sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Não são fotos, são pinturas!

Richard Jakubaszko
Recebi as fotos abaixo num desses power point que circulam adoidados pela internet. Selecionei as melhores, em minha opinião, para dividir com os amigos visitantes do blog, pois o trabalho da artista Anna Kostenko merece ser divulgado e reverenciado. É pura arte!
Mas, não esqueça, não são fotos! Sei que é difícil de acreditar, mas como diria Bill Clinton, "é uma pintura, idiota!".

Anna Kostenko nasceu em 1975 em Kiev, Ucrânia, viveu e trabalhou na Cracóvia, Polônia, desde 1991. Licenciou-se na Academia de Belas Artes da Cracóvia, onde estudou pintura de 1993 a 1998. Fez três exposições de trabalhos de arte em Jorgensen e criou muitas e belíssimas pinturas desde o seu lançamento em 1999. O seu fascínio por diferentes culturas levou-a a longas viagens, inspiradoras do seu trabalho, que já foi visto em vários países da Europa.
Em algumas fotos, clique em cima da mesma, para ampliar.
 





























Qualquer dúvida ainda, sobre se é pintura ou fotografia, consulte o "doutor google" pelo nome da pintora, tem mais quadros dessa ucraniana por lá...
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

As 10 estratégias de manipulação midiática

por Noam Chomsky *
1 - A estratégia da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado; sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja com outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).

2 - Criar problemas e depois oferecer soluções. Esse método também é denominado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público a fim de que este seja o mandante das medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o demandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para forçar a aceitação, como um mal menor, do retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços púbicos.

3 - A estratégia da gradualidade. Para fazer com que uma medida inaceitável passe a ser aceita basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4 - A estratégia de diferir. Outra maneira de forçar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e desnecessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5 - Dirigir-se ao público como se fossem menores de idade. A maior parte da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse uma pessoa menor de idade ou portador de distúrbios mentais. Quanto mais tentem enganar o espectador, mais tendem a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, em razão da sugestionabilidade, então, provavelmente, ela terá uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.

6 - Utilizar o aspecto emocional mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional e, finalmente, ao sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.

7 - Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais menos favorecidas deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeja entre as classes menos favorecidas e as classes mais favorecidas seja e permaneça impossível de alcançar (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).

8 - Estimular o público a ser complacente com a mediocridade. Levar o público a crer que é moda o fato de ser estúpido, ou vulgar e inculto.

9 - Reforçar a autoculpabilidade. Fazer as pessoas acreditarem que são culpadas por sua própria desgraça, devido à pouca inteligência, por falta de capacidade ou de esforços. Assim, em vez de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se autodesvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo, em que um dos efeitos é a inibição de sua ação. E sem ação, não há revolução!

10 - Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem. No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados das ciências geraram uma enorme diferença entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no psicológico. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior do que o dos indivíduos sobre si mesmos.

* Linguista, filósofo e ativista político estadunidense. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, IMT.


NOTAS DO BLOGUEIRO:
A) Este texto consta como autoria de Noam Chomsky. Mas amigos me informam que o verdadeiro autor seria Sylvan Timsit. Não obtive a confirmação, nem de uma coisa, e nem de outra, em minhas pesquisas.


B) Dentre as chamadas estratégias de manipulação, seja da mídia ou da população, as mais antigas e conhecidas são as histórias de Papai Noel, a cegonha, logo desmentidas.


C) As crises econômicas e políticas sempre foram criadas por interesses de grupos hegemônicos, ou que tinham pretensão a isso. As guerras, por exemplo, sempre tiveram desculpas religiosas, políticas e econômicas.

D) Como uso da estratégia de manipulação midiática há vários exemplos recentes na história da humanidade: o primeiro, talvez o maior até então, foi a “desculpa” e acusação dos EUA e de alguns países aliados de que o Iraque detinha armas de destruição química em massa e precisavam ser detidos nessa caminhada. Efetivamente, detiveram o Iraque, a mídia acompanhou tudo. Invadiram o Iraque, capturaram, “julgaram”, condenaram e executaram o ditador Sadam Hussein, apesar de ter sido comprovado que as armas químicas não existiam. Assistimos, no momento, a preparação de um segundo ato, a das "tratativas diplomáticas" dos EUA e seus aliados para impedir que o Irã prossiga em sua construção de usinas nucleares para fins pacíficos, inclusive energia elétrica, pois são acusados de pretenderem construir armas nucleares. Vai acabar em invasão, querem apostar?

E) Outra estratégia de manipulação em curso é a história da carochinha sobre o aquecimento planetário. Tenho vários artigos aqui no blog sobre este assunto, é só o leitor pesquisar aí na aba lateral pelas palavras “CO2”, “aquecimento”, ou “meio ambiente”, que irá localizar pelo menos uma dúzia de textos específicos. Recomendo “CO2: a unanimidade da mídia é burra”, escrito com a parceria de Odo Primavesi: http://richardjakubaszko.blogspot.com/2009/10/co2-unanimidade-da-midia-e-burra.html um texto que é, de longe, o meu artigo mais lido até hoje, já passou da casa dos 50 mil leitores. Recomendo ainda “CO2: discussão de bêbados”: http://richardjakubaszko.blogspot.com/2010/03/discussao-de-bebados.html onde aponto de forma clara os responsáveis por essa manipulação, mas o leitor encontra de tudo um pouco aqui no blog, inclusive vídeos, entrevistas com cientistas, etc.

    F) Finalmente, lembro que a gripe suína, em 2008, foi mais uma manipulação, de marketing viral, evidentemente, pois iria acabar com pelo menos 1/5 da população planetária. Bastou a indústria farmacêutica vender as vacinas, e mesmo sem o seu uso, os índices de contaminação caíram e a gripe suína esfriou na mídia, saiu das manchetes. Foi a mesma coisa com a história dos gases CFC que iam acabar com a camada de ozônio, foi assim com o boog do milênio, lembram? Ia desligar tudo, porque os computadores não saberiam calcular o calendário dos anos dois mil...
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sábado, 22 de janeiro de 2011

Eventos Climáticos Extremos e Oportunismo Ambientalóide


Por Luiz Prado
No estilo dos piores tablóides sensacionalistas, a Folha de São Paulo, uma das referências do jornalismo brasileiro, publicou no domingo – 16 de janeiro -, com direito à manchete da primeira página, uma reportagem pra lá de medíocre com o título “Novo Código Florestal amplia risco de desastre”.  A bobagem destaca o nome dos repórteres e tem toda a pinta de notícia plantada e de um escorregão – ou melhor, de um tombo – da chefia da redação na lama dos telefonemas dos amigos.

