O título deste artigo pode ser encontrado numa campanha desencadeada pelo agro-negócio norte-americano para evitar a competição de produtos agrícolas importados de países como o Brasil. A página dessa turma na internet pode ser visitada em http://www.adpartners.org/
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Florestas Tropicais – Uma Solução para a Agricultura dos EUA
Richard Jakubaszko
Texto publicado hoje no blog de Luiz Prado, economista, e no Portal do meio Ambiente, editado pelo corajoso ambientalista Vilmar Berna. A leitura do artigo abaixo, por si só, revela um grupo de responsáveis pela propaganda "verde" contra o Brasil, além da indústria nuclear, que criou toda essa paranóia do aquecimento. Assista ao vídeo que postei abaixo, ancorado no Youtube, mas que está também no site do agribusiness americano, e que mostra o quanto os brasileiros são macaquitos, como nos chamam os hermanos argentinos, com certa razão.
Florestas Tropicais – Uma Solução para a Agricultura dos EUA
Luiz Prado - www.luizprado.com.br
Clique na imagem para assistir no site. O vídeo está em inglês; um resumo do mesmo pode ser lido no artigo abaixo.
por Luiz Prado
O título deste artigo pode ser encontrado numa campanha desencadeada pelo agro-negócio norte-americano para evitar a competição de produtos agrícolas importados de países como o Brasil. A página dessa turma na internet pode ser visitada em http://www.adpartners.org/
O título deste artigo pode ser encontrado numa campanha desencadeada pelo agro-negócio norte-americano para evitar a competição de produtos agrícolas importados de países como o Brasil. A página dessa turma na internet pode ser visitada em http://www.adpartners.org/
Lá, rasga-se a fantasia da grande fraternidade dos países ricos com os nobres objetivos da proteção das florestas tropicais como fator de redução das mudanças climáticas.
Na página de mais essa “máfia” que finge ter interesses legítimos na proteção das florestas tropicais há um relatório contundente onde se pode ler:
“A destruição das florestas tropicais para a produção agrícola, de gado e de madeira levou a uma dramática expansão da produção de commodities que competem diretamente com produtos dos EUA”.
"A proteção das florestas tropicais aumentará a renda dos produtores norte-americanos em US$ 221,3 bilhões. Neste relatório podem ser encontrar dados estado por estado, e por setores do agronegócio tais como carne, soja, óleos vegetais, madeira, e etanol.”
Esse relatório se encontra aqui clicando-se na imagem de sua capa. O título é "Fazendas Aqui, Florestas Lá - Desmatamento nos Trópicos e Competitividade dos EUA na Agricultura e na Indústria Madeireira".
No vídeo, para o qual infelizmente não há subtítulos ainda que a página na internet mencione como parceiros vários atores de outros países, encontra-se uma farsa que se já se tornou usual: a responsabilização das queimadas em florestas tropicais para as mudanças climáticas utilizada como forma de ocultar as elevadíssimas emissões dos países altamente industrializados como os EUA. Entre as fontes de emissão, a produção agrícola totalmente mecanizada e dependente de insumos derivados de petróleo, desde os combustíveis até os fertilizantes.
Mas o resumo do que é dito no vídeo que conduz a campanha é simples, demasiadamente simples: “As queimadas em florestas tropicais são responsáveis por mais emissões do que aquelas geradas pela totalidade dos carros, caminhões, aviões e navios”. Nada sobre outras fontes de emissão, como o carvão sujo que gera energia nos EUA e na Inglaterra!
E, mais adiante:
“Você sabia que salvando as florestas podemos economizar bilhões de dólares para os consumidores norte-americanos? Você sabia que salvando as florestas empregos nos EUA serão protegidos? Que salvando as florestas criam-se oportunidades de trabalho nos EUA?” As imagens de queimadas nas florestas são sucedidas de imagens de americanos felizes dirigindo os seus tratores! E continua a publicidade impostora: “não são necessárias novas tecnologias, não são necessários novos sistemas”.
