domingo, 31 de dezembro de 2023

Desde 15/NOV/2022, somos 8.000.000.000 (bilhões) de bocas insaciáveis

Richard Jakubaszko 

Publicado no UOL, hoje, 31/12/2023:

População mundial ganha 75 milhões de pessoas em ano com China deixando a liderança.

Índia agora é o país mais populoso do mundo
Dados divulgados pelo Departamento do Censo dos Estados Unidos nesta quinta-feira (28) apontam que em 2023 a população mundial aumentou em 75 milhões de pessoas, com uma taxa de crescimento 0,95%. 2023 foi marcado pela troca de liderança na lista de país mais populoso: a Índia superou a China, no primeiro semestre.

A Índia contabilizou 1,429 bilhão de habitantes na metade deste ano, segundo a ONU. Já a China divulgou no fim de 2022 que tem 1,412 bilhão de habitantes.


Foi a primeira queda na população chinesa desde 1960-1961, quando a fome causou milhões de mortes devido a vários erros na economia política do "Grande Salto para Frente.


8 bilhões de humanos

Segundo o levantamento dos EUA, o mundo superou neste ano a marca de 8 bilhões de pessoas. No dia 1º de janeiro de 2024, a população mundial deverá ser de 8.019.876.189.


O estudo calcula que, no início de 2024, deverão ocorrer a cada segundo 4,3 nascimentos e duas mortes em todo o mundo.


Imigração evita queda populacional nos EUA

Nos EUA, a taxa de crescimento populacional foi de 0,53%, pouco mais da metade do índice global. A população americana aumentou em 1,7 milhão, devendo chegar a 335,8 milhões em 1º de janeiro.


Se a tendência atual continuar até o final da década, os anos 2020 poderão ser a década de crescimento mais lento na história americana, com taxa de 4% no período de 2020 a 2030, afirmou o demógrafo William Frey da Brookings Institution.


Até agora, o crescimento mais lento da população dos EUA foi registrado durante o período da chamada Grande Depressão, nos anos 1930, com taxa de 7,3% na década.


"É claro que o crescimento poderá receber um leve impulso enquanto ainda saímos dos anos da pandemia, mas seria muito difícil chegar a 7,3%", avalia Frey.


No início de 2024, os EUA deverão ter um nascimento a cada nove segundos e uma morte a cada 9,5 segundos. Por outro lado, a imigração líquida deverá acrescentar uma pessoa a cada 28,3 segundos.


A combinação dos dados de nascimentos, mortes e imigração líquida deverá resultar em um aumento da população americana em uma pessoa a cada 24,2 segundos.


O Departamento do Censo dos EUA calcula que a população mundial tenha atingido a marca de 8 bilhões em 26 de setembro de 2023. Mas, segundo a Divisão das Nações Unidas sobre População, isso teria ocorrido em 15 de novembro de 2022.


O crescimento populacional global está desacelerando desde os anos 1960. Foram necessários 12 anos e meio para que a população mundial superasse a marca de 7 para 8 bilhões. De acordo com o Departamento do Censo americano, deverá levar 14,1 anos até o mundo chegar à marca de 9 bilhões de habitantes, e 16,4 anos até atingirmos os 10 bilhões, o que deve ocorrer por volta de 2055.


Tendência de queda também no Brasil
No Brasil, o Censo Demográfico de 2022, divulgado em outubro deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o país teve um crescimento populacional de 6,5% entre 2010 e 2022, o que representa um aumento de 12,3 milhões de pessoas.

Nesse mesmo período, a taxa de crescimento anual da população foi de 0,52% - a menor registrada desde o primeiro Censo realizado no país, em 1872.


Em 2022, a população do país chegou a 203,1 milhões de habitantes.


Desde o início dos registros, o Brasil aumentou a sua população em mais de 20 vezes, com um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado nas décadas de 70 e 80, quando houve um acréscimo de 27,8 milhões de habitantes.


Leia mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2023/12/31/populacao-mundial-ganha-75-milhoes-de-pessoas-em-ano-com-china-deixando-a-lideranca.htm?cmpid=copiaecola

 

Comentários do blogueiro:
As pessoas, evidentemente, não conseguem projetar a realidade dessa quantidade imensa de gente, que se alimenta diariamente, excluídos os quase 1.000.000.000 de seres humanos que passam fome. A agricultura tem sido a fonte provedora de alimentos, mas há muito tempo as previsões do matemático e padre irlandês Thomas Malthus pairam sobre a cabeça de todos.

