sábado, 31 de outubro de 2020

Para que o Halloween?

Richard Jakubaszko   

É simples, a blogosfera dá a resposta, na lata! Vejam se não é verdade: 



 

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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Emtempodemia de corruptela

Carlos Eduardo Florence *

Doces migalhas e silêncio, ensurdeciam.

Mastigava valsa, falsete, mania.

Vida seguia sonsa, sina, em roda, encima.

Cobriam, os telhados, as casas, as mágoas, águas.

A vila amedrontava-se de em se o tempo não chegasse ou que viesse.

Amarrava-se o paradoxo no abacateiro para alimentar a desconfiança.

Por estar primavera chorava uma garoa triste, modorrenta.

Ao se fazer, fazia, assobiei tico-tico como bolero, mão no bolso.

Subi pela solidão, pelos indefinidos, pelos pensamentos, por mim.

Os caibros velhos dos forros escutaram meu avô, a mim, meu pai, a mais.

Por se darem tempos amortecidos de sinas, melodias ali morriam.

Sendo sino marcava que o depois iria chegar atrasado pontualmente.

Não tinha o que fazer agora e depois repetiria a tarefa.

Um de cada e eu tiramos a preguiça do jacá da nostalgia.

Era-se mesmo assim espontâneo e serviçal para acalantar o nada.

O pássaro preto subiu pelo pretérito para enxergar o futuro.

Trazia o porvir um igual sendo, um certo receio com sabor de jatevi.

Se colocou a esperança à janela para imitar que chegaria.

As arvores sumiam pelas ruas, vielas, vias, para quem as via.

Lembrei do colo da mãe, chorei, sonhei, sorri.

Ajustei minhas rotinas, pedi o cigarro barato.

Os vinténs se puseram enfumaçados, ordinários.

Urinou o poste apagado no cachorro e a menina surgiu.

Viu, se pôs a rir, mais sete passos, mundo seu, seguiu.

Não devia nada a ninguém ou pediu, pisou no seu desaparecer.

Nada mudava antes d’eu ordenar à tristeza ou ao azul.

Sábado, cada brisa trazia melancolia e se debruçava no ausente.

As janelas escutavam a imaginação, o sol, as mentiras para serem tomados com café.

Lavei os trapos, apaguei a vela, chorei no leite derramado, dormi um infinito miúdo.

* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.
Publicado em https://carloseduardoflorence.blogspot.com/2020/10/emtempodemia-de-corruptela-doces.html

 

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

É hoje: encontro de gigantes

Richard Jakubaszko  

Vale a pena assistir a live, para saber como é possível dobrar o PIB agrícola brasileiro na próxima década. Coordenado pelo meu amigo Décio Gazzoni, da Embrapa / Soja:  www.kforte.com.br/encontrocomgigantes 



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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Identificação de 1,8 bilhão de árvores no deserto do Saara espanta alarmistas.

Luis Dufaur *
Na hora de pensar no Saara, habitualmente se imagina um gigantesco deserto de areia que se estende até o infinito.

De fato, é o maior deserto não polar do mundo, mas isso não quer dizer que careça absolutamente de vida e especialmente de vegetação.

Descoberta de 1,8 bilhão de árvores no deserto do Saara espanta alarmistas
E quando os alarmismos comuno-ecologistas inflacionam o espectro de uma extinção da vida no nosso planeta acenam com essa imagem de morte implacável.

Entretanto, os ecologistas que dizem amar o planeta e a natureza mostram um deprimente desconhecimento do mesmo. Recentemente se voltou a achar mais uma   prova disso. Um novo estudo mostrou que o Saara acolhe centenas de milhões de árvores. Mais precisamente 1,8 bilhão deles!

E foram contadas apenas as existentes numa área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados no noroeste da África, ou o equivalente ao 20% do mítico deserto.

Há muitos anos, nosso blog vem denunciando as distorções da propaganda ecologista. Veja aqui:

- Deserto “reverdece” na África e desmente boatos alarmistas

- Mapeados imensos aquíferos de água doce no Saara e em toda África

- A Terra está cada vez mais verde

- A Terra tem 467 milhões de hectares de florestas a mais do que se dizia!


Árvores no Saara
A região onde os pesquisadores conseguiram contar essas árvores, inclui países como Argélia, Mauritânia, Senegal e Mali, partes do Saara Ocidental e também do Sahel, nome do cinturão de savana tropical semiárida ao sul do deserto.

