limitador.

Embora o Governo Mujica esteja sendo ousado – o projeto oferece residência automática não apenas aos membros plenos, mas também aos estados associados do Mercosul – o que talvez venha a dificultar a aprovação da proposta, a ideia é interessante e revolucionária.

Com 200 dos 275 milhões de habitantes e 2.6 dos 3.6 trilhões de dólares do PIB do bloco, o Brasil não deve temer a abertura das fronteiras internas do Mercosul. Na semana passada, Bill Gates previu que por volta de 2035 todos os países do mundo serão relativamente ricos. Isso também irá ocorrer na América do Sul, principalmente se os recursos de seus países mais pobres - como os minérios do Peru, o gás da Bolívia, a eletricidade do Paraguai, o petróleo, do Equador – forem utilizados para a redução da desigualdade e a melhora da qualidade de vida de seus habitantes.

Poderíamos, de qualquer forma, começar oferecendo reciprocidade ao Uruguai, dando residência automática a seus cidadãos, caso as mesmas condições forem aprovadas para cidadãos brasileiros se instalarem naquele país.

A proposta uruguaia é histórica. E pode ser o primeiro passo para a união efetiva da América do Sul.


Publicado em http://www.maurosantayana.com/2014/02/a-proposta-uruguaia.html
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sábado, 22 de fevereiro de 2014

O Universo é Multiverso?

Richard Jakubaszko 
Precisamos rever teorias e conhecimentos sobre a existência da vida no Universo, e a origem e equilíbrio do próprio universo. É o que faz o longo documentário abaixo.
Vale a pena assistir.

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mágica e interatividade no iPad

Richard Jakubaszko 
Muito doidão o apresentador que faz mágicas com (e através do) o iPad. Ou será o contrário, a tecnologia avançou tanto que o iPad já permite interatividade e teletransporte? Bom, julgue você mesmo, assista a este incrível vídeo que já anda com quase 2 milhões de clicks.

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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Genial, a pintura de Cristo!

Richard Jakubaszko 
No vídeo abaixo pode-se assistir a uma performance impressionante de um artista (David Garibaldi) que pinta o rosto de Cristo de uma forma inusitada e criativa, situação que se mostra ainda mais surpreendente ao final, tudo isso diante de uma plateia atenta a tentativas de ilusionismos e enganações. Ao desvirar o quadro, a revelação.
No mínimo, genial. Vale a pena assistir ao vídeo, tem apenas 2 minutos.
David Garibaldi: Jesus Painting from Thriving Churches on Vimeo.
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Por que não tem alagamento em Tóquio?

Richard Jakubaszko
Por que não tem alagamento em Tóquio?
Responsabilidade social, só isso. A maioria dos governantes brasileiros não investe em infraestrutura "aparente" porque "acham" que isso não "aparece" para o povo. Ou seja, não dá voto!

Anualmente, algo como 25 tufões/ano assolam o território japonês. Desses, dois ou três atingem Tóquio em cheio, com chuvas fortíssimas durante várias horas ou até um dia inteiro.

Mas nem por isso ocorrem enchentes ou alagamentos na cidade.
Por que será? Veja as explicações abaixo.

Subterrâneos de Tóquio



O subsolo de Tóquio hospeda uma fantástica infraestrutura cujo aspecto se assemelha ao cenário de um jogo de computador ou a filmes com extraterrestres. Cinco poços, de 32 m de diâmetro por 65 m de profundidade, interligados por 64 km de túneis formam um colossal sistema de drenagem de águas pluviais destinado a impedir a inundação da cidade durante a época das chuvas.


A dimensão deste complexo subterrâneo desafia toda a imaginação.  É uma obra de engenharia sofisticadíssima realizada em betão, situada 50 m abaixo do solo, fato extraordinário num país constantemente sujeito a abalos sísmicos e onde quase todas as infraestruturas são aéreas. A sua função é não apenas acumular as águas pluviais como também evacuá-las em direção a um rio, caso seja necessário. Para isso dispõe de 14.000 HP de turbinas capazes de bombear cerca de 200 mil litros de água por segundo para o exterior.
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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Portas misteriosas conectam cidades europeias

Richard Jakubaszko 
Muito interessante...