A verdade é que esgotam-se as áreas agricultáveis do planeta, e o Brasil é um dos únicos países que ainda dispõe de terras para produzir alimentos. Mas terra, como se sabe, é apenas um dos 3 elementos necessários para se produzir alimentos, e os demais são o Sol e água doce. Se qualquer um desses elementos faltar não se faz agricultura e não se produz alimentos, mesmo usando alta tecnologia. Como exemplo disso, temos a China, África e Austrália, que dispõem de terra e Sol, mas falta água, e a Rússia que tem terra, gelo em vez de água, e não tem Sol, da mesma forma que o norte do Canadá, Alaska, Groelândia.

Outro problema sério que afeta a superpopulação é a carência de energia elétrica. Cada vez mais as exigências e necessidades das populações urbanas são maiores, seja para iluminação, aquecimento ou movimentação de máquinas, os computadores, inclusive. E não podemos mais viver sem ela, sob pena de voltarmos aos tempos medievais. A mais importante fonte de energia elétrica no mundo (inclusive para aquecimento), especialmente no Hemisfério Norte, é o carvão mineral (além do vegetal), poluidor na captação de suas minas e altamente poluente ao meio ambiente quando queimado. Temos ainda a energia elétrica produzida por gases naturais, a hidrelétrica e a energia nuclear. Todas estas são autossuficientes para a produção de energia elétrica em diversas microrregiões no planeta.

A modernidade nos trouxe as energias eólica e solar, que não são autossuficientes, pois para de ventar à noite e também não há Sol, e energia elétrica, como se sabe, não é possível de se estocar. Eólicas e solares necessitam de um plano B, sempre que instaladas, e isso significa dizer que é necessário ter uma usina para suprir a falta de energia elétrica à noite, seja hidrelétrica, a gás, carvão ou nuclear.

Nos dias atuais o errático movimento que dá suporte para as apocalípticas "mudanças climáticas", quando nos ameaçam com o aquecimento global, tenta proibir o uso do carvão e dos derivados de petróleo (estes pouco usados para gerar eletricidade), e que deveriam ser substituídos por energias alternativas, como eólica e solar, mesmo sabendo que estas são soluções paliativas.

Todos esses aspectos são abordados em profundidade em meu livro, o "CO2 - aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", em 3ª edição desde 2022, ampliada e atualizada, e que você pode ler clicando aqui: https://richardjakubaszko.blogspot.com/2022/05/saiu-3-edicao-do-livro-co2-aquecimento.html

Um feliz 2024 a todos!

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3 comentários:

  1. Não sei o que acontece, Gerson, autorizei a publicação, através do celular, como faço normalmente. E foram publicados, duas vezes, mas depois desaparecem. Só o Google tem esse poder de "despublicar" um comentário. Vou encontrar seu comentário anterior e republicá-lo. Vamos ver o que acontece.
    Richard

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    Respostas
    1. Richard, como estes links sobre agroecologia como potencial contribuinte para a solucao dos problemas levantados no seu blog continuam a ser censurados arbitrariamente pelo Google (de acordo com vc esta e' a unica possibilidade pois eles sao removidos automaticamente todas as vezes que vc publica como faz com qualquer outro comentario publicado; eu tambem conferi os termos de publicacao do Google para este blog e nao vi nada que proiba a publicacao destes links ou seja nao estou em contravencao da politica de publicacao) eu sugiro que qualquer leitor que se interesse faca contato com vc para obter os links diretamente de vc, ou se preferir vc pode privadamente passar o contato do leitor interessado para mim que enviarei os links suprimidos e censurados sobre agroecologia diretamente para o interessado. Obrigado e SDS Gerson Machado

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  2. If Net Zero is successful, half the population will die of starvation.
    @wideawake_media [3min]
    Greenpeace co-founder, Dr. Patrick Moore: If Net Zero is successful, half the population will die of starvation. "If we banned fossil fuels, agricultural production would collapse. People will begin to starve, and half the population will die in a very short period of time."
    https://www.youtube.com/watch?v=edslpDKzdxc

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