No artigo anterior deste blog, já havia a previsão do uso oportunista de um evento climático extremo por parte de ambientalóides urbanóides.  Eles fingem não ver que dezenas de municípios de Minas Gerais se encontram em estado de emergência, que chuvas torrenciais acabam de destruir boa parte da Austrália, e que nos últimos dias 1/3 dos municípios das Filipinas foram também devastados por verdadeiros dilúvios.

Nessa linha de pensamento – ou de falta de pensamento e dogmatismo – são capazes de atribuir devastações causadas por furacões e terremotos à falta de leis ambientais ou de seu cumprimento.  Apegando-se a bandeiras em estado pré-falimentar, incapazes, por exemplo, de assegurar a despoluição do rio Tietê ou da Baía de Guanabara, batem no peito e falam da lei ambiental mais avançada do planeta.  Seriam capazes de recomendar a remoção da cidade de San Francisco, na Califórnia, por situar-se na área de maior risco de terremotos do planeta.

A “reportagem” – se é que se pode chamar assim um texto medíocre que não busca fundamentos e nem ouve outros pontos de vista – se concentra na ocupação das encostas.

Tolice arrematada!  Qualquer um que tenha viajado por países europeus que já resolveram os seus problemas ambientais e estão décadas à frente do Brasil – como é o caso da Alemanha – pode ver o grande número de encostas ocupadas há séculos.  Também na costa do Mediterrâneo, há grande quantidade de vilarejos e pequenas cidades na borda de falésias, e plantio em encostas íngremes, como se pode ver nas fotos abaixo.


Nesta última foto, pode-se ver o plantio de oliveiras nas encostas mais íngremes.  Segurança alimentar, geração de emprego, tradição – tudo isso sem “código florestal”, sem intromissão do governo central na vida das cidades, e sem que o que a cidade receba a denominação genericamente leviana de “área de risco”

No mesmo jornal e no mesmo dia, um marco do jornalismo brasileiro, Elio Gaspari , abre sua coluna dominical com um texto irônico e esclarecedor, sob o título “Cabral e Dilma culparam os outros e o povo”.

“Na filosofia dos doutores, o centro de Friburgo estava em área de risco.” – destaca.

Depois de relembrar acontecimentos similares em Angra dos Reis durante as chuvas de 2010, mestre Elio Gaspari sintetiza:

“Desta vez, Sérgio Cabral não estava em Mangaratiba (onde tem casa), mas no exterior.  Quando desembarcou no Rio, já haviam sido contados mais de 300 corpos por conta de temporais que começaram dois dias antes. Ao chegar, Cabral contrariou sua lição de 2010 e visitou as áreas afetadas. Foi acompanhado pela doutora Dilma Rousseff, que ensinou: “A moradia em área de risco no Brasil é a regra, não é a exceção”.

“Falta explicar por qual critério Dilma e Cabral definem “áreas de risco”. O centro de Friburgo? A cidade de Areal? Bairros urbanizados onde viviam pessoas que pagam IPTU? Em 2010, a explicação demofóbica para a morte de mais de 30 pessoas no morro do Bumba, em Niterói, sustentou que a patuleia estava em cima do que fora um lixão. Estava, com a permissão da prefeitura, e ninguém foi responsabilizado. (o grifo é nosso)

“A essa explicação, somou-se a do catastrofismo ambiental. Para quem gosta de falar em calamidades climáticas, vale lembrar que, na Austrália, onde choveu mais do que no Rio, os mortos foram 25 e há dezenas de desaparecidos.”

Num outro trecho de sua coluna, Elio Gaspari brinca com as palavras, com a precisão de um bisturi, sob o título “Área de risco”.

“Na quarta-feira, reunido com sua equipe em Brasília, o secretário nacional de Defesa Civil, doutor Humberto Viana, informou que uma das prioridades de seu mandarinato será a construção da sede própria para a repartição. Àquela hora havia mais de dez mil pessoas desabrigadas no Rio. Na linha da doutora Dilma, pode-se dizer que Secretaria de Defesa Civil é uma área de risco na administração federal.”

A imprensa não pode embarcar nesse lero-lero oportunista de relacionar eventos climáticos extremos para fazer política de ocasião.  O Código Florestal brasileiro é tão antiquado que considera área de preservação permanente qualquer coisa acima de 1.800 metros.  Se aplicado à Bolívia, teríamos que começar por remover a cidade de El Alto, onde se encontra o aeroporto internacional que dá acesso a La Paz.  Para não falar em Cuzco, no Peru, que está a 3.500 metros de altitude e é região de grande visitação turística.

Aliás, quem quiser ver imagens de algumas das mais altas cidades do mundo, a começar por La Rinconada, no Peru, a mais de 5.000 metros de altitude, vale ver as fotos do The Huffington Post clicando em www.huffingtonpost.com/2010/11/18/highest-cities-in-the-world_n_785478.html#s185590&title=undefined

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Manila e muitas outras províncias das Filipinas foram inundadas em menos de 12 horas depois de iniciadas as fortes chuvas nas serras do Rio de Janeiro.  Para os ecomaníacos e jornalistas de improviso da Folha de São Paulo, as causas das muitas mortes e desaparecidos deve ter sido o descumprimento do Código Florestal brasileiro.  Vale dar uma espiada em

As imagens do verão de 2008 em Wisconsin, nos EUA, também foram associadas ao fato de que os EUA não tem absolutamente nada similar ao Código Florestal brasileiro – mas tem parques nacionais que funcionam -, as pessoas constroem em “áreas de risco” (ainda que nada similar jamais houvesse acontecido na região), e toda essa baboseira provinciana que aqui parece “praga de madrinha”.

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O Brasil continua sem uma política de transição e adaptação às mudanças climáticas, já amplamente definida por regiões em muitos países que têm políticas ambientais sérias, como a Alemanha e boa parte dos EUA, entre outros.