O trabalho, publicado na revista Nature, concluiu com um certo espanto que há “um número inesperadamente grande de árvores” nesta área.

Martin Brandt, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, principal autor do estudo disse à BBC Mundo que, embora “a maioria esteja no Sahel, há centenas de milhões no próprio Saara”.

O cerca de 1,8 bilhão de árvores registradas constitui um número muito maior do que o esperado.

Mas não formam florestas e crescem como árvores solitárias.
 
Árvores do deserto no Saara em Marrocos
“É em média uma árvore por hectare no hiperárido Saara. Não parece muito, mas acho que é mais do que se poderia imaginar”, disse Martin Brandt.

Ele esclareceu que a área investigada representa apenas 20% do Saara e do Sahel, “então a contagem total de árvores deve ser muito maior”.

O grupo de cientistas incluiu especialistas da NASA dos EUA, do National Center for Scientific Research (CNRS) da França e do Dakar Ecological Monitoring Centre do Senegal, entre outros.

Ele analisou 11 mil imagens de satélite de alta resolução normalmente reservados para uso militar ou industrial.

Quatro satélites são da empresa Digital Globe, que pertence à Agência Nacional de Inteligência dos EUA, do Departamento de Defesa.
 
 
Árvores no deserto ajudam gado e homens
Eles usaram um tipo de inteligência artificial conhecido como aprendizado profundo, em que um computador é ensinado a fazer algo. Nesse caso, identificar árvores.

Para não confundir árvore com arbusto, os especialistas contaram apenas as copas com área superior a três metros quadrados.

Os pesquisadores estimaram que, se as árvores com copas menores de três metros quadrados ou arbustos forem incluídas, a vegetação total nesta área desértica será 20% maior.

Brandt disse à BBC Mundo que ele rotulou manualmente quase 90.000 árvores.

“Eu rotulei muitos porque o nível de detalhe nas imagens é muito alto e as árvores não parecem as mesmas, e queríamos uma medição relativamente precisa das áreas de suas copas”, explicou.

Ele enfatizou que em áreas semi-áridas e subúmidas, eles "constituem um considerável sumidouro de carbono".
Vegetação também cresce em locais inóspitos
Além disso, ele destacou a importância dessas árvores de sequeiro para as pessoas que vivem nessas áreas.

“Eles são fundamentais para a subsistência, fertilizam o solo, proporcionam maior produtividade e fornecem sombra e abrigo para humanos e animais. Geram renda e são fundamentais para a nutrição”, listou.

Os especialistas acreditam que seu sistema de rastreamento pode servir de base para encontrar árvores em outros ecossistemas.

No entanto, eles alertam que ainda não estão reunidas as condições para poder contar todas as árvores do planeta. Por certo, se conseguirem será um número astronômico.

* o autor é escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs
Publicado em https://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com/2020/10/descoberta-de-18-bilhao-de-arvores-no.html

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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Lute como um boleto...

Richard Jakubaszko  

E o Brasil continua continua o mesmo de sempre, concordam? Tinham esquecido? A inflação está aí de volta, e os boletos continuam os mesmos, muito vorazes. Enviado pelo jornalista Delfino Araújo, sempre atento com o que se passa na conjuntura social.



 

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domingo, 25 de outubro de 2020

2021 vem aí...

Richard Jakubaszko   

O que é que você acha? Tá junto na ideia ou vai pagar pra ver? Concordamos que 2020 foi um filme muito ruim, né não?


 

 

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sábado, 24 de outubro de 2020

Vai ter Natal em 2020?

Richard Jakubaszko 

É isso que a blogosfera anda se perguntando, ainda sem respostas definitivas. Quem manifestou essa inquietação foi o jornalista Delfino Araújo, lá da DBO. Mas o Noel mandou um recado, olha só:



 

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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Taxímetros de antigamente

Richard Jakubaszko 

A constatação é óbvia, se você reconhece a peça de museu aí embaixo, é porque você está véio... 



 

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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Receita de nostalgia com alienação caramelada e delírio.

Carlos Eduardo Florence *

Que amanheça em bemol, se escute o então, silêncio, o desistir de viver, o entretanto.

Sequer lave a alma com esperança, presente do subjuntivo, resignação ou premonição.

Salpique medo ou sonho. Adjetivos, crianças brincando de amarelinha, agregue logo.

Ponha as ansiedades, sem precaução, e o sol entardecido para desidratarem brandos.

