sábado, 21 de janeiro de 2012

Florestas Amazônicas e Boreais, e Verdades Inconvenientes

Florestas Amazônicas, Florestas Boreais e Verdades Inconvenientes para as Grandes ONGs “Ambientalistas”


Por Luiz Prado
As grandes ONGs internacionais mentem de acordo com as conveniências de seus patrocinadores, nunca informados ao público.  Mentem pelo que dizem e também pelo muito que ocultam cuidadosamente.   Mentem quando falam sobre a importância das florestas amazônicas para as emissões de carbono e sonegam informações sobre as florestas boreais. Elas sabem que essas florestas situam-se  em países que não as levam a sério: os escandinavos e os EUA, o Canadá e a Rússia (sempre logo abaixo do Ártico).
A estocagem de carbono por florestas não é relevante num mundo em que a produção de combustíveis fósseis tende a se elevar rapidamente.  Nem que todas as áreas agrícolas do planeta fossem reflorestadas, o carbono emitido pela queima de combustíveis fósseis seria capturado. As autoridades dos países sérios sabem disso. Mas sempre é bom dizer que as florestas boreais estocam muito mais carbono por unidades de área do que as florestas tropicas!

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As verdades jogadas para baixo do tapete pelas grandes ONGs que licenciam franchises em outros países, como WWF e Greenpeace, salta mais aos olhos quando a NASA vem a público para mostrar imagens do que está sendo feito com as florestas boreais do Canadá. E, o que é pior, para extrair um combustível fóssil extremamente sujo – muito mais sujo do que o petróleo – conhecido como areais betuminosas (tar sands em inglês).  Na página da NASA sobre a extração de areias betuminosas – ou asfalto – no Canadá, é possível ver o rápido avanço dos estragos entre 1984 e 2011 movendo o cursor nos pontos logo abaixo da imagem. Essa é apenas uma das muitas áreas de extração desse petróleo ultra-sujo nesse país que se retirou recentemente do protocolo de Kyoto.

Hoje, as grandes empresas de petróleo do mundo aceitam que as reservas contidas nas areias betuminosas do Canadá – 173 bilhões de barris de petróleo – só são superadas pelas da Arábia Saudita. Também há imensas reservas desse tipo de betume no Vale do Orinoco, na Venezuela – talvez superiores às do Canadá. Com o atual ritmo de concessões, projeta-se a remoção de até 145 mil quilômetros quadrados de florestas boreais para a extração de areais betuminosas. Nada mal! Até 2011, apenas cerca de 663 quilômetros quadrados haviam sido atingidos por esse tipo de mineração.
A NASA ressalta que o processo de extração de petróleo dessas reservas no Canadá requer tanto a mineração de superfície quanto quanto a extração das areias a até 80 metros de profundidade. É necessária a extração de duas toneladas de areia para produzir um barril de petróleo, usando imensas quantidades de água que depois fica estocada em reservatórios (visíveis nas imagens).

“Legalmente, as companhias devem restaurar as áreas depois que terminam de minerá-las.  Na série de imagens, os reservatórios de água foram gradualmente drenados e preenchidos a partir de 1967 (início das operações).  Embora as empresas mineradoras tenham plantado variedades de grama nos locais, as imagens não mostram qualquer sinal de crescimento vegetal nessas áreas (recuperadas) até 2011.”

Bingo!  A imprensa sempre engole fácil as notícias sobre o desmatamento na Amazônia, que acaba servindo para encobrir o que é de interesse das grandes petroleiras, bem como do Canadá e… dos EUA.

De fato, o Canadá já é, hoje, o maior fornecedor individual de petróleo dos EUA!  E logo será aprovado um projeto para a construção de 3.500 quilômetros de oleoduto (numa primeira fase)para o transporte de areias betuminosas diluídas de Alberta, no Canadá, até refinarias norte-americanas.  O compromisso de Obama para com as energias renováveis foi engolido pelas razões de “segurança energética”! Que político se posicionaria contra tal segurança para os cidadãos dos EUA, responsáveis pelo mais alto consumo per capita de petróleo no mundo?

E, como se não bastasse, o Ministro dos Recursos Naturais do Canadá (equivalente ao nosso Ministério do Meio Ambiente) divulgou há dias uma carta acusando organizações estrangeiras radicais e celebridades da mídia de “tentarem sequestrar o governo”.

“Eles usam fundos de grupos de interesse estrangeiros para enfraquecer os interesses econômicos nacionais do Canadá.  Eles atraem celebridades da mídia que tem algumas das mais elevadas pegadas carbônicas do mundo para dizer aos canadenses para não desenvolverem os seus recursos naturais. (…) O objetivo deles é paralisar qualquer grande projeto, não importando o custo para as famílias canadenses que perdem empregos e crescimento econômico. Nenhuma extração de florestas. Nenhuma mineração. Nenhum petróleo. Nenhum gás. Basta de hidrelétricas.” – atacou o ministro Joe Oliver numa carta-aberta aos cidadãos.

Alguém, sinceramente, tem dúvida sobre quem vencerá essa disputa entre a destruição das floresta boreais para a produção de um combustível que é entre 10% e 45% mais poluente do que o petróleo convencional em termos de emissões de carbono, de um lado, e os clamores da sociedade norte-americana e canadense por mais empregos e mais consumo?
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Na Venezuela,  espertamente, a coalizão entre petroleiras e governo optou pela designação “petróleo extra-pesado”.  Tanto no Canadá quanto na Venezuela, as concessões às grandes petroleiras já foram feitas e a produção tende a crescer rapidamente nos próximos anos.
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Um vídeo sobre os impactos da extração de areias betuminosas produzido por grupos ambientalistas sérios como o Environmental Defence contém imagens e informações interessantes.  Numa verdadeira guerra de informações, a Associação Canadense de Produtores de Petróleo reagiu com outra peça publicitária.
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