NOTA DO BLOGUEIRO:
Abaixo algumas fotos de arrozais irrigados na Ásia, construídos há centenas de anos atrás, em encostas de morros íngremes, todos com mais de 45 graus de declividade. Com muito trabalho, paciência, cuidados, e ainda amor à terra. Apesar de os arrozais emitirem metano (23 vezes mais poluentes do que o CO2, dióxido de carbono). E olha que não existe por lá nenhum Código Florestal, assim como no resto do planeta. Só tem no Brasil, ou seja, só nós estamos com o passo certo nessa marcha...
Hipocrisia, ou incompetência? É mais fácil proibir...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

GreenPeace: a desonestidade dessa ONG é flagrante!


GreenPeace: a desonestidade dessa ONG é flagrante!
Richard Jakubaszko
Caros leitores do blog, o que algumas ONGs, como o Greenpeace, estão fazendo neste nosso Brasil é uma vergonhosa e deslavada armação internacional, sendo a desinformação e a desonestidade as principais de suas armas.

Agora misturam a tragédia na região serrana no Rio de Janeiro, para informar mal aos cidadãos e para pressionar politicamente os deputados que, dentro em breve, terão de votar as alterações propostas no antigo Código Florestal. Como eles não desejam a aprovação em plenário dessas propostas já aprovadas na Comissão Especial, lutam com o uso de armas como a mentira, a desonestidade e a enganação. Usam politicamente o desastre ambiental e a perda de mais de 700 vidas, como argumento para rejeitar o Código Florestal. Por falta de argumentos partem para a busca de ignorância, através da informação desonesta e mentirosa.
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O que é que o urubu tem a ver com as garças?
Nada, isso mesmo, absolutamente nada. O Código Florestal em discussão no Congresso Federal diz respeito apenas às áreas de florestas nativas e áreas rurais, inclusive o plantio e o se fazer agricultura em encosta de morros. Não há uma única linha no Código Florestal, no antigo ou no novo, sobre o uso e ocupação de solos em áreas urbanas. O Greenpeace, conforme a notícia abaixo, se faz de bobo para passar bem. Faz uso político de uma mentira.

Portanto, o Greenpeace, multinacional holandesa, que se traveste de ONG, mas tem, inclusive, contrato social registrado na Junta Comercial de Amsterdã, que contrata seus executivos com altos salários, recrutados por multinacionais da área de head hunters, pois o Greenpeace, meus amigos, deveria ser expulso do Brasil por esse tipo de comportamento abjeto, onde mostra, prova e comprova que a honestidade não faz parte de sua conduta.
Go home Greenpeace!

Vejam a notícia abaixo, divulgada pela Redação Greenpeace, publicada no site Envolverde hoje, e que reproduzo a seguir:

A receita de uma tragédia
Por Redação Greenpeace
Desmatamentos e ocupação de áreas que deveriam ser preservadas, somados às chuvas cada dia mais intensas, são a combinação perfeita para o drama das enchentes.

Classificada como o maior desastre climático brasileiro, a enchente que desde terça-feira, 11 de janeiro, acarreta um número recorde de mortos - mais de 670 até o momento, milhares de desabrigados e perdas de produção agrícola na região serrana do estado do Rio de Janeiro é o resultado de uma equação perigosa: eventos climáticos cada vez mais extremos, como chuvas intensas e por longo período e áreas fragilizadas por desmatamento.

Pouco mais de mil quilômetros separam o palco das enchentes e Brasília, arena onde deputados ligados ao agronegócio batalham por mudanças drásticas no Código Florestal brasileiro. Por esta estrada cruzamos alguns dos mais de 100 municípios em situação de emergência ou calamidade pública no Rio de Janeiro e Minas Gerais. Na paisagem, dois dos biomas brasileiros mais desmatados: a Mata Atlântica, que perdeu 93% de sua cobertura florestal, e o Cerrado, devastado pela metade.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da ONG SOS Mata Atlântica, na última década, o ritmo de desmatamento da Mata Atlântica se manteve em torno de 34 mil hectares ao ano, uma área equivalente a quase 350 mil campos de futebol de mata nativa. No Rio de Janeiro, estado mais castigado pelas chuvas, mais de 80% de floresta já foi desmatado.

Também segundo o INPE, os últimos 60 anos foram de aumento gradativo da intensidade das águas. Chuvas acima de 50 mm por dia, algo raro até a década de 1950, hoje ocorrem entre duas a cinco vezes por ano na cidade de São Paulo, por exemplo.

“Eventos extremos, que tendem a aumentar por conta das mudanças climaticas, têm sido cada vez mais freqüentes e intensos. Se há dúvidas sobre como lidar com o problema, existe ao menos a certeza de que a solução não é a derrubada de mais floresta”, diz Nicole Figueiredo, coordenadora da Campanha de Clima do Greenpeace.

Enquanto isto, em Brasília, os deputados ruralistas insistem em transfigurar a legislação florestal. É o caso das Áreas de Preservação Permanente (APP), cuja função é proteger margens de rios, encostas e topos de morros, garantindo a estabilidade geológica e a proteção do solo. Se depender da turma da motosserra, algumas faixas de APP serão reduzidas até pela metade. A proteção de beira de rios com larguras de até cinco metros, por exemplo, passariam dos atuais 30 metros para 15. Ficariam liberados para ocupação também os topos de morro, montes, montanhas e serra e áreas de várzea.

Para visualizar o resultado do ideário da motosserra, basta olhar as imagens da tragédia da região serrana. Aos pés de morros lambidos pela terra, o fruto deste tipo de ocupação e do desmatamento de áreas que deveriam ser preservadas, à revelia do que hoje prevê o Código Florestal, é de pura destruição.

“A legislação florestal existe com um propósito claro, o de assegurar o bem-estar da população. É por questão de segurança que há a necessidade de proteger o solo e os rios”, diz Rafael Cruz, da campanha de Florestas do Greenpeace. “As alterações são propostas pela bancada ruralista são irresponsáveis”, complementa.

O Brasil tem mais de 40 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente ocupadas irregularmente, uma área equivalente ao estado de Minas Gerais. Muitas destas regiões desmatadas estão em municípios que hoje estão em calamidade pública como Petrópolis e Teresópolis, que já perderam 70% de sua cobertura florestal, e São João do Vale do Rio Preto, com quase 80% desmatados.