E aí, imagens do Congresso norte-americano, como instância que pode proteger o agronegócio dos EUA. Esses são apenas alguns dos grupos de interesse que sempre impediram que os EUA subscrevessem ao Protocolo de Kyoto ou adotasse qualquer meta de redução da emissão de gases causadores de mudanças climáticas. E que agora lutam para que não seja aprovada a lei sobre o assunto que se encontra parada no Senado norte-americano.
Entre os parceiros dessa iniciativa são listadas algumas ONGs dos EUA que atuam no Brasil. Agora é possível saber quem financia quem no jogo de lobbies em torno do Código Florestal brasileiro.
Ninguém de bom senso acredita que o inverso seria possível, isto é, que ONGs brasileiras ou financiadas por brasileiros possam fazer lobby junto a congressistas norte-americanos e dar palpites em questões de política interna sem terem as suas fontes de receita vasculhadas pelo FBI e pela CIA.
***
Recentemente, em mais uma Resolução de Constitucionalidade duvidosa, o CONAMA eximiu a pequena agricultura familiar de atendimento aos dispositivos do Código Florestal. Medida politiqueira, apenas, mas que implica no reconhecimento de que o mito "bancada ruralista má" X "ambientalistas bons" era uma canoa furada.
10 comentários:
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Richard,
ResponderExcluirvc já merece ir pro céu com o que tem feito para a agropecuária brasileira. Que Deus te dê saúde e coragem pra continuar sendo assim!
Um grande abraço!
Corazza
Comentário do blogueiro, menas... Corazza, menas, mas de toda forma obrigado pelos votos de saúde.
Realmente chega a ser chocante a postura de confronto com a agropecuária brasileira para proteger os agricultores americanos. Já tinha ficada abismado dias atrás quando visitei este site por indicação de um amigo e mais ainda ao ler este texto do Luiz Prado. E por aqui atuam ongueiros "influenciados" por essas organizações internacionais. Fogo amigo, não precisa de mais nada!
ResponderExcluirCaro Richard, enviei ao Deputado Aldo Rebelo a carta abaixo:
ResponderExcluirPrezado Deputado:
Parabéns por seu artigo do Estadão de 8/6/10, pág. A2.
Orgulho-me de ter um patrício com a cabeça no lugar, reconhecendo que certas leis, -feitas no ambiente de ar condicionado-, devem ser revistas face a sua impraticabilidade.
Muitos dos nossos rios fluem com margens de várzeas e campinas naturais. Vamos obrigar os proprietários a arborizar as beiras naturalmente de campo limpo? Porque não respeitar a natureza?
Nossa Amazônia de 4 milhões de km2 é na maior parte inundável, ou distante e inacessível. Porque não reservar essas imensas áreas como florestas permanentes e aproveitar as partes altas, bem drenadas, de terras férteis e planas?
Que o poder público compre algumas áreas de florestas remanescente e deixe o brasileiro trabalhar e produzir nas terras agricultáveis, sem tornar ociosas 80% de suas áreas, estabelecendo uma dispersão
populacional difícil de atender com ensino, saúde, justiça e segurança.
Urge que nossas entidades relacionadas à agropecuária se façam presentes com vigor e persistência para refutar a demagogia e falsos conceitos das ONGs ditas ecológicas que fazem muito barulho com base em falsidades e com financiamento externo dos que temem a concorrência de países privilegiados por clima de luz, calor e chuva.
Mais dia menos dia seremos convocados para produzir alimento para o mundo. Vamos pensar grande e nos preparar para o futuro. Chega de ideologias enganosas, mistificando a população menos esclarecida com crenças não comprovadas, seja por ignorância seja por má fé.
Cordial abraço
Fernando Penteado Cardoso
Eng. Agr. Sênior, ESALQ-USP 1936.
Caro amigo,
ResponderExcluirPor que será que nenhuma ONG extrangeira protestou contra o vazamento de petróleo no Golgo do México?
Abraço,
Engº Agrº Ronaldo Trecenti
Brasília, DF
Prezado Richard
ResponderExcluirÉ impressionante as barreiras impostas aos produtos brasileiros. Já sabiamos que um dia seria por resquicios de defensivos nos produtos vegetais, e outras mazelas. Mas fazer uma campanha descarada como esta, transcende a mais pessimista das perspectivas. O que me espanta é ver jovens dentro de universidades se "alistando" em ongs a fim de proteger os interesses do meio ambiente.
