Luis Dufaur * Jeffrey Sachs e Papa Francisco I apresentaram as
Novas Tábuas da Lei da religião ecologista
O Vaticano apresentou os 10 Mandamentos contra a Mudança Climática: não construirás mais usinas de carvão; não prospectarás mais petróleo ou gás; não cometerás 'fracking'; paralisarás todos os novos oleodutos ou gasodutos; não desmatarás; só usarás carros elétricos; não consumirás carne (exceto insetos); não investirás em 'gases de efeito estufa'; processarás as petrolíferas e só usarás energias renováveis, segundo resumiu “Infovaticana”.
O Moisés portador das
Tábuas da Nova Lei é o economista Jeffrey Sachs, autodenominado “líder
global em desenvolvimento sustentável”.
Ele desceu do novo Sinai onde se reuniu a nova deidade reveladora: a Conferência Internacional sobre Mudança Climática, Saúde do Planeta e Futuro da Humanidade', no topo do Monte Vaticano sob os auspícios da Pontifícia Academia de Ciências, presidida pelo arcebispo Marcelo Sánchez Sorondo.
O fiel católico achou durante dois milênios que o 'futuro da humanidade' é, em última análise, o Céu ou o Inferno por toda a eternidade, e que o planeta, vai a desaparecer no Fim do Mundo.
Se julgamos pela nova religião verde tudo teria sido errado, e o Espírito Santo que inspirou as Escrituras errou feio.
Agora se deve pensar na vida eterna do planeta, ou quase tanto.
É aterrorizante ver a liderança eclesial aplaudindo um 'programa' que exige uma brutal tirania e uma redução sem precedentes da liberdade dos Filhos de Deus que a Igreja deve libertar da tirania do mundo, comentou “Infovaticana”.
Para maior contradição, o planeta está na melhor condição alimentar de sua história.
A Nova Lei se baseia numa teoria desesperadamente nebulosa.
Extremistas ambientalistas manifestam-se contra usinas nucleares
Se a famosa 'mudança climática' existe não é como diz a casta sacerdotal verde dos cientistas da ONU: as ilhas não desaparecem, não há fomes devastadoras, as calotas polares não derretem e os ursos brancos se multiplicam com excelente saúde.
Nem mesmo se sabe se a atividade humana é a causa das mudanças existentes no planeta, até nas formas extremas, muito antes de o homem aparecer.
Então, os sacrifícios extremos propostos pelos organismos internacionais bem que poderiam ser inúteis e a Nova Lei não viria ao caso.
O controle requereria apertos ditatoriais de tipo putinista para mudar os hábitos de toda a humanidade mergulhando-a numa escravidão devastadora.
O entusiasmo da hierarquia católica e sua perfeita adaptação ao que buscam os grandes deste mundo faz desconfiar.
As admoestações dos Evangelhos sobre o conflito dos discípulos de Cristo com os do mundo são avassaladoras: “Se o mundo te odeia, saiba que ele me odiou primeiro” é apenas uma das muitas.
Isso indica uma oposição essencial entre Cristo e o mundo.
Pela Nova Lei se trata da Igreja se submeter ao discurso do século, numa matéria em que a Igreja deve ficar cautelosamente fora.
A Nova Lei teria algum sentido se se fundasse em fatos inegáveis e bons; se o diagnóstico fosse preciso e indubitável, o governo mundial e a brutal cerceamento das liberdades individuais indispensável.
Mas é desconcertante que uma instituição cuja prioridade é a salvação das almas dedique tanta energia, tempo e, no caso do Papa, veemência, em assuntos perecíveis sobre os quais ele não é especialista e dos quais não se espera que tenha mais conhecimento do que o homem comum.
A humanidade enfrenta a terrível crise do abandono de Cristo, a apostasia maciça, especialmente no Ocidente cristão, enquanto testemunhamos escândalos maciços que aceleram a descristianização dentro da própria Cúria vaticana.
Que Roma alerte sobre o meio ambiente e silencie sobre o que diz respeito à salvação das almas é, no mínimo, profundamente preocupante, exceção feita no inferno.
* Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs.
Publicado original em https://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com/2022/04/vaticano-revela-nova-tabua-da-lei-nao.html
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