A bancada ruralista também espera conceder ampla anistia a quem desmatou até 2008, o que inclui as APPs. “A proposta segue na contramão da necessidade de recuperação de regiões frágeis, seja nas cidades, ou em áreas rurais, responsáveis pela produção de alimentos e o abastecimento de água para as áreas urbanas”, completa Rafael Cruz.

FOTO
Crédito: Valter Campanato / ABr
Legenda: Nova Friburgo (RJ) - O bairro de Duas Pedras ficou destruído com as fortes chuvas que atingiram o município de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro.

Abaixo o link para reler a matéria acima, publicada na Envolverde, onde postei comentário às 13:30 horas de hoje, mas até as 15:15h horas não havia sido publicado: http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=85715&edt=1#

Comentários pelas ruas de São Paulo

Richard Jakubaszko
Circulando afoitamente pela internet e pelas ruas de São Paulo:

- Depois de tanta chuva, Alckmim anunciou a construção da hidroelétrica do Anhangabaú.

- Em SP não se fala mais direita e esquerda... agora é bombordo e estibordo!

- Se a São Silvestre fosse em janeiro, o Cesar Cielo ia humilhar!

- Depois do Airbag, os coletes salva vidas são os opcionais mais importantes nos carros de Sao Paulo.

- O melhor serviço de entrega em SP é do Submarino.

- Ninguém passa fome em São Paulo, Bolinho de Chuva é o que não falta.

- Vamos assistir a chuva lá em casa hoje??

- Quem acha que a água do mundo está acabando não mora em SP.

- Meu passeio ciclístico de hoje fiz de pedalinho.

- Agora, todo paulistano tem casa com vista para o mar.

- Tem carioca morrendo de inveja, agora São Paulo tem dois mares: Mar ginal Tiete e Mar ginal Pinheiros.

- A Dilma está lançando o BALSA-familia pra ajudar São Paulo

- Pelo menos a SABESP cumpriu o prometido: água e esgoto na casa de todo mundo.

- O Alckmim tá trocando o bilhete Único pelo bilhete ÚMIDO!!

- A Marta disse para o Alckmim: Relaxa e bóia!!


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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O inventor do anzol: um corvo!

Richard Jakubaszko
Assistam atentamente, o vídeo tem menos de 1 minuto, e mostra o inventor do anzol em pleno trabalho de criação, execução e manufaturação de seu invento. 
Absolutamente genial! Depois dizem que nós humanos é que somos racionais...

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Os pesadelos do agronegócio

Richard Jakubaszko
A edição novembro/dezembro 2010 da DBO Agrotecnologia traz como tema de capa artigo de minha autoria intitulado "Os pesadelos do agronegócio".
É uma resposta, em forma analítica, dos ataques diretos e indiretos que os produtores rurais andam recebendo nos últimos tempos. Destaquei 3 pesadelos dos produtores rurais: primeiro, o novo Código Florestal, segundo, os novos índices de produtividade, e terceiro, o câmbio. Isoladamente representam um pesadelo, mas em conjunto podem ter efeitos mais devastadores do que um tsunami.

Escrevi, no editorial:
É fato que algo deve ser feito em relação às questões ambientais, no mínimo para que as futuras gerações tenham sustentabilidade. Mesmo considerando que muitos cientistas desmentem a tese do aquecimento por gases de feito estufa, verificam-se alguns desequilíbrios ambientais preocupantes, incluindo nisto a extrema poluição e degradação da qualidade de vida nas grandes cidades, e também de biomas naturais antes sadios. Ou, ainda, de eventos extremos cada vez mais frequentes.
Entretanto, que se tenha ponderação e bom senso nas propostas de soluções.

Muita coisa pode ser posta a perder, porque temerosas intenções e levianas atitudes dos ambientalistas, amplamente apoiadas pela mídia, no afã de "proteger o meio ambiente", e na busca da sustentabilidade, poderão engessar a capacidade produtiva de alimentos através de uma legislação anacrônica como a do Código Florestal. Há um forte componente emocional nessa "guerra midiática", onde se mistura boas intenções e acusações injustas, porque improcedentes. Isto empurra a sociedade urbana, e também os legisladores, ao clima de punições e proibições dirigidas aos produtores rurais, apontados como os grandes culpados do que vem acontecendo.
Sobre este espinhoso tema discorre a matéria de capa desta edição. As acusações dos delitos são conhecidas, divulgadas de forma massiva pela mídia. Assim, registramos neste artigo uma análise e defesa de todo este imbróglio, sem deixar de admitir, no entanto, que o fazemos com alguma ótica também emocional.
Richard Jakubaszko
Editor e publisher

PS: A revista foi postada nos correios na semana anterior ao Natal. Aos que ainda não são assinantes reforço a informação de que a assinatura é gratuita para agricultores, agrônomos e técnicos agrícolas, mediante preenchimento de questionário no site da revista - www.dboagrotecnologia.com.br - onde a matéria está publicada em arquivo PDF, ou ainda em fliptop http://www.portaldbo.com.br/PageFlips/revistaagro/Default.asp?id=revistaagro&ed=28  onde vc clica na capa da revista e depois folheia a revista como se a tivesse em suas mãos. Quando desejar ampliar, para possibilitar a leitura, neste folheio virtual, clique nos links laterais e vc terá a página ampliada. Boa leitura!
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Por que existem alguns maus jornalistas? São certos professores!

Richard Jakubaszko
Alguns desafetos (e com certeza não são poucos) me acusam de polêmico, e com esse eufemismo acreditam jogar-me aos infernos, mas os amigos tratam de me defender, argumentam que sou apenas mal compreendido. Sempre gostei dessa defesa, própria dos amigos leais, apesar de reconhecer que, por vezes, os desafetos até possuem certa razão... Pois vou jogar um pouco de gasolina nessa fogueirinha sem importância, abrindo fogo contra uma das causas à qual atribuo (a partir de agora) como a razão do mau jornalismo praticado no Brasil nestes últimos tempos, e que acabei por descobrir, de forma comprovada e cabal. São alguns poucos professores que existem por aí, graduados inclusive em universidades de renome, e que formam jornalistas de má qualidade profissional. Sobre o mau jornalismo já escrevi aqui no blog e no Observatório da Imprensa, por diversas vezes, entre outros recomendo a leitura do artigo “Vou parar de ler jornais”: http://richardjakubaszko.blogspot.com/2008/01/vou-parar-de-ler-jornais.html  
e que foi também publicado alguns meses antes no OI.