Adicione pitada de fantasia, mais manteiga de garrafa, enquanto atina alterne a nota.

Pela janela entreaberta escute dois cavalos pastando na solidão, sua, com as manias.

O tempo chegou, esparrame entropias pela soleira, descortine o impossível, descreia.

Capte tais inexplicáveis pelo afetivo, esparja com moderação até começarem a sorrir.

Observe o tempo entornar capcioso, triste, como as dúvidas, intrigas e as apreensões.

Do lado do coração há um borralho, da alma, o colibri assiste, da saudade paira névoa.

Mexa os sustenidos, cuidado com o rastro do finito a pedir explicações às suas cismas.

Angustiado amadureça uma penca graúda de imprevisto enquanto nega a melancolia.

Não anote os infinitivos que não rimarem na receita com o tom maior do verbo amar.

São os fortuitos para se começar a desestruturar a sintaxe, o portanto e o tino de será.

Sinta o odor azul das sete andorinhas adentrando pelo amém trazendo a volúpia.

A janela se fecha, os cavalos findam entre os tendo sidos, a noite estrupa o entardecer.

Provoque movimentos pendulares de forma a hipnotizar o nada entre o sim e o ciúme.

É sinal que o desejo intenta parir euforia e a solidão aborta antes da sina magoá-lo.

Não esqueça que a receita de nostalgia embala o ser enquanto o sofrer aguarda o vir.

Procriando, as lamúrias pedem dois caprichos, aplique-as com instigações sensuais.

Confira se as emoções estão exaltadas e deixe fermentar as ilusões de suas fantasias.

Sua metamorfose e transe endoidarão, o subjetivo meandrará às evidências e rimas.

Brotando calmo chega ao ponto, desespero. Grite. Deixe aflorar para que a ânsia seja.

Ponha em fervura até dourar o orgasmo, despreze a censura, avive o imaginário.

Envase no inconsciente, acomode no agora, estraçalhe o passado, acalante no porvir.

Receita de nostalgia com alienação caramelada e delírio, paradoxo de desejo e pecado.

* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.
Publicado em http://carloseduardoflorence.blogspot.com/2020/10/de-nostalgia-com-alienacao-caramelada-e.html

 



terça-feira, 20 de outubro de 2020

E se La Casa de Papel fosse gravada em Minas Gerais?

Richard Jakubaszko  

Hilariante a versão mineira do La Casa de Papel. Vale a pena ver, especialmente aqueles que acompanham a brilhante série espanhola na Netflix: 

 

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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Allan Savory, biólogo, mostra em palestra no TED como recuperar desertos

Richard Jakubaszko

Publiquei o vídeo abaixo em fevereiro 2016, veja aqui, mas a palestra estava legendada em espanhol. Agora está com legendas em português e me foi enviada pelo mestre Carlos Eduardo Florence, diretor da AMA - Associação dos Misturadores de Adubos.

Vale a pena assistir a palestra de Allan Savory, amplamente documentada com vídeos e fotos; mais do que isso, com argumentos lógicos. Mostra que o manejo correto dos ruminantes é a solução para evitar áreas desertificadas ou que se encaminham para isso. E não ao contrário, como acusam espalhafatosamente os ambientalistas de plantão.



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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Acabou a corrupção, talkêi?

Richard Jakubaszko   

É ridícula a postura e mentiroso o discurso do poderoso de plantão, por isso a gente se diverte, né não Delfino Araújo? Ele que mandou o meme abaixo sobre a nova currupção brasileira, parece que a moda pegou mesmo...



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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Monsieur Macron, presta atenção...

Richard Jakubaszko   

Flagrante da vida real mostra o quanto os políticos não percebem o que acontece à volta deles, tão preocupados que estão em se fazer notar e em serem o centro das atenções... Allez Monsieur Macron, proíba a França e a Europa de importarem madeira do Brasil que os desmatamentos e queimadas vão cair mais de 90%, veja só aqui



terça-feira, 13 de outubro de 2020

E aí corintianos, gostaram da série B?

Richard Jakubaszko   

Ai, ai, ai, Corinthians, será que vai acontecer de novo? Olha só o que os "amigos" do coringão estão falando na web...

 



 

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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Ciência pública como "locomotiva limpa-trilhos"

Maurício Antônio Lopes *  

Praticamente todas as nações desenvolvidas são capazes de utilizar a ciência pública à semelhança de uma "locomotiva limpa-trilhos", que vai à frente removendo barreiras e abrindo caminhos, com projetos de maior risco e prazos de maturação longos, que não atraem o setor privado.

