Richard Jakubaszko
A briga pela liderança na produção de energia elétrica é contínua: depois de criminalizar o CO2 (petróleo e fósseis), e também as hidrelétricas, agora o alvo são as energias eólica e solar.
A turma das usinas nucleares não descansa, faz apologia dos seus baixos custos, esquece oportuna e convenientemente da segurança (Chernobyl, Fukushima, Long Islands, onde vai ser o próximo acidente?), e coloca todo mundo no tiroteio. O artigo abaixo é típico, mostra só os "defeitos" de alternativas energéticas, como a eólica e solar. Mas tem certa razão ao apontar as limitações dessas fontes, que precisariam evoluir muito se pretendem participar do mercado no futuro breve.
Não precisamos nem de eólica e nem de energia solar no Brasil, muito menos de usinas nucleares, pois temos hidrelétricas, mas dessa alternativa as ONGs são contra, a mídia repercute (e aplaude) a ladainha ambientalista. É uma briga ideológica, com altíssimos interesses na agenda política e econômica internacional. Por isso, é tempo de os ambientalistas honestos abrirem os olhos e avaliarem o apoio que dão para certas campanhas das ONGs, todas elas financiadas por empresas com interesses comerciais inconfessáveis.
Conforme já publiquei aqui no blog, em abril último (leia aqui), até mesmo James Lovelock, pai da “hipótese Gaia”, já se retratou de seu alarmismo. Ele, criador da hipótese ambientalista segundo a qual a Terra
formaria um só organismo “vivo” apelidado “Gaia”, admitiu em entrevista à
MSNBC que foi “alarmista” a respeito de “mudança climática”. E teceu elogios à energia nuclear, segundo ele uma fonte "limpa" de fornecimento de energia elétrica...
O artigo abaixo é mais um ataque subreptício às alternativas que eles acham que não funcionam.
O rastro sujo da energia limpa
publicado no blog Rede Castor - clique aqui
Todas as supostas vantagens da energia eólica e da energia solar já foram apresentadas à exaustão. Agora é hora de lembrar os problemas delas
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Robert Bryce |
Nos últimos 10 anos, países do
mundo todo investiram pesado em programas de energia renovável. Afinal, sol e vento são
grátis, não é mesmo? O que ambientalistas nem sempre veem é que convertê-los em
energia
tem um custo alto - em dinheiro e recursos naturais.
Pegue como exemplo a energia eólica.
Uma turbina precisa de 50 toneladas de estanho para produzir 1 megawatt de energia.
Já com gás natural, uma turbina produz essa mesma energia com apenas 0,3 tonelada de
estanho. O vento pode sair de graça, mas precisamos de minérios para erguer a
infraestrutura que permitirá gerar energia.
Os minérios não são o único
recurso natural exigido pelas energias renováveis. Também temos de encontrar
muita terra disponível. Os números mostram por quê: em cada metro quadrado de
terreno, é possível gerar 1 watt com energia eólica,
20 vezes menos do que qualquer usina de gás natural. A energia solar
precisa de áreas menores. É possível produzi-la no seu próprio telhado, como eu
faço: gero 3,2 quilowatts com painéis solares sobre minha casa, o que dá cerca
de 30% da eletricidade que eu, minha esposa e nossos 3 filhos
consumimos. O custo de instalação dos painéis tem baixado cada vez mais, e hoje
está em US$ 5 mil por quilowatt. Mas é um custo similar ao da energia
nuclear - que tem a vantagem de funcionar também à noite.
A prática mostra quão dispendiosas
podem ser as energias renováveis. O estado americano da Califórnia pretende
obter um terço da sua energia
(cerca de 17 mil megawatts) de fontes limpas em 2020. Se essa meta for dividida
meio a meio entre sol e vento, será necessário ocupar uma área 5 vezes maior do
que Manhattan para os painéis solares e outra 70 vezes maior do que a ilha para
as turbinas eólicas.
Não que devamos parar de investir
em energias
renováveis. Mas precisamos ser claros quanto ao retorno que
podemos ter com elas. O Brasil é um exemplo: tido como representante da
importância do etanol, produz quase 28 bilhões de litros de álcool por ano. É
pouco perto do que o país precisa. Petróleo e gás natural geram 9 vezes mais energia,
segundo números da Petrobras. Sem contar o dinheiro que é preciso investir para
alavancar as energias renováveis. Alguns países já perceberam que talvez seja um
investimento alto demais. Nos EUA, o Senado cortou US$ 6 bilhões de subsídios
para o etanol de milho. A Espanha reduziu o apoio financeiro à energia solar e eólica.
A solução correta para a questão
energética depende das características de cada país.
A energia solar pode
ser uma boa alternativa para a Arábia Saudita. A hidrelétrica para o Brasil e
para a África Central. Se queremos reduzir as emissões de carbono, devemos olhar
para dados e fatos. E não excluir opções como a energia
nuclear, que segue como uma das nossas melhores opções, apesar do acidente de
Fukushima, no Japão, no início deste ano.
*Robert Bryce é
pesquisador associado do Centro de Polícia Energética e Ambiental do Manhattan Institute e autor do livro “Power Hungry: The Myths of "Green" Energy
and the Real Fuels of the Future”.
Artigo enviado por José CDS com o
comentário: Antes de criticarem a usina de Belo Monte, os ecochatos,
ecologistas de ocasião, políticos da oposição e a mídia golpista, deveriam ler o
texto (e os estudos) de Robert Bryce sobre as “energias limpas” publicado em superinteressante.
É preciso não esquecer que a maior parte das fontes disponíveis de energia têm várias origens. O sol aquece o oceano equatorial formando extensa calota de vapor dágua. Pela energia da rotação a terra sólida se mete debaixo dessa camada. Chove nas altitudes e a água,movida pela energia da gravidade,ao descer libera energia hidráulica captada pelas elétricas. Simples, só que não acontece em todas as partes sólidas do planeta. O Brasil tem muita sorte de poder utilizar essa energia baseada no sol, na rotação e na gravidade.
ResponderExcluirFernando Penteado Cardoso, eng. agr. sênior.
Dr. Fernando,
Excluiralegria em ler seu comentário!
Richard
muito boa a sua opinão com relação a fontes de energia renovaveis, trabalho na geração de energia eolica e concordo com alguns fatores citados no texto, com relação a energia Nuclear, não sou a favor de sua geração, tivemos 3 acidentes graves, isso prova q apesar de ser bastante produtivas em relação as outras fontes de geração é dificil controlar quando se tem um vazamento.
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