sexta-feira, 24 de março de 2023

Agronegócio: palestra sobre aquecimento em Linhares(ES)

 

Richard Jakubaszko
Fui proferir palestra em Linhares(ES) no último dia 22 de março, sob convite do engenheiro agrônomo e professor Aílton Geraldo Dias, da Sementes Vitória, que organizou um evento com uma plateia de mais de 200 pessoas, sendo a maioria composta por produtores rurais, engenheiros agrônomos e empresários fornecedores de insumos e serviços da região. No vídeo a palestra e seção de perguntas. A verdade é que o agro não aguenta mais levar xingamentos e culpas injustas que são atribuídas ao setor. 


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domingo, 19 de março de 2023

A maior mentira do século XXI

Richard Jakubaszko
Estarei com muita honra e alegria palestrando em Linhares (ES) no próximo dia 22 de março, quarta-feira, sob convite do amigo engenheiro agrônomo e professor Ailton Geraldo Dias, da Sementes Vitória. A palestra “Construindo o futuro” será sobre o tema de meu livro, o ”CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?”, e acontecerá no Cerimonial Solarium a partir das 16h30, e após teremos um debate para esclarecer as dúvidas dos presentes.

Estive nestes dias pensando em como esclarecer mais profundamente aos participantes da palestra sobre esse tema encardido e polêmico. Pois é tão difícil provar a quem não tem fé e desacredita que Deus existe ou não, como provar a um ambientalista que o mundo não vai esquentar.


Tenho tido sucesso em provar a agnósticos sobre a existência de Deus, ao dizer que Deus é 3 em 1, ou seja, o Criador nos mostra que as coisas mais importantes para nós são sempre 3 em 1 e é tudo muito simples de entender:

O mais importante é que Deus é 3 em 1: Pai, Filho e Espírito Santo.

E que a vida é sempre passado, presente e futuro, ou seja, 3 em 1.

Ou, tudo que nos permeia é sólido, líquido ou gasoso.

Ou ainda, tudo que existe é mineral, vegetal ou animal.

Na música, que é matemática divina, tudo é harmonia, melodia e ritmo, se falta algo é só barulho, não é música.

Na matemática, e na trigonometria, tudo é largura, altura e profundidade. Outro 3 em 1. Tem muito mais, é só pensar e você encontrará outros 3 em 1.

São leis que todos conhecemos, imutáveis e universais.


Não são mensagens divinas essas verdades simples? Pense nisso, 3 em 1, ou seja, seu pai, sua mãe e você, sem isso você seria só poeira cósmica.

Agora que você conhece a verdade da existência de Deus, vá conhecer sobre a maior mentira do século XXI que revelarei na palestra esta semana.

Até lá!

A verdade verdadeira é que "Não existem duas verdades!". Uma delas é mentira!
 






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sábado, 4 de março de 2023

Verdades e mentiras da guerra da Ucrânia

Daniel Strutenskey de Macedo   

Me aikamaki, me ushi odná (assim começa o poema testamento de Tarás). Somos guerreiros, somos um só!.
Me aikamaki, me ushi odná (assim começa o poema testamento de Tarás). Somos guerreiros, somos um só!

Se alguém analisasse o Brasil e a sua história e não soubesse quem foi Tiradentes, você acreditaria nela?

É isto que acontece com os comentaristas e jornalistas. Eles não sabem nada da Ucrânia e fazem suas reportagens e comentários baseados naquilo que eles recebem das Agências internacionais de jornalismo, as quais enviam aos jornais informações do interesse político dos EUA e alguns de seus aliados europeus. Estas agências são norte-americanas e europeias.


O fato é que a Ukraína (este é o verdadeiro nome da Ucrânia) vem do verbo partir, cortar. Significa a cortada, a partida. Antes ela se chamava Pequena Rússia e antes ainda ela era um império conhecido como Principado de Kiev. A palavra Kiev significa “do rei”. A cidade foi fundada pelo rei viking chamado Russ e por isto os seus habitantes foram chamados de russos. Kiev era a cidade do Rei Russ. É óbvio que os ucranianos são tão russos ou mais russos que os demais russos, pois a Rússia foi fundada por eles.


Mas por qual motivo ela passou a se chamar Ukraína, a cortada, a partida. Resposta: foi porque ela foi invadida pelo império da Lituânia (que foi importante no passado) e foi separada do restante do território de domínio eslavo dos reis descendentes do rei Russ.