Portas “misteriosas” interligam cidades europeias


Esta é uma campanha da Sociedade Nacional dos Caminhos de Ferro Franceses (SNCF) que desejou provar que chega a cada vez mais lugares em todo o mundo. Para evidenciar isso, e em parceria com TBWA – Paris, a SNCF criou uma ação que tem como objetivo mostrar que qualquer uma das principais cidades europeias está ao alcance do “abrir uma porta”.

Em algumas ruas de Paris foram colocadas portas ligadas a praças de diversas cidades europeias. Ao abrir cada uma dessas portas, fica-se em frente a uma tela onde se pode ver, “em tempo real”, o que está a acontecer numa determinada cidade.

Dançar com um grupo de hip-hop em Barcelona, poder interagir com um mímico em Milão, partilhar um passeio romântico de barco no Lago de Genebra, ter os seus retratos desenhados lá em Bruxelas, ou mesmo participar com um grupo de jovens alemães num passeio de bicicleta em Stuttgart. Estas experiências interativas procuram mostrar a todos que, afinal de contas, a Europa é mesmo “ali ao lado”, onde tudo é pertinho.

O melhor de tudo é quando se consegue surpreender com boa tecnologia, divertir as pessoas e ainda associar isso a uma marca. Um verdadeiro sucesso de marketing interativo.

O vídeo acima me foi enviado por José Roberto Barbieri, de Franca (SP), meu irmão não consanguíneo, que recebeu de Marcos Russi, que recebeu sei lá de quem. É assim a blogosfera, interativa...
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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Retrospectiva 2013 e o agro

Por José Otávio Menten *
A relevância de um assunto ou fato pode ser mensurado pelo destaque alcançado na mídia. O agro é um dos setores mais importantes do Brasil, sob os pontos de vista econômico, social e ambiental. O agro brasileiro foi responsável por cerca de 23% do PIB nacional, por 36% dos empregos e pelo saldo positivo de nossa balança comercial; o produtor rural é o maior ambientalista em ação. Entretanto, a análise de diversas retrospectivas sobre 2013 mostra que pouco destaque foi dado ao setor. Os "balanços" publicados no final de 2013 e início de 2014, que destacam as notícias relevantes do ano passado, mostraram que diversos outros temas prevaleceram.

Relacionada ao agro foi destacada a responsabilização da inflação pelo custo do tomate; o fato do valor da cesta básica vir se reduzindo ao longo dos últimos anos, graças à tecnologia incorporada nos processos produtivos, que vem possibilitando o acesso a alimentos de qualidade à população, não foi discutido. Também foi amplamente divulgada a fila de caminhões na chegada ao litoral paulista, atrapalhando o trânsito de turistas. Carregados de grãos, tiveram que aguardar vários dias para despejar a carga no Porto de Santos, trazendo dívidas para o Brasil.

Um dos assuntos que mais chamaram a atenção em 2013 no Brasil foram as manifestações de rua, reivindicando melhores serviços a população e indicando que "o gigante acordou". O movimento incluiu ações de black blocks e vandalismo, que influenciaram a popularidade de governos e de pré-candidatos nas eleições de 2014. Outro tema que polarizou as atenções foi o julgamento dos mensaleiros, que culminou com a prisão de personalidades da política nacional e o surgimento de nova liderança representada por Joaquim Barbosa, Presidente do STJ. A campanha "onde está o Amarildo?", envolvendo a polícia do Rio de Janeiro; a derrocada de Eike Batista, um dos homens mais ricos do mundo e a vitória do Brasil na Copa das Confederações receberam muita atenção. O incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria/RS, que matou 242 jovens, dominou o noticiário por muito tempo, assim como a discussão sobre a publicação de biografias não autorizadas de famosos, principalmente de cantores muito populares e a depredação do Instituto Royal, em São Roque/SP, com a liberação de 178 cães da raça Beagle, utilizados no desenvolvimento de remédios que salvam vidas humanas.