Nem sempre se nos apresentam exemplos tão claros de profissionais equivocados como este que tenho a ingrata insatisfação de apontar, pois são exemplos que irritam, dão raiva, que empobrecem o jornalismo, além de desmerecer os bons professores. Como não tenho papas na língua, dou nome aos bois: Wilson Bueno, jornalista, professor da Universidade Metodista e parece que também da ECA/USP, e ainda presidente de uma Associação Nacional de Jornalismo Científico, entidade da qual nunca ouvi falar, mesmo atuando no jornalismo especializado rural há mais de 45 anos. Também desse “colega” nunca havia ouvido falar, não conheço, mas o texto do artigo que publicou me levou ao clima inverso do filme “Nunca te vi, sempre te amei”, foi antipatia à flor da pele.

Apresento, pois, aos leitores deste blog, o artigo do professor Wilson Bueno, e que vou comentando, em letras vermelhas, sobre, afinal, o que achei de ruim e inadequado no profissional e nas opiniões emitidas

Efeito estufa no jornalismo agrícola
Wilson Bueno
Parece que o efeito estufa não anda apenas afetando a agricultura em nosso País, porque algo está provocando impacto dramático na cobertura da agropecuária em nossos principais jornais e revistas. Pouco a pouco ela anda definhando de tal modo que, em alguns momentos, praticamente desaparece da mídia ou assume certas formas ou desvios que merecem ser assinalados.

O abalo mais contundente pode ser visto (ele se manifesta já há algum tempo) no veículo emblemático da área: o Suplemento Agrícola do jornal O Estado de S. Paulo, que anda tão magrinho que chega a dar dó. A edição que saiu no dia 5 de janeiro de 2011 basicamente não trazia notícias, resumindo-se praticamente à página central e à última página, com algumas cartas e uma notinha isolada na página 3, de um caderno com 8 páginas, formato tablóide. Pra quem já foi referência na cobertura agropecuária e que se sustenta galhardamente por 57 anos e quase 2.900 edições, é de chorar.

Pois o professor Wilson Bueno se mostra desconectado da realidade, acha que “parece” que o “efeito estufa” não anda apenas afetando a agricultura em nosso País, porque algo está provocando impacto dramático na cobertura da agropecuária em nossos principais jornais e revistas. Ora, falta objetividade e clareza para um artigo de um jornalista também professor de futuros jornalistas. Mistura “efeito estufa” (que na minha modesta opinião, não existe, recomendo a leitura do artigo “CO2: a unanimidade da mídia é burra”:http://richardjakubaszko.blogspot.com/2009/10/co2-unanimidade-da-midia-e-burra.html aqui no blog) com cobertura jornalística da agropecuária, e que afeta a agricultura. É estarrecedor verificar a salada russa que o moço se meteu a fazer. Não há exatamente nenhum exemplo real, até o momento, do chamado efeito estufa na agropecuária. Há previsões, isto sim, de alguns cientistas, de que teremos alterações num futuro breve, quem sabe no médio, talvez no longo prazo, mas até o momento nada de nadica aconteceu. Esclareço que tenho opinião contrária ao que apregoam esses cientistas.
Pois o professor “solta” o verbo, faz jogo de cena, mistura um palavreado adjetivado, surfando entre a ironia e o jocoso, para afirmar que em alguns momentos, praticamente desaparece da mídia ou assume certas formas ou desvios que merecem ser assinalados. O abalo mais contundente...

Ora, o professor com certeza desconhece que a chamada área de mídia rural foi o segmento midiático que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, caso contrário não faria tal adjetivação sobre definhar... Vi nascer, nos últimos 10 ou 12 anos, pelo menos umas 15 revistas nacionais especializadas, morreram 3 ou 4, apenas; algumas revistas foram de editoras tradicionais; vi nascer e se consolidar uns 4 ou 5 novos canais de televisão focados exclusivamente no agronegócio; vi nascer dezenas de sites especializados no agronegócio, e ainda vi nascer alguns jornais ultra especializados e focados em culturas como cana de açúcar e café, por exemplo, ou regionais, afora umas 10 ou 12 feiras (agrishows) especializadas, de porte respeitável, algumas destas equiparando-se, ou até mesmo superando, ao que há de melhor e maior na Europa e EUA. Feiras e mostras, se o professor não sabe, são "canais de comunicação", apesar de não serem ditos “mídia”, e são concorrentes entre si das minguadas verbas publicitárias que mantêm a existência de todos os meios de comunicação, conforme assinalei no livro “Marketing rural, como se comunicar com o homem que fala com Deus” (1ª edição, 1992, pela Best Seller, e 2ª edição pela Editora UFV, Universidade Federal de Viçosa, MG, 2007).

Assinalo que a edição do Estadão, de 5 de janeiro último, é a primeira edição do ano, e integra-se, não apenas na mídia urbana, mas na rural, na entressafra da publicidade, pois até as redes de TVs mais ricas do país sofrem com a falta de verbas publicitárias nesses meses de férias; e existem revistas tradicionais, respeitadas há muitos anos, que são intensamente programadas com anúncios, de março a outubro, mas em janeiro chegam a suprimir a edição do mês, por absoluta falta de anúncios. O academicismo, e a falta de prática do jornalista e professor, neste primeiro momento, pisaram feio no tomate.

O suplemento agrícola do Estadão já foi gordo, robusto, mas está sofrendo de alguma doença grave, que pode ser a falta de compromisso do jornal com a cobertura agropecuária, a falta de anunciantes (o pessoal da fazenda parece que não gosta mesmo de material jornalístico e prefere o marketing de produtos e serviços) e talvez até gente especializada para dar conta deste trabalho.
Aqui é uma suposição irônica, ou quiçá equivocada, do jornalista e professor, de que o pessoal da fazenda parece que não gosta mesmo...