A Lituânia também invadiu e tomou a Polônia e passou a administração da Ukraína para a Polônia, pois a língua polonesa é eslava e muito parecida com a língua russa. A Polônia, ao tomar a Ukraína, obrigou os russos da Ucrânia a falar polonês. Trocou todos os professores da Universidade e das escolas, colocou nelas mestres poloneses. Também tomou todas as repartições públicas. Qual seja, polonizou o que era antes a Pequena Rússia.


Depois, a Polônia foi incorporada pelo Império austro-húngaro, chefiado pelo rei da Áustria, e assim a Ucrânia ficou sob a tutela do império austríaco. Por isto, os russos da Ucrânia foram obrigados a lutar ao lado dos austríacos e alemães na Primeira e na Segunda Guerra Mundial.


Todavia, não foi toda a Ucrânia que foi tomada, mas apenas uma parte, o lado ocidental. No lado oriental, lado direito do Rio Knipro, que corta a Ucrânia de norte a sul, continuaram vivendo os russos sob o governo russo dos Tzares.


Os Tzares, que significa Cesáres, que foi adotado dos grandes imperadores romanos pelos reis russos, se intitulavam Tzares de todas as Rússias. Por que todas? Por que existiam três Rússias, a Pequena Rússia (que passou a ser chamada de Ukraína), a Bielorussia, a Rússia Branca (bilo é branco) e a Rússia Vermelha (a da região de Moscow), que é vermelha por causa do costume antigo de usarem muito a cor vermelha (nada a ver com o comunismo). A Rússia Branca é branca porque usava muito o branco. Todos falam a mesma língua, tem a mesma religião e a mesma cultura com pequenas variações regionais como acontece em todos os lugares.


Fica entendida esta primeira parte: A Ukraína era Rússia, sempre foi, foi o berço da Rússia fundada pelo rei Russ. Foi a rainha Olga, descendente do Russ, que alfabetizou todos os russos. Ela convidou a igreja ortodoxa para trazer a religião católica ortodoxa para a Rússia e formar as escolas. Assim nasceu o alfabeto cirílico, cujo nome vem do monge Cirilo que comandou as escolas russas. É composto por letras gregas e letras inventadas pelo monge para servir aos sons da língua russa. Está entendida esta segunda parte. A língua da Ucrânia sempre foi a mesma da Rússia. Mas por que motivo falam em língua ucraniana?


Falam isto porque cerca de cento e cinquenta anos atrás houve um movimento de separação da Ucrânia, mas que foi debelado. E para contribuir com a separação e independência, o Poeta Tarás Tcheuchenko, o Tiradentes ucraniano, inventou um vocabulário que utilizava o modo de falar dos camponeses e algumas palavras regionais. Ele foi morto, mas deixou um testamento, um texto maravilhoso, extremamente político e interessante sobre liberdade e independência que passou a ser a bíblia da liberdade e da independência dos ucranianos.


Lamentavelmente, apesar deste forte sentimento de independência, quase extremo e disposto a qualquer sacrifício, os ucranianos ficaram sob o regime da Polônia no lado ocidental e da Rússia no lado oriental. Fica entendido aqui o terceiro ponto: o território conhecido como Ucrânia sempre foi habitado por russos, mas ocupados por diferentes governos. O Polonês tornou os ucranianos poloneses (meus avós e minha mãe são poloneses, pois tem o documentos poloneses, mas falavam russo em casa). Moscou manteve como russos os moradores do lado leste. É por isto que parte da população da Ucrânia tem cidadania russa e não polonesa.


Com a vitória da Rússia na 2ª Guerra, ela tomou o território da Ukraína de volta. O governo socialista fez da Ucrânia uma república soviética e para que ela tivesse maior importância política passou a Criméia para a Ucrânia. Mais um ponto a ser esclarecido: a Criméia sempre foi russa.