Em nível internacional, tiveram grande destaque a renúncia do Papa Bento XVI e a escolha do jesuíta argentino, Jorge Mario Bergolio como Papa Francisco, e a morte de um dos maiores líderes dos últimos tempos, o sul-africano Nelson Mandela. Ainda mereceram destaque as mortes do venezuelano Hugo Chávez e de Margaret Thatcher, ex-premier britânica. A morte do menino boliviano Kevin Espada em jogo envolvendo o Corinthians foi destaque no mundo esportivo internacional. Ainda foram considerados relevantes fatos como a espionagem dos EUA, revelada por Edward Snowden, culminando com seu asilo na Rússia; a crise síria e a liberação da maconha no Uruguai. Também tiveram ampla cobertura a diminuição do poder dos Estados Unidos; o fortalecimento da primeira ministra da Alemanha, Angela Merkel; o atentado durante a Maratona de Boston e a morte de 366 imigrantes ilegais da Somália e Eritréia perto da Ilha de Lampedusa, na Itália, em naufrágio.

Fatos relevantes para a qualidade de vida das pessoas, como o agro continuar sendo o "carro chefe" da economia brasileira, não tiveram o merecido destaque. O PIB do agro cresceu quase 3,5% em 2013 em relação a 2012. O VBP (Valor Bruto da Produção) agropecuária ("dentro da porteira") foi de R$ 430 bilhões, 10% superior ao de 2012. A safra de grãos em 2012/13 foi de 195,9 milhões de toneladas, 15% superior a de 2011/12, com destaque para soja, milho e arroz; a área cultivada aumentou apenas 3,6%. O agro brasileiro exportou em 2013 cerca de US$ 100 bilhões (4,3% a mais que em 2012), possibilitando saldo positivo de US$ 83 bilhões (4,4% maior que em 2012). O agro foi responsável por mais de 41% das nossas exportações, com destaque para o complexo soja, carnes, açúcar/álcool, produtos florestais, milho, café e couro. O principal destino das exportações do agro foi a China, seguida pela União Europeia.

O ano de 2013 serviu, também, para mostrar os problemas do agro e a necessidade de investimentos em ensino, pesquisa, extensão e fiscalização, para que continue sendo a nossa "âncora verde" da economia. O caso Helicoverpa armigera, praga quarentenária que se estabeleceu e causou danos de cerca de R$ 3 bilhões, mostrou a fragilidade da defesa agropecuária e a morosidade em tomar decisões adequadas para possibilitar o manejo de problema novo. O assunto foi tema em programas muito populares, como o "Mais Você" da Ana Maria Braga. Também foram pouco evidenciados os problemas da legislação trabalhista rural, das terras indígenas e do licenciamento ambiental para o agro.

O mundo considera o agro brasileiro como sendo o que mais vem contribuindo para atender à demanda mundial de alimentos. É necessário que as realizações e problemas do agro brasileiro sejam incluídos nas grandes discussões nacionais, alcançando a relevância que o setor representa.

* Presidente do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior (ABEAS), Eng. Agrônomo, Mestre e Doutor em Agronomia, Pós-Doutorados em Manejo de Pragas e Biotecnologia, Professor Associado da USP/ESALQ.

COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO:
Menten, concordo com algumas observações suas, especialmente em relação ao agro nas notícias comentadas pela imprensa. A não importância do agro para a mídia decorre, provavelmente, de distorções feitas por órgãos governamentais, como o Banco Central e o IBGE, ao mesmo tempo em que a tal da estatística é citada e comentada por todos, mas cada um dos atores tortura os números à sua conveniência, de forma a sustentar seus argumentos.
Veja que, hoje, o Banco Central divulgou uma prévia do PIB de 2013, que teria crescido 2,52%. Acho um número ótimo, mas a imprensa vai chamá-lo de pibinho, mesmo sabendo que o PIB do Mercado Comum Europeu cresceu estrondoso 0,3%. O IBGE deve confirmar os números oficiais até o final do mês.

Ora, o PIB é uma ficção... até porque você fala em PIB do Agro de 3,5% em 2013, e tenho certeza que não foi você que fez os cálculos, mas algum órgão do governo...

O PIB pode ser calculado de duas maneiras. Uma delas é pela soma das riquezas produzidas dentro do país, incluindo nesse cálculo empresas nacionais e estrangeiras localizadas em território nacional. Nesse cálculo entram os resultados da indústria (que respondem por 30% do total), serviços (65%) e agropecuária (5%). Entra no cálculo apenas o produto final vendido. Exemplo: uma geladeira e não o aço utilizado em sua fabricação. Assim, evita-se a contagem dupla de bens industriais. - See more at: http://www.ocafezinho.com/2014/02/14/brasil-252-x-0-urubus/#sthash.XFd5xSfi.dpuf
Sabemos que o PIB é calculado pela soma das riquezas produzidas no país, e inclui nesse cálculo empresas nacionais e estrangeiras localizadas em território nacional. Nesses cálculos entram os resultados da indústria (que responde por 30% do total do PIB), serviços (65%) e agropecuária (5%). Nessa conta entra apenas o produto final vendido. Exemplo: uma geladeira e não o aço utilizado em sua fabricação. Assim, evita-se a contagem dupla de bens industriais.