A pesquisa apoiada pelo Estado é essencial na remoção de obstáculos para que empresas e indústrias encontrem caminho livre e possam gerar empregos, riqueza e progresso. São inúmeros os avanços experimentados pela sociedade moderna na medicina, na produção de alimentos, na revolução da informação e da comunicação, no desenvolvimento de alternativas energéticas limpas etc., que só se tornaram possíveis graças aos investimentos do Estado em pesquisa científica.

Exemplo emblemático é o smartphone, que resultou de sete tecnologias-chave, desenvolvidas principalmente por institutos públicos e universidades, e habilmente reunidas no setor privado para criar uma inovação que ganhou todos os cantos do planeta. O GPS, a internet e o algoritmo que levou ao sucesso do Google foram todos desenvolvidos a partir de financiamento público à ciência básica nos EUA. Os princípios ativos de novos medicamentos são, na sua maioria, desenvolvidos por universidades e institutos públicos de pesquisa, e transformados em produtos por empresas farmacêuticas.

Momentos de grave crise, como o que vivemos, demonstram quão essencial é o Estado no papel de garantir a infraestrutura e a capacidade científica necessárias para se compreender e superar infortúnios. Estudo recente estimou que em apenas seis meses — entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2020 — cerca de 24 mil artigos científicos relacionados à Covid-19 foram produzidos, a grande maioria resultante de pesquisas na área biomédica financiadas com recursos públicos.  Esse esforço sem precedentes acelerou a geração de conhecimentos e a busca por tratamentos e vacinas para conter a transmissão do novo coronavírus, com vários candidatos promissores produzidos em tempo recorde.

Ainda assim, há governos que insistem em ignorar a importância da ciência, muitos considerando os investimentos em infraestrutura de pesquisa e inovação um luxo de alto custo e não um investimento estratégico, promotor de progresso e de resiliência na sociedade. Até uma das maiores potências tecnológicas, os EUA, tende a perder a hegemonia em financiamento à pesquisa básica, que alavancou a vantagem competitiva da indústria e o crescimento do PIB americano desde a Segunda Guerra Mundial. O contrário ocorre em países como a Coreia do Sul, Emirados Árabes, Índia e China, este último com investimentos massivos em ciência — US $ 280 bilhões em 2017, o que equivaleu a 2,12% do gigantesco PIB do país e a 20% do total das despesas mundiais com pesquisa e desenvolvimento.

O fortalecimento da ciência no ambiente público e a promoção de parcerias público-privadas para recuperação do setor industrial são desafios críticos para o Brasil, que precisa mais do que nunca ampliar a criatividade econômica e a complexidade industrial, transformando seu enorme sucesso na produção de commodities — minério, petróleo e produtos agropecuários — em plataformas de conexão com cadeias produtivas mais nobres, de alto valor agregado. Por exemplo, diversificar, especializar e agregar valor à produção agropecuária nacional é, mais do que uma necessidade, um imperativo para o futuro, e missão possível de se alcançar, considerando que países de alta complexidade industrial, como Canadá, Alemanha, França, China e EUA, conseguem fazê-lo, valorizando e protegendo, com todos os instrumentos possíveis, seus setores agrícolas.

O Brasil pode ir além, levando em conta as vantagens extraordinárias que possui para inserção na emergente bioeconomia, a economia de base biológica, renovável e sustentável. O país já é líder global na produção de energia de biomassa e dá passos robustos na produção de bioinsumos e químicos renováveis. Recentemente os jornais noticiaram que a empresa brasileira Marfrig — uma das maiores processadoras de carnes do mundo — lançou uma inovadora linha de "carnes carbono neutro", a partir de sistemas de produção que integram lavoura, pecuária e floresta e neutralizam as emissões de gases de efeito estufa, de acordo com protocolo desenvolvido pela Embrapa. O projeto, considerado de alto risco no nascedouro, foi bancado com recursos públicos, e agora dá à indústria brasileira a inédita capacidade de responder a mercados ávidos por uma produção pecuária de baixo impacto ambiental, em perfeita sintonia com a economia renovável de baixo carbono.