No fundo, o que acontece com o Estadão se reflete nos outros principais jornais do País (vide Folha de S. Paulo, O Globo etc) (aqui o jornalista e professor escorrega, de novo: entre os jornalões só o Estadão tem tradição nessa área, a Folha de SP apresentou raros momentos de interesse jornalístico técnico em sua história com o agronegócio, através de um suplemento, que ainda existe, mas em raros momentos foi importante, e O Globo NUNCA teve nada nessa área, pois a TV Globo tem um programa diário e outro semanal para o agronegócio; a Editora Globo, sim, tem uma revista, e a RBS também tem TV especializada, mas o mercado é liderado por editoras independentes, como a DBO Editores Associados, onde trabalho, e que edita 3 revistas periódicas e ultra especializadas, e ainda um portal na Internet e um programa diário de TV, o DBO na TV, retransmitido pelo Canal TerraViva, da BandNews) que sofrem de uma síndrome cujo tratamento parece fugir da alçada de editores e de empresários da comunicação: interesse por notícias não comerciais que venham do campo (não entendi isso, é absolutamente incoerente...). Sim, porque quando há pressão dos lobbies e acordos não muito transparentes, a divulgação de produtos e serviços ganha corpo (então é comercial... ou o jornalista deseja que essas notícias sejam o quê?), como se pode ver nas páginas de economia, generosa na badalação de transgênicos, agrotóxicos e de florestas (que de floresta não tem nada!) plantadas de eucalipto (que horror!), uma aberração contra o meio ambiente e o espírito crítico. (Aqui o professor comete uma falácia, ou equívoco mal intencionado, os jornalões, e as TVs, criticam incansavelmente o agronegócio, diariamente, de forma aberta, ou veladamente, os OGMs, os agrotóxicos, as queimadas, o desmatamento. Já a aberração contra o meio ambiente, é uma opinião do professor, que cospe no prato em que come, diariamente).

É triste perceber na cobertura de veículos de prestígio, como o Valor Econômico, (lembro que o jornal Valor é de economia, é jornalão urbano, não é de cobertura do agronegócio para produtores rurais, é para o mercado industrial e financeiro, além do governamental e das academias...) a influência nefasta de grandes exportadores, de tal modo que o jornal prefere chamar agrotóxico (que é veneno mesmo) (o termo agrotóxico, informo ao professor, usei há mais de 25 anos, e fui muito criticado pelo segmento de agroquímicos, mas hoje é lei, desde 1990, e é obrigatória a citação do termo) de defensivo agrícola (mas aceito como sinônimo, para não ser repetitivo) para agradar os produtores e a Andef que não querem ver a sua imagem arranhada, mesmo tendo a certeza, como nós, de que o agrotóxico emporcalha o meio ambiente, mata milhares de pessoas em todo o mundo e de remedinho de planta não tem nada (é remédio de planta, sim, defende as mesmas de predadores, portanto). Vai lá: pode até aumentar a produtividade (Faltou dizer que NÃO aumenta a produtividade, mas garante que essa não vai cair se houver infestação de pragas nas plantas. Se não existissem os agrotóxicos perderíamos no mínimo 40% da produção para os insetos e doenças) mas à custa da nossa saúde e da degradação ambiental: não existe almoço grátis nessa área e alguém paga a fatura (você tem dúvida de que somos nós!) que nos encaminham a todo momento. 
(Professor, enorme equívoco e desconhecimento no assunto a sua afirmação: agrotóxicos são venenos calculados em gramas, para matar insetos, e não a animais de sangue quente, como nós humanos. O tema é complexo, adorado por certos ambientalistas e críticos da área, recomendo a leitura de outro artigo meu: “Agricultura é poluição”, publicado aqui no blog em 2007, http://richardjakubaszko.blogspot.com/2007/12/agricultura-poluio.html  e, antes disso, no Annual Report do IPCC, da FAO/ONU/2007, para mostrar a contribuição dos agroquímicos na produção mundial de alimentos. Isto permite que neófitos como o professor, cuspam diariamente no prato em que comem, e ainda pensem que "pagam a conta", sem saber que a cesta básica caiu de preço, em valor real e absoluto nos últimos 16 anos, "culpa" do aumento da produtividade, pelo uso dos insumos entre eles os agrotóxicos).

O jornalismo agrícola anda capenga em nosso País e a situação parece contraditória porque temos uma produção agrícola importante (e só temos a produção agrícola importante por causa dos insumos como fertilizantes, agroquímicos, sementes OGMs e convencionais...), dependemos em grande parte da exportação de commodities (é uma meia verdade que o professor parece desconhecer, pois exportamos só 30% do que produzimos) (o que não quer dizer que o modelo não deveria ser outro), (êpa, o professor que não conhece o atual e único modelo, tem ideia de outro modelo, um modelo alternativo? Um espanto!!!) e porque há muita gente que depende do campo em nosso País. Claro, quase todos os 83% dos cidadãos urbanos e ignorantes, que passariam FOME nas cidades.

Essa falta de postura crítica (os lobbies funcionam mesmo e a falta de conscientização dos nossos veículos e empresários é lamentável!) faz com que a mídia, com raras exceções, ignore os problemas sociais decorrentes da ação de grandes empresários (trabalho escravo, agressão ambiental, mortes decorrentes de acidentes e contaminação por agrotóxicos, pressão de empresas sobre produtores, concentração da terra e avanço de estrangeiros sobre o nosso território, desmatamento etc etc).
Acusações genéricas do professor, que, em sua soberba, na empáfia própria dos que ignoram, repete embevecido e arrogantemente os chavões de raros exemplos, todos eles casos de polícia, que são exceções e deveriam ser punidos, mas que se generalizam e parecem privar da impunidade pelos impactantes escândalos midiáticos, nas TVs e jornais.

Apenas algumas reportagens isoladas (reportagens isoladas? Outra falácia do professor, eu possuo, à disposição de quem desejar ler, centenas de reportagens escandalosas anotadas...) denunciam os abusos mas eles morrem no esquecimento porque as autoridades e os parlamentares são reféns das grandes corporações agrícolas, que transitam livremente em Brasília, e de políticos que são subsidiados pelos grandes proprietários de terras, a bancada ruralista que, mesquinhamente, defende apenas os seus interesses. (Existe alguma bancada que defenda interesse de outros? A evangélica, por exemplo, defende os meus interesses católicos? Ou os interesses de outras religiões? E a bancada ambientalista, defende quem? Ora, o Veríssimo matou a velhinha de Taubaté... Ou ela ressuscitou e encarnou num certo professor?)