Assim, como você afirma acima, "O agro brasileiro foi responsável por cerca de 23% do PIB nacional, por 36% dos empregos e pelo saldo positivo de nossa balança comercial", números que são citados e repetidos ad nauseum também por outros líderes do agro brasileiro; então, na minha humilde opinião, tem alguma coisa muito errada nessas estatísticas. Se o agro, para o IBGE, e para o Banco Central, tem peso de 5% na soma do nosso PIB, como é que ele representa 36% dos empregos, e é responsável por 41% nossas exportações, tendo internado US$ 100 bilhões em 2013?

Claro, pode-se explicar que o alimento produzido no campo, quando entra na indústria, para ser processado, deixa de ser computado, deixa de ser agro, e passa a ser indústria, assim como o aço da geladeira, no exemplo acima.

O PIB é apenas um indicador de crescimento, e não de desenvolvimento, que deveria incluir outros dados, como distribuição de renda, investimento em educação, saúde, nível de emprego, entre outros itens. Entretanto, esses dados só aparecem no Censo do IBGE, que, aliás, é outra peça de ficção, pois o Censo tem sido feito em cima de projeções estatísticas, ou seja, é uma planilha excel atualizada...

Veja que o Censo aponta a existência de 5,5 milhões de propriedades rurais no Brasil, nunca indicando que, dessas, cerca de 3,0 ou talvez 3,5 milhões sejam sítios e chacrinhas de lazer e fim de semana, mas estão registradas como propriedades rurais (e improdutivas...) para pagar ITR, ao invés de pagar IPTU. Algumas cidades próximas a São Paulo, como São Roque, Ibiúna, Indaiatuba, Cotia, já cobram de quem tem sítio por lá um IPTU bem legal...
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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Vai haver confronto ou querem a guerra civil?

Richard Jakubaszko 
O caos vem sendo apregoado. 
Não se sabe por quem, eles usam máscaras. Isso pode, hoje em dia. Até algum tempo era proibido.
Os defensores dos direitos humanos e de expressão, avalizam os black blocs. A mídia aplaude os defensores, mas critica as ações. Um comportamento dúbio, cínico e dissimulado. A verdade é que temos um morto no asfalto. Pior, é jornalista, estava trabalhando para ganhar seu pão de cada dia. Foi assassinado brutalmente.
Prenderam 2, acusados de ação dolosa.
Aparece um advogado esperto, não se sabe de onde, joga lenha na fogueira, diz que seu cliente foi contratado por R$ 150,00 pra fazer bagunça. É louco esse cara! Jogou o cliente na rua da amargura. Para os telespectadores o black bloc preso aparece como um coitado, mas para a justiça ele será julgado como um pistoleiro de aluguel. Diferença ridícula na pena a ser condenado, ao invés de 30 anos pode pegar só 20 anos. O advogado, ainda esperto, manda investigar quem contratou...

Quem seriam os contratantes? Não deve ser o Governo Federal, sem dúvida é quem mais perde com toda essa história de passeatas, protestos e black blocs.
Quem ganha com isso? Como dizem os americanos, "follow de money", e você descobrirá as fontes de interesses difusos por trás da bagunça que se está armando Brasil adentro e afora. O que se deseja é o "quanto pior, melhor", e isso em ano de eleições pune o governo de plantão.

Estranhamente (será estranho?) isso vem sendo arquitetado e planejado desde o ano passado, e a partir de agora, daqui até a Copa do Mundo, e depois dela até as eleições, o Brasil vai ferver, de Norte a Sul. Por enquanto temos um cadáver no asfalto. Vai render muita audiência.

A grande mídia estimula os diversos movimentos. Entusiasma os manifestantes.
Quem se sente atacado procura fórmulas de garantir seu patrimônio, seja ele um bar, uma banca de jornais ou um produtor rural. Abaixo, no vídeo, um deputado federal, cidadão que deveria respeitar as leis, mas estimula publicamente o confronto, apregoa o combate.