Esses são apenas exemplos na longa lista de avanços possíveis para inserção do Brasil na economia de base biológica, capaz de alavancar segmentos vitais como a produção de alimentos, a saúde, e as indústrias química, de materiais e de energia. A bioeconomia poderá ainda projetar o nosso patrimônio mais conhecido, a Amazônia, como grande produtora de riqueza, progresso e bem-estar.

No entanto, para que isso aconteça, o Estado precisa empreender e operar na qualidade de um tomador de riscos, mobilizando bancos de desenvolvimento, universidades e institutos de pesquisa como "locomotivas limpa-trilhos" habilitadas a lidar com a incerteza subjacente aos processos de inovação e com a crescente complexidade que marca o nosso tempo e aplaca a ousadia do setor privado.

* o autor é pesquisador da Embrapa

 

 

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domingo, 11 de outubro de 2020

Não foi o antipetismo quem derrotou Lula, o PT e a esquerda em 2018

Marcos Coimbra, no Diário do Centro do Mundo
Em dezembro de 2017, a nove meses da eleição do ano seguinte, o Instituto Vox Populi realizou uma pesquisa nacional, por solicitação da CUT.

É educativo voltar a seus resultados, que ajudam a entender o que nos levou ao desastre de ter um Bolsonaro à frente do governo.

O Brasil estava mal, do ponto de vista da população.

O golpe e a deposição de Dilma, do ponto de vista da opinião pública, haviam fracassado.

Mas haveria uma eleição dali a pouco tempo.

Sergio Moro e seus rapazes estavam na glória, com as fanfarras da mídia corporativa e da TV Globo soando alto.

O primeiro passo do projeto de poder que os animava havia sido dado: um empresário-delator, a fórceps, “confessara” que um apartamentozinho no Guarujá era propina para Lula. Sem nada de concreto, o bolsonarista condenou o ex-presidente.

Na pesquisa, foram feitas várias perguntas a respeito de Lula e outros possíveis candidatos.

Era, de longe, o mais conhecido e o mais admirado: 49% diziam “gostar” dele, ficando Joaquim Barbosa em segundo lugar, com 28%, acima de Marina Silva, com 22%.

O capitão Bolsonaro marcava 18% (venceu a eleição, vive o que a grande imprensa saúda como seu “melhor momento” e alcança hoje 32% nesse quesito).

Se fosse candidato naquela eleição, 38% dos entrevistados em dezembro de 2017 diziam que “votariam com certeza” em Lula, aos quais se somaria uma parte dos 16% que afirmavam que “poderiam votar”.

Uma parcela de 39% dizia que “não votaria” nele, proporção menor que em qualquer outro nome (empatado com Joaquim Barbosa, recusado por 40%). O capitão merecia a rejeição de 53%.

O que se pode dizer desses números é que, depois de tudo que ocorrera desde a grande investida conservadora contra Lula e o PT a partir de 2013, depois da derrubada de Dilma, depois do massacre midiático sofrido pela esquerda ao longo de anos e depois da condenação por Moro, o favorito na eleição de 2018 era Lula.

Frente a quaisquer adversários, a chance é que vencesse no primeiro turno.

Na pergunta espontânea, atingia 38%, ficando todos os demais, somados, com 21% (dentre esses, Bolsonaro obtinha 11%, indicando que a doença bolsonarista já corroía o País).

Em lista com os nomes de dez pré-candidatos, Lula alcançava 43% e a soma dos restantes chegava a 33% (em segundo, estava Bolsonaro com 13%).

Essa pesquisa Vox não trouxe resultados muito diferentes de outras com metodologia semelhante.

Todas mostraram que, a menos de um ano da eleição, só havia um modo de Lula perder o favoritismo, considerando que tudo que havia de negativo contra ele estava já computado e o eleitorado havia feito suas contas.

Como, aliás, indicavam as respostas a uma pergunta a respeito do saldo da atuação de Lula em sua trajetória: 60% consideravam que ele fizera “muito mais coisas certas que erradas pelo povo brasileiro e o Brasil”, contra 32% que entendiam que “ele errou muito mais que acertou”.

O único modo garantido de evitar a quinta vitória seguida do PT e o terceiro mandato de Lula era impedi-lo de ser candidato, trancafiando-o em uma cadeia e proibindo que se manifestasse. Foi exatamente isso que fez uma vasta aliança antidemocrática e golpista, organizada informalmente para não permitir que a vontade das pessoas comuns prevalecesse.

Quem derrotou Lula, o PT e a esquerda em 2018 não foram “os erros” do PT, o “crescimento do antipetismo”, os “escândalos” e a “corrupção” petistas.