A imprensa não investiga a fundo a anistia dada aos latifundiários (que sempre renovam suas dívidas) (bom, se anistiou não pode ser renovado... Êta cara enrolado, esse, sô! Mas tem de botar essa turma na cadeia, professor, aí tá corretíssimo. Isso é fácil, são menos de mil latifundiários neste nosso País, nem todos são devedores, e são todos uns filhos da puta endinheirados, dos quais a gente sempre deve ter ódio, né não, professor? Mas os produtores rurais médios, pequenos e de grande porte, que são mais de 2 milhões de trabalhadores, uns bem sucedidos, a maioria não, e que nada têm a ver com isso, esses têm de aguentar essa sua acusação vazia, diariamente repetida na mídia) e vive à mercê de fontes (será que essas fontes fazem lobby? Que acusação mais inconsistente, mais genérica, mais tresloucada...)  falar mal dos órgãos de fiscalização, dos ambientalistas, e propagar os benefícios da agricultura respaldada na química e na mecanização acelerada, enquanto os problemas sociais e ambientais se aprofundam, sem qualquer solução. (É caso pobrema sem solução esse, né professor? Saiba que falta gente para trabalhar na agricultura. Vem gente do Nordeste para cortar cana em São Paulo. Bom, vinha, porque a mecanização acelerada da colheita da cana, imposta a ferro e fogo, se tornou obrigatória pela pressão dos ambientalistas, para evitar as queimadas, e acabou com essa fonte de emprego...). comprometidas que gostam de

É preciso considerar na cobertura da agropecuária os vários momentos (antes, dentro e depois da porteira) (Êpa, eu conhecia o antes e o depois da porteira. Agora tem o dentro da porteira? É a terceira via? Interessante isso, preciso voltar a estudar... Mas dê uma olhada no meu outro livro, professor, o Marketing da Terra, fala do que ocorre fora da porteira, o depois...), mas parece que a imprensa gosta mesmo, financiada e/ou influenciada pelo lobby das empresas, é de proclamar os benefícios da "moderna" agricultura, dando as costas aos seus impactos e às mazelas sociais decorrentes da implantação de grandes projetos agroindustriais. Você já percebeu como a mídia brasileira, sobretudo os jornalões, sem qualquer postura crítica, só vê vantagens nesses projetos que impactam brutalmente o meio ambiente e os pequenos produtores rurais, como o que acontece na implantação de novas fábricas para produção de papel e celulose (estão transformando o Rio Grande do Sul num grande eucaliptal!). Os indígenas do Espírito Santo sabem como foi deletéria a ação da Aracruz (ganharam até processo dela) e os trabalhadores rurais continuam sendo brutalmente explorados em madeireiras, usinas de açúcar, fazendas de café etc, sem que o Governo aja com rigor e presteza para evitar esses abusos inaceitáveis. (Ai, ai, ai, a velhinha de Taubaté reencarnou mesmo...)

A imprensa ignora o processo nefasto de concentração na produção de sementes, (a imprensa ignora tanta coisa, meu caro jornalista e professor que se deixou incorporar pela velhinha de Taubaté... Ignora a concentração dos bancos, o oligopólio do cimento, das TVs, da rede de TV a cabo, das telefônicas, das cervejeiras, quer mais exemplos? Existem às dúzias...) a apropriação da água doce, a relação espúria entre a CTNBIO e as empresas de biotecnologia (me mostre só um caso de relação espúria! Na verdade, houve a relação espúria entre ambientalistas e a CTNBio, isto sim, acordo que engessou a pesquisa agrícola brasileira por quase 10 anos enquanto os EUA, Argentina e outros países saíram pesquisando e plantando OGMs!!! E ainda estamos atrasados), a pressão dos produtores de agrotóxicos sobre a ANVISA e o IBAMA e a ação deletéria de representantes comerciais (concordo parcialmente, leia o meu artigo “Agricultores em pânico", aqui no blog, mas o problema é igual, de parte a parte, assim como de médicos e hipocondríacos) espalhados por esse Brasilzão afora, empurrando todo tipo de veneno aos agricultores que se sentem seduzidos por vantagens que logo se dissipam. Quem pode ignorar o efeito deletério do uso do glifosato pela pressão insustentável da Monsanto que quer apenas vender a sua tecnologia Round up?

(Ai, ai, ai, de novo a velhinha de Taubaté, que velha mais chata! Defendo o glifosato, porque temos mais de 20 fabricantes do produto no Brasil, é um commodity, afora os importados, mas posso adiantar-lhe que, se desejar se suicidar, tome um copo de glifosato, deve funcionar, mas tome cuidado, vai demorar alguns dias pra morrer, com sofrimento, evidentemente. Se, entretanto, depois de tomar o copo de glifosato vier a se arrepender, coma um copo equivalente de terra, pois a terra vai desestruturar a molécula do glifosato, e o efeito deletério desaparece. Saiba que, se o produtor rural usar água de rio barrento o glifosato não funciona, perde o efeito, todo produtor rural experiente sabe disso. Ou seja, o glifosato não faz mal ao meio ambiente se usado nas doses recomendadas, que são mínimas, são de 2 a 4 litros por hectare, ou melhor, essa dose é pulverizada a cada 10 mil metros quadrados. Eu não falei que as doses são calculadas em gramas? Faça os cálculos!)

A cobertura da agropecuária infelizmente está comprometida com os grandes interesses e será necessário reinventá-la para que ela possa efetivamente cumprir sua função social, libertando-se do jugo das grandes corporações agrícolas que visam apenas aumentar os seus lucros. As exceções confirmam a regra, não é assim mesmo? (Não, não é, senhor jornalista e professor mal informado. O agronegócio gera 1 a cada 3 empregos no Brasil, e ainda enche a sua barriga, diariamente!)