Com o desmembramento da União Soviética, a República da Ucrânia quis a independência e foi aqui que nasceu o problema que vivemos hoje. O território ucraniano era ocupado por russos que tinham sido polonizados e por ucranianos que continuaram russos. Eles se casaram, tiveram filhos, se misturaram. Os negócios maiores eram, é óbvio, dos socialistas, comandados por dirigentes do partido. Os empresários ucranianos polonizados, inferiorizados comercialmente, quiseram ter as mesmas oportunidades. E Foi aqui que começaram os desentendimentos. Os ucranianos polonizados buscaram ajuda da Polônia, da Europa e dos EUA. Em 1970 já havia 6 milhões de ucranianos imigrantes morando nos EUA, dois milhões no Canadá e outros tantos milhões na Europa. A maior parte deles integrados, mas ainda querendo a independência da Ucrânia e seguidores do Tarás Tcheuchenko, o maior herói da Ucrânia, o Tiradentes deles, cujos versos são declamados por todos os ucranianos. São belos e emocionantes! Estes imigrantes, durante várias gerações, enviaram dinheiro para seus familiares da Ucrânia e para ajudar nos movimentos de independência.


Na primeira eleição da República Ucraniana, após a queda da União Soviética, ganharam os ucranianos polonizados e tentaram diminuir a influência dos ucranianos de cidadania russa, principalmente tomando seus negócios. A Rússia então retirou uma porção de indústrias importantes da Ucrânia e as transferiu para o território russo. Por causa disto a Ucrânia perdeu empregos e tecnologia na área dos armamentos e da indústria aeronáutica e espacial.


Na segunda eleição ganharam os ucranianos cidadania russa e combateram as reformas anteriores. A seguir foi um vai e volta de governos, ora um, ora outro, até que os ucranianos que queriam a independência, os polonizados, deram um golpe de estado e expulsaram o governante eleito russo. Como era o presidente que indicava os governadores das províncias, os moradores do Donbas não aceitaram e quiseram a separação. Não foi aceita e a partir daí o governo ucraniano passou a atacar as regiões onde estavam os ucranianos de cidadania russa. Certa de dez mil foram mortos por conta disto. Foi a partir disto que a Rússia retomou a Criméia e passou a apoiar os russos do Donbas.


Os motivos da guerra são dois: primeiro e mais importante, mas o menos divulgado e conhecido, é a disputa de negócios entre ucranianos de cidadania ucraniana e os de cidadania russa. A segunda é o espírito de independência dos ucranianos que seguem o herói e poeta Tarás Tcheuchenko, o qual foi, durante várias gerações, divulgado, lembrado e honrado pela igreja nacionalista ucraniana, a qual se desvinculou da ortodoxa e se ligou à igreja romana. E foi na igreja, através da organização da igreja, que os ucranianos se mantiveram unidos em torno do sentimento de independência.


Mais uma informação importante. Quando a União Soviética se desmembrou, as forças armadas precisaram ser divididas entre as três republicas (Russia, Bielorússia e Ukraína), mas teve um problema. As formas armadas não eram da União, mas do partido comunista. Imagine se as nossas fossem do MDB, de um partido. Por isto, os comandantes socialistas não permitiram a divisão. Todas as armas modernas ficaram com a Rússia, todas as nucleares, toda a frota do Mar Negro e outras frotas. Para a Ucrânia ficaram dois navios pequenos e velhos e tanques e armas antigas. Por esta razão é que a Ucrânia, embora tivesse um grande arsenal, não tinha armas modernas e eficazes. Para piorar, a Ucrânia ficou com 600 mil soldados e não podia mantê-los. Aposentou 300 mil e não reajustou os salários deles. Imagine o problema!


Resumo da ópera: impossível ganhar uma guerra de um país que tenha arsenal atômico. Portanto, por mais que o ocidente ajude a Ucrânia, o final será ruim para ela, pois em último caso a Rússia utilizará seu arsenal nuclear. A única saída é a paz e a divisão do território ucraniano entre os polonizados e os de cidadania russa.


Finalmente, é preciso explicar por que motivo ucranianos que vivem na Ucrânia faz séculos são de cidadania ucraniana e outros de cidadania russa. O motivo é que os Tzares para manter as regiões que tomavam e ocupavam não podiam deixar que os descendentes se tornassem filhos de outras pátrias. Por isto ficou estabelecido que um filho de russo, não importa onde ele venha a nascer, a sua cidadania será russa. Como a Ucrânia foi tomada pela Polônia e os ucranianos polonizados lutaram ao lado dos alemães contra os russos na primeira e na segunda guerra, eram considerados traidores da pátria.

 

 

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