Suas razões não foram as “mudanças sociais”, as “redes sociais”, o “crescimento do neo-pentecostalismo” e tantas outras explicações sociologizantes.

Sem a intervenção despudorada dos aventureiros do Judiciário, militares sedentos de poder, empresários ávidos de retomar o controle do Estado, negociantes da fé, bilionários das comunicações, a vitória do capitão e suas milícias fascistas não teria ocorrido.

E ainda exigiu trapaças de todo tipo na reta final, que os tribunais preferiram não ver.

A culpa pelo que aconteceu não é da esquerda e não é preciso que ela faça mal a si mesma para exorcizá-la, em um auto-de-fé descabido e desnecessário.

Publicado originalmente em https://www.diariodocentrodomundo.com.br/nao-foi-o-antipetismo-quem-derrotou-lula-o-pt-e-a-esquerda-em-2018-por-marcos-coimbra/



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sábado, 10 de outubro de 2020

A importância do planeta Terra na galáxia

Richard Jakubaszko  

Tem gente que se considera o rei da cocada, mas o tamanho da gente mostra o quanto somos insignificantes no nosso planeta, na nossa galáxia, a Via Láctea, sem esquecer da infinitude do universo. E lembre-se que o nosso Sol é uma estrela de 5ª grandeza quando comparado a outras estrelas, olha só essa comparação...




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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Calendário 2020 foi reformulado

Richard Jakubaszko  

E não é que foi mesmo? Alguém tem alguma dúvida ainda? Na minha opinião dezembro deveria incorporar a quarentena...

 



 

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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Jambeiro ao morrer da tarde

Carlos Eduardo Florence *

Ao lado do jambeiro nunca menti acordado. Por medo, adjunto de verbo ou rima?

Muro ao lado irresponsável, cabisbaixo, quebrado. Usava eu calça curta, bodoque.


Aprendi a mudar de lugar, desconversar, palpite, ideias, ideias, calar. A par, opor, ater.


Conversava comigo, Deus, a professora, minha mãe, respondia por eles e disfarçava.


Mudava de canto, encanto, a mentira me seguia, pensei que era rei e ela sabia.


O sol cismava, depois me ouvia silencioso, irrequieto, carinhoso ou medroso, subia.


O carretel rodava na corredeira, dedo no nariz, sujeira, delícia, desfaça, disfarça.


Água, riacho empossava no remorso de não olhar Belinha no azul, desejo, seja.


Pé no chão, cheiro de não sei que, manga madura, brota uma dúvida, duas fogem.


Pro Zeca ela sorriu, sofri, ciumei, senti, puta que o pariu.


Entalava a cisma, brincava de rodamoinho o vento ao vento e levava lembranças.


Cismei não mais ser criança, aprendera a dizer não, fingir tristeza, mentir, soltar pipa.


Assim eram os dias, os tais, os pais, os mais, jamais, centavos, poucos, avós, a voz, eu.


O bem-te-vi gostava de azucrinar enquanto não garoava. Me pus, ele pôs, nós após.


Era, ali ou lá, chorão, na beira do córrego, surdo, não entendia de preguiça ou malícia.


Também não floria, idiota, pendurado no nada, para que servia? Não dizia, escutava?


Aprendi a mentir, Padre Moca mostrou, quando estava às pressas para porra alguma.


Depois das seis, punheta virava Ave Maria.


Às sete mandava voltar depois, não sei porque, pois era a mesma.


Antes das oito perguntava quantas, tomava dois cálices, breviário a mão e rezava.


Benção, hóstia, limpava o cálice, secava o vinho, mandava embora. Chegara a hora.


Sem nem perguntar cor, o diapasão se fez em breves, casmurro, colcheias e pasmos.


A professora de música tinha uma bunda enorme, sonora, com solfejo idiota.


Não entendi ao que servia a colcheia, a bunda cheia, o diapasão, não. Só sentia tesão.


O jambeiro nunca esclareceu causas de me afastar enganado e medroso, ao mentir só.


Não tinha má personalidade, nem conhecia a realidade. O jambeiro. Mês, fevereiro.


Não seria eu se não fosse o mundo inteiro ali, ser minha cabeça, ser pomar, ali só, ser.


Me afastava do abacate, lacrimava ele no tronco antes da florada e possuía tristuras.