Será necessário, para reverter este quadro triste, dispormos de fontes independentes (a maioria faz o jogo das grandes empresas), de parlamentares corajosos (nem me falem do Aldo Rabelo, o comunista que apóia a destruição do Código Florestal!) e de autoridades que consigam colocar-se à margem destes lobbies (até quando o Ministro da Agricultura continuará sendo indicado pelos grandes interesses, hein?) e que levem a sério a reforma agrária pra valer. (Professor, leia um artigo bem recente de minha autoria: “O agronegócio tem de se dar importância, porque nenhum estranho vai fazer isso", está no blog e na revista da qual sou editor, a DBO Agrotecnologia:http://richardjakubaszko.blogspot.com/2010/11/o-agronegocio-tem-que-se-dar.html  ou www.dboagrotecnologia.com.br

É hora de o jornalismo agrícola acordar para a nova realidade, valorizando a agricultura familiar (Professor, afora os chavões repetitivos, e o conteúdo politicamente correto de todo o seu texto, desejo saber se é com ou sem ideologia esse negócio aí de agricultura familiar?), a agricultura orgânica (É piada isso de agricultura orgânica, professor, conta outra. Isso é assunto e poesia apenas pra mauricinho dos jardins daqui da capital paulistana, ou do Leblon carioca. Essa história de agricultura orgânica para alimentar 6,8 bilhões de bocas hoje, ou 9 bilhões daqui a 25 anos, é promessa vazia e falaciosa. O orgânico custa de 70% a 100% mais caro do que o alimento convencional, o povão não pode pagar. Se o produto for mal cultivado, se não for desinfetado corretamente em casa, morre-se de diarreia, contaminado por vermes e bactérias. Nos EUA, dois anos atrás, morreram mais de 120 pessoas numa comunidade, por consumirem espinafre orgânico contaminado por Escherichia Coli resistente a todos os antibióticos conhecidos) dando voz e vez aos pequenos agricultores que andam sem crédito, pressionados pelos bancos (que exigem contrapartida que só os grandes produtores conseguem dar) e colocando o meio ambiente e a questão social como prioridades.

Os cursos de jornalismo precisam formar profissionais que saibam perceber a realidade do mundo rural (é verdade, professor – parabéns!!! Clap, clap, clap!!! – ou se mudam as faculdades, ou se mudam os professores, caso contrário vamos aos quintos dos infernos...) e que não se deixem seduzir por propaganda enganosa de empresas de biotecnologia, de papel e celulose, agroquímica, do tabaco (essas matam sem dó milhões de pessoas em todo mundo e chegam a ganhar prêmio de sustentabilidade de revistas brasileiras!) ou de alimentos (que as empresas de fastfood deixem em paz as nossas crianças e não as entupam de porcaria, como gostam de fazer impunemente!).

Reinventemos o jornalismo agrícola. O Brasil precisa acordar para a realidade que é menos cor-de-rosa como pintam alguns veículos a soldo de grandes corporações. Precisamos ouvir as minorias, os quilombolas, os indígenas, os mateiros, os movimentos sociais demonizados pela mídia tradicional. (Claro, professor, boa proposta essa, eles vão produzir alimentos pra todos nós, né não? O novo jornalismo agrícola vai ser o salvador da pátria! Que proposta inteligente, sô!)

Em tempo:  Você anda lendo o que a embaixada americana andou fazendo para pressionar a União Européia visando derrubar os vetos de alguns países aos transgênicos, para favorecer sobretudo a poderosa Monsanto? O WikiLeaks (Viva o WikiLeaks, sou um defensor do Assange, está aqui no blog!) revelou o esquema e ele só confirma o que temos dito por aqui e em todo lugar: cuidado com essas corporações que têm laços estreitos com os governos, especialmente nos EUA.

Aliás, você ainda não viu o filme O mundo segundo a Monsanto? Ele evidencia a relação espúria entre a Monsanto e as autoridades norte-americanas, uma "amizade" que rende lucros e royalties para todos eles. Tem livro também publicado no Brasil com o mesmo título, uma obra primorosa de investigação jornalística de Marie Monique Robin (consulte o Google e encontrará informações valiosas sobre o seu trabalho), (sua cultura de Google é comprometedora, professor... Leu o livro? Pois eu li, achei uma merda, a autora é venal, comprometida, falaciosa, emocional, foi um livro financiado por interesses difusos...) que denuncia a ação predatória desta empresa, gigante das sementes, da biotecnologia e da contaminação química (você precisa saber que o glifosato é nefasto e que está contribuindo para aumentar as pragas que atacam a soja!). (Professor, glifosato é herbicida, é para controlar ervas daninhas, que são vegetais, sabia? Não tem nada a ver com pragas... Para pragas usam-se inseticidas, acaricidas, e para doenças são fungicidas. Ora, ora, que confusão monumental...)

Não confie em empresas apenas porque elas têm santo no nome . Aliás, Freud explica estes deslizes, como você pode observar nas gigantes de tabaco que tem "Cruz" e " Morris" em sua razão social. O diabo veste Prada, mas também alimenta empresas agroquímicas e de tabaco. Ah, como entendem de veneno. Sai lá prá, Satanás! (Nossa, entrou até religião, moda e cinema na pregação do jornalista e professor, lamentável. Que falta de objetividade. Deveria haver uma única proposta plausível e prática no artigo, mas não tem. Foram apenas acusações levianas, atiradas a esmo, sem nenhuma objetividade, afirmações inconsequentes, acusações irresponsáveis, todas indignas de um jornalista e professor que se preze. Escreveu chavões do dia a dia, publicados na Internet o tempo inteiro. O lamentável de tudo é que no blog do professor apareceu um bando de bajuladores registrando parabéns pela “coragem” do eminente autor... É, são alunos ignorantes, todos urbanos, aprendizes de feiticeiros que, na falta de uma causa justa, abraçam ideias de idiotas do apocalipse).
Não esqueça, e nem faça confusões, o texto grafado em vermelho é do blogueiro e jornalista Richard Jakubaszko.

O texto em preto tem o autor indicado abaixo:
* Wilson da Costa Bueno é jornalista, professor da UMESP (Universidade Metodista) e da USP, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa. Editor de 4 sites temáticos e de 4 revistas digitais de comunicação.
http://portalimprensa.uol.com.br/colunistas/colunas/2011/01/07/imprensa817.shtml