Em outro vídeo, que anda bem assistido no Youtube, ao qual não mostro neste blog, porque é de uma desfaçatez absurda, e de nítido conteúdo de viés político partidário, aparece uma moçoila da alta classe média falando em inglês, dizendo-se a favor do movimento "Não vai ter Copa". Apregoa mais verbas para saúde, educação, segurança, combate à pobreza, como se isso nunca tivesse existido no Brasil. E diz não para a Copa no Brasil, como se isso fosse possível. Claro, asfalta a avenida e justifica as ações dos black blocs futuros, que vão quebrar tudo até lá, sem serem criminalizados ou punidos.

Devia se cumprir a lei: botou máscara na rua, é porque boas intenções não tem, devia ser preso e prestar depoimento na delegacia, explicar porque se esconde, pois se não é proibido fazer manifestação, é proibido quebrar patrimônio alheio, ou matar.

Nem precisa descer o cacete nos black blocs, prende e leva pra delegacia, porque é proibido andar mascarado. Em outros tempos, só os heróis das revistas em quadrinhos podiam andar mascarados, porque eram "defensores da lei e da justiça". Mas vivemos tempos histriônicos, malucos, grupos podem andar armados, mascarados, e até podem depredar. Felizmente ainda não podem matar. Teremos essa liberdade no futuro? Difícil dizer, da mesma forma que é complicado afirmar que "dessa água não bebo", no futuro, quem sabe, talvez seja justificável. Foi assim, com essas justificativas, que nasceu o nazifascismo.

Fico na expectativa de que o número de cadáveres aumente, fiquem espalhados pelo asfalto. Nessa marcha, de confronto em confronto, podemos até chegar à uma guerra civil, afinal, o judiciário supremo do país já tem legisladores disfarçados de juízes, ou seria o contrário? Sem contar que agora perseguem presos, e desautorizam até mesmo seus próprios pares. Mas suspendem uma seção de plenário se tiver movimento do MST na Esplanada dos Ministérios.

O país, em nome da política partidária, assiste a fatos ridículos proporcionados por autoridades públicas, todos politicamente corretos, que tentam engabelar a população. Por enquanto, já convenceram alguns coxinhas, a assim chamada juventude conservadora, mas ainda precisam contratar black blocs por R$ 150,00 a cabeça. Estão preparando confrontos, ameaçando uma guerra civil, talvez depor o governo, quem sabe.

Lamentavelmente o clima não é bom, e não estou falando do calor, não. Falo da política suja de uma oposição inepta e incompetente, e de um governo que se acovarda, acuado.  
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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Lagarta maledeta

Richard Jakubaszko 
Circulando desde a semana passada a edição nº 52, de fevereiro 2014, da Agro DBO.
Orgulho e alegria de toda a equipe, pois a revista está "nos trinques": informativa, conteúdo editorial de primeira linha, belíssimo visual, e com bom espaço publicitário, considerando que fevereiro é sempre entressafra para as revistas do agro.

Carta ao leitor
Agro DBO prossegue com sua missão de bem informar os agricultores brasileiros, abordando temas de absoluta relevância e pertinência, além de atualíssimos, conforme determina o bom jornalismo.

O conteúdo que apresentamos em todas as edições da Agro DBO é resultado do trabalho de uma equipe de jornalistas especialistas em agricultura, com apoio de articulistas de notável expertise, todos eles engenheiros agrônomos, alguns deles também produtores rurais, ou que são pesquisadores de renomados órgãos de pesquisa nacionais.

Exemplo desse enfoque especializado é a matéria de capa, “Troca de lagartas”, da jornalista Marianna Peres, que registra a perda de importância da estrelíssima Helicoverpa para a lagarta falsa medideira nas lavouras de soja e milho. Ou no Especial que iniciamos nesta edição, sobre a série nova fronteira agrícola brasileira que surge em Santana do Araguaia, no sudeste do Pará, onde o repórter Ariosto Mesquita esteve garimpando informações e notícias, de uma epopeia de pioneiros que dividimos em bonitas histórias capituladas, duas delas a serem publicadas nas edições de março e abril.