Neri Ferreira
Especialista em Marketing
Excelente!
ResponderExcluirEvaristo Eduardo de Miranda
Embrapa
É, Richard, cada um defende seus interesses, e os dos produtores dos USA estão em evitar a concorrência.
ResponderExcluirabs
rogerio ruschel
Comentário do blogueiro: mas não precisava mentir, né não? Como se já não bastasse a mentira do porco-boi do aquecimento.
Richard, obrigado pelo alerta.
ResponderExcluirParabéns por sua persistência em prol da verdade. Oxalá os ruralistas e suas entidades seguissem seu exemplo e tivessem a mesma tenacidade das ONGs ditas ecológicas financiadas no exterior.
Vide minha manifestação ao deputado Aldo Rebelo (acima).
Grande abraço
F.Cardoso
PS-Seu blog está difícil de receber comentários.
Prezado Richard,
ResponderExcluirGrato pela reprodução de meu artigo.
Essa história de "ambientalista" é coisa de quem não sabe nada, de políticos que cafetinam o tema, e de quem trabalha para interesses escusos, conscientemente ou não.
Eu estudo e escrevo sobre meio ambiente desde 1970, quando fazia a faculdade de economia e trabalhava como jornalista - quando publicaram o famoso estudo do MIT intitulado Limites Para o Crescimento, que deu origem à I Conferência de Meio Ambiente.
Dediquei a minha vida à proteção ambiental,no estudo e no trabalho, e nunca aceitei a "pecha" de "ambientalita", da mesma forma que os excelentes profissionais que podem ser encontrados no licenciamento de indústrias nos órgãos estaduais de meio ambiente, de profissionais dedicados na área da agronomia, mais recentemente do INPE, e muitos outros que não se auto-denominam "ambientalistas".
Os grandes problemas ambientais nunca foram resolvidos por "ambientalistas"! Já existiam estudos sérios sobre os custos sociais da poluição atmosférica nos EUA e na Inglaterra no início do século XX, a lei de controle de poluição das águas dos EUA é dos anos 50, a assoociação de usários do Ruhr na Alemanha é, também, do início do século XX. E agora esses caras vêm querer cafetinar - a palavra é essa mesma - o assunto, pegando carona no trabalho dos outros, no medo da população urbana que nem sabe de onde vem a sua comida, nas preocupações mundiais com as mudanças climáticas! Tem gente séria trabalhando nessa área, e essa gente não são eles!
E, para esses, é mais do que evidente que um Código Florestal colonial, elaborado por naturalistas que olhavam o mundo pela ótica dos estudos científicos ou como se não existissem seres humanos, tem que ser mudado, e muito mais profundamente do que propôs o relatório do Aldo Rabelo. Tem que ser mudado pelo bom senso, pelo conhecimento, pelo exemplo dos países sérios onde os problemas ambientais locais já foram resolvidos e a água dos rios está limpa!
Aqui, a politicagem usa esse falso debate para esconder que nossos rios continuam IMUNDOS E PIORANDO, que os parques nacionais e estaduais são parques de papel. Não dá! Ninguém os suporta mais. Ambientalista sou eu, o Marengo do INPE, o Evaristo Eduardo de Miranda, o pessoal do Plantio Direto, e não o Zequinha Sarney (bleargh) Esses ongueiros midiáticos que jantam no Fasano NUNCA FIZERAM NADA (e note-se que há boas ONGs em todos os setores).
Luiz Prado,
ResponderExcluirseja bem-vindo ao blog. Tenho muitos outros artigos sobre as questões ambientais aqui no blog. Por meses meu hobby tem sido bater em ambientalistas, sarneisistas, mincs e coadjuvantes.
Recomendo a leitura de "Vou parar de ler jornais" e "CO2 a unanimidade da mídia é burra", estão no "Arquivo do blog", em 2007 e jan.2008, mas tem muito mais sobre o tema aqui no blog.
Quando tiver qualquer coisa de sua lavra que diga respeito a ambientalista - produção de alimentos, se vc mandar eu publico.
abraços
Richard