Anjos não frequentavam o quintal, pois a porta da igreja fechava. Não sobrava medo.


Senti saudades dos olhos de Belinha, barra manteiga, amarelinha, recreio, cria, creio.


Por ser mutante e cantos, a cigarra não concordou, mas gostaria de voltar a casulo.


Aprovei sua cisma, mas Deus a pariu assim e não refez como dantes.


O saiote de Belinha não escondia minha vergonha, nosso desejo, sua calcinha.


Flagrei-a entre meu sonho, canto, o banheiro, o encanto, ela me sabia candura.


Engracei, vivi ela-eu, canivete, ilusão, risquei coração e lá-ela-eu em sim, traço, tronco.


O jambeiro não desfez e nem desmentiu, deixou o gesto, a mania, fantasia. Gritei.


Canarinho por ser, era, sumiu manso pelo voo que Deus lhe deu. Eu vi.


Meu sonho o seguiu até encontrar a manga madura e eu fiquei no intervalo do nada.


O quintal de manhã escondia a melancolia, meio-dia o colibri voltava.


Antes da escola sentia o perfume do tempo, a preguiça e o gato se escondiam no azul.


Fim de aula, alegria, outras artes, as tardes, longas, o canto do pássaro preto. Belinha.


Medo, boca da noite, baixo da cama olho, nada. Dedo na boca, durmo homem, sumo.


Serei quem no até amanhã. Até Belinha, até então, até minha, terei?


Penso, por que penso? Logo desisto.


* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.
Publicado em http://carloseduardoflorence.blogspot.com/2020/10/jambeiro-aomorrer-da-tarde-ao-lado.html

 

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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Amazônia em debate, vale a pena assistir

Richard Jakubaszko   

Recebi do pesquisador Zander Navarro, da Embrapa, a informação sobre o debate online a ser realizado em 8 de outubro próximo, às 11 horas. Quem desejar participar, no cartaz abaixo há um e-mail para enviar perguntas. 



 

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domingo, 4 de outubro de 2020

Como será a vida em 2022?

Richard Jakubaszko  

Um pintor italiano ousou fazer essa previsão, lá nos anos 1962. Quem me enviou essa "profecia" foi o amigo José Maria Salgado, membro do peculiar, singular e famoso encontro mensal do alhoafetivo. Olhando a imagem pelo atual panorama pandêmico pode nos levar a conclusões precipitadas de que haveria necessidade de proteção viral. Se olharmos com a perspectiva de uma visão futurista de poluição a pintura apontava a visão de carros futuristas, além de individuais, pois não?





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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Rebaixamento inédito no futebol

Richard Jakubaszko  

Seguindo a máxima de que podemos perder um amigo, mas a piada a gente não perde nunca, o jornalista Delfino Araújo, corintiano roxo e empedernido desde criancinha, mesmo sem quaisquer alegrias substantivas ou extemporâneas vindas lá das bandas do Itaquerão, mandou-me o meme abaixo diante do ineditismo factual observado na situação do tricolor lá dos bambis do Morumbi, que caem a toda hora e a qualquer momento, mesmo que em palcos diferentes.



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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Abag divulga Nota de Esclarecimento

Richard Jakubaszko  

Recebi do amigo Eduardo Daher, diretor-executivo da Abag, membro efetivo e fundador do alhoafetivo, a Nota de Esclarecimento abaixo assinada pelo presidente Marcello Brito, sobre a saída da Aprosoja Brasil do quadro de sócios da entidade.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A ABAG possui um estatuto que define as regras de tomada de decisão. Todos os membros estão sujeitos as mesmas regras. Os participantes, ganham e perdem nos diversos temas, isso é o que caracteriza uma associação de diálogo.

ABAG é uma representação do Agronegócio, no conceito estrito do antes, durante e depois da porteira, talvez a maior congregação de empresas nessas três etapas que formam o eixo vertical que lidera a economia nacional.

Nossa credibilidade, ação pela sustentabilidade, legalidade e atuação apolítica do Agro nacional no Brasil e no exterior é histórica e dispensa comentários, é conhecida e transparente. Portanto, mais uma vez, somente lamentamos a saída de um membro da mesa de diálogo.

Continuaremos nossa luta em defesa total por um só agronegócio. Um agronegócio responsável, sustentável e legal, características do Agro nacional, junto a toda a sociedade.

Atenciosamente,

Marcello Silva do Amaral Brito              

Presidente do Conselho Diretor

 

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