A partir desta edição passa a integrar o quadro de colunistas fixos da Agro DBO o engenheiro agrônomo Amílcar Centeno, um especialista em máquinas agrícolas, que trabalhou por longos anos na John Deere. Nesta edição o leitor encontrará matéria analítica de Amílcar sobre como e quando adotar a tecnologia da Agricultura de Precisão.

Interessante, ainda, a entrevista exclusiva realizada com o ministro Pepe Vargas, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que reconhece a importância do agronegócio brasileiro, sua evolução e maturidade tecnológica, sejam os chamados produtores de médio e grande porte, sejam os da agricultura familiar, mas ambos profissionalizados. E a evolução do agro permite-nos esquecer de que, nos anos 1960 e 1970, e até mesmo nos anos 1980, eram comuns manchetes nos grandes jornais urbanos informando que “Vai faltar feijão”, ou “Racionamento de pão”, porque faltou trigo. O ministro não disse isso, mas assentiu nas entrelinhas do não-verbal, que a reforma agrária, por causa disto, não é mais o “bicho-papão” de outros tempos.


Entre irônico e crítico, Evaristo de Miranda nos mostra que a bioadversidade chegou para todos, nas cidades e nos campos, e que precisamos de bom-senso para conquistar a tal sustentabilidade.


No site da revista os interessados poderão folhear e ler a edição por completo: www.agrodbo.com.br

No vídeo abaixo depoimento do Tostão (José Augusto Bezerra) sobre os destaques da edição, que teve bela capa fruto do esforço e talento do fotógrafo José Medeiros.

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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

As falhas do STF no julgamento do mensalão

Richard Jakubaszko 
O caso do Mensalão, como ato político, e, especialmente o julgamento pelo STF, inegavelmente já entrou para a história brasileira.
 
Foi, como muita gente já sabe, ou suspeita, um julgamento político. Transformou-se um crime eleitoral (o caixa 2 do PT) em caso de corrupção e apropriação de dinheiro público, apesar de ser dinheiro proveniente da Visanet, uma multinacional (hoje Cielo) que tem faturamento superior ao PIB de muitos países considerados "desenvolvidos".

A revista "Retrato do Brasil", dirigida pelo competente e respeitado jornalista Raimundo Pereira, mostra no vídeo abaixo um resumo passo a passo do que acompanhou em várias reportagens, e compara a justiça contemporânea brasileira com a justiça medieval: se a ré, acusada de bruxaria, confessava os crimes, morria queimada, mas se sobrevivesse às torturas era também queimada, porque comprovava seu pacto com o demônio.

O vídeo é apresentado pelo jornalista e escritor Fernando de Moraes, e merece ser assistido. Entre outras coisas, comprova as distorções e falsidades das acusações, a "competência" dos acusadores, e, ainda, a ingenuidade e incompetência dos defensores dos réus do mensalão.
Só no Brasil isso poderia acontecer nos tempos modernos. Pior do que isso, um julgamento de notório caráter político, orquestrado pela mídia, onde os réus foram esfolados vivos, e a impossibilidade de reavaliação por instâncias superiores.

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domingo, 9 de fevereiro de 2014

O padrão brasileiro de tomadas elétricas, ai, ai, ai...

Richard Jakubaszko 

Estamos no passo certo... E o mundo todo está errado!
A tomada elétrica brasileira





Como os turistas irão se virar durante a Copa do Mundo de Futebol e nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro? Acho que do mesmo jeito que nós, brasileiros...
Em cada viagem que faço, para o exterior ou para os interiores deste Brasil, até mesmo capitais estaduais brasileiras, tenho enfrentado nos últimos anos todo tipo de dificuldades, seja para usar/carregar o notebook ou o celular, por causa das nossas exclusivas tomadas elétricas.

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas regulamentou,  faz uns 10 anos, a nossa tomada de 3 pontos. Mesmo entre elas, quando se encontram tomadas no padrão, existem diferenças intransponíveis, como pinos com espessura maior. Tenho visto muita gente atacar a tomada, furiosamente, de alicate em punho, arrancando o pino central.

Desde 5 anos atrás disponho de um "benjamim" padrão universal". É uma espécie de "canivete suíço", ou seja, devidamente embutidos, onde estão os ponteiros de 2 e 3 pontos, que encaixam nos diversos padrões existentes.
Santo remédio!
Tomadas usadas mundo afora, incompatíveis com a brasileira
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